EVERYBODY FUCKING NOW
TATATATATATTARARARRAYARARRARRARTATATTA
Feliz Natal moresssss ♡♡♡
Pjm tesudinho gosta da raba do jjk
- Eoduun. Faz muito sentindo por causa da sua cor*. Você é tão felpuda.
- O-obrigada.
Alguém me explica o que está acontecendo comigo. "Obrigada"? Desde quando eu falo como uma garota?
Não, a pergunta é: desde quando minha calda fala?
Bem, na verdade quem está falando sou eu, mas é contra a minha vontade. Como se alguém estivesse possuindo meu corpo e fazendo coisas que eu não faria nem morto.
E a prova disso é a minha bunda empinada na direção das mãos daquele cachorro pulguento. Até parece que eu, Jeon Jeongguk, me empinaria para Park Jimin assim.
O que está acontecendo?
Meu corpo se encostou mais ao de Jimin - contra a minha vontade, é claro -, senti as mãos dele agarrarem minha cintura, apertando o local com força. Na hora tentei me desvencilhar do seu aperto, porém aquele cachorro é forte e me impediu.
- Me solta - agradeci mentalmente por não ter gaguejado, já estava passando vergonha demais por causa de Eoduun. Tentei sair de seu aperto mais uma vez, aquele fogo todo de Eoduun estava me incomodando, meu corpo queimava.
Minha única alternativa foi arranhar Jimin, é claro que minhas mãos trêmulas não colaboraram comigo, acabando por fazer apenas um simples arranhão em um de seus braços. Provavelmente só doeu porquê ele já estava repleto de hematomas, do contrário não teria nem feito cócegas.
Jimin deu um pequeno pulo para trás, reclamando de dor. Aproveitei sua distração e praticamente sai correndo dali. Sai da casa daquele cachorro pervertido o mais rápido que pude, nem sequer dando atenção para os chamados de Hoseok.
Enquanto corria peguei meu celular e liguei para um táxi, precisava sair dali.
- O que está acontecendo comigo?
-x-
Ir a escola nunca pareceu tão desagradável. As pessoas me olhavam como se soubessem o quanto eu estava desconfortável.
Eoduun estava agitada, se balançava de um lado para o outro sem parar, como se estivesse ansiosa.
Ela não havia "falado" mais desde que sai da casa de Jimin, o que me deixava aliviado, não gosto da ideia de ter alguém controlando meu corpo e minhas ações.
- Jeongguk - ouvi a voz de Hoseok atrás de mim, só pelo tom eu já sabia que ele estava bravo.
Paciência, é tudo o que tenho que ter agora.
- Oi Hyung - me virei para poder olha-lo. Hoseok estava com aquela expressão, a mesma que usava para me dar suas broncas diárias.
- Oi? É serio? - ele arqueou as sobrancelhas castanhas.
- O que quer que eu diga? - comecei a andar em direção a sala de aula, Hoseok vinha logo ao meu lado.
- Me contar o que aconteceu ontem seria um bom começo.
- Não aguentei a chatice daquele pulguento idiota.
- Então simplesmente saiu correndo? E porque sua calda estava tão eriçada?
- Eu só queria sair de la - revirei os e comecei a andar mais rápido. Boa parte daquilo era verdade, realmente queria sair da casa de Jimin - minha calda não estava eriçada.
- Estava sim. Ei, anda mais devagar - só percebi que estava quase correndo depois da fala de Hoseok.
- Quero sair daqui logo - As pessoas ainda me encaravam, aquilo era estranho e desconfortável. Juro que vi um ou dois grupinhos sussurrando entre si enquanto olhavam para mim.
- Porque estão nos olhando tanto? - ele perguntou enquanto olhava ao redor.
- Eu não sei - resolvi ignorar os olhares e ir estudar de uma vez.
...
A biblioteca da escola era o último lugar que eu queria estar, mas parece que hoje as pessoas tiraram o dia para me importunar.
A maldita professora de literatura me pediu para escolher algum livro da biblioteca e fazer um trabalho sobre ele, e aqui estou eu: olhando as inúmeras prateleiras em busca de algum interessante.
Acho um absurdo ter sido o único a ficar com o trabalho feito a base de livros, Hoseok que teve sorte de ter tirado o computador.
Eoduun estava quieta demais, provavelmente por ainda não termos visto o Park Pulguento Jimin. Ele não apareceu o dia todo, o que é bem estranho.
Será que morreu? Não seria ruim.
- Que tal este aqui? - Falei com Eoduun. Posso não gostar das atitudes dela em relação a Park Jimin, mas, querendo ou não, ela é parte de mim e eu me preocupo. Não gosto de ver Eoduun desanimada, ainda mais por causa de um idiota pervertido metido a estuprador.
Suspirei derrotado, ela nem sequer se balançou. Peguei qualquer livro da prateleira que olhava e fui me sentar em uma das inúmeras mesas que tinha ali.
Era estranho estar sozinho em um lugar tão grande, principalmente por não ter nenhuma iluminação além da luz do sol que vinha de uma gigantesca janela. Praticamente ninguém frequentava mais a biblioteca da escola, preferiam o laboratório de informática. Na verdade esse lugar virava algo muito próximo de um esconderijo para transar - sei disso porquê nas festas que Hoseok organiza sempre tem muitos casais se pegando atrás de alguma das enormes prateleiras.
Pensando bem esse livro que peguei está me dando nojo, alguém pode ter tocado nele enquanto fazia outras coisas.
Larguei o livro em cima da mesma mesa que coloquei minha bolsa, e me sentei na cadeira desconfortável de ferro. Melhor começar a droga do trabalho logo, pelo menos teria o resto da última aula para fazer.
Iria pegar uma caneta em meu estojo, porém parei com a mão esticada ao ouvir um barulho, soava como algo caindo no chão. Me levantei da cadeira de vagar e fui na direção de onde o som havia vindo. Tentava ser o mais silencioso possível, poderia ter qualquer coisa ali dentro comigo.
Caminhei até a oitava prateleira e me encostei ali, podia ouvir mais sons, estava próximo. O barulho vinha da prateleira nove, bem atrás de mim. Dei a volta de vagar, sendo discreto como o felino que sou.
A cena que presenciei não era nem um pouco agradável, era nojento e me dava raiva, eu só não sabia o porquê. Eoduun, que já estava cabisbaixa, ficou completamente magoada com o que estava a nossa frente.
Era Jimin ali, com suas calças abaixadas até os calcanhares, completamente suado enquanto investia com força em outro garoto que eu não faço a menor ideia de quem seja.
Dava para ver que eles tentavam não gemer, apenas ofegavam, principalmente o garoto.
Não haviam me visto, o que seria ótimo para sair de fininho e fingir que nunca vi aquela cena nojenta. Mas se pensa que fiz isso, esta muito enganado, não vou admitir uma coisa dessas. Mas não vou mesmo.
Não é por mim, é por Eoduun! Quem aquele cachorro pensa que é para agarrar a mim e a minha calda e depois sair por ai ficando com outras pessoas? Eu podia sentir a tristeza de Eoduun e aquilo estava me matando. Principalmente quando ela fez algo que nunca achei que faria: se enrolou na minha perna, como se pedisse por consolo.
Sai de trás da prateleira e caminhei até estar a alguns passos dos dois. Eles ainda se fundiam um com o outro como se não houvesse amanhã.
- O que pensa que está fazendo? - Minha voz ecoou por toda a biblioteca vazia.
Jimin olhou assustado para mim, seus cabelos estavam desgrenhados e suor escorria por suas têmporas.
- Jeongguk?
Jeongguk. Ele nunca me chamou assim, nem nas vezes em que eu o deixava completamente irritado. Porque sinto algo ruim no peito? Era como se doesse na alma.
- Q-quem é você? - perguntou o garoto que eu não conheço, ele não estava mais debruçado sobre a prateleira, agora vestia suas roupas de forma desengonçada. Não respondi a pergunta, apenas fiz cara de nojo para as marcas avermelhadas que ele tinha pelo pescoço e pela cintura - Não conta pra diretora, por favor.
Sibilei para ele. Acabei de vê-lo, mas já não aguento mais olhar para seu rosto. O garoto me olhou assutado e correu dali, provavelmente com medo das minhas garras voarem em sua cara a qualquer momento.
- O que faz aqui? - Jimin perguntou normalmente, como se não tivesse acabado de ter sido pego transando com outro na biblioteca da escola.
Eoduun apertou mais minha perna, eu sabia que ela queria sair dali. Temos uma conexão bem forte, sei tudo o que ela deseja, tanto como consigo sentir as mesmas coisas que ela sente. Talvez essa seja a única explicação para mim estar me sentindo tão magoado também.
É, definitivamente só estou tomando as dores de Eoduun, nada mais que isso.
- Seu cachorro, como pode fazer isso? - minha voz estava falhando e meus olhos se enchendo de lágrimas. Era tão frustrante.
- Não entendi o que quer dizer com isso - Jimin continuava com a mesma expressão desinteressada no rosto, aquilo só estava me deixando pior ainda.
Essas coisas que estou sentindo... Não, isso é apenas as dores de Eoduun. Mas Eoduun é parte de mim, então ela sou eu também, certo?
- Você sabe o que fez - Observei Jimin erguer suas calças, ele nem sequer olhava para mim.
- Esta falando da sua calda? Eo-Alguma-Coisa.
O aperto em minha perna sumiu, ao mesmo tempo em que Eoduun ficava imóvel, caída e cabisbaixa. Na verdade ela estava destruída, como se tivessem tirado de si a única coisa que a mantia de pé.
A raiva começou a me consumir. Quem Jimin pensa que é para iludir minha calda e depois a destruir assim?
- Você sabia que ela gostava de você - Apontei o dedo para a minha calda.
- Eu cansei Jeongguk - Ele finalmente olhou para mim, parecia com raiva também - Não importa se sua calda gosta de mim, nunca daria certo porque você não gosta de mim - Apontou para mim - Eu cansei. Não vou mais ficar correndo atrás de você igual um idiota apenas para receber arranhões e desprezo em troca. Cansei de você.
- O q-que...? - Pela primeira vez ele me deixou sem palavras. Era muito para assimilar.
- Estou desistindo de você.
- "Estou desistindo de você". Ele acha que eu ligo pra isso? Não to nem ai!
- Não? - Hoseok perguntou de forma entediada - então porque não para de falar dele a mais de meia hora?
Jeongguk ficou quieto, não havia percebido que ficou falando sobre Jimin desde que saíram da escola, e ainda continuou quando já estavam em sua casa.
Não havia mais ninguém ali além dos dois híbridos, os pais de Jeongguk só chegavam depois das oito.
A verdade é que algo incomodava Jeongguk, ele só não sabia o que era. Nunca havia sentido aquilo, odiava o fato de estar segurando o choro desde que saiu daquela biblioteca, a cena de Jimin e aquele garoto juntos não saia de sua cabeça, era sufocante.
- Me sinto confuso - olhou para o próprio colo. Hoseok estava o fazendo companhia até que seus pais chegassem.
- Você gosta dele, Jeon. Só não via isso antes porque estava ocupado demais o menosprezando - Hoseok falava como se aquilo fosse óbvio, e realmente era.
- Ficou louco? Eu odeio aquele pulguento - com todas aquelas sensações estranhas, nem Jeongguk acreditava mais no que dizia.
- Você vai perceber a partir de agora, sinto muito por ter sido dessa maneira - Jung desviou o olhar da televisão, focando em tentar ajudar Jeongguk - talvez você devesse tentar falar com ele.
- Falar com ele? Nem a pau! Não quero ver aquele idiota nunca mais.
Eoduun não parecia nem estar ali, era apenas a calda felpuda sem vida agora. Aquilo também incomodava Jeongguk, sentia parte de si faltando.
- Para de ser orgulhoso, não vê que isso afasta as pessoas?
Jeon não esperava ouvir aquilo, não tinha culpa de ser como é, isso faz parte de sua natureza.
- Você não se afastou - murmurou baixinho, estava mais magoado ainda.
- E nem vou - Hoseok se aproximou mais do amigo, abraçando seus ombros com um dos braços - sou seu amigo, vou estar sempre aqui. Não se preocupe tanto, as coisas se acertam uma hora.
Jeongguk adorava aquele lado esperançoso de Hoseok, sempre positivo e pensando no bem das pessoas. Talvez fosse por isso que ele ainda estivesse ao seu lado, provavelmente ainda tinha esperanças de Jeongguk ser uma pessoa melhor.
- Obrigado Hyung
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Eoduun* É escuro/escura em coreano
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