Unprofessional

By heyitspris

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Foi preciso somente uma festa, um pouco de álcool e oportunidade para que o desejo tomasse as rédeas da situa... More

Punany
Encaixe perfeito
Payback's a bitch
Decisão
Conversa
Talento oculto
Rumores

Amnésia alcoólica

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By heyitspris


Sam estava perfeitamente consciente de que não havia voltado para casa sozinho na noite anterior, embora não fizesse ideia de quem se tratava, estava claro pelo leve som de respiração, que não era a dele, havia mais alguém em sua cama.
Ainda confuso pelo sono, pela dor de cabeça e cheiro de álcool, tentou forçar sua mente a lembrar quem poderia ter trazido para seu flat ao sair da festa. Nada feito. Nenhuma lembrança, nenhum rosto e nenhum nome.

Abriu os olhos para finalmente descobrir com quem diabos ele dividiu a cama. O choque não poderia ter sido maior, cobriu a boca com a mão antes que qualquer tipo de som pudesse escapar, enquanto por dentro, gritava todo seu vasto repertório de palavrões.
Já sabia o que iria encontrar ao levantar o lençol mas o que viu foi ainda mais impressionante do que imaginava. Uma marca de batom vermelho que circulava seu pênis, bastante rente à base, diga-se de passagem, deixou o lençol cair e voltou a olhar aquela que dormia calmamente ao seu lado.

Cabelos castanhos que no início da noite emolduravam o rosto de feições delicadas, agora uma total confusão sobre o travesseiro e os lábios ainda um tanto avermelhados. Seguiu admirando a pele perfeita, até deter o olhar no traseiro dela. Uma nítida marca de mordida estava lá e Sam sabia que era sua culpa.
Quando continuava sua contemplação silenciosa, esquadrinhando as longas pernas, ouviu-a suspirar e remexer-se, sabia que estava despertando e sem saber a razão exata, talvez para adiar o que viria depois, fechou os olhos, fingiu continuar dormindo e esperou.

Aqueles momentos em silêncio e de olhos fechados pareceram uma eternidade, tentou ao máximo manter a respiração calma. Sam esperava um grito, um xingamento, talvez até um soco no rosto, mas nada disso aconteceu. Somente sentiu alguém, obviamente ela, erguer o lençol que havia sobre seus quadris e soltá-lo imediatamente.
Entreabriu os olhos a tempo de vê-la rolar para fora da cama e com todo o cuidado para não fazer nenhum ruído, recolher seus pertences espalhados pelo quarto o mais rápido possível e se dirigir a porta.

- Cait. – Conseguiu dizer com a voz rouca.

Viu-a estancar junto a porta e em seguida sair do quarto como se o cômodo estivesse pegando fogo. Saltou para fora da cama, procurando algo para vestir, encontrando à mão somente a cueca boxer que havia vestido para ir a festa.

- Cait? – Perguntou saindo do quarto e se ajustando da melhor maneira dentro da cueca enquanto andava. Viu-a recolocar o vestido, a peça deslizando sobre ela e escondendo sua nudez. – Cait, espera.

- Não. Isso... – Enfiou o pé dentro do sapato de qualquer jeito. – Nós dois. Essa coisa. Isso não aconteceu.

- Ca..

- Não!

- Caitriona!


Sam POV

Gritei para a porta fechada. Caitriona bateu a porta e foi embora. Consegui ouvir o salto dela batendo na escada até quando estava claro que ela não estava mais lá há muito tempo.
Nada disso foi planejado, da parte dela ou da minha mas ficou claro que aconteceu, eu não saio por aí enfiando meu pau na boca de todo mundo e aquela marca de batom não apareceu milagrosamente lá. Pelo tempo que ela levou para recolher as roupas dela e me conhecendo como me conheço, não paramos por aí.

Eu queria lembrar de tudo, como chegamos aqui, como fomos parar na cama, mas principalmente como foi ter ela.
Não vou negar, eu sempre a quis. Desde o primeiro dia, quando ela entrou naquela sala em LA e estendeu a mão pra mim. Esbaforida, um pouco descabelada e molhada de chuva. Demorei uns bons momentos encarando Cait antes de reagir e tomar a mão dela. Já vi muitas mulheres bonitas, já até tive algumas. Mas nenhuma como ela. Eu quis Caitriona como nunca desejei ter nenhuma outra mulher antes. Deus sabe que eu tentei. Que fui sutil, dei pistas, soltei indiretas e até falei diretamente com todas as letras, mas ela não me quis.

Pela série, pela nossa amizade, pelo respeito que temos um pelo outro. Eu nunca concordei mas engoli, não podia simplesmente a obrigar a me beijar, ir pra cama comigo ou me namorar. E agora que evidentemente transamos, não sei o que vai acontecer quando ela se acalmar. Se acalmar, em termos.
Precisamos conversar mas se tem algo que eu aprendi é que se uma mulher diz não, sai e bate a porta, você deixa ela ir ou corre o risco de ser ameaçado com um salto alto ou ter um spray de pimenta esguichado nos seus olhos. Pode ser perigoso.


Caitriona POV

Puta que pariu! Vai tomar no cu, Caitriona! Que merda foi essa que você fez? Se enfiar na cama do Sam? Não qualquer Sam, O Sam. Heughan, seu colega de trabalho, seu amigo, seu companheiro... Não sei como cheguei no meu flat, não sei se andei, peguei um táxi ou o quê, a primeira coisa que lembro depois de descer correndo as escadas do prédio dele, foi estar de joelhos em frente a minha porta, jogando tudo o que estava na minha bolsa no chão, na tentativa de achar minhas chaves e quando achei, levei uns 3 minutos para acertar a fechadura, já que minhas mãos tremiam.

Eu precisava de um banho, do meu pijama e da minha cama, por sorte não teria que encarar ele pelos próximos três dias, já que havíamos recebido esses dias de folga e eu pretendia me enfiar no meu flat e permanecer nele até quando fosse inevitável reencontrar Sam. E realmente era, dali a três dias teríamos que voltar ao set e gravar. Por acaso seria mais uma cena de sexo e eu só queria sumir.

Nesse tempo refugiada em meu flat ele me ligou todos os dias, pelo menos duas vezes e eu não atendi nenhuma das ligações. Não queria falar com ele e principalmente ouvir aquela maldita voz, agora que fomos pra cama, o tremor que eu sentia nas pernas toda vez que lembrava do som da voz dele só piorou. E para meu horror, além de como eu me sentia, Eddie parecia me julgar todas as vezes que me encarava, ela não costuma fazer isso mas parece que adquiriu esse hábito no momento em que entrei pela porta, voltando da casa dele. Ela deveria me dar apoio moral mas só me olhava como se dissesse "Humana de merda".

Na noite anterior a gravação eu praticamente não dormi, o que significa que acordei com uma cara péssima e só pude esperar que a maquiagem leve que eu usaria na cena fosse o suficiente para cobrir as marcas escuras abaixo dos meus olhos. Entrei no trailer-camarim rezando para que ele estivesse em qualquer outro lugar, na academia, atrasado como sempre e ainda em casa mas não, Sam estava lá.
Dei bom dia, ele respondeu e saiu. Me maquiei, coloquei o figurino, arrumei o cabelo, depois de 45 minutos entrei no carro e continuei em silêncio, apesar das tentativas do meu motorista Andy de conversar. Já era complicado demais tentar me manter sã e relembrar minhas falas, manter um diálogo no momento estava completamente fora de cogitação.


Sam POV

Quantos copos de café eu tomei até ela chegar na locação? Não faço a mínima ideia, só o que sei é que essa seria a primeira vez depois do "ocorrido" que iríamos estar perto um do outro e eu não sabia como reagir. Sexo casual nunca foi um problema pra mim, já para ela, não faço ideia. Preferia que ela dissesse de uma vez o que pensava de tudo e de mim, porque Cait agora poderia estar me odiando, planejando como me matar de forma lenta e dolorosa ou pior, mudar completamente comigo.

Minha primeira reação ao vê-la descer do carro foi ir até lá e conversar, como sempre fiz desde o nosso primeiro dia de trabalho mas agora era diferente, eu não queria cruzar essa linha, não na frente de todo mundo.
Repassamos a marcação, ensaiamos, dissemos nossas falas e ela não me olhou nos olhos em nenhum instante. Doeu.
Eu deveria lhe abraçar por trás, enterrar meu rosto no pescoço dela, fazer ela girar em meus braços e a beijar. Depois deitar Cait no chão e fazer amor com ela. Tecnicamente.
Todas as vezes que fiz isso durante os ensaios, consegui sentir o corpo dela se enrijecendo como se quisesse se afastar de mim a qualquer custo. Doeu de novo.
Mas isso só poderia significar uma coisa, ela lembrou, assim como eu, de como as coisas começaram a acontecer na festa e com certeza, do que houve entre nós no meu flat.


***

- Você sabe, eu nunca imaginei que Duncan iria querer comemorar o aniversário dele numa boate! – Caitriona gritou próximo ao ouvido de Sam para se fazer ouvir acima da música alta.

- Nem eu! – Sam falou gargalhando e tomando mais um gole de whisky.

Ficaram próximos ao bar, obviamente, por um longo tempo, esvaziando e enchendo seus copos enquanto conversavam com os convidados, muitos deles integrantes da equipe que trabalhava em Outlander, em frente ou detrás das câmeras. Na hora em que cantaram Parabéns para você para Duncan, ele já estava visivelmente bêbado, não muito diferente deles.

- Mais um gole e Duncan não vai se sustentar de pé...

- Olha quem fala, você já está quase caindo.

- Eu? – Caitriona riu mais alto do que o normal e pediu mais um duplo ao barman. – Estou ótima. Você por outro lado... está apaixonado por esse balcão ou tem medo de cair e está agarrado a ele por isso?

- Você é muito maldosa quando quer, Balfe.

- Eu acho... – Fez uma pausa para terminar de beber o conteúdo de seu copo – Que eu preciso dançar.

Bateu o copo no balcão e deu meia volta, talvez rápido demais pois recostou-se a ele para recuperar o equilíbrio e fez seu caminho para a pista de dança ainda lotada às 3 da manhã.
Sam tentou não encarar mas era impossível, o modo como Caitriona se movia, a luz que tocava sua pele, o vestido que se agarrava à suas coxas, ele podia ver que não era o único com os olhos fixos nela. Isso o enfureceu.
Largou o copo e meteu-se entre as pessoas a fim de alcançá-la. Não conseguiu manter as mãos longe e pegou-a pela cintura, encostando-a ao seu corpo, seu nariz no cabelo dela. Caitriona não parou de dançar.


Take just a little bit of time
Just to make you feel alright
Just enough to ease the party
Hit the lights!

You've got pressure dripping off your shoulders
Let me be the one to relieve it!
Let's get unprofessional
Don't you know its gonna feel much better with

Just a little bit
Just a little bit
Just a little bit
It's what you need!


Caitriona podia sentir a ereção dele surgir, conhecia aquelas mãos que percorriam seu corpo muito bem, a boca que passeava por seu pescoço, a voz que sussurrava em seu ouvido todo o tipo de coisas.


Feeling the tension
Feeling the stress
I've got a notion I want to confess
Looking so good when your hair is a mess
Tearing the buttons right off of your dress

Working you over time I'm
Getting you over the line I'm
Climbing your ladder and making you better
Coz here's what you need!


Ele a queria e ela o queria também, desesperadamente. Girou nos braços dele e beijou-lhe a boca. Um beijo nada casto, cheio de desejo e provocação.

- Vamos sair daqui. – Caitriona disse após afastar sua boca da dele em busca de ar. Sam assentiu e ela pegou-o pela mão.

***


- Corta! Muito bom! Já podem levantar, estão liberados por hoje.

Sam afastou-se dela, procurando quem segurava seu casaco e isso foi o suficiente para Caitriona levantar-se rapidamente e seguir para o carro sem dizer palavra.
Permaneceu em silêncio na curta viagem de volta para onde os trailers se encontravam e ao chegar lá, correu para o trailer que compartilhava com ele e esperou. Não demorou muito até que a porta do trailer fosse aberta e Sam entrasse se arrastando e fechando-a atrás de si.

- É isso. Nós precisamos conversar. Agora. – Falou sem soltar a maçaneta. 

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