Mais Que Amigos {Finalizada}�...

By Pann_doraa

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Tudo o que ela não queria era ser notada. Até Tyler Black a notar. E Tyler Black nunca passa despercebido! An... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 35
Capítulo 36
Epílogo
HISTÓRIAS NOVAS 🔞‼️
Novidade

Capítulo 34

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By Pann_doraa

                                                           Sam

Patrick franze o cenho assim que me vê seguir para meu lugar habitual. Não profiro palavra alguma, apenas ergo a mão em uma forma de cumprimento. Talvez, seja por isso que ele cutuca Cindy, que resolveu pintar novamente o cabelo, tirando o amarelo. Ou, sejam as minhas lágrimas que insistem em não me abandonar por instante algum.

- O que houve, criança? – pergunta-me preocupada Cindy, sentando-se ao meu lado e acariciando meu cabelo.

No lugar de palavras apenas um soluço sai quando abro a boca.

Ela se aproxima e me deixo deitar minha cabeça em seu ombro. Onde a intensidade das minhas lágrimas aumentam.

- Aqui! – Patrick deposita um copo d'água á minha frente.

- O-Obrigada, P-Patrick! – murmuro, bebendo um pouco.

- Só ponha pra fora, Sam – diz acariciando meu cabelo – Ponha pra fora – repete e volta para trás do balcão.

Um pequeno riso escapuli em meios as lágrimas. Tyler ganhou nossa aposta.

Patrick é realmente baixo. Até mesmo mais do que eu. Mas, por trás do balcão ele parece ser muito mais alto. Então, certamente é por isso que nunca sai de lá. Ele deve usar algum banquinho para lhe dar altura.

- Ele é baixinho! – sussurro.

- Sim, criança, ele é – concorda Cindy sorrindo – Devo chamar o Tyler? - oferece.

- Não! – sai quase como um grito. Levanto-me rapidamente – Não é necessário. Estou indo. Obrigada, Cindy! Obrigada, Patrick!

- Sam, volte aqui! – grita Cindy, mas já é tarde.

O primeiro pingo de chuva que ameaçou por toda a noite finalmente cai acertando-me em cheio. É uma solitária, grande e fria, quando a primeira vem com tudo em minha testa, mas ela não continua sozinha e é quase como as minhas lágrimas. Talvez seja o céu zombando de mim em toda a sua grandeza.

- Me solta! – grito e estapeio quando mais uma vez braços cobertos por jaqueta preta me tiram do chão – Jake, me deixa! Me deixa!

- Fique quieta! – esbraveja papai.

- Pai?

Libertando-me, me arrasta pelo cotovelo até seu próprio carro. Steve, seu motorista abre a porta traseira para mim e ele praticamente me joga lá. Leva muito para que eu não caia do banco.

- Pegue isso – estende-me um lenço que o motorista lhe passa – Aeroporto, Steve – ordena.

- Sim, senhor!

- O quê... O quê... Que merda é essa? – esbravejo irritada. Ele não tem esse direito. Seus olhos azuis transbordando algum sentimento indecifrável.

- Olha a boca. O irmão de Michael me ligou... Oh, Sam! – lamenta.

Pegando-me não só a mim como ao Steve de surpresa, ele me puxa em seus braços e me aperta. Só lembro uma vez de ter sido abraçada por ele. Foi na festa de Ano Novo do mesmo ano em que venci o câncer. Está tão atrás. Minha mente não tem reação e até mesmo a memória dos meus músculos falham. Não sei como agir. Do mesmo modo que não soube tempos atrás.

Finalmente ele me solta e sem jeito volto a meu lugar. Embora não chore, seus olhos estão marejados. Em silêncio tira sua jaqueta e a estende para mim. Aceito. Enfiando os braços, deixando-a ao contrário. Cobrindo minha barriga e não minhas costas.

- Eu te liguei – aponta – Liguei para todos. Até mesmo para aquele garoto com quem você está saindo – minha cabeça vira-se rapidamente. O que é isso? Ciúmes?

Quem é esse homem? E o que ele fez com meu negligente pai?

Morte!, lembra-me meu subconsciente. Estar à beira da morte faz coisas malucas com você e pessoas ao seu redor. Lembro de quando estava bem mau, até mesmo Monick, uma garota que não ia nenhum pouco com minha cara graças a encrenqueira da Molly veio me desejar boa sorte e dizer quanto Roger era idiota por ter terminado comigo no momento em que mais precisei.

Pensar nisso, me faz relembrar de como não fiquei totalmente com raiva dele. Qual é, o cara tem total direito de escolher o melhor para si. E foi bem difícil. Acho que se meus tios e primos não fossem da minha família e me amassem o suficiente teriam me deixado de lado no primeiro chilique que dei após a primeira quimioterapia. Depois a depressão. Só merdas.

- Ninguém me atendeu – diz furioso – Então, lembrei de como gosta daquele lugar – comenta mais para si.

Mais uma vez faço aquela coisa com a cabeça.

- Você lembra-se do Via Láctea? – pergunto, espantada e curiosa.

- Claro – responde ofendido.

- Nunca achei que realmente desse ouvido para as coisas que digo – murmuro entristecida.

- Sinto muito por isso, filha – pede, realmente parecendo sincero e arrependido.

Não sei de onde surge tão rápida e grande raiva.

- Sente? Até quando isso vai durar? Uma semana, um mês depois da minha morte? – esbravejo. Jogando para si sua jaqueta – Steve, pare o carro!

Ele olha para o homem ao meu lado e continua.

- Eu disse: Pare o carro!

- Cale a boca, Sam! Eu sei que você tem todo o direito de estar brava comigo, mas chega. E pare de agir e falar como se fosse morrer. Michael está nos esperando em São Francisco e mandei buscar Charlotte no Texas – esbraveja, as bochechas vermelhas.

Imaginei que ela estivesse bem mais longe.

- Chegamos, senhor! – avisa Steve. Estamos a poucos metros de seu helicóptero.

- Eu não quero!

- O que você não quer?

- Passar por tudo isso de novo. Me sentir um lixo. Descontar a minha dor nos outros. Fazer eles sofrerem. Você pode não lembrar como a cadela raivosa que eu agia, mas eu sim. E para quê? Eu vou morrer de todo jeito – digo, as malditas assumindo o controle novamente.

- Como você pode saber? Você tem que lutar. Sei que não por mim, mas pelos seus primos, seus tios, seus amigos. Faça pelo garoto. Eu sei que o ama, e pelo que notei ele também – diz, secando minhas lágrimas.

- Notou?

- Pode não parecer, mas mantenho um olho em você, senhorita. Espero que esteja se protegendo. Você dorme mais na casa dele, do que na sua própria cama – sorri. Fico vermelha.

- Espera. Você não tem nada haver com o estágio na editora, não é? – pergunto para mudar de assunto, mas também por curiosidade.

Seu rosto diz culpado.

- Não exatamente. Tenho uns conhecido por lá, mas Tom disse que você só conseguiria se fosse capaz.

- Mesmo? – aperto os olhos.

- Mesmo! – sorrir.

Posso me acostumar com ele desse jeito.

- E não mude de assunto – aperta meu nariz.

- Sim, estou.

- Maravilha! Sou jovem demais para ser avó. Venha.

Agarro sua mão estendida. O medo surgindo a todo vapor.

                                                 Tyler

- Deixa!

Peter impede que Phill e John me segurem quando começo a bater com muita força o taco de beisebol no Impala estúpido da Sam. Ela realmente gosta dele. Clang! Clang! Clang!, destruí-lo é a coisa mais importante no momento. Porque infernos ela me abandonou? Será que me acha fraco o suficiente? Eu seria forte por nós dois se necessário. Porra! Ela não tem direito nenhum de tomar decisões por mim.

Clang! Clang! Clang!

- Tyler!

Ignoro Cindy no topo das escadas para o Via Láctea. Até mesmo Patrick está lá, os olhos arregalados. Completamente assustado. Do que adianta eu conseguir tirá-lo de trás do balcão se Sam não está aqui para ver que eu ganhei a nossa aposta do ano passado. Ele foi à diversão de nosso primeiro encontro. Clang!

- Agora chega – diz Peter tomando o taco de minhas mãos e empurrando-me em direção a picape de Phill. Obedeço.

Como uma marionete.

Entre meu melhor amigo e John – que por algum motivo se sentou atrás. Vai ver ele pense que eu vá me jogar do carro em movimento – agarro a garrafa de uísque barato que me compraram a caminho do Café no instante que Cindy me ligou falando sobre a Sam. Burro. Deveria imaginar que ela iria pra lá, mesmo que por poucos minutos. Aí sim eu teria alguma chance de fazê-la ficar e lutar ao seu lado. O líquido não desce queimando ou ardendo como o esperado. É como se eu estivesse tão anestesiado por dentro como me sinto por fora.

Têm o mesmo efeito que água. Então querendo apagar e sufocar a dor que toma cada pedaço de mim, que encobre todos os centímetros do meu coração. Aumento a quantidade de goles e tomo a uma velocidade impressionante.

- Pega leve, cara! – diz John.

Olhando para ele percebo que minha visão está desfocada. Passando a mão em meus olhos, elas se molham. Porra! Eu ainda estou chorando.

Então, vendo a Sam sozinha e assustada aos planto não dou a mínima se estou chorando feito uma garotinha no banco de trás do carro com meus amigos. Que se foda tudo.

- Foda-se!

Votem, por favorzinho ☺️

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