Escolhida || Livro 2 da Trilo...

By gabsel_

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Em um futuro distante, Claire Roberts é forçada a enfrentar uma cidade apocalíptica em busca de uma vingança... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Agradecimentos e Última Obra
ÚLTIMO LIVRO SAI HOJE

Capítulo Cinquenta e Três

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By gabsel_

Tomás faz Max cair e segura seus braços com força.

— Fica quieto! Parado! — fala ele enquanto Max tenta escapar se debatendo. — Você vai vir com a gente...

Eu e Harry passamos pelos dois. Max me olha. Ele não parece bravo, mas um pouco chateado.

Seu maluco. O que você fez?

Agacho-me ao lado de Lena, que sangra e treme. Seguro sua mão. Ela já está fria.

— Claire... — ela fala, com dificuldade. — Vão. Por favor.

De repente, algo explode. O local inteiro ecoa. O barulho vem, provavelmente, de onde eu e Harry entramos.

Ouço vozes ecoarem e passos começam a correr pelas passarelas. Soldados da LPB estão vindo.

— Não posso deixar você... não... — digo.

Demi e Niall passam por nós e começam a disparar contra os soldados.

Meu coração bate fortemente e minha cabeça funciona no mesmo ritmo. Dylan olha para mim. Ele parece extremamente confuso e preocupado.

Sinto a mão dela apertar a minha e eu volto meu olhar para seu rosto. Ela sorri.

— Claire... — então, seu olhos vão perdendo a vida.

Ponho minha mão em seu rosto e tento fazê-la ficar. Mas não adianta. Ela se vai.

Então, lágrimas começam a escorrer dos meus olhos.

— Nós precisamos ir! — Demi grita. — Agora!

Os tiros fazem meu ouvido zunir e meu coração doer. Não consigo pensar. Não consigo me mexer.

Lena está morta.

Dylan deixa delicadamente sua cabeça repousar na grade e se levanta, com lágrimas nos olhos. Harry me ajuda a levantar.

Tiros pegam no parapeito próximo. Demi e Niall correm para se juntar a nós novamente. Tomás segura um braço de Max enquanto aponta uma arma para sua cabeça.

Nós corremos para longe dos disparos. Deixando o corpo de Lena para trás.

— Vão pela esquerda! — grita Tomás quando saímos da passarela e do túnel gigante.

Estamos em um dos corredores típicos do Centro, mas escuro — apenas com luzes vermelhas piscantes iluminando — e mais silencioso. Seguimos as instruções de Tomás. Meus pés doem. Carrego um enorme peso no peito.

Quando percebemos que despistamos os soldados, começamos a andar em passos rápidos ao invés de correr.

— É por perto... — fala Tomás. — Ali! Aquela porta!

Ele aponta para uma porta um pouco mais à frente.

Vamos até ela e a ultrapassamos. Saímos em um local parecido com o túnel. Pisamos em uma passarela estreita de metal que se ergue até a outra parede, sem interseções ou máquinas no caminho. Abaixo da passarela, está algo gigantesco feito de metal.

Analiso o que é. Olho para a coisa gigantesca e vejo uma de suas pontas abertas. Há uma rampa no chão e na coisa. Vejo soldados da LPB colocando caixas metálicas para dentro. Eles sobem e descem a rampa. Alguns conversam do lado de fora. Eles não nos percebem aqui, não estamos perto. Me surpreendo ao ver uma mulher de vestido descer a rampa e começar a conversar com um dos soldados.

Brenda.

Olho para a outra ponta e percebo que está mais longe que a da rampa. Não consigo ver o que tem lá na frente, mas já consigo imaginar o que seja essa máquina gigante abaixo de nós.

Tem asas com turbinas viradas para o chão e para os lados. Deve ter uns vinte metros de altura e uns cinquenta de comprimento.

— Isso é a Nave — falo.

— Zayn ainda não chegou! — fala Tomás. — Nós ainda podemos...

Então, ele é interrompido por um soco no rosto. Dado por Max. Ele arranca a arma de sua mão e o empurra para o meio de nós.

Max aponta sua arma para nós e todos apontam suas armas para ele. Eu também apontaria, se não estivesse desarmada.

Rapidamente, ultrapasso os que estavam na minha frente e fico bem perto de Max. Ele aponta sua arma para mim e eu levanto as mãos para o alto, parando onde estou.

— Pare! — ele faz um movimento brusco com o braço. Eu me assusto e sou um passo para trás. — Não tente me impedir, Claire Roberts!

— Max... — digo. — Você precisa parar com tudo isso agora.

Ele segura a pistola com uma mão. A outra mão dele vai à um de seus bolsos e ele tira um pen-drive.

Meu coração falha uma batida. O pen-drive estava com ele. Não com Brenda. É ele quem está com tudo. É ele quem está com a última parte do plano.

— Isso... vocês não sabem o quão difícil foi consegui isso... — ele fala, sem tirar seus olhos de mim. — Eu não posso parar agora. Eu não posso!

— Você matou minha família, Max! — ouço Tomás gritar atrás de mim. — Eu deveria ter...

— CALE A BOCA! — Max fica vermelho de raiva de repente.

Sua arma vira para Tomás. Meu coração fica mais rápido.

Olho para os soldados. Eles parecem não parecem ter ouvido o grito de Max.

— Max, você destruiu milhões de vidas. — Falo. — Inclusive a minha.

Engulo o seco ao dizer isso. Talvez eu deveria estar com raiva com isso. Eu deveria atacá-lo. Eu deveria tentar tirar a arma da mão dele...

Mas eu não faço isso.

Eu fico olhando para ele. Meus olhos começam a se encher de lágrimas. Max parece apreensivo.

— Minha mãe cuidava de mim. Ela cuidava muito bem de mim, mesmo não sendo muito presente. Meu pai fazia de tudo para manter as coisas em ordem. Mas um dia, eles foram tirados bruscamente de mim. Deixando-me sozinha com Bia. Eles morreram. Eram inocentes e morreram por causa do seu plano maluco.

Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Talvez eu estivesse guardando isso tudo para falar para esse momento. Para Max abrir os olhos e ver o que fez com nós. Com todos nós.

— Eu não sou a única que perdeu os pais. Harry, Demi, Niall, Tomás... eles perderam suas famílias inteiras. — Continuo. Max parece bem menos raivoso e um pouco triste. — Eu sei que você é assim por causa da sua criação aqui dentro. Por causa de um pai que buscava a imortalidade e por uma mãe mentirosa. Mas você acabou se tornando uma mistura das pessoas que menos queria se tornar... seus pais.

Ele olha para mim. Seus olhos estão com lágrimas presas.

Monstro. Eu o chamava de mostro. E o monstro está segurando as lágrimas. O homem que matou a América do Sul inteira está segurando as lágrimas. Ele está se arrependendo. Ele está mudando. Está se tornando humano.

Eu não o perdoo pelo que fez. Mas agora, ele pode ser a única pessoa capaz de parar com tudo. Ele pode acabar com esse plano maluco. A LPB pode acabar. Basta ele se arrepender do que fez. Basta ele abrir seus olhos e enxergar o que fez. Quantas vidas tirou e quantas vidas planejava tirar.

— Eu... — uma lágrima escorre pelo seu rosto. — Eu construi tudo isso... Claire, o mundo precisa mudar... As pessoas são horríveis...

Percebo que sua mão começa a tremer. Sinto um calor percorrer meu corpo quando me lembro que todos estão assistindo isso.

— Nós podemos mudá-las. — Digo. — Mas não dessa forma.

Ele engole o seco. Mais lágrimas escorrem pelo seu rosto.

— Nós podemos mudar as pessoas. Nós podemos mudar o mundo. Juntos. — Digo.

Ergo minha mão para ele.

Ele encara ela. Seus olhos estão esbugalhados. Seu estado mental parece destruído. Não sei se isso é bom ou ruim.

Max suspira, vira a arma e me entrega. Ele fixa seus olhos nos meus.

— Eu preciso te contar uma coisa. — Ele fala. — Sobre seus pais.

Minha atenção se foca totalmente nele. Meu coração falha uma batida. Sinto um entusiasmo me invadir e tomar conta de mim.

— Eles... — ele não termina.

Disparo. Um tiro perfura seu crânio. Ele acerta uma de suas têmporas e sai pela parte de cima de sua cabeça. Sangue se esguicha para longe. Seu corpo morre instantaneamente e cai sobre o parapeito. Suas pernas saem do chão e ele cai em cima da Nave, levando o pen-drive junto.

Olho para a direção de onde veio o tiro e vejo a ponta em que há uma rampa. Brenda está mirando para cá com sua pistola. Ela é a única que está mirando. Os outros apenas olham.

Ela matou Max. Brenda matou Max.

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