Em meio aquela situação eu fico meio perturbado e começo a ouvir vozes... não vozes normais, ou sussurros de espíritos, ou alguém me chamando pelo nome, não, eram as vozes dos meus familiares, daqueles que estavam mortos na minha frente.
- Por que você fez isso? - era a voz do meu irmãozinho, o Lucas
- Por sua culpa agora nós estamos mortos - dizia agora a Ângela.
- Você é um monstro Hugo, matou todos... todos que você dizia amar - ouvindo isso do meu padrasto eu começo a chorar.
- Não, não, não foi culpa minha... eu... eu... eu não sei, eu, eu perdi o controle - Eu dizia com dificuldade enquanto as vozes continuavam - Não foi culpa minha, por favor parem! Eu juro que não foi culpa minha.... por favor me deixem em paz, eu não fiz nada eu não fiz nada.... - Eu já estava ficando louco, era tudo, tudo na minha mente.
E quando eu já estava a beirada loucura a porta se abre.
- Acho que chegou a sua vez querido... - Era o meu pai, eu não sabia se ficava feliz ou triste. Do jeito que eu estava eu preferia a morte do que ficar ouvindo aquilo, minha cabeça ja estava explodindo.
- Me mata, por favor, me mata.... eu não aguento mais isso. Só me mata, é só o que eu te pesso.
- Calma querido! Calma! Cada coisa tem o seu tempo e nos temos que ter calma - ele diz me abraçando, e trazendo o que eu poderia chamar de conforto se eu não estivesse naquela situação e implorando pela morte.