Mortiferum Paradiso

By StaryFics

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O que acontece quando um anjo da guarda encontra um renegado? O que acontece quando as leis dos céus são... More

Prefácio
Trailer - Mortiferum Paradiso
AVISOS! (Muito importante a leitura)
Caput Primum (Cortese)
Caput Primum (Cipriano)
Caput Secundum (Cortese)
Caput Tertium (Cortese)

Caput Secundum (Cipriano)

265 25 21
By StaryFics


Cipriano

Era uma situação estranha estar ali com ela quando o máximo de interação que eu havia tido com outras pessoas era aquele suficiente para afastá-las de mim com olhares desconfiados, como se eu fosse alguma espécie de maluco que havia fugido do hospício. E eu estava surpreso por ela não ter feito nem menção de que correria de mim. Claro que ela ainda estava receosa com toda aquela generosidade de minha parte e por vezes eu percebia que ela me olhava em dúvida, como se apenas com uma observação analítica ela conseguiria analisar minha índole, e em nenhum momento eu lhe neguei isso, muito pelo contrário, eu deixei que ela o fizesse, pois queria que ela percebesse que, por mais esquisito que parecesse, eu queria ajudá-la, queria que aquela dor maluca que ela sentia se dissipasse.

Céus! Só de imaginar cem anos de dor acumulada eu sentia em meu corpo humano recém adquirido uma tremenda exaustão... É, exaustão. Não conseguia imaginar uma palavra melhor para definir. Não me julgava forte o suficiente para isso e eu provavelmente teria desistido e pedido clemência nos dois primeiros minutos. E naquela fração de segundo, enquanto esses pensamentos passavam por minha mente, percebi que além de notar a beleza genuína de Genevieve Cortese eu a admirava também. De uma maneira que eu nunca havia enxergado alguém antes, o que talvez possa significar alguma coisa, se levarmos em conta de onde eu vim e com quem eu "trabalhava".

E a cada segundo que eu passava com ela ali ao meu lado eu me sentia mais tolo, pateta... um tremendo imbecil. "Anjos caídos sentem fome?" Vamos lá, que tipo de pergunta havia sido aquela? Por Deus! Não me admirava que ela não tivesse conseguido segurar o riso. Eu riria de mim mesmo se a situação não fosse tão trágica. Só me restava engolir em seco e respirar fundo para tentar me conter e dizer a menor quantidade possível de coisas estúpidas.

Genevieve me olhava com atenção enquanto eu explicava para que servia cada uma das coisas que ela usaria no banho, desviando apenas para olhar o shampoo e o sabonete líquido, e quando ela assentiu, repetindo minha frase para mostrar que havia entendido, senti um sorriso se formar em meus lábios. Por um momento, eu me vi refletido nela e desejei que alguém tivesse me ajudado assim como eu estava ali por ela.

Eu precisava parar de tentar entender o porquê eu havia sido dispensado para a terra como algo descartável e inútil.

Me virei para ir buscar a toalha e roupas limpas para Gen e me surpreendi ao sentir seu toque em meu braço, ficando um tanto embasbacado quando ouvi seu pedido.

Vamos lá, Andrew, ela só lhe pediu para rasgar a túnica, o que há de problema nisso?

Afastei os cabelos dela para o lado, para evitar que puxasse algum dos fios e, segurando com relativa força, puxei o tecido nas duas direções, sentindo minhas mãos ridiculamente trêmulas e procurando não manter meus olhos em sua pele, que ia sendo exposta a cada puxão que eu dava. O ferimento nas costas dela fez com que novamente eu sentisse um incômodo em minhas asas e eu desejava nunca passar por aquilo. Eu não fazia ideia da dor que ela sentia e da falta que as asas deveriam fazer a ela e também não queria ter nem um vislumbre disso.

Engoli um tanto em seco quando cheguei à base de suas costas e ela segurou em minhas mãos, num pedido para que eu parasse, então me voltei imediatamente para o lado oposto ao seu porque eu sabia que ela iria se despir naquele exato momento. Ouvi o barulho da água, indicando que ela havia entrado na banheira e uma baixa exclamação ecoou pelo banheiro, demonstrando o quanto ela deveria ter ansiado por aquilo. Eu conhecia aquela sensação muito bem.

Antes que eu pudesse dar o primeiro passo para a saída do banheiro, a fim de finalmente ir atrás das coisas que ela precisava, sua voz voltou a ecoar, dessa vez soando com receio do que eu pudesse lhe responder. Apenas assenti, concordando com a ideia de ela me fazer mais um pedido e automaticamente virei em sua direção, a encarando com cuidado e imaginando que ela devia ser um tanto maluca, porque ninguém em sã consciência pediria para ser costurado por mim. Eu era o anjo atrapalhado, que se atolava na lama e se afogava na banheira, que tipo de desastre poderia acontecer comigo e uma agulha em minha mão?

Mas eu não recusei, muito pelo contrário, o que deve me caracterizar como tão maluco quanto. Eu ao menos questionei se ela tinha certeza daquilo, apenas assenti, murmurando um "é claro" e indo até o armário pegar o kit de primeiros socorros, que eu sinceramente não sabia por que tinha ali, já que eu tinha o poder de me curar de qualquer ferimento.

Voltei a me aproximar dela então, sentando na beirada da banheira e afastando mais uma vez seus cabelos, agora molhados, de suas costas com cuidado. Analisei o ferimento, apertando um pouco meus lábios ao voltar a sentir aquela mesma agonia de antes e descendo uma de minhas mãos de seus ombros até a cicatriz aberta, tocando em volta e ouvindo uma exclamação de dor da parte dela.

- Desculpe! - murmurei, lhe lançando um sorriso fraco, então decidi que o máximo que eu poderia fazer para aliviar sua dor era tentar distraí-la. E foi por isso que resolvi puxar assunto com ela. Conversar era uma boa tática, o problema era que eu era péssimo nisso. - O que anjos caídos comem exatamente? Quer dizer... Você ficou todo esse tempo trancada lá na tumba sem comer nada ou? - minha voz acabou morrendo no meio da fala, já que eu consegui sentir minhas bochechas esquentarem. Ótimo jeito de distrair, Andrew! Perguntando exatamente coisas sobre a tumba! Pude ouvir uma risada baixa ecoar dos lábios dela e franzi o cenho, tentando esconder a irritação comigo mesmo.

- Como anjo caído agora eu estou na minha forma humana, assim como você, então eu me alimento das mesmas coisas que os humanos. E durante os anos que passei na tumba eu não senti nada, digamos que a fome também veio acumulada - percebo que sua fala tremeu um pouco enquanto ela explicava e passei a esponja delicadamente por suas costas, enxaguando a cicatriz para limpá-la bem de todo e qualquer vestígio de sujeira.

- Você gosta de comida mexicana? Tem um restaurante ótimo a poucas quadras daqui... Mais tarde posso levar você até lá. Acredite, você não vai querer experimentar minha culinária. Acho que nem arcanjos sobrevivem a ela - faço uma careta ao lembrar de minha inútil tentativa de fritar um simples ovo e acabo perdendo a noção de que talvez ela nem soubesse o que exatamente era comida mexicana. Mas Genevieve não deixou isso muito claro, porque apenas riu novamente, de um jeito adorável.

- Parece bem legal, Andrew... A comida mexicana, é claro. Do jeito que você tá falando, é melhor a gente evitar acidentes, não sei se eu sobrevivo a isso também - acabei então rindo com ela e larguei a esponja, pegando a agulha e encarando seu ferimento meio incerto, mas ao mesmo tempo tentando passar a ela a segurança de que eu sabia o que estava fazendo. Engoli em seco então e comecei a costurar a cicatriz. No exato momento em que a agulha perfurou seu ferimento, algumas gotas de sangue começaram a escorrer e ela apertou os lábios, soltando um grunhido baixo e contido que eu sabia que não demoraria muito tempo antes de virar gritos.

- Vai por mim, na primeira e única vez que tentei cozinhar eu consegui fazer com que um ovo frito ficasse com gosto de sola de sapato... Se bem que eu nunca comi sola de sapato antes, mas você entendeu. - depois que eu havia conseguido passar a linha pela primeira vez, foi ficando mais fácil e eu fazia aquilo o mais rápido possível para que ela não sofresse tanto.

Dessa vez, Genevieve não respondeu, apenas emitiu um som que lembrava uma risada agoniada e eu fiz a coisa mais tola que alguém poderia fazer numa situação como aquela. Eu me curvei um pouco e assoprei na direção de suas feridas enquanto eu mantinha minhas mãos trabalhando naquele tormento. Sabia que aquele tipo de atitude era bem típico dos humanos, já que eu havia presenciado aquela cena algumas vezes durante aquele tempo em que estava na Terra. Geralmente as mães faziam isso aos filhos quando esses se machucavam e era como mágica, eles sempre paravam de chorar, o que eu não entendia, mas jamais questionaria.

Ela não parou de gemer de dor, mas meu ato certamente havia lhe deixado surpresa, porque ela congelou por alguns segundos antes de voltar à sua postura de antes e agarrar a beirada da banheira com uma das mãos, apertando com força para controlar a dor.

- Calma, Gen. Está tudo bem - outra frase idiota, mas eu precisava fazer alguma coisa. - Sabe o que eu gostei de experimentar aqui na Terra também? Tem uma bebida que eles chamam de tequila. O gosto é horrível, mas deixa tão leve que você esquece seus problemas num piscar de olhos. Posso levar você também até a Taverna para experimentar - terminei de fechar a primeira abertura e passei a esponja novamente para tirar o sangue. - Falta pouco, Gen. - murmurei, tentando tranquilizá-la e prosseguindo com meu monólogo, já que eu sabia que ela estava ocupada demais se contendo para me responder. E era estranho porque a cada vez que a agulha perfurava sua pele eu me sentia tão agoniado quanto ela, como se uma parte de sua dor passasse para mim e eu não via a hora daquilo terminar.

Quando a última volta com a linha foi dada, finalizei o curativo e separei alguns remédios para passar assim que ela saísse do banho, limpando bem os vestígios de sangue e depois lhe entregando a esponja, sorrindo fraco para ela ao ver que seu rosto estava molhado pelas lágrimas.

- Você vai ficar bem? - questionei, com o cenho franzido em preocupação.

- Acho que sim. Aguentei coisa pior. - ela murmurou, com a voz fraquinha e eu assenti, levantando logo em seguida para deixar ela tomar banho em paz.

- Tudo bem. Vou te trazer as roupas limpas e a toalha então. Qualquer coisa que precisar, é só chamar - eu disse, desviando meu olhar e tentando não encará-la, já que agora eu veria muito mais do que suas costas se o fizesse.

- Por enquanto eu vou usar esses negócios porque eles parecem ser cheirosos. Muito obrigada, Andrew. - ouvi ela responder e logo me afastei a passos rápidos até o quarto, abrindo o armário para pegar o que achei que fosse apropriado e como eu morava sozinho, não havia muitas opções, na verdade.

Demorei um pouco mais do que o necessário para não deixá-la desconfortável com minha presença ou algo do tipo e alguns minutos depois eu voltei a adentrar o banheiro, procurando vir de costas para não pegá-la em uma situação constrangedora.

- Aqui estão. Vou deixar em cima da pia, tudo bem? - murmurei, para que ela notasse minha presença, fazendo o que eu havia dito e ouvindo uma risadinha ecoar de sua direção. Provavelmente eu estava parecendo bastante patético, mas antes isso do que ser invasivo ou algo do tipo, certo? Ela não me conhecia e eu não queria parecer um pervertido.

- Obrigada. Qual é para lavar o cabelo mesmo? - ouvi sua pergunta e o barulho da água em seguida, o que provavelmente indicava que ela havia apontado para os frascos, então me virei em sua direção de forma automática, percebendo segundos depois o que eu havia acabado de fazer.

Meu olhar desceu automaticamente pelo corpo dela, notando tarde demais que ela havia levantado, então engoli em seco, completamente nervoso e sentindo minhas bochechas esquentarem de vergonha. A toalha que eu colocava na pia escorregou de minha mão e soltei um pigarro, me abaixando para juntá-la, completamente atordoado. Ela havia feito aquilo de propósito ou... claro que não, Andrew!

- Eu... err... O quê? - me atrapalhei com as palavras.

- Esse frasco - ela voltou a perguntar, com uma expressão meio confusa com minhas reações. Então puxou o frasco e leu o que estava escrito. - Shampoo é pra lavar cabelo? - o estendeu em minha direção para que eu visse do que ela falava. Larguei a toalha na pia dessa vez, tentando desviar meu olhar do corpo dela, mas sem muito sucesso. Ela fazia as coisas inocentemente, sem fazer ideia do que aquela visão dela poderia me causar. E quando me aproximei para pegar o frasco eu me senti mais nervoso ainda, hesitando porque eu suava frio. O que ela estava fazendo comigo? Tentei me conter novamente e olhei para a etiqueta, onde estava escrito "Shampoo" e assenti com a cabeça, pigarreando mais uma vez.

- S-sim... Esse é para lavar o cabelo - mordi o lábio, nervoso, vendo ela acompanhar meu olhar por seu corpo e gargalhar de minhas reações. Eu não a culpava por isso, eu provavelmente teria rido em seu lugar. Percebo então ela passar a língua pelos lábios enquanto sua expressão mudava para uma constrangida e ela também hesitava na hora de falar.

- Obrigada, Andrew. Agora você pode...? - então apontou para o lado de fora do banheiro, fazendo com que eu automaticamente sentisse minhas bochechas esquentarem. Tudo bem, talvez eu tivesse ficado reparando no corpo dela por tempo demais. O que ela estaria pensando de mim? Provavelmente chegava à conclusão óbvia de que aquela ideia de aceitar minha ajuda era a pior de todas. Balancei a cabeça negativamente e então soltei um pigarro antes de lhe responder.

- Ah sim... Claro. Desculpe - minha voz soa mais nervosa do que eu pretendia e então saí de lá imediatamente, não queria parecer mais estranho do que eu já parecia.

Andei rapidamente até a sala e me joguei no sofá, suspirando fundo e tentando apagar as imagens dela na banheira. Certo, eu precisava urgentemente dar um jeito naqueles tais malditos hormônios que haviam se agitado, fazendo com que um volume se evidenciasse entre minhas pernas. Meus olhos se arregalaram assim que eu me dei conta disso. Será que Genevieve havia notado?

- Droga, Andrew! - soltei um resmungo, inclinando minha cabeça para trás e bufando alto. Lógico que ela havia percebido, isso explicava ela ter ficado tão constrangida, a ponto de sua voz soar falha. Merda, Andrew! Vamos lá, controle-se!

Fechei meus olhos e continuei reprimindo aquele mantra mentalmente, tentando esvaziar minha mente de qualquer pensamento que pudesse me fazer parecer um tarado e maníaco sexual. A ideia teria até me feito rir, se eu não estivesse triplamente nervoso por conta disso.

- Essa calça cai em mim - dei um pulo no sofá ao ouvir a voz dela tão próxima e com isso acabei caindo, sentindo meus ombros estalarem com o impacto. Patético.

Enquanto continuava me xingando mentalmente, não querendo desgrudar meus olhos do chão, peguei impulso para me levantar e quase caí novamente quando finalmente me conformei e olhei para Genevieve.

Ela não havia vestido a calça que eu havia entregado junto à pilha de roupas, somente a camiseta e uma de minhas boxes e... Céus, eu estava perdido! Mal pude conter meus olhos, que subiram por toda a extensão das pernas descobertas e muito bem torneadas (até demais para quem estava presa em uma tumba), demorando em suas coxas e me fazendo franzir o cenho, soltando um pigarro antes de me forçar a encarar seu rosto, notando que ela havia feito um bico engraçado. Sorri, completamente sem graça novamente.

- Desculpe, não tenho roupas femininas aqui. Moro sozinho. - me expliquei, coçando a nuca e tendo plena certeza de que ela havia percebido minha análise. Eu ainda estava estatelado no chão, o que tornava a situação mais humilhante ainda e, parecendo notar isso, Genevieve caminhou até mim com um ar de preocupação.

- Você está bem? - ela perguntou, em um tom baixo enquanto se abaixava em minha direção, estendendo uma de suas mãos para que eu segurasse. Tudo bem até aí. O problema era que a blusa que eu havia lhe emprestado havia ficado bastante folgada nela e no exato momento em que Genevieve se curvou para me ajudar, essa mesma blusa me deu a visão perfeita de seus...

- Peitos - ouvi minha própria voz ecoar, vergonhosamente. Balancei a cabeça, desejando mentalmente que um buraco se abrisse no chão e me engolisse até o inferno. O que diabos eu havia acabado de dizer? - Quero dizer, estou - pigarreei e aceitei a mão que ela me oferecia, segurando e ajeitando minha camiseta. - Err... está com fome? - perguntei a primeira coisa que veio em minha mente, numa tentativa nervosa de desviar do fiasco. Eu sentia meu rosto fervendo e evitei olhar para ela. Uma risada soou como resposta e eu me senti ainda pior.

- Sim, peitos, dois - ela apontou, quando eu voltei a encará-la, em tom de surpresa. Merda! - Um, dois. - contou, ainda em tom de riso, indicando um e depois o outro, me fazendo acompanhar com o olhar e morder meu lábio discretamente. Aquelas emoções humanas estavam acabando comigo. Mas, pelo menos, ela não havia ficado brava ou envergonhada... O que não tornava a situação menos constrangedora. - São apenas peitos, Andrew. - franzi meu cenho e ela soltou mais uma risada. - Ah, eu vou me cobrir com um lençol! Você vai colocar fogo na cozinha se eu estiver perto de você? Acho que vou pegar a calça folgada mesmo - tomei um susto ao ouvi-la dizer isso e mais uma vez minha boca disparou a falar coisas sem meu consentimento.

- Não precisa se cobrir, a visão está ótima assim - arregalei os olhos ao perceber o que aquilo significava. Por que eu ficava falando aquelas coisas em voz alta mesmo? Droga, Andrew! Para onde foi aquele papo de controle?

- Está? - ouvi sua voz surpresa e notei que ela torcia o bico, cruzando seus braços em seguida. Parabéns, Andrew! Por ser um imbecil de primeira!

- Err... Desculpe, Genevieve. Não foi isso que eu quis dizer, eu só... - acabei deixando a frase morrer e balancei a cabeça pela milésima vez porque meus olhos haviam desviado para as pernas dela novamente e pensamentos nada puritanos haviam invadido minha cabeça. Mas o que era aquilo? Eu era um anjo da guarda, não devia ficar pensando absurdos como aquelas coisas. Era errado e se os arcanjos sequer sonhassem com o que eu andava desejando, com toda certeza me daria uma passagem especial para o inferno.

Passei por ela rapidamente, indo até a cozinha e pegando uma lasanha congelada para fazer no microondas, sentindo que ela me seguia segundos depois.

Quando voltei a bater meus olhos nela, Genevieve havia dado um jeito de vestir minhas calças e fechado todos os botões da camisa.

- Agora você pode se concentrar em alguma coisa, por favor? - o tom de voz dela ainda era ameno, quase de riso, o que demonstrava que por mais estranho que eu estivesse soando, aquilo não lhe chateava e até lhe divertia de certa forma.

Senti meus lábios se torcerem e contive uma careta de desgosto por não conseguir mais ver as pernas descobertas de Genevieve, o que me fez sentir novamente um péssimo anjo da guarda. Soltei um longo suspiro, já entendendo perfeitamente que ter ela ali comigo seria muito mais do que um gesto generoso de minha parte. Seria um tremendo desafio, onde minha sanidade e todos aqueles hormônios malucos estavam em jogo.

Eu só não sabia até quando conseguiria controlá-los.

- Melhor você manter distância ou pegar algum capacete de proteção. Mesmo com comida de microondas, é meio arriscado estar dentro de uma cozinha comigo - lançei um olhar que mesclava sinceridade com uma vontade imensa de rir e então ouvi a risada de Genevieve soar como música aos meus ouvidos.

Andrew Cipriano, você está perdido.



N/A: (20/11/2016) WE ARE BACK!

E aí, amorzinhos? Como vocês estão?

Perdoem o atraso na att, as autoras aqui acabaram se enrolando com a vida, mas ta tudo certinho, venham aqui nos amar de novo! hahaha.

Nós estamos bem felizes com o retorno que vocês estão dando aqui, sério, vocês são demais!

O que acharam desse capítulo? Confesso pra vocês que eu (Ste) morro de rir com o Andrew. Ele é tão atrapalhado!

E essa cena dele costurando as costas da Gen? Meu coração sangrou, nossa.

Comentem aqui, recomendem muuuito e deixem aquele votinho maroto!

Qualquer coisa, já sabem, nosso ask é o http://ask.fm/staryfics e nosso twitter, https://twitter.com/staryfics

Esperamos que a leitura tenha sido proveitosa!

Beijocaaaaas,

Stary <333

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