Escolhida || Livro 2 da Trilo...

By gabsel_

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Em um futuro distante, Claire Roberts é forçada a enfrentar uma cidade apocalíptica em busca de uma vingança... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Agradecimentos e Última Obra
ÚLTIMO LIVRO SAI HOJE

Capítulo Cinquenta

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By gabsel_

Meu corpo é atirado para a escuridão. Por alguns segundos, tenho medo de ter feito algo errado. Tenho medo de que eu esteja morrendo e nunca mais irei acordar.

Então, meu corpo pula na cadeira e eu abro os olhos. A luz fluorescente faz meus olhos arderem. Por segundos, enxergo tudo branco. Aos poucos, formas vão aparecendo e eu consigo ver o teto de onde estou. Puxo o máximo de ar para dentro do pulmão como se estivesse sem respirar por mais de cinco minutos. Meu coração acelera em uma velocidade que nunca chegou antes.

— Ela voltou! — ouço alguém dizer. — Reanimou!

Ouço os "bips" rápidos da máquina que está registrando meus batimentos cardíacos. Sinto dores no meu peito. Minha cabeça parece que vai explodir.

Eu reanimei? Eu tinha morrido?

Sinto-me completamente fraca. Todas as minhas forças foram tiradas do meu corpo. Olho para o lado e vejo um tubo conectado ao meu braço e a uma máquina, sugando um líquido preto junto com meu sangue para dentro da máquina.

— O Parasita... — fala alguém. Reconheço a voz de Brenda. — Ainda está vivo. Guardem-o bem. Isso pode ser útil.

Tento me mexer, mas tudo que consigo mover são os meus polegares. Movimentos curtos e fracos. Eu nem tenho certeza de que os mexi.

— O que faremos com ela e os outros? — pergunta alguém.

— Deixe-a em sua cela. Quando partirmos, ela não será perigo algum para nós.

O tubo é removido do meu braço e os cientistas colocam um algodão e curativo em cima da ferida deixada.

Não consigo mais manter meus olhos abertos. Enquanto caio em sono profundo, ouço a voz de Brenda dizer:

— O Projeto Escolhido está finalizado. Dê início à próxima fase. A Nova Ordem Mundial.

Então, não ouço mais nada.

***

Quando abro meus olhos, não estou mais vendo o teto branco com uma luz fluorescente. Reconheço o teto da primeira cela em que eu fiquei na LPB. Suja, com ratos e baratas...

Agradeço por ser essa e não o cativeiro branco que me mantiveram presa. Não sei se aguentaria ficar naquela cela. Minha mente já não está muito boa, ela ficaria pior dentro daquele cubo.

Ainda sinto um pouco de dor, mas não é nada comparado ao que estava sentindo antes. Olho para baixo e vejo meu braço com o curativo. Eu o retiro e para a minha surpresa, lá está o que eu estava procurando.

O meu machucado. O que fizeram em mim com aquele tubo. Ele não se curou. Não está se curando. E não irá se curar. Eu não tenho mais poderes. Sou humana agora. Sou completamente humana.

— Como é ficar sem seus poderes? — ouço uma voz e me assusto.

Sento-me na cama rapidamente e vejo do outro lado das grades da cela, Brenda.

Ela está com uma roupa totalmente diferente. Não parece nada com uma cientista e sim com uma mulher de negócios. Ela usa um vestido preto que encosta no chão. Sua perna direita fica à mostra com o coldre segurando uma pistola enrolado nela.

— O que vai fazer agora? — pergunto. — Vocês já têm a cura, o vírus... O que mais querem?

Ela coloca uma das mãos na grade enferrujada.

— Você foi bastante importante para a segunda parte do nosso plano. A primeira, foi a Liberação, quando liberamos o vírus na América do Sul inteira. A segunda foi essa, o Projeto Escolhida. Agora, iremos para a última. Iremos liberar o vírus em escala mundial. Será uma infecção global. Apenas alguns pontos serão seguros. Então, quando estivermos no poder de tudo, começaremos a Nova Ordem Mundial. Destruiremos as linhas que nos dividem e transformaremos o mundo em um só. O mapa será limpo e não haverá estados, capitais ou países. Apenas o mundo. Como foi criado.

Acabo soltando uma risada. Não posso deixar de comprar esse plano maluco com a ideia dos "Illuminati". Sempre ouvi histórias deles e seu objetivo de dominar o mundo por meio da Nova Ordem Mundial.

Talvez a LPB seja Illuminati. Ou talvez apenas tenha pego a ideia deles. O que eu acho mais provável, já que não acredito que os  Illuminatis realmente existam.

— Teoria da Conspiração... — digo. — Vocês são malucos.

Aprendi isso na aula de história. Quando um garoto perguntou sobre os "Illuminatis". Lembro-me até hoje da professora explicando o que era uma Teoria da Conspiração. Uma hipótese de que alguém está tramando algo prejudicial ou ilegal.

Mas nesse caso, não é uma teoria ou uma hipótese. Isso está acontecendo de verdade.

— Estamos transformando o mundo em um lugar melhor. Sem guerras. Sem destruição. E você nos ajudou a chegar a isso.

Ajeito-me na cama. Não acredito que eles realmente estão fazendo tudo isso. Não consigo acreditar nisso tudo. Ainda parece mentira para mim. Como uma pessoa poderia fazer isso com a própria espécie?

— Como você acha que vai conseguir preservar a espécie humana com um vírus tão poderoso? — falo.

— Quando o número de humanos se tornar pequeno, três ou quatro mil pessoas... — isso é extremamente pequeno, penso. — ... lançaremos mísseis com a cura em diversos locais do mundo. Assim, a cura se espalhará no ar e matará todos os zumbis, além de desinfectar os humanos infectados. Sabemos que não mataremos todos os zumbis, mas não tem problema. O vírus é duradouro. Os infectados só conseguem viver até quatro anos.

Quatro anos?

Isso me surpreende. Significa que se nós passássemos mais dois anos no meio da destruição... os zumbis morreriam e tudo poderia voltar ao normal?

Então, ouço passos se aproximarem. Parece ser de duas ou mais pessoas.

Brenda olha para a direita.

— Vamos para a Nave! — fala alguém fora da minha visão. Provavelmente um soldado. Ele parece animado. — Finalmente vamos sair daqui!

Ouço alguns gritos de comemoração dos soldados que estão com ele. Brenda sorri. Ela olha para mim. Seus olhos fixam-se nos meus.

Não acredito que estou a deixando ir. Não acredito que o plano deles dará certo. Eu falhei. Sinto-me responsável por isso. É culpa minha. Sinto a derrota me bater com um soco no estômago. Eu vim até aqui. Praticamente me entreguei a eles. E agora, eles estão fugindo com tudo que queriam.

— Adeus, Claire. Essa será a última visita minha.

Ela sai de perto da cela. E eu fico sozinha. Sem Harry. Sem Demi. Sem Niall. Até mesmo sem a Outra Claire. Desta vez, eu estou completamente sozinha.

Eu falhei. Desculpe-me, Bia. Não poderei te salvar. Não poderei salvar ninguém.

O Parasita estava certo. Eu nunca iria conseguir sem ele. Não conseguiria sem meus poderes. Um remorso começa a crescer dentro de mim e eu sinto vontade de chorar.

Coloco as mãos no rosto e suspiro. Eu sou uma imbecil. Uma idiota. Fraca, medrosa, inútil...

Um estrondo forte me assusta. Tiro as mãos do rosto e vejo a grade da cela voar para fora numa explosão que faz subir uma nuvem de fumaça negra com pedacinhos de pedra do chão.

Sinto meu coração bater com rapidez dentro de mim. A fumaça da explosão começa a desaparecer quando alguém passa por ela e entra na cela.

— Esse é o sinal que Zayn disse — fala uma voz feminina. Eu a reconheço.

Subo meu olhar para seu rosto e eu levo outro susto. Tapo a boca com as mãos.

Clarissa está de pé segurando um enorme lança-granadas e com um fuzil nas costas. Atrás dela, Lena entra.

— Viemos te salvar — ela fala.

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