Blue

By GioviSouza

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"Você era vermelho e gostava de mim porque eu era azul. Você me tocou e de repente eu era um céu lilás, então... More

Boas Vindas!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 18

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By GioviSouza

- Sabia que eu queria te tocar desde aquele dia no carro?

Ergui minha cabeça deitada no seu ombro e encontrei os seus olhos.

- O dia em que você me levou na enfermaria porque eu torci o pé? Esse dia? - Ele assentiu e eu entreabri os lábios.

- Me desculpa, OK? Eu sei que eu sou uma pessoa terrível. - E apesar do teor culpado nas suas palavras, ele trazia um sorriso malicioso nos lábios.

Fiquei por cima dele e toquei seu rosto, acariciando seus traços. Rocei nossos lábios e colei brevemente.

- Se você é, então eu também sou por ter praticamente colocado meus seios semi-cobertos por um biquíni no seu rosto. - Ele pareceu pensar por um momento, mas se lembrou.

- Ah, essa foi a melhor provocação não intencional. E, por incrível que pareça, eu não pensei neles o resto do dia. - Suas mãos passeavam pelas minhas costas sem restrição. - Eu pensei em você e só você.

- Nada malicioso? - Ergui uma sobrancelha.

- Hmmmm...

Dei um tapa no seu peito.

- Ah, qual é? Você nunca pensou também? - Ele desafiou.

- Eu? - Sai do seu colo e me sentei ao seu lado. - Jamais.

- É claro. - Ele abraçou minha cintura e deu leves mordidas no meu quadril.

- Eu amo tanto você, Blue.

Eu olhei para ele, um sorriso tão largo no rosto que eu achei que poderia rasgar. Quando nossos olhares se encontraram, eu pude ver o quanto de sinceridade estava presente em tão poucas palavras que carregavam tanto sentimento.

- Eu te amo, Nick. Eu amo como nunca amei alguém.

Me abaixei para beijar seus lábios.

Não era mentira, nunca havia amado alguém como Nick. Ele era uma pessoa incrível, um verdadeiro homem que não tinha medo de amar. 

- Está ficando tarde. - Nossos lábios se separaram relutantes. - Acho melhor eu te levar pra casa.

Quem dera eu pudesse ficar naqueles braços por uma vida inteira. Quem me dera se aquele momento nunca se acabasse e os lençóis guardassem nosso segredos por anos. Mas nós tínhamos nossas vidas, nossas responsabilidades e a vida real batia à nossa porta.

Me levantei e comecei e me vestir enquanto ele fazia o mesmo.

- Nick. - Chamei e ele me olhou enquanto terminava de fechar sua calça. - A minha calcinha.

Ele gargalhou e mais uma vez colocou o pano diante do nariz para sentir o odor ali presente.

- Isso é meu agora. - Ele guardou a calcinha no seu bolso da frente.

- E como você espera que eu chegue sem calcinha em casa? - Cruzei os braços, uma sobrancelha levantada em desafio.

- Porra, você consegue ser mais linda do que isso? - Tocou meu queixo e selou nossos lábios.

Não preciso dizer que me derreti e que o assunto "calcinha" parecia banal naquele momento. Com certeza eu lhe ofereceria um órgão se o próximo gesto dele fosse um beijo aprofundado.

- Para com isso. - Minhas bochechas ficaram coradas enquanto ele distribuía beijos pelo meu pescoço.

- Parar de te amar? - Ele apertou os braços na minha cintura e afundou o rosto no meu pescoço. - Jamais.

Eu ri e me virei para encontrar seus lábios em mais alguns selinhos.

- Tudo bem, eu te dou a calcinha só dessa vez. - Me virei para voltar a me vestir.

- Então quer dizer que vão ter próximas? - Tinha um tom esperançoso na sua voz e eu me virei para ver seus olhos brilhando em expectativa.

- Ah, Nick! Se depender de mim, as próximas vão durar o resto da minha vida. - E sem demora nos enroscamos de novo.

Nosso beijo era cheio de vontade pelos contidos beijos anteriores. Decidimos que era melhor que não aprofundássemos mais nenhum beijo ou não pararíamos de transar nunca, Mas eu precisava sentir seus lábios, sua língua. Parece que conter todos aqueles beijos foi pior, eu pude sentir seu volume e senti que estava ficando lubrificada. Me afastei antes que pudéssemos nos atrasar - ou nunca mais sair dali.

Nick me deixou em casa e eu tentei não parecer constrangida em todo o caminho até o carro. É claro que alguém poderia ter nos ouvido, eu não sabia o quanto havíamos sido barulhentos mesmo em meio à tempestade.

Durante todo o trajeto ele foi me contando como seria a festa de Halloween e apenas a menção de cada detalhe me deixava tão animada quanto ele. Murchei quando notei que já estávamos em frente à minha casa. As luzes estavam acesas, mas a escuridão envolvia a casa.

- Acho que isso é um adeus. - Suspirei.

Ele pegou minha mão e beijou os nós dos meus dedos.

- É um até logo, menina Blue. Eu te amo, está bem? - Beijou minha testa e voltou a me olhar, sem soltar minha mão e acariciando meus fios dourados. - Nos falamos mais tarde?

- Com certeza. - Selei nossos lábios por um breve momento e eu saí relutante do carro.

Não olhei pra trás, mas ouvi o motor silencioso se afastando pela rua.




- Vocês duas vão dormir lá em casa? - Noah perguntou.

- Sim, nós duas. Por quê? - Bia cruzou os braços e se virou para o nosso amigo.

- Porque não tem lugar não.

- Claro que tem. Eu e a Blue dormimos na sua cama e você se vira. - Bianca saiu triunfante, jogando seus cabelos por sobre o ombro e andando na nossa frente.

Eu ri de sua atitude e revirei os olhos, balançando a cabeça em negação.

- Tudo bem, Noah. Eu fico em casa. - Abracei meu amigo de lado me sentindo uma traidora.

Como eu ia ter coragem de dormir em sua casa depois do que havia feito com o seu pai? Já era difícil o bastante olhar para ele, dormir no quarto ao lado do meu amor seria pior ainda.

Nos sentamos no refeitório para comer e notei que Bianca retocava o batom, um prato cheio para Noah falar alguma provocação.

- Para que passar batom se vai comer?

- Ai Noah, por que você não cuida da sua vida? - Ela disse com tédio, guardando o batom.

- Mas eu estou cuidando.

Engoli em seco e observei a reação de cada um. Minha amiga olhou-o sob os cílios com as bochechas coradas e ele apenas piscou para ela. Uma conversa silenciosa da qual eu não compartilhava. Constrangida, chequei as mensagens que recebera de Nick e os desejos de uma "boa aula".

Bianca pigarreou e eu levantei o olhar do celular para notar que meus amigos me observavam.

- Por que está tão avoada? Está transando com quem? - Minha amiga apoiou os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos.

Corei com a menção do ato e vi pelo canto de olho que Noah mexia nas próprias mãos e mordia o lábio inferior com força enquanto ouvia as palavras de Bianca.

- Para com isso, Bianca. Não estou fazendo nada. - Pressionei os lábios, olhando para meu celular com a tela desligada como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Eu não conseguiria mentir olhando nos seus olhos.

- Tudo bem. - Deu de ombros. - Vamos dormir na casa do Noah e ele dorme em um colchão no chão. Pode ser? - Ela olhou para cada um de nós e nos viu assentir, Noah silencioso de repente.

Bianca bufou e revirou os olhos, se levantando e indo pegar o que queria para comer. A mesa agora estava silenciosa e eu fiquei perdida em pensamentos, com questionamentos que a minha inocência não queria que fossem feitas.




- Você está do que, senhorita Zanella? - Perguntou o meu amigo.

Nick não estava em casa e Noah nos contou que o pai se arrumava no próprio clube, também que voltava tarde da noite para casa e quase depois que todos. Não notou nada de errado na minha pergunta, mas ela era carregada de segundas intenções que teriam que ficar para mais tarde. Deus, o que estava acontecendo comigo?

- Eu sou um ratinho. - Ela apontou para as orelhas acinzentadas em cima da cabeça.

A sua fantasia se completava com o que parecia ser uma camisola de seda preta que mal cobria sua bunda e com um laço prateado do mesmo tom das botas que subiam até os joelhos. Ela escolhera as nossas fantasias, aparentemente eu era um coelho. As orelhas grandes, brancas e felpudas na minha cabeça não negavam. O collant branco e as botas de mesmo tom completavam a fantasia. Ao que parecia, Noah era um jogador de futebol americano.

- Vocês nunca assistiram "Meninas Malvadas"? Essas fantasias são clássicos. A sua sorte é que eu não queria ser Regina George.

- Ah, claro. Eu estou super confortável em estar apenas de collant

- Pelo menos você tem uma meia-calça. - Minha amiga deu de ombros, retocando sua maquiagem.

- Nossa, eu nem sei como te agradecer. Estou até mais aliviada. - Coloquei a mão no peito de modo teatral.

Minha amiga revirou os olhos e não retrucou mais.

Fomos para a festa que já estava animada quando chegamos, cheia de fantasias assustadoras e outras provocantes como as nossas. Procurei por Nick entre a multidão, mas não achei. Sabia que, uma hora ou outra, o destino nos colocaria frente a frente. Fomos até o bar para começar a esquentar até as músicas boas para dançar começarem. Algumas pessoas estavam sentadas e conversando enquanto outras dançavam ao ritmo de qualquer música que estava tocando ao fundo.

Não demorou para que eu o visse no palco. Estava lindo vestido de Super Homem e eu achei que não era possível, mas estava ainda mais apaixonada por ele. Suspirei e tinha certeza que meus olhos brilhavam. Ao meu lado, Noah e Bianca riam de alguma coisa. Eu não me importava, todos os meus sentidos eram dele naquele momento.

- Boa noite, pessoal! Venho desejar à vocês uma ótima festa e que se divirtam muito!

Ouvi um urro de aprovação entre todos ali, inclusive dos meus amigos. Eu só conseguia admirá-lo e abraçar o copo contra meu corpo, quase como se fosse ele ali. Suguei minha bebida e vi a pista se enchendo enquanto ele descia do palco, a festa recomeçando. Meus amigos me puxaram e logo estávamos dançando no meio da pista.

Eu o perdi de vista, não teria como escapar dos meus amigos, não hoje que eu iria para a casa com eles.




Não vi Nick a noite toda e a cada vez que me dava conta disso, bebia mais um pouco. Quando notei que estava tendo leves apagões, decidi que era a hora de parar. Como iríamos nos ver, nos tocar, nos sentir em meio à toda aquela gente? Não poderíamos. Ele estava sendo discreto, era isso.

Voltamos para casa tarde e meus amigos se deitaram de qualquer jeito na cama, sem tirar as roupas. Eu fui utilizar o banheiro do corredor para tirar a maquiagem e me arrumar para dormir. De algum modo, eu sabia que o colchão sobraria para mim já que nenhum deles acordaria tão cedo. Eu, no entanto, não tinha um pingo de sono. Não quando bebia, muito menos quando tinha Nicholas em meus pensamentos e no quarto ao lado.

Terminei de tirar minha maquiagem e notei que havia esquecido meus pijamas. Revirei os olhos e saí do banheiro, rumando para o quarto do meu amigo. Não esperava que Nicholas estaria no último degrau das escadas e, assim que nossos olhares se encontraram, foi quase possível ver as faíscas saindo dos nossos corpos.

Eu envolvi minhas pernas na sua cintura quando ele me pegou no colo e me apalpou com desejo. Precisava daquele homem dentro de mim, precisava dele alojado entre minhas pernas, precisava da nossa sincronia.

Não notei onde estávamos até ele soltar nossos lábios. A sua cama era macia e o seu quarto parecia um tanto pessoal demais. Eu me senti entrando na sua alma e isso me fez bem.

- Que fantasia é essa, Blue? - Ele tocou meu corpo enquanto me admirava. - Quantos garotos se aproximaram de você hoje?

- Quem se importa com eles? Eu tenho um homem na cama que sabe me fazer mulher. - Nossas vozes estavam ofegantes e isso me deixava cada vez mais lubrificada.

- Um super homem. - Nós rimos do seu comentário, voltando a nos beijar com ferocidade.

Ele tirara a minha fantasia com violência e eu tinha quase certeza que um dos zíperes da bota havia arrebentado e a meia-calça estava em frangalhos em algum lugar do quarto. Não poupei a sua fantasia também, deixando alguns danos com minhas unhas.

Quando finalmente senti ele dentro de mim, um alívio se apossou do meu corpo. Nós nos beijamos o tempo todo durante a transa para que nossos gemidos fossem abafados. Naquele momento nós estávamos fazendo sexo, mesmo que eu soubesse que era com um toque de amor, a violência das investidas dele estava presente e eu agradecia por isso.

Atingi o meu ápice tão depressa que nem poderia acreditar. Me sentei na cama, incansável e chupei o meu homem, que parecia maravilhado com a mulher que trazia na cama. Eu o suguei com vontade, desejo e ele parecia agradecido pela vontade que eu tinha dele. Tão agradecido que se desmanchou na minha boca. Não demorei a lhe engolir todo, sentindo toda a sua glória me preencher.

Com um beijo, nós finalizamos o ato. Ficamos ofegantes, sorridentes, enchendo um ao outro de carícias. Eu o amava, Deus! Como eu o amava.

- Preciso voltar para o quarto.

- Te vejo no brunch? - Perguntou, beijando minha testa.

- Com certeza, meu amor.

Me levantei, recolhendo minhas roupas. Toquei a maçaneta e ouvi ele me chamar, sua voz preenchida pela rouquidão, parando a meio caminho.

- Não vejo a hora de acordar com você em meus braços todos os dias pelo resto da minha vida.

Mordi o lábio e senti as bochechas ficarem rosadas, me afastando dali para o quarto de Noah. Para o meu alívio, meus amigos dormiam profundamente.


Noah

Acenei para as minhas amigas da porta enquanto Bianca se afastava com o seu carro.

- Elas são boas meninas. - Meu pai comentou.

Tinha algo diferente nele por esses tempos e eu agradecia por isso. Esse "novo pai" deixava tudo mais leve, menos tenso.

- São sim. - Murmurei, me sentando no sofá da sala de estar.

- Vejo o jeito como você e Bianca se tratam. - Ele se sentou ao meu lado e tocou a minha mão. - Quero te dizer uma coisa, se me permite. - Assenti uma vez, franzindo o cenho e olhando na sua direção. - Se algum dia Bianca não lhe quiser, se fizer você sofrer, não feche os olhos para outros relacionamentos. Quero que você seja feliz sem se prender à um amor fracassado.

- Espera aí, pai. - Eu ri, me ajeitando na ponta do sofá para olhá-lo. - Bianca?

- É. Não é dela que você gosta? Por vezes vocês vêm juntos pra casa e se trancam no quarto...

Gargalhei e me levantei, passando a mão pelo cabelo sujo da noite anterior.

- Não é da Bianca que eu gosto. Pai, eu amo a Blue.


xxx



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