Plano B [EM BREVE NA AMAZON]

By brufernanda

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Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a... More

A triste história da Menina do Interior
O Plano A
A Mudança
Nova Vida
Coração Partido
Rasteira da Vida
À Luta
Bons Ventos
Por água abaixo
A proposta
Troca de Favores
Contrato
Casamento?
Oficial
Diga "Sim", Helena.
Como ele
No dia do seu Casamento
Bom dia
Somos um contrato
Estou aqui
Encontros
Desencontros
Bem vinda ao Inferno
De volta
Por você
Guerra Declarada
Dois amores
Acho que Te Amo
Meu coração é seu
As flores
Top Model
Em família
Destino
Buscas
Acidente
O Espião
Irmã?
Recuperar o tempo perdido
Escolhas
Juntos
Fugitivos
Início
Despertando
Vazio
Corra
A fera que não é tão feroz assim
De volta para casa
Elo
Amantes Letais
Confissão
Traição? Armação!
Dupla Imbatível
Viagem
Reconciliar
Desistir
Você não está sozinha
Volta ao Trabalho
A Outra Versão
Me ajude a lembrar
Visita
Surpresas
Peças se encaixando
Verdades na cara
Caminho de volta
Decida
Armadilha
Nascer de novo
Cativeiro
O pesadelo continua
A isca
Renda-se
O sol volta a brilhar
Por todos os dias de nossas vidas
Epílogo

Desvendando

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By brufernanda

Caíque

— Esse Leonardo é mesmo pontual.
— Como você sabe que ele já chegou? — Nathan me encara.
— Porque o carro dele está estacionado — aponto — bem ali.
— Aquele Porsche preto?
— Uhum.
— É. — Nathan observa o carro. — O cara tem estilo.

Rio pelo nariz.

— Vai, vamos logo. — Cutuco seu braço.

Descemos do carro e juntos, caminhamos em direção ao Armazém do Alemão.

— Está atrasado, Nathan Barolli. — Leonardo checa seu relógio, sentado à mesa, logo que chegamos. — E você, o que faz aqui, Gama?
— Eu não deixaria o Nathan vir sozinho.
— Hum, são amiguinhos agora? — Ele sorri, ironicamente.
— Acho que isso não te interessa.
— Ok. — Ele ergue as mãos. — Então, sentem-se. Temos assuntos sérios para tratar.

Troco um breve olhar com Nathan e nos sentamos, como Leonardo pede.

— Certo. O que você quer de nós? — Nathan pergunta.
— Quero lhes colocar a par de tudo o que está acontecendo.
— Bom, então comece. — Apoio minhas mãos na mesa.
— Como vocês sabem, Marina me procurou dias antes de seu "acidente".
— Certo. E para quê?
— Para me contar sobre uma conversa que ouviu de Otávio. Ela me pediu ajuda para descobrir com quem ele estava falando.
— E você descobriu? — Pergunto.
— Sim.
— Quem era?
— Pablo Mendes, mecânico em tempo integral... E assassino nas horas vagas.
— Assassino?
— É, assassino. Daqueles que matam pessoas, sabe? — Leonardo ironiza.
— Sei, engraçadinho. — Sorrio, sem humor.
— Sobre o que eles conversavam? — Nathan pergunta.
— Sobre um ataque.
— Ataque? — Pergunto, surpreso.
— Exato, Gama. Um ataque.
— Onde?
— Exxon, empresa de sua família. — Ele responde com naturalidade. —Fariam com que parecesse um acidente, resultado de uma ideia mal sucedida de seu pai. Eles o tirariam de circulação, logo após jogarem essa bomba em seu colo.
— Como? — Arregalo os olhos. — Otávio queria matar meu pai?
— Ah, você está surpreso? — Leonardo desdenha. — Sério?
— Olha... Eu sei que Otávio não presta e é doido pra tomar a presidência, mas... Matar?
— É o que ele teria feito se o acidente com Marina não tivesse acontecido. E ele ainda faria parecer que havia sido uma decisão de seu pai, se é que me entende.
— Eu nunca imaginei que ele pudesse chegar a esse ponto.
— Pois é, mas chegou. E acho que você tem grande influência sobre isso.
— Eu?
— Quando você foi nomeado acionista, Otávio entrou em desespero. Ele viu você participando ativamente das decisões da empresa e ganhando a admiração de todos. Você é o único herdeiro da Exxon, Gama. E com você na jogada, ele nunca tomaria a presidência. Dar cabo de seu pai e desestabilizá-lo emocionalmente foi a solução mais rápida que ele encontrou.
— Tenho que expulsar esse cara da empresa, então! O mais rápido possível!
— Não. Ainda não. Precisamos tê-lo perto de nossos olhos. Conhece o ditado? "Mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais perto ainda."
— Cara, espera... Você disse que esse tal assassino de aluguel é mecânico? — Nathan pergunta, após alguns minutos em silêncio.
— Exato.
— Então, foi ele que...
— Provavelmente.
— O que estamos esperando, então? Temos que pegar esse cara! Devemos isso à Marina! — Nathan se exalta.
— Ei! Fale baixo! — Leonardo o repreende.
Foi mal. — Nathan diminui consideravelmente seu tom de voz.
— Você acha que eu já não fui atrás desse cara, Barolli? Que não o cacei por cada canto dessa cidade? — Leonardo rosna entre os dentes. — Eu, mais do que ninguém, quer vingar a Marina. A questão é que Pablo sumiu do mapa, virou fumaça, não há mais nem sinal dele.
— Ninguém some assim!
— A não ser que...
— Que...? — Nathan me olha.
— Que Otávio tenha tirado ele do caminho por algum motivo.
— Até que você é esperto, Gama. — Leonardo sorri brevemente. — E qual seria esse motivo?
— Quase ter matado a filha dele?
Touché!
— Otávio então sabia que Marina havia descoberto seu plano? — Nathan pergunta.
— Acredito que sim. Marina me ligou à noite dizendo que iria até seu trabalho na manhã seguinte e com sua ajuda, alertaria a família Gama sobre o perigo que Otávio representa.
— Por isso ela estava estranha... Nervosa.
— É. E você não deu a mínima a isso.
— Ei! Agora não é hora de lavar roupa suja. — Intervenho. — Então, Otávio mandou esse tal Pablo sabotar o carro da Marina?
— Eu acredito que sim. Mas não acho que a intenção dele era ferí-la, porque, apesar de ser um bandido da pior espécie, ele ama a filha. Eu deduzo que sua intenção era apenas impedí-la ou atrasá-la. Mas parece que alguma coisa saiu fora do plano.
— Cara, que loucura. Achei que isso só acontecesse em filmes. — Passo a mão pelo rosto.
— Eu seria o mocinho justiceiro? — Leonardo sorri de lado.
— Você não se encaixa nessa definição. — Nathan o olha torto.

Leonardo sorri.

— Como você conheceu a Marina? — Nathan finalmente pergunta.
— Longa história, Barolli. — Leonardo gesticula.
— Por que ela nunca me falou de você?
— Porque eu pedi à ela.

Nathan o olha, como quem pergunta "E por quê?"

— Minha vida não é das mais pacatas. Nunca quis envolver ninguém em meus problemas. Então, quanto menos pessoas soubessem de mim, melhor.
— Mas envolver ela, aí tudo bem?
— Eu não a envolvi em nada! Tudo o que eu vinha fazendo era protegê-la.
— Parece que não deu muito certo. — Nathan ironiza.
— Realmente. Mas pelo menos eu tentei. E quanto a você? Onde você estava? — Leonardo pousa a mão no queixo. — Ah, é verdade. Trancado em seu escritóriozinho medíocre, acatando todas as ordens de seu chefe, como um cachorrinho.

Nathan tenta se levantar, mas eu o impeço.

Leonardo sorri.

— Ei, se acalmem! Já deu para notar que os dois estão afim da mesma garota. Mas será que podemos voltar ao foco? — Sugiro e os dois, à contragosto, concordam. — Então, você é um tipo de... Espião?
— Gostei dessa definição. — Leonardo sorri, acenando com a cabeça. —Digamos que eu ajudo as pessoas.
— O herói mascarado. — Nathan revira os olhos.
— Ah não, não. Eu não esconderia esse rostinho lindo em uma máscara. — Leonardo sorri torto.

Nathan revira os olhos e eu dou uma risada.

— Como podemos te ajudar? — Pergunto.
— Fazendo o que eu mandar.
— Eu não vou obedecer ordens suas! — Nathan rosna.
— Ah, você vai sim. Até porque agora você também corre perigo e se não fizer o que eu mandar... — Ele passa o dedão pelo pescoço. — Já era.
— Bem... Eu estou dentro.
— Como sempre, você e suas sábias escolhas, Gama. — Leonardo sorri. — E você, Barolli?
— E eu lá tenho escolha? — Nathan resmunga.

Encolho os ombros.

— Beleza, — Nathan se dá por vencido — estou com vocês.
— Muito bem. — Leonardo ajeita sua camisa. — Fiquem perto de seus celulares, não dêem bandeira e não digam a ninguém que me conhecem. Eu sei demais e isso atrai alguns... Inimigos. Não quero que eles descubram vocês.
— Mas, e quanto à Helena? — Pergunto.
— Coloquem-a a par de tudo, ela precisa estar ciente do que está acontecendo. Ah, e a mantenha o mais longe possível de Otávio. Ele já percebeu que ela é seu ponto fraco e pode usar isso contra você. Não podemos nos esquecer que você é o único herdeiro da Exxon.
— Se ele encostar um só dedo nela, eu juro...
— Eu estou de olho nele, fique tranquilo. Mas em todo caso, não baixem a guarda.

Concordo com a cabeça.

— Bom, agora tenho que ir. — Leonardo se levanta, analisando o relógio. — Avise seu pai que já nos encontramos.
— Você conhece meu pai?
— Estou trabalhando com ele. Nos vemos em breve.
— Ok. — Aperto sua mão.
— Até logo, Barolli.
— Até. — Nathan sorri, à contragosto.

— É, agora você sabe como eu me sinto. — Dou um leve tapinha em seu ombro, logo que Leonardo some de vista.
— Vai, vamos embora. — Nathan pega a chave do carro.

— Cheguei. — Aviso, assim que entro em casa.

Logo, Helena vem ao meu encontro.

— Você demorou. — Ela me beija rapidamente.
— Ficou me esperando?
— Fui um pouco no apartamento, mas a Lívia estava lá. — Revira os olhos. — O Nathan já foi?
— Já. Ele está precisando cuidar da dor de cotovelo. — Sorrio.
— Dor de cotovelo?
— Leonardo é doido pela Marina.
— Caramba! — Helena morde seu lábio. — Mas e aí, como foi?
— Cheio de revelações.
— Me conta. — Ela se senta no sofá e me puxa junto.

Pesado, né? — Comento, depois de contar à Helena toda nossa conversa no Alemão.
— Muito. Seu pai poderia estar morto agora.
— Pois é.
— No meu primeiro dia de trabalho, Jorge me alertou sobre Otávio. — Ela diz, após refletir por um instante.
— Jorge nunca confiou nele.
— Ele me disse também que seu pai não pode tirá-lo da empresa.
— Otávio obtém grande parte das ações, só não sabemos como as conseguiu. Por isso meu pai não pode expulsá-lo.
Tá aí! Mais um mistério para nossa lista: "Como Otávio obteve as ações da Exxon."
— Você fica tão sexy falando Exxon. — Sorrio torto.
— E você sorrindo assim fica irresistível.
— Fico?

Ela consente, mordendo seu lábio.

Envolvo sua cintura e puxo seu corpo para mais perto do meu, beijando-a com desejo.

— Vamos lá para cima. — Helena sussurra.
— Tem certeza?
— Absoluta. — Ela se levanta e me puxa pela mão, escada acima.

Abro a porta do quarto, sem parar nosso beijo.
Helena tira minha blusa e beija meu pescoço.

— Tem certeza mesmo? — Sussurro em seu ouvido.
— Já adiei isso por tempo demais. — Ela me olha, com um brilho nos olhos hipnotizador. — Eu sou sua. Inteiramente sua.

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