2 HÉTEROS NUMA BALADA GLS (20...

By FabioLinderoff

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Uma das histórias mais famosas do Orkut está de volta em uma edição totalmente revisada. Fábio Linderoff é... More

Fábio Linderoff apresenta
Agradecimentos
Nota do autor
Prefácio
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo
VERDADE ENTRE CUECAS
FÓRUM

Capítulo 18

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By FabioLinderoff


Eu só voltei a falar com o Daniel depois do ano novo, mas com o Paulo a coisa era diferente. Do Daniel eu não sentia tanta saudade quanto eu sentia do Paulo, embora várias vezes no dia eu me pegava pensando no Daniel. Queria saber o que estava fazendo, se estava bem. Mas era melhor eu não ligar para perguntar por que com certeza ele iria interpretar aquilo de uma forma equivocada. Ele me mandou um convite para o seu aniversário por e-mail, como eu não vi a tempo, acabei nem indo. O Paulo no decorrer daquela semana não deu sinal de vida. Fiquei com o celular ligado 24h e nada dele sequer dar uma satisfação. Por mais que eu quisesse aceitar o fato que para mim era bem mais fácil gostar de alguém como o Daniel que já estava afim de mim, o Paulo não saía da minha cabeça. Talvez esse jeito de moleque arteiro, que faz coisas escondidas, me chamava atenção. Aquilo me irritava e me excitava ao mesmo tempo.

Eu e a Danielle pegamos uma amizade bem forte depois do segredo que contei a ela. Embora ela soubesse de algumas coisas, não me julgava e não me pressionava a tomar uma atitude. Ela respeitava o fato de eu ser cueca e ter minhas fraquezas com os lekes. Na sexta a gente almoçou juntos lá no shopping e ela me convidou para ir a uma festa country que teria no Estância Alto da Serra no sábado a noite. A namorada dela amava música country, ela nem tanto. O Estância é um local enorme, no meio do mato na cidade Rio Grande da Serra onde são realizados shows. Era o reduto dos sertanejos. Todos os babacas que curtiam música sertaneja tinha o selo do Estância fixado na traseira do carro. Óbvio que eu recusei, afinal de contas eu curto até hoje rock e música eletrônica. Música sertaneja com aquelas letras de corno que perdeu alguém ou que procura alguém não me desce pela garganta. Ela tinha um convite sobrando e queria me vender. Eu recusei. Teria que me contentar em passar o fim de semana em casa.

As vezes eu queria ter aprendido a tocar algum instrumento musical nessa época, ajudava a relaxar. Nada melhor do que um rock para extravasar a raiva e música eletrônica para ficar viajando. Confesso que um tempo depois aprendi a tocar um instrumento musical...mas isso é uma outra história, para um outro momento. Quem sabe eu conto...

A vida na casa do meus pais por um lado era boa e por outro era péssima. O lado bom é ser filho único e curtir a paparicação da minha mãe. Me trazia leite, bolo, comida que eu pedia. Não comi o meu tradicional arroz, feijão com carne de hamburger nenhuma vez enquanto estive na casa dos meus pais. Acabei engordando um pouco por causa disso. O bom foi a reaproximação com os meus camaradas, meus vizinhos. Crescemos juntos e jogávamos bola na rua, usávamos a garagem do vizinho como gol. A gente sempre colocava o gordinho da rua de baixo para ser goleiro, coitado. Eu dava cada chute que a impressão que tinha era que o gordinho ia entrar com bola, portão e tudo pra dentro da casa do vizinho. Os vizinhos que restaram da minha época de infância foi o Danilo (morava na frente da casa dos meus pais) que estava com 25 anos e tinha um filho com a Paola. E o Gustavo que morava do lado direito da casa dos meus pais. Ele estava com 23. Ambos eram mais velhos que eu, mas nunca fizeram pouco de mim. Quando crianças jogávamos vídeo-game em dia de chuva um na casa do outro, fazíamos sessão pipoca de madrugada assistindo filmes do Freddy Krueger e Sexta-feira 13. 

Gustavo tinha uma piscina de 1000 litros, de montar. No verão os pais dele montava a piscina e a nossa diversão era ficar debaixo do sol e dentro da piscina com um monte de bonecos dos Comandos em Ação, o tempo foi passando e os bonecos dos Comandos em Ação viraram minas de verdade. Levávamos as cocotinhas e ficávamos pagando de gatinho exibindo os pelos pubianos que estavam crescendo e tentávamos esconder as espinhas do rosto com protetor solar. Era uma época muito boa.

Quando mudei pra goma para poder estudar e trabalhar no ABC, nosso contato foi ficando cada vez mais difícil. Nos falávamos por emails que eu lia raramente na faculdade e por torpedos, mas como os dois nunca tinham crédito para mandar torpedos, era raro eles responderem os que eu mandava. Quando souberam que eu ia passar uns dias na casa dos meus pais, já armaram um jeito de fazer um churrasco na casa do Danilo, o mais velho. Gustavo, o mais novo, foi quem veio me avisar que não era para eu sair.

O churrasco aconteceria no sábado. Eu não tinha planos para nada, afinal de contas o Paulo ia visitar uma tia da Tati-cara-de-cu e a Dani ia no Estância Alto da Serra com a namorada. Eu troquei meu horário, iria trabalhar das 14 às 22 e folgaria no domingo. Cansei de pedir para eles fazerem no domingo, mas cada um tinha um compromisso. Toparam fazer o churras no sábado mesmo sabendo que eu sairia cedo.

Comprei dois engradados de cerveja e levei até a casa da frente, a casa do Danilo. Da minha casa dava para ver a fumaça e sentir o cheiro de churrasco que vinha da casa dele. Danilo tinha uma filha de três anos com a Paola, elas moravam com ele e com os pais dele. Fui para lá e o pessoal me recebeu com beijos e abraços, afinal de contas foi uma vida de convivência. Não demorou muito o Gustavo chegou. O pessoal ligou o som e a gente começou os preparativos pro churrasco. Começamos a beber não era nem 10 da manhã. Quando deu onze e meia, as carnes, depois de temperadas, foram para a churrasqueira. Foi quando os pais do Danilo disseram que iam buscar uma cunhada e depois iam passar na casa da Paola para pegar os pais dela. Danilo disse que tudo bem e nós ficamos com a casa vazia só para nós três. Há muito tempo não ficávamos sozinhos.

—  E aí, Fabinho, pegando muita mina lá no ABC? — Danilo perguntou.

—  Não muita, véi. — Eu disse — É foda trampar e estudar.

—  Também, ce foi trabalhar e estudar longe pra caralho. — Gustavo falou — Os pais da minha namorada são de lá.

—  Esqueceu dos amigos... — Danilo disse.

—  Vai se foder, seus trouxas. — Eu disse dando risada.

Era muito bom estar de volta. A gente já estava bem alegrão por causa da breja.

—  Chega ae. — Danilo falou — Quero te mostrar um bagulho.

—  Vai lá. — Gustavo falou, matando a latinha de breja que segurava na mão.

Levantei e fui até um corredor lateral que tinha na casa do Danilo. Quando cheguei no corredor, vi a piscina do Gustavo armada e cheia d'água.

—  É naaaaada! — Gritei.

—  Comprei do Gustavo, a Paola vive com a nenê aí quando está calor. — Danilo disse.

—  Nossa, véi! Eu nem acredito! — Eu disse arrancando a camiseta.

Tirei o shorts, o chinelo, fiquei só de cueca e me joguei na piscina de montar. Joguei água neles.

—  Pára, corno! — Gustavo xingou.

Com o calor que estava, a água estava na temperatura ambiente. Estava muito bom.

—  Chega ae. — Eu convidei.

—  Sai fora que eu vou entrar com macho na piscina. — Gustavo falou.

Mas antes que ele pudesse pensar, Danilo pegou ele pelo braço e chegou perto da borda. Ele gritava:

—  Solta, caralho! To com celular no bolso da bermuda, porra!

—  Segura ele, Fabinho. — Danilo falou.

Segurei Gustavo com os braços atrás das costas e o Danilo puxou a bermuda com cueca e tudo para baixo. Eu puxei ele para dentro da piscina e o larguei na água.

—  Vão se foder, seus cabaços! — Gustavo gritou se levantando. Tinha molhado a camiseta e estava nu da cintura para baixo.

Danilo ria tanto que parecia que ia ter um ataque do coração.

—  Vamos pegar esse filha da puta, Fabinho! — Gustavo gritou.

Eu e Gustavo saímos da piscina e fomos atrás do Danilo, ele fugiu.

Molhamos o corredor e a área na parte de trás da casa, onde estava a churrasqueira. Ele ameaçou a gente com um espeto cheio de asinha de frango. Eu sentei pra rir e descansar.

—  Fica esperto Danilo, vou enfiar essas asinha de frango no seu rabo, mano! — Gustavo disse revoltado.

—  Eu vou enfiar no seu se não sair daqui de perto com esse pinto pequeno.

Só quando Danilo disse isso que eu reparei na rola do Gustavo. Ele ela moreno, dos cabelos pretos e lisos, era da minha altura e era magro, a rola dele era do mesmo tamanho que a minha, a diferença é que ele era operado e eu não. Não era tão pequeno, vai...

Depois de ouvir o que o Danilo disse, ele foi até o corredor e vestiu a cueca e a bermuda mesmo com o corpo molhado. Eu fiquei de cueca mesmo. Como era branca, estava praticamente transparente.

Sentamos nós três em cadeiras de plástico e ficamos bebendo, ouvindo música e esperando o churrasco ficar pronto.

Depois de ter tomado 7 latas de cerveja e ido ao banheiro umas 4 vezes, voltei e peguei um copo de batida de maracujá e sentei.

—  Você está esperando bastante gente? — Perguntei pro Danilo.

—  Não, meu, só vai vir mais uma tia minha com dois primos e meu tio. E meus pais que foram pegar os pais da Paola e uma tia minha.

—  Minha mina vai me ligar quando chegar aí em casa. — Gustavo falou — Quando ela chegar, vou lá buscar ela.

—  E você está feliz em estar morando com a Paola aqui na sua casa, véi? — Perguntei.

Danilo respondeu:

—  Feliz não to, véi. Eu gosto dela, está ligado? Só que sei lá, depois que mora junto, muita coisa muda. O sentimento muda. A gente se acostuma com a pessoa. O bom é que o rabo dela continua bom. Isso que importa.

Nós três rimos. Fiquei um pouco incomodado com o comentário. Fiquei com um pouco de dó da mina, mas não disse nada. Você servir apenas de descarte de porra de alguém não deve ser muito legal. Realmente a minha cabeça estava mudando. Em outras épocas eu complementaria o que ele disse com mais meia dúzia de merda.

—  E você, lá na república morando só com cueca, né? — Danilo disse.

—  Já deu muito o cu lá, mano? — Gustavo perguntou rindo.

—  Não, só comi. — Eu disse dando risada. Mal sabiam eles.

Ignorance is a bliss.

—  Ainda bem que você não perdeu o senso de humor, pelo menos. — Danilo disse indo virar as carnes na churrasqueira.

Assim que viu Danilo de costas, Gustavo foi até ele e enfiou com força o dedo do meio no cu dele. E saiu correndo dando risada.

—  Filho de uma rapariga! — Danilo gritou.

Gustavo sentou no chão dando risada.

— Porque você não pega aqui ó. — Danilo disse pondo o pau pra fora da bermuda e chacoalhando a benga bem na minha frente.

No mesmo dia eu vi a pica dos meus dois amigos de infância. E aquilo não era mais natural como era antigamente. Já estava começando a ficar nervoso com toda aquela situação. Me endireitei na cadeira e arrumei o pau dentro da cueca que já tinha secado.

Gustavo riu ainda mais quando viu Danilo puto chacoalhar o pau pra fora.

—  Brincadeira de mão não dá certo hein! — Eu falei.

Eles pararam de zoar e sentaram nas cadeiras novamente. Vez ou outra Gustavo tinha ataques de riso.

—  Falando em brincadeira, vamos brincar de "verdade ou desafio". — Danilo disse pegando uma garrafinha de suco concentrado de maracujá.

Eu sorri. Gustavo começou a ficar mais sério. Estávamos definitivamente voltando à nossa infância. Danilo girou a garrafa e ela parou com a ponta dela para mim e com o fundo apontado para o Gustavo. A regra era: quem ficava com o fundo desafiava quem a garrafa tivesse apontado. Gustavo virou para mim e perguntou:

—  Verdade ou desafio?

—  Verdade. — Eu disse. Não estava preparado para os desafios.

—  É verdade que ce virou boiola desde que foi morar com mais quatro machos lá na casa do caralho? — Ele perguntou e chorou de rir olhando para o Danilo que também deu risada.

Casa dos caralhos.

Pela primeira vez aquele ditado "toda brincadeira tem um fundo de verdade" fez sentido para mim.

Depois que eles riram o que tinham que rir, eu girei a garrafa xingando eles. A garrafa parou com o fundo para mim e apontada para o Danilo.

—  Verdade ou desafio? — Perguntei.

—  Desafio. — Ele disse.

Danilo sempre foi mais corajoso de todos nós.

—  Eu te desafio a cuspir...dentro da boca do Gustavo.

—  Afe mano, sai fora! — Gustavo falou se levantando.

Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Danilo levantou e segurou ele pelos braços. Gustavo começou a reclamar.

—  Sai fora, véi. Sai fora, mano! Não to mais brincando. — Ele disse rindo, tentando se livrar do Danilo — Ai porra! — Ele gritou quando Danilo apertou o saco dele com força. Ele foi forçado a abrir a boca e Danilo deixou escorrer saliva de sua boca para a boca do Gustavo.

—  Engole! — Danilo disse — Engole, senão vai ser com catarro!

Gustavo vendo que não tinha saída, engoliu a saliva do Danilo.

Para sorte do Gustavo, quando ele girou a garrafa, o fundo ficou virado para ele e a ponta para o Danilo. Gustavo perguntou:

—  Verdade ou desafio?

—  Desafio, mano! — Danilo disse batendo uma palma na outra.

—  Eu te desafio a dar um beijo na boca do Fabinho. — Gustavo disse olhando para mim e dando risada.

Quando ouvi aquilo, ao invés de ficar com raiva, fiquei com um certo nervosismo. Aquela brincadeira estava começando a me excitar. Eu me levantei. Gustavo ria que se matava. Danilo se aproximou de mim dizendo:

—  Não foge! Não foge que é pior, mano!

Fiquei parado e o Danilo veio segurou meu rosto e grudou seus lábios nos meus rapidamente e me soltou limpando a boca com as costas da mão. Sem que reparassem eu passei a língua nos lábios.

Quando Danilo girou a garrafa, o fundo parou nele e a ponta para o Gustavo. Danilo arrotou alto e perguntou:

—  Desafio ou desafio?

—  Se liga, é "verdade ou desafio". — Gustavo falou.

—  É, mas "verdade" é pra viado. Macho vai pro desafio. — Danilo disse.

Gustavo riu e falou:

—  Firmeza então, qual o desafio?

—  Eu te desafio a vir de joelhos até aqui e por meu pau pra fora. — Danilo falou.

Gustavo olhou torto para o Danilo. Danilo riu. Eu falei:

—  Vai logo, véi. É só uma brincadeira.

Mesmo receoso, Gustavo ajoelhou e foi até o meio da perna do Danilo. Desabotoou sua bermuda. E a puxou para baixo com a cueca junto. Em seguida levantou e sentou-se na sua cadeira.

—  Vai ficar aí com o pau pra fora, troxão? — Gustavo perguntou.

—  Vou. — Danilo respondeu — Até um de vocês vir bater uma.

—  Afe, pára. — Gustavo disse — Que viadagem do caralho. Não vou brincar mais não, mano.

—  Ah, não vai? — Danilo disse se levantando. Eu comecei a rir ao ver na merda que isso tudo ia dar.

Gustavo saiu correndo, eu e o Danilo saímos correndo atrás dele feito crianças.

Quando conseguimos pegá-lo, Danilo disse:

—  Segura esse porra, Fabinho. Segura ele!

Segurei e o Danilo arrancou a roupa dele inteira.

—  Vamos levar ele na piscina. — Danilo disse.

Gritando e fazendo arruaça a gente foi até a piscina e jogou o Gustavo pelado e gritando xingamentos dentro d'água. Danilo entrou e ficou segurando a cabeça do Gustavo debaixo d'águ.

—  Pára com isso, véi. — Eu disse pra ele — Vai dar merda isso ae.

Estávamos chapados e com brincadeirinhas bestas. A chance de dar merda era bem alta.

—  Ah, não quer mais brincar? — Danilo perguntava e segurava a cabeça do Gustavo de baixo d'água. O moleque se debatia.

—  Seu porra! — Ele gritava quando tirava a cabeça de dentro d'água.

—  Ce quer sair da piscina? — Danilo perguntava — Quer sair?

—  Quero. — Gustavo falou.

—  Então ce vai fazer o seguinte. — Danilo falou — Põe a rola pra fora ae, Fabinho.

— Eu não! — Eu disse — Ce está chapado, véi. Larga o Gustavo, mano. Ce ta machucando o braço dele.

—  Tira o pau pra fora senão você é o próximo!

Eu que não ia morrer afogado. Coloquei o meu pau pra fora. Danilo veio ajoelhado dentro da piscina com o braço do Gustavo preso em suas mãos.

—  Chupa o pau do Fabinho, mano.

Danilo disse.

Gustavo olhou pra mim com uma expressão de dor. Eu senti dó e tesão ao mesmo tempo. Não passou pela minha cabeça atacar o Danilo para obriga-lo a soltar o Gustavo. Eu queria ver até onde tudo aquilo ia dar. Chacoalhei meu pau e o Gustavo se aproximou bom a boca aberta. Colocou meu pau dentro da boca fazendo cara de nojo como se estivesse chupando um limão.

Meu pau na hora começou a ficar duro.

—  Óia, teu boquete é bom Gu! — Danilo disse — Está deixando o pau do Fabinho durão.

Ele pegou a cabeça do Gustavo e começou a empurrar contra o meu pau.

—  Chupa ele, moleque! — Danilo disse — Deixa eu te mostrar. Chega ae Fabinho!

Tirei o pau da boca do Gustavo e o Danilo abocanhou o meu caralho e começou o vai e vem com a cabeça deixando o meu pau durasso.

—  Viu como faz? — Danilo perguntou para o Gustavo.

—  Vi. — Gustavo respondeu.

—  Quer chupar mais? — Danilo perguntou.

—  Não. — Ele respondeu.

—  Não? E porque teu pau está ficando duro também? — Danilo perguntou — Chupa ele ae!

Danilo, mais uma vez empurrou a cabeça do Gustavo contra o meu pau e ele abocanhou minha pica até o talo. Danilo soltou os braços do Gustavo e curvou-se. Segurou o saco do Gustavo e começou a chupar a rola dele. Depois ele se levantou e colocou seu pau pra fora.

Danilo era mais corpulento que eu e o Gustavo. Era moreno, bem branco e tinha o cabelo todo cacheado. Gustavo segurava as duas rolas na mão e chupava as duas.

—  Está gostoso, Gu! Chupa mais, véi! — Danilo dizia balançando o quadril.

Enquanto o Gustavo chupava eu e o Danilo, ele batia para si de vez em quando. Foi quando o Danilo disse:

—  Relaxa, Gu. O caçula é quem vai dar o cu pra gente.

O caçula, no caso, era eu.

Eu estava gostando do boquete e tal, mas eu não queria dar o cu pra ninguém. Nunca tinha dado e não ia ser com dois manés bêbados que eu ia dar. Para a minha sorte, segundos depois do Danilo ter dito isso, ouvimos o portão da casa dele ser aberto. Meu coração disparou. Mas no fundo, eu nunca gostei tanto de alguém cortando a foda. Na mesma hora Gustavo levantou, eu guardei meu pau duro e corri caçar minha roupa, o Danilo também se vestiu. Só Gustavo que saiu correndo para pegar a roupa dele que estava jogada no chão, no final do corredor. Ainda bem que os muros da casa do Danilo eram grandes, caso contrário alguém tinha visto tudo. Foi a conta do Gustavo abotoar a bermuda e todo mundo apareceu por ali.

—  Eles já estavam aprontando! — Paola disse apontando para o marido, com a nenê no colo.

—  Tá queimando tudo aqui, "Danilô"! — O pai do Danilo gritou lá na churrasqueira.

Paola deu um beijo na boca do Danilo. E ele beijou a bochecha da filha. Com a mesma boca que tinha acabado de chupar a rola do Gustavo.

Fiquei pensando nisso e não acreditava que o mundo tinha atingido esse nível tão baixo. Definitivamente aquele era um mundo que eu não queria ter participação. Ou queria?

Comi o churrasco, um pouco queimado, que o pai do Danilo acabou terminando de fazer e fui para minha casa. Durante o banho, eu finalizei o serviço que o Gustavo não tinha feito. Bati e gozei. Nunca mais repeti aquilo com Danilo e Gustavo. Me troquei, me perfumei, peguei o carro e fui trabalhar. Fiquei pensando no que eu tinha feito. Fiquei pensando no mundo paralelo que existia por trás do mundo que todo mundo apresentava como vitrine. O pai de família que leva a filha no Ibirapuera as vezes é o mesmo pai que no serviço dá o cu pro encarregado enquanto chupa o pau do supervisor. Aquele esposo que leva rosa para esposa e a leva para jantar fora no dia dos namorados, é o mesmo que trepa com o cunhado, irmão da esposa. Realmente os valores morais não existiam. Era uma vitrine que precisava ser limpa. Eu não sou e nunca tive a intenção de ser moralista. Mas depois que todas essas coisas começaram a acontecer, comecei a pensar que era ruim você estar com alguém só para manter uma imagem. Comecei a pensar que a pessoa ou deveria ficar solteira e realizar todas as suas fantasias ou ela deveria ficar com alguém e respeitar aquele alguém. Seja lá quem fosse. Mas será que se fosse eu no lugar dessas pessoas faria o que eu prego?

Cheguei ao shopping, estacionei o carro na primeira vaga que eu vi e saí correndo. Estava super atrasado. Como não queria ouvir merda, tratei de apressar o passo. Eu desci as escadas rolantes e virei a direita. Trombei de frente com uma mulher. Quando vi quem era, me assustei.

—  Nossa que pressa! — A Tati-cara-de-cu disse sorrindo.

—  Tati!—  Eu disse surpreso — O que você está fazendo aqui?

—  Vim comprar uma camisa xadrez para mim e uma pro Paulo. — Ela disse sorrindo.

Ela era linda e delicada. Naquele momento e depois de ter pensado tudo o que eu pensei. Até achei uma cachorrada o que o Paulo estava fazendo com ela. Foi um encontro inusitado. Eu e Tati. Quem diria!

—  Vocês vão sair? — Perguntei pra não deixar o assunto morrer.

—  Vamos sim. Eu amo música country. A gente vai lá no Estância ver um show sertanejo hoje a noite.

—  Ah vão é? — Eu perguntei, mas dentro de mim eu perguntava "e a sua tia doente?" Na certa o Paulo tinha mentido pra mim. Como ele era filho da puta!

— Na verdade a gente está indo mais por mim, ce sabe que o seu amigo gosta de música eletrônica. — Ela disse fazendo a típica cara de cu.

Abri meu sorriso "pois é" e falei:

—  Bom te ver, Tati. Eu to atrasado! A gente se fala!

Me despedi dela com um beijo e comecei a andar bem lentamente em direção a minha loja.

Eu andava lentamente porque já tinha perdido a pressa e porque eu estava puto. Porque ele mentiu pra mim? Não era mais fácil dizer que não queria me ver? Mas se não quisesse me ver, porque ele foi na minha goma? Me agarrou? Me mostrou que estava excitado? Tinha horas que eu não conseguia entender a cabeça do Paulo. Mas eu achei o que ele fez uma grande canalhice. Tudo bem, a gente não tinha nada juntos...mas mentir? Que papelão! O sangue me subiu tanto a cabeça que eu resolvi ser bem frio com aquela situação. Eu queria ver até onde ele era capaz de ir com aquela mentira. Peguei o celular e apertei o número do contato que estava na memória. Depois de dois toques a pessoa atendeu:

—  Alô?

—  Alô, Dani?

—  Oi Fábio, tudo bem, amore?

—  Tudo certinho. Dani, me responde uma coisa. Você ainda está com aquele ingresso que queria me vender?

—  Tenho. Não me diga que você decidiu ir? Adoooro.

—  Vou sim. Quer que eu te pegue? Eu saio às 10 aqui do shopping.

—  A gente se encontra aí no Shopping então, meu lindo. Ai bee, fiquei feliz que ce decidiu ir. A gente vai se jogar muito lá. Vai ser babado!

—  Firmeza então, Dani. Até mais tarde.

Desliguei o celular e continuei caminhando lentamente para a minha loja pensando no meu encontro com a duplinha sertaneja "Zé Mentira e Xana Chifruda".

A noite ia ser quente!

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