Amor & Obsessão

By Somethin_Great

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Liam Hunter é um homem maduro, divorciado e poderoso à procura da segunda oportunidade de amar. Victoria Ren... More

01| Dizem que são bons na cama.
02| É uma técnica de sedução?
03| "Como poderei retribuir o favor?"
04| O que faz ele aqui?
05| Tequila.
06| É a primeira vez.
07| Mulher estúpida.
08| Quem é ele?
09| Eu gostaria de puder beijá-la.
10| Cartas na mesa.
11| Tenho saudades tuas, bebé.
12| Despertar demónios.
13| Idade.
14| Rap Jumping.
15| Fazer o tempo parar.
16| Rowdy.
17| Amo-te.
18| Até fechar os olhos.
19| Não aceitar de volta.
20| Apresentação.
21| "Estás melhor comigo."
22| Puta que pariu!
23| Preservativo.
24| Damas de honor.
25| Sementinhas.
26| Tu és somente minha.
27| Doente.
28| Flores de tempestade.
29| Devíamos afastar-nos.
30| A culpa é tua!
32| Refém em casa?
33| Surpresa!
34| Chave na mão.
35| 14 de fevereiro?
36| Quiseste engravidar para me segurar.
37| Qual é o destino?
38| O que estamos aqui a fazer, Liam?
39| Sim, aceito.
40| Vou desenhar-te nu.
41|"Tu tens o que é meu"
42| Uma pechincha?
43| Comprimidos azuis?
44| Pintar com os corpos.
45| "Surpreende-me até lá."
46| "Não foi acidente ao acaso?"
47| "Eu tenho super poderes."
Não é um capítulo.
48|Vick, bebé.
49| Amnésia dissociativa?
50| "O meu coração arde por ti"
51|Como se ela fosse uma droga.
52| Lento. Fundo. Intenso.

31| Anjo.

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By Somethin_Great

[Liam]

Aquela voz dos infernos não para de ecoar nos meus pensamentos "A culpa é tua!", vezes sem conta. Jamais lhe deveria ter escondido o que aconteceu e jamais deveria tê-la deixado sair de casa.

Victoria parecia tão pálida e vulnerável, deitada inconsciente, rodeada de algumas máquinas e monitores. O meu coração está como se tivesse parado. Não sinto nada além de uma imensa dor e culpa. Eu sei que ela vai ficar bem, ainda assim o meu coração dói ao vê-la imóvel e frágil.

Acariciei a sua mão e paralisei quando ouvi um gemido vindo dela.

- Victoria? - Aproximei-me mais dela. – Estás a ouvir-me?

Ela pestaneja e os seus cílios abrem-se, então olha-me por um segundo e volta a fechar os olhos no instante seguinte.

Não se mexe, no entanto, volta a gemer.

- Onde estou? – pergunta-me ela. Um arrepio de alívio percorre o meu corpo por ela estar a falar novamente.

- No hospital.

Os seus olhos estavam arregalados e sem foco, então ela volta a fechá-los. Preciso de ver as suas piscinas azuis mais do que meramente segundos.

- Querida? Abre os olhos. – imploro, acariciando a sua mão, tendo cuidado com o cateter.

- Vai demorar algum tempo até ela recuperar totalmente os sentidos. – uma enfermeira diz mal entra no quarto.

- Ela abriu os olhos ainda há minutos. – comento, observando as ações da enfermeira.

A senhora de estatura baixa troca uma pequena embalagem no suporte do soro e afofa as almofadas do meu anjo de cabelos loiros, antes de me dar um afável sorriso.

- Ela vai acordar. Podia ter sido muito pior.

- Eu sei... - murmuro.

- Devia ir para casa descansar e voltar amanhã de manhã. – a enfermeira aconselha-me.

- Eu prefiro ficar.

- O senhor é que sabe. – ela afasta-se. – Boa noite, senhor Hunter.

- Boa noite. – respondo e então ficamos com metade da iluminação.

***

Os pais da Victoria seguiram o meu conselho e foram para casa durante a noite, mas voltaram de manhã. Estou encostado à máquina de café a ingerir o meu café, com um ligeiro sabor a queimado quando os pais dela aparecem.

Gilian abraça-me assim que se aproxima de mim sem eu estar à espera. Fico atrapalhado, mas rapidamente retribuo o abraço, afagando levemente as suas com uma das mãos, enquanto a outra segura o copo descartável com a bebida quente.

- Como é que a nossa menina passou a noite? – ela pergunta após depositar um beijo na minha bochecha e se afastar para se juntar ao marido, que me cumprimenta com um aperto de mão.

Termino de beber o café e atiro o copo para o caixote do lixo mesmo ao lado da máquina.

- A Victoria abriu os olhos mas a enfermeira disse que ela ia levar tempo a recuperar todos os sentidos.

- O importante é que está fora de perigo. – Morrison diz.

- Eu sinto muito por aquilo que aconteceu. – lamento mais uma vez. Já o fiz milhentas vezes, ainda assim sinto necessidade de o fazer novamente.

O médico que está a acompanhar a Victoria passa pela sala de espera do piso e acena-nos. É desagradável quando penso noutro homem a tocar-lhe, mesmo que seja apenas para examiná-la. Afasto esse pensamento da minha mente (ou não totalmente) e abandono a sala de espera, pedindo licença aos meus sogros, para voltar para o quarto do meu anjo.

Quando entro no quarto, o doutor Hussain está lá com um outro enfermeiro. Fico imediatamente alarmado por não ver a enfermeira simpática, mas logo depois os meus olhos encontram os de Victoria e solto um enorme e profundo suspiro de alívio. Ela está acordada. Ela está a responder ao médico sem dificuldade. Ela está bem. Ela está de volta.

Limito-me a ficar no canto do quarto, enquanto observo os cuidados dos profissionais.

- Quando é que posso ir para casa? – o meu coração aquece com a voz dela.

- Hoje ainda é cedo. – ouço o doutor Hussain dizer.

Um "ohhh" de desânimo sai dos seus lábios em resposta ao médico.

O silêncio instala-se mal o médico e o enfermeiro saem do quarto. Ela fica a olhar para a rua pela janela. Permaneço no mesmo sítio com as mãos nos bolsos. Tenho medo de dizer alguma coisa.

- Liam? – ela chama, desviando o olhar da janela.

Aproximo-me e sinto o coração como se estivesse dentro da minha boca.

Victoria segura na minha mão e finalmente sinto o seu toque que tanto ansiei.

- Desculpa por ter preocupar. - ela pede. Sento-me em cima da cama e afago cuidadosamente o seu rosto com alguns ferimentos. Instintivamente, ela fecha os olhos absorvendo o meu toque.

- Meu amor... - respiro fundo. - Não peças desculpa.

De repente, ela começa a chorar e eu fico sem saber o que fazer. O que foi que desencadeou o seu ataque de choro?

Ela limpa os seus olhos e senta-se, fazendo ruídos de dor.

- Vic...

- Eu estou bem. - ela afirma, porém não muito convicta.

Levanto-me e aconchego as almofadas atrás de si. Ela segura-me pelo pulso e então puxa-me para si e beija-me. Esta é a minha Victoria!

- Tive saudades tuas. - o meu coração derrete. Uma parte do meu coração parou quando soube do acidente, mas não apenas. O meu coração dilacerou, assim que me apercebi do erro estúpido que cometi ao desiludi-la e magoa-la. A culpa foi minha de não me ter preocupado mais com a sua segurança. A culpa foi minha de ela ter tido um maldito acidente. A culpa é minha de ela estar nesta cama de hospital. A culpa foi minha por não lhe ter contado.

- Senti tanto a tua falta, anjo. - limpo com o polegar as suas lágrimas que teimam em cair. - Por favor, não chores. - suplico.

Ela assente e eu sento-me à sua frente em cima da cama.

- Preciso de te pedir desculpa por não... - ela corta-me.

- Shhh... - Victoria coloca o seu indicador sobre os meus lábios para me silenciar, mas eu não posso calar-me simplesmente.

- Ouve babe, - peço, segurando a sua mão. - eu preciso de pedir desculpa por não te ter contado sobre o que aconteceu com o Barry.

- Eu entendo agora.

- E preciso que saibas o quanto estou arrependido por isso e que me sinto imensamente culpado por tudo o que aconteceu. Partiu-me o coração ver- te aqui, inconsciente, e sem poder fazer nada para mudar isso. -  exprimo o que verdadeiramente sinto.

- Liam... - ela chama para a olhar nos olhos. Faço o que me pede e olho-a nos olhos.

- A minha reação foi absolutamente desnecessária. - ela começa.

- Não. Foi necessária para eu ver que não podemos esconder coisas um do outro.

- Eu estava de cabeça quente. Eu sei que aquilo que fizeste foi para me proteger, e eu compreendo isso, porque eu faria exatamente a mesma coisa para te proteger. Lamento pelo acidente, mas o que importa é que estou bem.

- Podias não estar... - resmungo.

- Sim, mas estou. E espero que o Barry seja punido por tudo o que já fez.

- Amo-te.

- Sei disso. - é impossível não sorrir. - Amo-te mais.

- Como te sentes? - pergunto preocupado.

- Bem. - ela responde.

- Mentirosa. - digo num tom brincalhão.

- Ficaste com cara feia quando o médico esteve aqui. - o meu sorriso desaparece no momento. Por que é que ela tinha que falar no assunto?

- Não fiquei nada.

- Ficaste sim. - ela ri mas depois para. - Dói rir. - ela esclarece.

- Não gosto que outros homens te toquem, só isso. - resmungo.

- Não tens razão para ficar assim. - ela tenta acalmar o eu lado possessivo.

- Eu sei.

Dou oportunidade aos pais da Victoria para que tenham tempo com ela. Aproveito e vou apanhar um pouco de ar e ligar à minha mãe e dar a boa notícia a Dan que ficou preocupado com a Vicky.

Nos corações das pessoas certas, as nossas decisões são compreendidas. Não escolhemos magoar as pessoas de quem gostamos e sim fazer o melhor que podemos e conseguimos. Não podemos julgar as escolhas que fazemos quando o que está em jogo é a felicidade e a segurança do outro. Só é possível compreender quando nos colocamos no lugar e na posição do outro.

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