Camila POV
Eu tirei mais uma fornada de cinnamon rolls do forno e coloquei a bandeja em uma das bancadas da cozinha agitada da PJ's. Enquanto jogava um fio de calda de açúcar com raspas de limão por cima dos biscoitos recém-feitos, escutava Wes e Ally fofocarem sobre alguma notícia de famosos.
—Sabe o que eu acho mais injusto? Que todo mundo aqui já está encontrando o bilhete dourado e eu não. – Wes resmungou preparando mais uma camada de pasta americana.
—Bilhete dourado? Tipo na fantástica fábrica de chocolate? – Eu perguntei divertida e ele revirou os olhos.
—Esse bilhete eu já ganhei, trouxe até um umpa lumpa para trabalhar aqui... – Ele disse irônico apontando para Ally e eu soltei uma gargalhada da careta insatisfeita que ela esboçava. – Eu estou falando do meu bilhete para ficar bem casado e se der sorte, com alguém milionário... – Ele explicou suspirando. – Minhas chances diminuíram drasticamente depois que mais um Jauregui foi abatido... Eu ainda tinha esperanças com a Lauren. – Ele adicionou dramático e eu ri.
Fui mais rápida, fofo.
—Ainda resta a Taylor... – Ally entrou na brincadeira.
—Que horror, aquela nem saiu das fraldas ainda e eu sei muito bem que ela cisca para o lado dos Cabello também... Não sei que mel é esse que vocês têm... impressionante. – Ele comentou revirando os olhos, voltando a mexer na pasta americana.
—Bom, acho que nós temos um dom para a conquista mesmo. – Eu provoquei piscando rapidamente em sua direção.
—Tá saidinha... A Camila moça de família que eu conhecia não era assim. – Ele provocou arqueando a sobrancelha e eu ri.
—Eu só estou feliz. – Eu falei naturalmente, enquanto os dois me encaravam sorridentes.
—Ela fica tão bonitinha apaixonada... – Ally murmurou num tom divertido e eu ri sem graça.
—Ela tá feliz assim é por outra coisa, isso sim... – Wes comentou sarcástico e eu cerrei meus olhos em sua direção.
—Invejoso. – Eu provoquei de volta, antes de jogar o pano de prato que segurava em sua direção e sair da cozinha com a bandeja repleta de cinnamon rolls.
Dona Clara como sempre estava no balcão, com seu avental vermelho na cintura e o bloco de anotações em mão, abrindo um sorriso satisfeito quando eu coloquei a bandeja com os doces em uma das vitrines. Eu percorri meus olhos pelo resto das vitrines mentalizando os doces que estavam terminando e antes que pudesse retornar à cozinha, vi Lauren cruzar a porta de entrada, com algumas sacolas em mãos.
Ela sorriu andando pela loja e eu olhei rapidamente o relógio na parede, enquanto dava a volta no balcão e me aproximava dela.
—Ei Camz... – Ela disse deixando um rápido beijo em meus lábios. – Oi mãe... – Ela adicionou observando a mãe se aproximar.
—Oi Lo... – Eu falei acariciando rapidamente seu rosto.
—Oi meu bolinho. – Dona Clara passou ao nosso lado carregando uma torta, enquanto deixava um rápido beijo na testa da filha e se afastava em seguida.
—Chegou mais cedo. – Eu comentei notando que ela havia chegado pelo menos uma hora mais cedo do que o habitual.
—Estava com saudades. – Ela falou naturalmente e eu sorri voltando a beijar seus lábios. – E quero uma fatia de torta de limão também. – Ela adicionou e eu soltei uma risada.
Lauren sendo Lauren...
—Vou pegar para você... – Eu afirmei deslizando minhas mãos por seus braços e ela sorriu satisfeita. – O que é tudo isso? – Eu perguntei olhando para as sacolas.
—Isso é para você... – Ela afirmou caminhando comigo para perto do balcão e colocando as sacolas sobre ele. – Para o nosso jantar. – Ela adicionou e eu franzi a testa confusa.
—Tem alguma coisa errada. – Lucy surgiu do outro lado do balcão, nos interrompendo num tom firme.
—O que há de errado? – Lauren perguntou confusa.
—Verônica. – Ela falou impaciente e eu troquei um rápido olhar com a Lauren. – A carta... não faz sentido... – Ela adicionou bufando.
Desde que Lauren havia lhe dado a carta da Verônica, Lucy estava estranhamente mais quieta do que o normal e mesmo quando perguntávamos se algo estava errado, ela apenas desviava do assunto.
—O que tem de errado na carta? O que estava escrito? – Eu perguntei direta.
—Nada! – Ela falou rapidamente e mais uma vez eu franzi a testa.
—Como assim nada? Ela não escreveu nada? – Lauren perguntou interessada.
—Não exatamente... Só tinha uma data e um desenho... uma chave. – Ela explicou e eu troquei outro olhar confuso com a Lauren.
—Bom, algum sentido deve ter, você só não entendeu ainda... – Eu tentei analisar a situação e ela cruzou os braços.
—E parece que não vou entender nunca... o que aquela idiota quer que eu pense com uma chave e uma data completamente desconhecida? – Ela resmungou impaciente.
—Você vai ter que esperar ela voltar para pedir explicações então. – Lauren comentou dando de ombros e ela revirou os olhos.
—Acho bom aquela besta voltar logo e com a cabeça no lugar, quero poder enfiar essa pseudo carta pela garganta dela. – Lucy reclamou, antes de se afastar com passos firmes.
Nota mental: fazer uma rodada de chá de camomila para a Jenna e para a Lucy.
—Impressionante como a Vero consegue irritar a Lucy sem nem ao menos estar por perto. – Lauren comentou soltando uma risada e eu concordei também rindo.
—Enfim... voltando ao assunto inicial... jantar? – Eu perguntei interessada e ela assentiu.
—Yep, vamos sair para jantar hoje, vamos direto daqui. – Ela explicou e eu a encarei surpresa.
—E o Benjamin? – Eu perguntei interessada.
—Liguei para sua mãe, ela vai ficar com ele e Marley Jr. – Ela informou naturalmente.
—Eu nem estou arrumada para isso, Lo... vamos ter que passar em casa antes. – Eu analisei minha calça jeans simples e a blusa da loja.
—Você sabe que eu te acho linda com qualquer coisa... – Ela começou beijando novamente meus lábios. – Mas como eu sei que você iria reclamar sobre isso, passei em uma loja e trouxe algumas coisas para você se arrumar por aqui. – Ela falou simples e eu encarei as sacolas com um sorriso no rosto.
Ela realmente havia pensado em tudo.
—O natal já chegou e eu não fiquei sabendo? – Dinah perguntou se aproximando de nós com a Mani.
—Uh, eu adoro as coisas dessa loja! – Mani comentou olhando o que havia dentro das sacolas.
—Eu e Camz vamos sair para jantar hoje e eu trouxe essas coisas para ela poder se arrumar por aqui. – Lauren explicou rapidamente e eu sorri em sua direção.
—Uh eu quero ajudar na produção. – Mani falou batendo palmas animadas e eu soltei uma risada.
—Eu vou ajudar também... – Dinah disse entusiasmada. – Que horror é esse aqui? – Ela perguntou tirando uma blusa verde de dentro de uma das sacolas.
—Eca... Esse vestido também está horrível. – Mani murmurou tirando outra peça de roupa da sacola.
—Mesmo? Eu comprei um monte de opções, mas eu posso tentar comprar outras... – Lauren tentou explicar rapidamente e eu ri de seu jeito afobado.
—Não precisa, Lo... Elas estão exagerado. – Eu a tranquilizei e ela me encarou, ainda receosa.
—Exagerando não, querida... olha esse troço aqui! – Mani resmungou com o vestido na mão e eu tive que segurar a risada observando a cara aflita da Lauren aumentar.
—A sua sorte, vela ambulante, é que eu e minha musa somos especialistas no quesito desastres fashionistas. – Dinah falou no seu tom convencido. – Vamos logo, porque temos muito trabalho. – Ela adicionou pegando uma das sacolas e me puxando pelo braço.
—Mas... – Eu tentei argumentar, mas só tive tempo de ver Mani empurrando sua bandeja para a Lauren, antes de pegar o resto das sacolas e seguir comigo e DJ pela PJ's.
Dona Clara vendo o tumulto, também quis saber o que estava acontecendo e pouco tempo depois, expulsou Mike do escritório apenas para eu poder me arrumar com a ajuda das garotas.
Lauren realmente tinha um péssimo gosto para escolher roupas para os outros, sozinha, mas com a ajuda da Dinah e da Mani, consegui achar uma boa calça jeans e uma blusa justa, dei um jeito rápido no meu cabelo, fiz uma maquiagem simples e coloquei os saltos altos.
Quando saímos do escritório, Lauren estava ajudando os pais a fecharem a loja, enquanto o resto dos funcionários já se preparava para irem embora.
—Ei, já estou pronta. – Eu aviesei ao me aproximar da Lauren.
—Ótimo, vamos logo porque já perdi a conta de quantas vezes minha mãe tentou puxar a minha orelha sem motivo, nos últimos dez minutos... – Lauren avisou segurando na minha mão. – E você está linda. – Ela adicionou e eu sorri deixando um beijo em seus lábios.
Nós nos despedimos rapidamente de todos e seguimos para o carro da Lauren estacionado perto da PJ's.
—Eu perdi alguma coisa? – Eu perguntei interessada, enquanto colocava o cinto de segurança e ela ligava o carro.
—Como assim? – Ela rebateu me encarando confusa, antes de prestar atenção na rua.
—Esse jantar... Perdi alguma data comemorativa? – Eu perguntei sem jeito e ela soltou uma risada.
—É só um jantar, Camz... achou ruim? – Ela questionou naturalmente e eu neguei com a cabeça.
—Claro que não, eu só fiquei surpresa... – Eu admiti com um leve sorriso.
—Bom, essa era a intenção. – Ela afirmou com um sorriso de lado.
—Eu adorei, Lo. – Eu falei calma, deslizando minha mão por sua nuca. – Você até comprou roupas, fiquei impressionada. – Eu brinquei e ela riu.
—Essa foi a parte mais difícil, eu não sabia seu número direito e nem o que levar, mas aí eu tive a brilhante ideia de ligar para a sua mãe e ela me ajudou. – Ela explicou naturalmente.
—Oh, então minha mãe fez parte de todo esse plano? Muito esperta você. – Eu disse num tom divertido e ela riu.
—Eu sei... – Ela falou com um sorriso confiante e eu neguei com a cabeça rindo.
Convencida.
Pouco tempo depois, Lauren parou o carro no estacionamento do restaurante e nós seguimos pelo lugar, até sentarmo-nos à mesa em que estava reservada para nós. Aquele era um restaurante bem conhecido na cidade, que tinha como especialidade comida contemporânea e que eu, nunca tinha conseguido vir, mas sempre tive vontade. O ambiente era tranquilo e aconchegante, com mesas e cadeiras confortáveis, tons claros, mas sem deixar os toques modernos das obras de arte de lado.
—Só tem coisa estranha aqui... – Lauren fez uma careta enquanto observava o cardápio.
—Eu pensei que você já tivesse vindo aqui. – Eu comentei calma, também olhando o cardápio.
—Não... foi sugestão da sua mãe também, ela disse que você sempre teve vontade de vir comer nesse restaurante. – Ela explicou dando de ombros. – Acho que eu deveria ter trazido o cartão da nonna também, olha o preço dessas coisas. – Ela adicionou franzindo a testa.
—Está caro mesmo... se quiser podemos ir em outro lugar. – Eu falei calma e ela negou com a cabeça.
—O quê? Claro que não, eu estou ansiosa para experimentar esse negócio aqui que nem sei pronunciar o nome, mas que parece muito bom. – Ela disse num tom divertido e eu me inclinei ao seu lado para olhar o prato que ela indicava.
—Isso só é um nome diferente e chique para cordeiro assado com ervas. – Eu expliquei calma. – E parece bom mesmo. – Eu concordei voltando a olhar meu cardápio.
—Você sempre gostou de cozinhar? – Ela perguntou curiosa e eu assenti.
—Desde quando era criança adorava ficar na cozinha vendo minha mãe fazer as coisas, mas ela raramente me deixava ajudar porque eu sempre derrubava algo. – Eu expliquei num tom nostálgico e ela riu.
—Posso imaginar isso... Eu quando criança só passava na cozinha para roubar alguma comida mesmo. – Ela comentou descontraída e foi a minha vez de rir.
—Parece que você não mudou até hoje, é por isso que dona Clara vive puxando sua orelha. – Eu analisei com um sorriso.
—E você está aprendendo a fazer o mesmo com ela direitinho... aliás, você é pior... chegou a quebrar meu nariz. – Ela falou num tom provocativo e eu revirei os olhos.
—Você nunca vai se esquecer disso, não é? – Eu perguntei respirando fundo e ela riu.
—Não. – Ela falou simples e eu cerrei meus olhos em sua direção, antes de sentir seus lábios tocando os meus, em um beijo carinhoso.
Um dia eu ainda quebro esse seu nariz de novo.
Nós fizemos os nossos pedidos e enquanto esperávamos a comida chegar, ficamos entretidas em uma conversa descontraída, trocando leves risadas e carinhos. Fazia muito tempo em que não saía para fazer isso, jantar sozinha com uma pessoa que me fazia completa... Na verdade, acho que nunca cheguei a fazer, nem ao menos com o pai biológico do Benjamin. Eu estava adorando, cada vez mais eu tinha mais certeza de que tive sorte por encontrar alguém como a Lauren.
—Eu acho que vou começar a fazer a casa da árvore essa semana com Benjamin... o que acha? – Ela perguntou no meio do jantar.
—Acho que ele vai adorar. – Eu concordei com um sorriso.
—Uh, eu tenho que fazer a rampa de skate para ele também, vou ter que comprar mais madeira e... – Ela analisou estalando os dedos.
—Opa... eu não concordei com isso... – Eu a interrompi séria.
—Não? – Ela perguntou arqueando a sobrancelha.
—Não. – Eu disse firme.
—Camz... – Ela resmungou como uma criança mimada.
—Pode ser perigoso. – Eu analisei coerente.
—Eu te convenço até lá. – Ela disse dando de ombros, voltando a tomar um gole de sua bebida.
—Pode tentar, mas continua sendo um não. – Eu falei com um sorriso sarcástico, enquanto ela revirava os olhos.
—Chata. – Eu escutei ela resmungar baixo e deixei meu pé bater contra sua canela por debaixo da mesa. – Ouch! – Ela reclamou me olhando incrédula.
—O quê? – Eu fiz minha melhor cara de inocente.
—Nada... – Ela resmungou voltando a comer e eu segurei uma risada, observando sua expressão.
Depois do jantar, quando já estávamos no carro voltando para casa, Lauren tinha uma das mãos depositada em minha perna, enquanto eu deslizava meus dedos por sua pele, quando notei que ela estava tomando outro caminho pelas ruas... mais exatamente o caminho da PJ's.
O que ela estava inventando agora?
—Esqueceu alguma coisa por aqui? – Eu perguntei quando ela estacionou em frente à loja.
—Minha torta de limão. – Ela falou num tom óbvio, enquanto destravava seu cinto e abria a porta.
—Você não está falando sério, está? – Eu perguntei soltando uma risada, também saindo do carro.
—Estou falando muito sério, nós não comemos sobremesa no restaurante. – Ela disse naturalmente fechando o carro, enquanto me puxava pela mão para os fundos da loja.
—Lauren, está tarde, eu faço alguma coisa em casa se você quiser. – Eu comentei receosa.
—Qual é Camz, a graça é invadir a cozinha da PJ's e devorar algumas sobremesas... eu ainda me lembro que você disse que queria fazer isso quando criança. – Ela insistiu num tom entusiasmado e eu a encarei ainda apreensiva.
—E você por acaso tem a chave daqui? Pensei que só seu pai tinha. – Eu falei coerente, enquanto nos aproximávamos da porta dos fundos.
—Ele deixa uma chave reserva aqui em cima. – Ela afirmou esticando seus braços até o batente da porta e erguendo seu corpo. – Pronto. – Ela desceu logo depois com uma chave.
—Sua mãe vai arrancar nossas orelhas quando descobrir isso. – Eu murmurei, enquanto ela abria a porta e me puxava para dentro.
—Nós falamos que foi um rato... relaxa. – Ela disse naturalmente, enquanto desativava o alarme da loja e eu soltava uma risada de sua imaginação.
—É uma desculpa bem convincente. – Eu comentei divertida, indo até uma das geladeiras da cozinha e ela riu.
Eu peguei uma fatia generosa de torta de limão, um garfo e me sentei sobre uma das bancadas, enquanto ela pegava uma bandeja com trufas e se aproximava de mim, parando entre minhas pernas.
—Isso é tão bom... – Ela murmurou satisfeita, enquanto eu estendia uma garfada de torta para ela.
—Estou me sentindo uma fora da lei invadindo um lugar assim há essa hora, mas nossa... essa torta de limão nunca esteve tão gostosa. – Eu comentei comendo também.
—Eu disse que iria valer a pena. – Ela falou, enquanto eu alternava as garfadas entre a minha boca e a dela.
—Eu ainda me lembro quando você roubou aquela torta de chocolate de caramelo para o Ben... – Eu disse soltando uma risada.
—Não roubei, era uma encomenda e era por uma boa causa. – Ela se defendeu pegando uma trufa.
—Acho que você o conquistou naquele dia, com uma torta. – Eu falei divertida e ela riu.
—Vocês dois foram minhas melhores conquistas. – Ela disse me encarando e eu deixei o prato de lado, enquanto deslizava minhas mãos por seus ombros.
—E pode parecer impossível, mas nos conquista todo dia ainda mais. – Eu comentei deixando um beijo em seus lábios. – Eu amo seu jeito carinhoso, gentil e até teimoso. – Eu adicionei esboçando um sorriso e ela soltou uma risada, apoiando suas mãos em minha cintura.
—Ama? – Ela perguntou me encarando atenta e eu senti meu coração disparar.
Responde, Camila.
—Amo... amo você. – Eu falei mordendo levemente os lábios, enquanto acariciava seu rosto.
—Você não sabe o quanto eu fico feliz escutando isso... – Ela disse sorridente, beijando meus lábios. – Eu também te amo. – Ela completou entre o beijo.
Eu deslizei minha mão por sua nuca aprofundando o beijo, enquanto sentia suas mãos apertarem minha cintura, puxando ainda mais meu corpo conta o seu.
—Vamos para casa, amor... – Eu falei deixando uma mordida em sua orelha e eu observei sua pele se arrepiar, antes dela me arrastava para fora do lugar rapidamente.
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Só queria deixar aqui a indicação de uma fic aqui bem boa da @Camzcrazy chamda "O acordo". Vlw Flw
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