Lady Charlotte

Από lavsmiranda

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Livro 1 da trilogia "Irmãs Harrison". Charlotte Harrison, a filha caçula do duque de Cambridge, vai fazer dez... Περισσότερα

Dedicatória
Prólogo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXIX
Epílogo
Agradecimentos

XXVIII

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Από lavsmiranda

Charlotte assistiu a recuperação de George de perto. Logo, as frequentes visitas da filha do duque de Cambridge ao rei se tornou uma das maiores fofocas na sociedade londrina. Isso a deixava bastante desconfortável, pois na maioria das vezes os comentários eram maldosos. Por conta disso cessou suas visitas ao palácio de Buckingham e resolveu se corresponder com ele através das cartas.

Dezembro tinha chegado, e com ele a neve também. O tempo frio deixava Charlotte e Scarlett feliz, ao contrário da sua irmã Phoebe que por conta da grande quantidade de neve, teve que adiar o casamento para março, pois queria casar no jardim em meio às flores e sol.

As irmãs resolveram sentar perto da lareira, que o empregado tinha acabado de acender. Charlotte estava sentada ao piano, Phoebe bordava um pano para seu enxoval e Scarlett desenhava. Estavam silenciosas, somente se ouvia a melodia que saia do piano através dos habilidosos dedos da irmã mais nova. Estava treinando Forever in Love para tocar no casamento de Phoebe com Frederick, algumas vezes errava uma nota e retornava a música até conseguir acertar.

— Pelo amor de Deus, pare de tocar essa música! — Scarlett exclamou do sofá onde estava sentada desenhando. — Juro, se você repetir novamente Forever in love, vou quebrar esse piano.

— Não percebe que ela está treinando para tocar no meu casamento? — Phoebe revirou os olhos. — Deixe de ser chata pelo menos uma vez na vida.

— Querida Scarlett, se está incomodada, mude-se. — respondeu Charlotte lançando um olhar mordaz para irmã. — Essa casa existe vários cômodos para você ficar. — piscou para Phoebe e deu um sorriso.

— Definitivamente eu tenho irmãs contra mim! — jogou o desenho na lareira. — Estou muito aborrecida com minha vida. Sejam pelo menos generosas comigo nessa situação delicada na qual me encontro.

— Em qual situação delicada se encontra? — Charlotte parou de tocar e colocou a tampa no teclado. — Agora tem toda minha atenção.

— Nossa atenção. — corrigiu Phoebe.

— Phoebe você vai casar em março na primavera, vai embora daqui. Daqui uns tempos será Charlotte casando, agora que ela retomou o romance com George. E eu? Não tenho ninguém. Absolutamente ninguém! Nem mesmo um pretendente. Sky está quase noiva também! Minhas amigas debutantes estão todas noivas e casadas. — bufou e cruzou os braços. — Estou cansada disso tudo. Preciso sair de Londres.

— Daria uma ótima dramaturga minha irmã. — Phoebe tentou falar sério, mas falhou.

— Ainda debocha de mim! Porque não é você, sua insuportável.

— Eu estava na mesma situação que você, Scarlett. — Phoebe ficou com os olhos cerrados. — Irá achar alguém que a ame, apenas tenha paciência. As coisas não acontecem no tempo que lhe convém, muitas vezes leva tempo.

— Fácil falar, Phoebe. — murmurou.

Charlotte deu uma risadinha e foi se sentar mais próxima as irmãs. Sentou-se no tapete felpudo ao lado da poltrona de Scarlett.

— Acho que seu destino não está aqui em Londres. Talvez esteja na Escócia, Gales, Irlanda.

— Escócia pode até ser, mas esqueça das outras hipóteses. — começou enrolar com o dedo uma mecha solta do cabelo.

— Tenho que concordar com você. Edimburgo e Londres são suas únicas opções e alternativas. — Charlotte riu. — Não se preocupe. Um marido lhe espera futuramente, tenho uma leve certeza dentro de mim.

— Para quem jurava de pés juntos que nunca iria casar e nos criticava por isso. Algumas coisas mudaram não é mesmo? — Scarlett deu uma risada debochada.

— Quem disse que vou me casar? — Charlotte apoiou o braço na poltrona.

— É o que se espera, não é mesmo? — Scarlett deu de ombros. — Ou vai ser chamada de amante do rei. Tenho certeza que não quer esse apelido, e muito menos nosso pai.

— Srta. Harrison? — o mordomo disse e todas se viraram para ele. — Srta. Charlotte.

— Sim?

— Chegou uma carta para a senhorita. — ele foi em sua direção e entregou.

— Obrigada. — sorriu ao pegar a carta.

O mordomo apenas fez uma vênia e saiu da sala. Charlotte rompeu o selo com rapidez, pois estava ansiosa para saber o que George tinha escrito para ela. Fazia alguns dias que não se viam, e ela sentia saudade dele. O conteúdo da carta era simples, o que não era muito comum. Desde que tinham retomado o romance, e por conta da demora de responder, as cartas de George se tornaram maiores e mais elaboradas, ao contrário da que se encontrava em suas mãos.

Querida Charlotte,

Como você se sente hoje? Sinto que está bem. Estive planejando lhe convidar para um passeio no Hyde Park hoje, mas algumas coisas aconteceram, como por exemplo, a morte da rainha escocesa. O rei mandou-me um comunicado agora a pouco, deixou-me muito arrasado uma morte tão prematura, ainda mais que deixou um casal de gêmeos órfãos e o bebê que acabou de dar a luz, e só Deus sabe o quão uma mãe essencial na vida de um filho.

Precisarei ir à Escócia o mais rápido possível, mas só depois do nosso passeio, não posso adiar mais. Amanhã, pela tarde, 4:00, no Hyde Park, vou esperar por você. Não precisa me responder, eu sei que você irá comparecer.

Peço-te que leve alguém como sua dama de companhia, não quero ouvir comentários maldosos sobre você, meu amor.

Amavelmente,

George.

Charlotte dobrou a carta e colocou no envelope novamente.

— Scarlett?

— Sim?

— Aceita ser minha dama de companhia amanhã pela tarde?

— Vai se encontrar com George?

— Sim.

— Aceito com uma condição.

— Qual? — Charlotte arqueou a sobrancelha.

— Ir comigo a confeitaria e pagar tudo. — sorriu maliciosamente.

— Feito.

— Vocês sempre trocando favores com interesse. — Phoebe voltou a bordar.

Charlotte e Scarlett apenas deram risada.

♛♛♛♛

Charlotte e Scarlett estavam na carruagem que as levavam ao Hyde Park. Charlotte estava ansiosa para ver George e saber o que ele queria com ela, já que ele não poderia adiar mais um dia para vê-la. Ela estava com uma enorme capa de veludo preta, luvas de camurça, botas para andar na neve e um chapéu felpudo que cobria suas orelhas. Scarlett não estava muito diferente dela, somente mudava as cores.

— Parece que nunca vamos chegar. — resmungou Scarlett.

— O chão está coberto de neve, você quer que o quê?

— Odeio ficar muito tempo na carruagem. — apoiou a cabeça na janela.

— Pare de reclamar pelo menos uma vez. — Charlotte resmungou.

Scarlett mostrou a língua para a irmã e fechou os olhos. A carruagem parou de repente, e o Sr. Odell abriu a porta.

— Senhoritas, a carruagem não vai passar daqui. Precisam caminhar muito pouco até a entrada do Hyde Park. Eu tentei avançar, mas não daria certo se eu avançasse mais.

— Compreendo. — segurou a mão que ele ofereceu e desceu da carruagem. — O senhor é uma ótima pessoa. Scarlett, vamos logo.

— Quer que eu passe por cima de você? — se apoiou no ombro do Sr. Odell e pulou na neve. — Como está frio. — abraçou o próprio corpo. — Vamos andando.

— Obrigada Sr. Odell. Espere-nos aqui, creio que não vamos demorar tanto.

— Sei. — Scarlett revirou os olhos.

Elas começaram andar em direção ao Hyde Park. A cada segundo que se aproximava do parque, o coração de Charlotte batia mais forte. Mesmo longe, ele causava turbilhões de sensações nela. Bastava ouvir a voz dele, sentir seu cheiro, sua respiração, para saber que o amor existia.

Ela o avistou vestido totalmente de negro em frente ao enorme portão aberto do parque. George estava cercado de vários guardas, e conversava com alguns animadamente. Um dos que conversavam com ele indicou com a cabeça Charlotte e Scarlett. Quando ele se virou, seu coração deu uma rápida parada, seus olhos azuis tempestuosos estavam mais lindos do que nunca. George deu um sorriso largo ao vê-la e correu em sua direção.

— Como você está linda. — ele a abraçou fortemente.

— É um galanteador, George. — riu e retribuiu o abraço.

Scarlett pigarreou.

— Oh. — Charlotte ficou ruborizada e se afastou de George. — Scarlett é minha dama de companhia.

— Um prazer revê-la Srta. Harrison. — beijou sua mão enluvada. — Poderia me emprestar sua irmã por alguns minutos?

— Ela é toda sua. — sorriu maliciosamente.

— Obrigado. — retribuiu ao sorriso malicioso de Scarlett.

Charlotte sentiu a mão de George na curva do seu cotovelo, ele estava com um ar travesso e um sorriso irônico.

— O que está aprontando? — arqueou as sobrancelhas.

— Não seja tão curiosa. Apenas me acompanhe sem fazer muitas perguntas.

Assim ela fez, mesmo querendo dar uma resposta bastante grosseira para ele. Andaram por alguns minutos, até ele parar em frente a uma enorme árvore e olhar ao redor para ver se tinha alguém. George colocou a mão no pescoço dela e lhe deu um beijo.

— Eu não estava aguentando mais ficar longe dos seus lábios. — riu e apoiou a testa na de Charlotte. — Não posso demorar muito.

Os lábios de Charlotte se entreabriram, mas ele a impediu de falar colocando o dedo nos lábios dela.

— Somente eu vou falar.

— Estou ficando sem paciência com tanto mistério. — um brilho de raiva passou pelos olhos de Charlotte.

George pegou a mão direita dela e depositou um beijo casto.

— Não sei se você sabe, mas eu agradeço a Deus todo dia por eu ter te conhecido. E se eu morresse amanhã, morreria com um sorriso em meu rosto. Quis o destino que eu fosse naquele baile da viscondessa Lascelles, parar naquele jardim e vê-la sozinha sentada naquele banco tão pensativa. — riu nervosamente. — Talvez a gente não tenha começado muito bem, reconheci tanto isso, que fui atrás de você naquele salão.

Ele encarou Charlotte nos olhos e segurou seu rosto com as duas mãos.

— Me apaixonei muito rápido por você. Então eu senti que você sentia o mesmo que eu. E você faz tudo parecer melhor a cada dia. Não me arrependo das escolhas que eu fiz. — colocou a mão dentro do sobretudo e retirou um anel com uma safira em formato de coração cravejada de diamantes. — E dessa escolha eu tenho certeza que jamais eu irei me arrepender. — ajoelhou-se na neve e pegou a mão direita de Charlotte novamente. — Peço-te, imploro-te, seja minha mulher. Seja minha rainha. Seja razão de eu acordar todas as manhãs. Seja minha Charlotte, e eu serei eternamente seu.

— Eu aceito. — respondeu em meio às lágrimas. — Aceito ser sua mulher. Ser sua rainha. Ser sua Charlotte, contudo que eu tenha você eternamente ao meu lado.

George tirou luva dela; delicadamente ele colocou o anel no dedo anelar e depositou um beijo demorado.

— Hoje eu sou o homem mais feliz do mundo. — ele se levantou.

— E eu a mulher mais feliz do mundo. — sorriu olhando para o anel em sua mão.

George rodopiou com Charlotte.

— Amo-te. — a colocou no chão e acariciou seu rosto.

— Amo-te até os últimos dias da minha vida.

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