PJ's Heart - Camren

بواسطة dearjames55

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Lauren Jauregui, depois de dois anos afastada por causa de seu trabalho, volta a sua cidade natal e encontra... المزيد

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26 - e-mail 01
Capítulo 27 - e-mail 02
Capítulo 28 - e-mail 03
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33

Capítulo 25

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بواسطة dearjames55




                  

Lauren POV

Assim que estacionei o carro em frente a casa da minha avó, eu já podia a ver ao longe, parada em frente a porta da casa, com seu velho avental amarrado a cintura, enquanto conversava animadamente com meus pais.

Como em todas as vésperas das minhas viagens a Alepo, minha mãe cismava em reunir os parentes e amigos mais próximos da família na casa da minha avó, para um pequeno convívio... Pequeno na linguagem dela, obviamente.  De certo modo, essas coisas me cansavam um pouco, eu precisava estar relaxada e calma para voltar ao trabalho, mas por outro lado, sabia que minha mãe fazia essas coisas para tapar um pouco a preocupação que ela sentia e eu não iria negar isso. Além disso, acho que seria bom deixar as coisas um pouco mais animadas, até porque nos últimos dias, Camila parecia cada vez mais quieta e séria.

—Oh Laur, Mila! Mio amore!Nonna falou extridente, abrindo os braços em nossa direção, assim que eu sai do carro, junto com Camila e Benjamin.

Como era de se esperar, só foi nós nos aproximarmos deles para nonna, nos agarrar com abraços apertados e beijos nos rostos.

Tudo normal na família Jauregui.

—Como está, nonna? – Camila perguntou simpática, enquanto nonna nos guiava para dentro da casa, junto com meus pais.

—Bene! Você sabe, uma dor nas articulações aqui e ali, mas nada que um bom ravióli não resolva. – Nonna disse naturalmente. – E você continua magra... Você não tem alimentado ela, Lauren? – Ela analisou Camila, antes de voltar sua atenção para mim.

—Eu sugiro para ela hambúrguer, lasanha e pizza durante a semana, mas ela sempre nega... – Eu me defendi dando de ombros. – E ainda briga comigo toda vez que eu roubo algum doce lá na PJ's... Aliás, não só ela, minha mãe também. – Eu disse cruzando os braços, enquanto Camila e Clara me fuzilavam com o olhar.

—Mas isso é um absurdo! Como pode brigar com a sua filha assim, Clara? Você sabe que ela precisa se alimentar. – Nonna disse incrédula, puxando a orelha da minha mãe e eu soltei uma risada junto com meu pai. – E você, querida, precisa se alimentar melhor. – Dessa vez ela se direcionou à Camila. – Vieram me entregar essa semana alguns patos, acho que vou fazer na janta. – Nonna comentou pensativa e eu arregalei meus olhos.

Nada de panela para esses patos, nonna!

—Os patos chegaram? Foi mais rápido do que eu pensei. – Eu disse com um olhar animado, observando o Benjamin abrir um enorme sorriso no rosto.

—Foi você quem os encomendou? – Nonna perguntou interessada e eu concordei rapidamente. – Eu os deixei no lago. – Ela avisou simples.

—Ótimo, é lá que eles vão ficar mesmo... Eu e Ben vamos adotar eles. – Eu disse animada e ela me olhou surpresa. – Vamos lá, corujinha! Nós podemos dar pão para eles! – Eu completei num tom entusiasmado, enquanto pegava o garoto nos braços e seguia para a cozinha antes de caminhar para o lago.

Eu ainda escutei minha mãe gritando meu nome, avisando que eu ainda tinha que cumprimentar o resto da família, mas eu nem liguei.

Essa parte chata eu deixava para a Camila fazer.

Como eu esperava, assim que chegamos no lago, os três filhotes brancos de pato estavam na água, indo de um lado para o outro, fazendo aqueles barulhos estranhos e engraçados ao mesmo tempo. Benjamin parecia tão animado quanto eu, indo até a borda do lago com os pedaços de pão nas mãos e tentando ao máximo atrair a atenção dos animais. O único problema era que, em todas as vezes que os patos se aproximavam, ele corria para longe, com medo de receber algum beliscão nos dedos e eu gargalhava me divertindo com a situação.

—Patinhos! – Eu escutei a voz de Harper soar por perto e assim que girei meu rosto, vi a pequena menina soltar a mão do Chris e sair correndo em direção ao Ben, parado perto do lago.

—Sabe que foi por pouco que eles não pararam na panela, não é? – Chris perguntou divertido, parando ao meu lado.

—Sei... – Eu falei soltando uma risada. – Sou a salvadora dos patos, vou até ganhar um monumento na patolândia. – Eu brinquei e ele soltou uma risada pela minha péssima piada.

—Como está se sentindo? – Ele perguntou mudando de assunto e eu suspirei, encarando as crianças perto do lago.

—Do mesmo jeito das outras vezes. – Eu disse simples e ele me encarou sério.

—Certeza? – Ele perguntou arqueando a sobrancelha.

—Porque eu estaria diferente? – Eu rebati naturalmente.

—Você sabe o porquê. – Ele disse num tom convencido e eu neguei com a cabeça, soltando uma risada fraca. – Qual é, Lauren... Não é possível que você não tenha mudado de ideia. – Ele insistiu me olhando atentamente.

—Porque eu mudaria de ideia, Chris? – Eu continuei com minha pose despretensiosa.

—Porque agora você tem uma família. – Ele disse direto, apontando para o Benjamin e eu suspirei.

Você joga baixo, Chris.

—Eu tinha uma família antes deles. – Eu rebati dando de ombros.

—Eu odeia quando você começa a ser teimosa assim... – Ele resmungou cruzando os braços. – E por mais que você negue, eu sei que alguma coisa de especial está acontecendo entre você e a Camila, o jeito como você a olha é totalmente diferente. – Ele falou convencido e eu soltei uma risada fraca.

Especial, talvez essa seja a palavra certa.

—Eu gosto dela. – Eu admiti com um sorriso fraco. – Mas eu não posso simplesmente largar o meu emprego agora. – Eu completei respirando fundo.

—Eu não estou falando para você largar agora, mas quem sabe daqui a algum tempo você não mude de ideia. – Ele disse simples. – E Camila não me parece ser o tipo de pessoa que vai desistir de você por causa do seu trabalho. – Ele analisou calmo.

—Desistir eu não sei, mas pode cansar como a maioria... Eu não sei, acho que só não quero criar muita expectativa. – Eu disse sincera e ele assentiu com a cabeça.

O assunto foi encerrado com mais uma onda de risadas das crianças, que agora corriam juntas dos patos. Nós continuamos por lá, rindo junto com as crianças, enquanto observávamos os patos, até sermos chamados pelo meu pai para irmos almoçar.

Logo depois de comermos, eu aproveitei que a Camila estav distraída com a nonna e fui falar com a Vero e o Troy, que haviam acabado de chegar. Minha mãe também sempre fazia questão de convidar os dois e com isso, aproveitávamos para no dia seguinte, seguirmos juntos para a base onde deveríamos no apresentar.

—Por favor, me diz que ainda tem sobremesa. – Vero murmurou num tom quase que angustiado e eu soltei uma risada.

—Até parece que aqui falta comida assim, ainda mais doce. – Eu disse divertida.

—Nunca se sabe... você e esse seu estômago infinito aí podem acabar com tudo. – Ela provocou e eu cerrei os olhos em sua direção.

—Isso é verdade. – Troy concordou naturalmente.

—Ei, eu só aproveito para comer o que é bom antes de voltar a comer enlatados em Alepo. – Eu me defendi cruzando os braços e eles se entreolharam.

—Sabemos... – Eles falaram em conjunto e eu acabei rindo.

—Acho que vi a Ally indo para o jardim, vou atrás dela. – Troy comentou antes de se afastar.

—E eu vou atrás da minha sobremesa. – Vero disse esfregando as próprias mãos e mordendo os lábios.

—A sobremesa pode esperar. – Eu a impedi segurando levemente em seu braço e ela me encarou confusa.

—Mas eu estou com fome. – Ela murmurou com um bico e eu soltei uma risada negando com a cabeça. – Porra, tá bom, o que você quer? – Ela cedeu colocando as mãos na cintura.

—Precisamos conversar e você sabe disso. – Eu falei depois de puxá-la para um dos corredores vazios da casa.

—Não sei não. – Ela disse dando de ombros e eu suspirei.

—Verônica, você estava mal naquele dia e depois disso nem ao menos disse nada. – Eu falei direta e ela me encarou séria.

—O que você quer que eu diga? Que eu fiz merda de novo? Qual a novidade? – Ela rebateu impaciente.

—Essa sua atitude de que não liga para nada não está ajudando agora e nunca vai ajudar. – Eu comentei firme. – Você precisa parar de se meter em confusão, arranjar outros meios para superar as coisas sem ter que se enfiar em algum bar e brigar com alguém. – Eu adicionei cruzando os braços.

—Eu tentei, ok? Eu queria sei lá... Talvez tentar me aproximar de quem eu gosto, fazer as coisas certas, mas na primeira tentativa, eu fui enxotada como uma idiota. – Ela murmurou num tom desanimado.

—Lucy? – Eu perguntei com um sorriso de lado e ela assentiu encostando-se à parede do corredor.

—Foi só primeira tentativa, Verônica, se você gosta mesmo dela, vai ter que tentar muito mais do que isso... Não é fácil para ela ver a Verônica de verdade se você não deixa.

—Talvez a Verônica de verdade seja essa idiota mesmo. – Ela murmurou encarando o chão e eu suspirei.

Dramática.

—Talvez a Verônica de verdade seja só muito cabeça dura. – Eu comentei e ela soltou uma risada.

—Pode ser... – Ela disse com um sorriso divertido. – Quem sabe se eu voltar de Alepo consiga conversar com ela por mais de cinco minutos. – Ela comentou dando de ombros.

—Esqueça esse "se"... – Eu disse firme. – E você não precisa esperar, sua musa está bem ali. – Eu apontei discretamente para a Lucy que caminhava distraída pelo corredor, provavelmente a procura do banheiro.

—Não sei não... – Ela negou incerta.

—Cala a boca e vai logo. – Eu falei baixo a empurrando pelos ombros. – E não comente nada sobre os peitos dela, seja educada pelo menos uma vez na vida. – Eu adicionei antes de dar o ultimo empurrão.

Eu a observei tropeçar no meio do caminho e se aproximar da Lucy com um sorriso fraco no rosto. Primeiro Lucy revirou os olhos ao notar a presença da Vero e logo depois franziu a testa, provavelmente estranhando os peitos dela não serem mencionados no diálogo, o que já era um grande avanço. Mais algumas palavras foram trocadas e logo depois disso, Lucy deu as costas e bateu com a porta do banheiro praticamente na cara da Verônica, me fazendo abrir os braços, confusa.

—O que deu de errado dessa vez? – Eu perguntei curiosa.

—Você falou para eu não mencionar nada sobre os peitos dela, então eu mudei para a bunda. – Ela falou naturalmente e eu abri a boca em descrença.

—Ok, vamos ir buscar sua sobremesa. – Eu encerrei aquele assunto a arrastando pelo corredor.

Desse jeito, aquela sobremesa seria a única coisa que ela iria conseguir comer hoje.

Durante o resto do dia, eu tive que me dividir entre as pessoas, tendo breves conversas, tendo que aguentar minha mãe me agarrando de tempos em tempos, em abraços apertados e com a nonna me entupindo com suas comidas... o que era ótimo.

A única coisa que estava me deixando um pouco incomodada era Camila... Ela parecia estar distante de mim o dia inteiro e eu começava a me perguntar se havia feito algo de errado, ou se ela simplesmente estava querendo se manter longe por conta própria. 

—Camz? –Eu chamei sua atenção, depois que tinha terminado meu banho e a encontrei na sacada do quarto, observando a lua refletida no lago.

—Oi... – Ela murmurou virando seu rosto em minha direção e eu me aproximei com um leve sorriso nos lábios.

—Está tudo bem? – Eu perguntei calma. – Você ficou longe de mim o dia inteiro. – Eu analisei, apoiando meus braços sobre a grade da sacada.

—Está... eu só achei que como você já vai embora amanhã, pensei que gostaria de passar um tempo com as outras pessoas... Não quis atrapalhar. – Ela disse com um sorriso fraco.

—Bom, uma coisa não exclui a outra... Eu poderia ter passado meu tempo com elas e com você. – Eu rebati calma. – Eu pensei que tivesse feito algo errado. – Eu confessei e ela me encarou rapidamente.

—Não, você não fez nada de errado... – Ela afirmou negando com a cabeça. – Me desculpa se te fiz pensar isso... eu só... acho que estou tentando me convencer de que não vou te ver mais todo dia. – Ela falou respirando fundo.

—Ou que não vai poder me bater sem querer. – Eu brinquei e ela soltou uma leve risada, empurrando meu ombro.

—Eu vou sentir falta disso. – Ela murmurou mordendo levemente seus lábios.

—De me bater? Oh, eu sei que vai. – Eu disse divertida.

—Estou falando que vou sentir falta de como você consegue tornar tudo mais simples e divertido. – Ela falou com um leve sorriso e eu me aproximei deixando um leve beijo em seus lábios.

E eu vou sentir falta de você.

Eu deslizei uma das mãos pelo final de suas costas, a trazendo para perto de mim, enquanto a sentia aprofundar o beijo. Seus dedos tocavam a pele da minha nuca e nós emendávamos um beijo após o outro, enquanto sentíamos a brisa fresca passar pela sacada do quarto.

Minhas mãos encontraram a barra da blusa do seu pijama e em segundos, a peça de roupa estava jogada no chão, assim como a minha. Entre beijos, nós voltamos para dentro do quarto, separando nossos lábios apenas para conseguirmos tirar o resto das peças de roupas que usávamos, até finalmente encontrarmos a cama.

Eu sorri observando seu corpo sobre a cama, os lábios vermelhos, os cabelos bagunçados sobre o travesseiro e um olhar brilhante, que denunciava todo o desejo que sentíamos naquele momento. Minha boca deslizou sobre sua pele, desde seu pescoço até suas coxas, deixando um rastro de beijos suaves, enquanto podia escutar tímidos suspiros escapando de seus lábios. Ela era linda e eu sentia meu coração disparado contra o meu peito, toda vez que nossos corpos se tocavam.

Quando minha boca voltou a alcançar seu pescoço, seus dedos se entrelaçaram nos cabelos da minha nuca, enquanto ela puxava meu rosto para iniciarmos outra sessão de beijos e me empurrava levemente contra a cama deitando por cima de mim. Minhas mãos passavam por suas costas indo até sua bunda, trazendo seu corpo para junto ao meu e fazendo com que nós duas soltássemos gemidos, ao sentirmos nossos sexos excitados se encontrarem.

A cada beijo trocado, eu sentia que era como se nós duas quiséssemos prolongar aquele momento pelo o maior tempo possível, como se pudéssemos gravar cada beijo e toque em nossa mente.

Ela se afastou o suficiente para sua mão descer pelo meu corpo até meu sexo e seus lábios encontraram meu pescoço, enquanto sua mão subia e descia e um gemido baixo escapava da minha boca.  Quando eu comecei a sentir o ritmo da minha respiração aumentar, segurei em sua cintura e girei nossos corpos, voltando a beijar seus lábios, enquanto deslizava meu membro por seu sexo e a penetrava vagarosamente. 

Seus dedos se apertaram contra os meus ombros e gemidos baixos escapavam de sua boca, enquanto meu quadril se movimentava para frente e para trás. Entre beijos cada vez mais quentes e nossas mãos deslizando por nossos corpos, o ritmo dos movimentos aumentava e diminuía, de tempos em tempos, enquanto eu podia escutar meu nome escapar baixo por seus lábios, sobre meu ouvido.

Fazia tempo, ou melhor, muito tempo em que eu não tinha um contato tão íntimo assim com alguém e com a Camila, aquilo simplesmente parecia ser o certo.

E delicioso...

Suas pernas envolveram minha cintura e quando aumentei o ritmo novamente, suas mãos apertaram meus ombros e um gemido alto escapou de seus lábios denunciando seu ápice. Poucos segundos depois, foi a minha vez de enterrar meu rosto em seu pescoço e entre uma série de gemidos abafados também acabar gozando.

Minha mão acariciou levemente seu rosto, enquanto eu observava seus olhos brilhantes focarem nos meus e um sorriso suave surgir em seus lábios.

—Oi... – Eu murmurei sorrindo.

—Ei... – Ela rebateu soltando uma risada.

—Ainda estou surpresa que ninguém nos interrompeu hoje, nonna vai ficar orgulhosa. – Eu disse num tom divertido e ela voltou a rir.

—É melhor nem comentarmos sobre isso porque senão daqui a pouco alguém realmente bate na porta para nos interromper. – Ela comentou divertida e eu arqueei a sobrancelha.

—Oh, então você ainda não acabou? – Eu perguntei com um sorriso de lado, voltando a deslizar minha mão sobre seu corpo.

—Não... Você? – Ela perguntou mordendo levemente os lábios e eu sorri antes de voltar a beijar seus lábios.

Eu não sei em que momento da noite acabamos caindo no sono, mas de manhã cedo, quando tive que me levantar para começar a me arrumar, foi extremamente difícil deixar a cama, ainda mais com a Camila adormecida ao meu lado.

Em dias como esse, eu costumava fazer tudo o mais rápido o possível, até porque sabia que despedidas não eram muito o forte da minha família. Logo depois que tomei um banho e coloquei uma calça jeans e uma blusa simples, Camila ainda estava dormindo e eu decidi ir me despedir do Benjamin primeiro.

—Ei, corujinha... – Eu falei baixo, ao me agachar próximo a cama do menino adormecido. – Ben... – Eu o chamei mais uma vez e seus olhos se abriram suavemente. – Eu estou indo daqui a pouco, sim? Vim aqui te dar um abraço de despedida. – Eu avisei e ele ainda sonolento e com os olhos mais fechados do que abertos, envolveu seus braços em meu pescoço, num abraço apertado.

—Você vai voltar, não vai? – Ele perguntou com a voz abafada em meu ombro e eu sorri acariciando suas costas.

—Quando você notar já estarei de volta. – Eu murmurei simples.

—Promessa de dedinho? – Ele se afastou me estendendo seu dedo.

Eu sabia que não deveria prometer nada. 

—Promessa de dedinho. – Eu concordei, juntando nossos dedos. – Nós ainda temos nossa lista para terminar, se lembra? – Eu adicionei e ele assentiu rapidamente. – Ótimo, agora você vai precisar se comportar direitinho e cuidar da sua mamá, ok? – Eu perguntei num tom atento e ele concordou novamente com a cabeça.

—Ainda vou poder implicar com o tio Chris? – Ele perguntou inocente eu soltei uma risada.

—Com certeza... – Eu disse num tom divertido. – Agora volte a dormir, ainda está cedo. – Eu adicionei enquanto ajeitava as cobertas sobre eu corpo. – Até mais, corujinha. – Eu deixei um breve beijo em sua testa, antes respirar fundo e deixar o quarto, dando de cara com uma Camila sonolenta no corredor.

—Você está ai! – Ela num tom aliviado e eu franzi a testa.

—Hum... onde pensou que eu fosse estar? – Eu perguntei divertida, enquanto me aproximava.

—Você não estava na cama quando eu acordei, pensei que tinha ido embora sem se despedir de mim. – Ela disse apreenssiva e eu soltei uma risada.

—E você acha que eu iria embora sem falar com você direito? – Eu falei deixando um rápido beijo em seus lábios. – Eu só vim aqui me despedir do Benjamin. – Eu expliquei e ela assentiu mais calma. – Vou descer para o café-da-manhã e logo depois tenho que ir, te espero lá em baixo, ok? – Eu disse simples e ela concordou novamente, antes de deixar mais um beijo em meus lábios e se afastar.

Na cozinha, meus pais, nonna, Vero e Troy já tomavam um café da manhã e como sempre, minha mãe e nonna tinham feito um verdadeiro banquete. Camila se juntou à nós pouco tempo depois e naquela manhã, a refeição estava sendo mais silenciosa do que de costume na família.

Quando já estava na hora de deixar a casa com Troy e Vero, eu estava no jardim, escutando mais uma das mil recomendações da minha mãe chorosa. Eu já havia me despedido da maioria das pessoas ontem, mas meus pais e nonna sempre faziam questão de acordar cedo e passarem os últimos minutos comigo perto deles.

Quando meu pai finalmente conseguiu afastar minha mãe e nonna de mim, Vero e Troy já estavam no carro me esperando, com as malas, enquanto Camila se aproximava timidamente.

—Sabe que eu odeio te ver chorar não sabe? – Eu perguntei passando levemente meus dedos pelas lágrimas que escorriam por seu rosto.

—O que você queria que eu fizesse? Sorrisse? – Ela perguntou sem jeito e eu sorri de lado.

—Seria uma boa opção. – Eu disse simples, enquanto ela me abraçava.

—Eu não quero que você vá. – Ela murmurou baixo e eu respirei fundo, sentindo meu coração apertar.

—Vai passar rápido, Camz... – Eu tentei contornar a situação.

—E se alguma coisa acontecer? – Ela perguntou me encarando séria.

—Não vai acontecer nada. – Eu disse simples. – Imagine que eu só estou indo passar férias no Caribe. – Eu disse num tom descontraído.

—No Caribe não existem bombas nem tiros por todo o lado, Lauren. – Ela rebateu impaciente e eu suspirei.

—Camila, não faz isso, ok? Não começa a pensar nesse caminho, não vale a pena. – Eu falei paciente e ela me encarou atentamente. 

—Você vai me prometer que vai tomar cuidado e que vai entrar em contato sempre que conseguir, tudo bem? – Ela perguntou suspirando e eu assenti com um leve sorriso.

—Sim, senhora. – Eu disse calma, aproximando meu rosto para deixar um beijo em seus lábios e só me afastando quando escutamos o som da buzina. – Eu tenho que ir... Você me espera? – Eu perguntei encarando seus olhos atentamente.

—O tempo que for preciso. – Ela murmurou baixo e eu sorri.

—Então eu volto. – Eu disse calma. – Até mais, Camz. – Eu adicionei, antes de deixar mais um breve beijo em seus lábios e me afastar.

Eu volto... espero...

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