De Repente... Princesa? [Hiat...

By mynikkix

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O que você faria se te procurassem e lhe dissessem que você é a princesa de um reino francês, um reino de que... More

Capítulo 1 [revisado]
Capítulo 2 [revisado]
Capítulo 3 [revisado]
Capítulo 4 [revisado]
Capítulo 5 [revisado]
Capítulo 6 [revisado]
Aviso [r]
Capítulo 7 [revisado]
Capítulo 8 [revisado]
Capítulo 9 [revisado]
Capítulo 10 [revisado]
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
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Capítulo 14

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By mynikkix

Assim que realmente entrei no aeroporto, várias pessoas me cercaram, muitas mesmo. A maioria era repórter e desse tipo de pessoa. Revirei os olhos em irritação só de imaginar que provavelmente daqui para frente minha vida seria assim. E olha que eles acham que eu sou só uma "conhecida" da Família Real...

Cam, Lilly, Diego e alguns outros seguranças afastavam a maioria dos repórteres de perto de mim, mas ainda tinham aqueles insistentes que queriam de qualquer maneira falar comigo. E Luana disse que ainda não contaram para a mídia que eu sou a princesa, eles pensam que eu sou uma condessa ou duquesa... Imagina se soubessem quem eu realmente sou... Uma das perguntas que eles gritavam me incomodou bastante:

- O que você fez para conquistar a Família Real? Comprou um título? - Uma mulher que aparentava ter seus 35 anos, perguntou tentando de qualquer jeito chegar perto de mim. Quis responder que eu não fiz nada, que apenas nasci, mas ignorei ela e continuei tentando andar, enquanto prestava atenção no caminho que Luana guiava. Ela passava por eles como se já tivesse acostumada a tudo isso, e isso me surpreendeu. Realmente. Mas o que eu esperava? Que após anos ela continuasse a mesma? Bobagem... Ela já deve estar acostumada a suportar isso, afinal, ela passou esses anos sendo a representante da Família Real, da minha família. Olhei ao redor e percebi que havia vários desses "grupos" por todo o aeroporto, provavelmente minha mãe estava no meio de um deles. Como será que a Mari, a Inês e a Jade estão reagindo a isso? Nós sempre fomos acostumadas ao anonimato e, daquilo para isso, é uma grande mudança. Há uma grande diferença.

Após alguns minutos, finalmente chegamos em um daqueles corredores de metal que dão acesso ao avião. A partir dali, os repórteres não nos seguiram mais e os seguranças se afastaram um pouco, tentando nos dar espaço. O corredor não era tão longo, mas, para mim, andar por ele pareceu demorar um século.

Quando chegamos literalmente na entrada do avião, as aeromoças se curvaram, em reverência. Okay, isso já está estranho. Ainda não falaram que eu sou a princesa, mas essas daí já estão se curvando?

- Pode escolher o lugar em que quer se sentar, alteza. - A Luana disse em um tom provocativo. Ela está tentando me irritar? Porque, se for mesmo isso, está dando certo.

- Não provoca, Lulu. - Avisei ela, usando o antigo apelido dela, que eu e a Inês chamávamos ela, quase sempre assim. Observei os olhos dela umedecer e ela ameaçar a chorar, mas rapidamente disfarçar, olhando para o outro lado.

Escolhi um lugar de meio termo na lateral esquerda, bem no meio do avião, e me sentei ali. O lado "bom" nisso tudo é que eu não tive que me preocupar com a bagagem nem com o tempo que ia perder fazendo o check-in. A minha única bagagem, no momento, era a minha mochila escolar, que estava sem o material e praticamente vazia. Dentro dela tinha apenas meu celular, meu caderno de rascunhos (que era onde eu escrevia algumas histórias e fazia alguns desenhos), meu diário, meu kit de higiene pessoal (que era minha escova de dentes, minha pasta de dente, minha escova de cabelo, meu fio dental, minha caixinha de balas de menta e meu creme para pentear cabelos), minha carteira de identidade e umas duas peças de roupas. Tia Lorenna tinha avisado que, enquanto eu fiquei desacordada no hospital, ela e as meninas tinham ido em casa para pegar algumas coisas para mim. Claro que as meninas foram... Senão, quem iria saber que eu gosto de escrever no meu caderno quando estou viajando?

Depois que sentei, demorou apenas alguns segundos para que o restante das pessoas entrasse no avião. Bufei, extremamente irritada, ao perceber que Julianne, Carla e as outras pessoas da minha sala estava entrando também. Sério, qual a necessidade deles irem junto com a gente? Era só fazer todos eles assinarem um acordo de confidencialidade.

A Mari me viu ali, sentada naquele assento confortável de avião (NA: como se realmente fosse confortável) e veio sentar do meu lado. Logo chegaram as outras meninas da sala e sentaram nas cadeiras próximas a minha. Revirei os olhos com isso. Falsas. Na escola, me ignoram completamente, aqui, vêm correndo para sentar perto de mim.

Todas as meninas da sala estava ali. A Aline, a Ana, a Bianca, a Bruna, a Carla, a Danielle, a Esther, a Helenna, a Inês, a Jade, a Julianne, a Kiara, a Luande, a Mariana (claro né...), a Sarah, a Yasmim e até a Zanindye.

Quase todas me humilharam na escola, e se não faziam isso, elas me ignoravam. Sabe, eu nunca fui a pessoa mais " importante" na escola ou até mesmo na sala de aula. Sempre fui aquela mais calada, que geralmente é a mais quieta e que tira notas medianas. A "inteligente" era a Inês, não eu. A "escandalosa" era a Mariana, não eu. A "conhecida" era a Jade, não eu. Eu era só a "neutra". A tia Lauren, quer dizer, tia Lorenna, sempre disse que era melhor eu não chamar a atenção para mim mesma, que era melhor eu me manter "invisível" e em silêncio. Agora entendo porque...

- Então, como é ser uma princesa? - A Helenna perguntou, provavelmente tentando criar assunto. Ou por pura curiosidade mesmo, já que ela sempre é assim. 

Eu já estava sem paciência para isso, na verdade para nada, então respondi:

- Não sei, não sou uma ainda. Descobri isso ontem. - Sim, eu falei de uma maneira curta e grossa, mas não para magoar e sim porque eu já não aguentava mais. Já estava me enchendo a paciência tudo isso. 

- Gente, que tal deixar a Giselle descansar? Ela precisa. - Luande sugeriu com um sorriso. Ela era uma das poucas na sala de aula que não me humilhava ou ignorava. Podia até considerar ela uma colega. Amiga não, mas colega. 

- Boa ideia. A senhorita Giselle necessita descansar, pois será uma longa viagem. - Disse uma aeromoça que estava ali perto, fazendo sei lá o que.

- E quem disse que ela precisa descansar? - A Carla perguntou com a voz mais... Argh, irritante do mundo.

- Eu disse. Por que, algum problema com isso? - A Luana perguntou aparecendo do nada, literalmente brotando do chão.

- Tem sim, eu ainda quero falar com ela. E quem é você? - A Julianne falou se intrometendo na conversa. Aff, é tempo de falsiane aparecer?

- Eu? Bem, eu sou a representante da Família Real. E você, quem é? - Luana perguntou com um sorriso de quem já sabe que ganhou essa. E ela realmente tinha ganhado, ainda com a melhor pose possível. 

Tanto Carla quanto Julianne viraram o rosto e saíram andando, para se sentar em outro lugar. Finalmente! Amém, meu Deus.

Agradeci Luana com um sorriso e um aceno de cabeça que dizia claramente um "obrigado", então virei o rosto para o lado, me encostando melhor naquele tipo de poltrona. Essa "cadeira" de avião é mais confortável do que as normais, parece que nós temos algum tratamento diferente do normal. Sei lá, como se fossemos melhores que os outros. Definitivamente, eu não gostei disso.

- Voo direcionado a Seylleah autorizado e a postos de partir. Seu comandante pede que afivelem seus cintos e lhes deseja que tenham uma boa viagem. - Escutei a voz do capitão/comandante dizer por aqueles auto-falantes que ficam acima, perto de onde regula o ar condicionado (ou sei lá o que).

Todos que ainda estavam em pé se sentaram e arrumaram os cintos. As fileiras do avião eram organizadas uma de frente da outra, ou seja, ainda ficariam cinco pessoas ao meu redor. Só esse pensamento já fez eu revirar os olhos. No final, quando todos já estavam sentados, ficou assim a "ordem" da minha fileira: Eu na janela, a Mariana no meio, a Inês no banco do corredor, a Jade na minha frente, a Luana no meio (de frente para a Mari) e a Zanindye na ponta. Me perguntei o que Zanindye estava fazendo aqui, mas deixei de lado assim que me lembrei que ela era praticamente nova na escola e que devia estar tentando fazer amizades. E o que mais certo que fazer amizade com uma princesa?

- Todas já estão com os cintos afivelados? - Uma aeromoça chegou perto de nós e perguntou se inclinando para a frente, para ver se estávamos tudo certo. Quando ela olhou o da Zanindye, ela precisou colocar do jeito certo, mas, tirando isso, ninguém estava com nada errado.

- Está tudo bem, Giselle? - Luana perguntou para mim, com um sorriso que eu diria ser acolhedor.

- Tudo sim, eu só... Estou tentando entender o que aconteceu. - Eu respondi, me virando para ela, e com a voz cansada. Eu estava mentalmente acabada, mas não tinha coragem de demonstrar isso. Eu sempre me fiz de forte, não é agora que eu vou me deixar cair.

- Deve ser difícil, não é, Giselle? - A Zanindye perguntou se pronunciando pela primeira vez. Nossa, a voz dela tem um sotaque meio indiano. Que fofo!

- Eu não diria difícil, Zanindye, mas que é estranho. Imagine como é acordar e descobrir que você é uma princesa? É completamente surreal, mas ao mesmo tempo é bom. Bem... Eu não consigo explicar. Só é estranho. - Eu falei descontando quase tudo em uma única resposta.

Todas elas olharam para mim e eu fiquei as encarando de volta. Sério, quando uma pessoa te olha e não fala nada, só se tem uma coisa a fazer: Olhar de volta.

- Acho que eu tenho uma vaga noção de como é... - Zanindye falou meio vaga, parecendo se perder em pensamentos.

- Então, como é, Zanindye? - A Inês perguntou se inclinando um pouco para a frente.

Nesse exato momento, o avião começou a se mover, provavelmente fazendo alguns desvios para poder decolar. Eu não sei muito sobre essas coisas de avião, mas pelo menos entendo o básico.

- Como é o que? - Ela perguntou com uma expressão confusa.

- Como foi estudar três anos em uma sala separada na escola e agora estudar em uma sala cheia de alunos? - A Inês perguntou erguendo uma sobrancelha. Eu entendia muito bem essa expressão dela. Ela provavelmente iria começar um interrogatório. Fiquei com pena da Zanindye, mas pelo menos agora eu não era o alvo das perguntas.

- Como você...? - Ela perguntou meio assustada. Ela deve pensar que ninguém sabe que ela passou esses anos escondida... Bem, realmente não era para ninguém saber, mas a Inês descobriu e contou para nós. Só para mim, a Jade e a Mari, para mais ninguém.

- Minha mãe falou para mim sobre você, bem, só que você estudava separada do restante da escola. - A Inês simplesmente respondeu e deu de ombros. Claro, faça isso. Conte para uma pessoa que você sabe do segredo dela e aja como se fosse a coisa mais normal do mundo. Simples, não é?

- Entendi... Mas ela falou tudo? - Zanindye perguntou ainda um pouco receosa.

Todas nós olhávamos de um lado para o outro, como se estivéssemos em uma partida de tênis. Parece até que a gente está assistindo novela. Ou melhor, TV Globinho, porque, claro, é super mais interessante.

- Não... Ela só me contou que você estudava separada, mais nada. - A Inês respondeu bem confusa, e ela não era a única. 

- Você tem algum segredo, Zanindye? - A Mariana perguntou, assim, nem um pouco curiosa.

- Verdade, por que você não conta ele? - A Jade perguntou, se inclinando um pouco para a frente, mas a Luana empurrou ela para trás, para se recostar no banco.

- Você pirou, Jade? Não pode inclinar para a frente quando o avião vai decolar, a não ser que você queira morrer de dor no ouvido e no pescoço depois. - A Luana deu sermão na Jade e depois ela mesma se inclinou para a frente. Ótimo exemplo, ein.

- Tudo bem, desculpa Lulu. Agora, quer contar seu segredo para nós, Zanindye? - A Jade respondeu meio ignorando o que a Luana disse e perguntando novamente para Zanindye.

- Não posso... - Ela respondeu abaixando a cabeça. O que será que ela está escondendo? Séra que ela algum tipo de assassina que se infiltrou na escola? Ou alguma procurada do governo? Ou até mesmo uma terrorista? As teorias já se formavam na minha mente. 

- A Giselle praticamente contou o dela, mesmo que indiretamente e sem querer, mas pode contar o seu. - A Luana disse com aquele sorriso acolhedor dela. O sorriso "acolhedor" dela convence qualquer um...

A Zanindye suspirou e levantou a cabeça. Ela estava com um olhar extremamente marcado pela dúvida, mas mesmo assim disse.

- A Giselle é uma princesa e eu já sabia disso a algum tempo, mas esse não é o meu segredo. O segredo é que eu sou igual a ela, sou uma princesa. Uma princesa Gueillana. - Ela falou um pouco baixo, mas garanto que todas escutamos. Ela é uma princesa também?

- Como assim? - Perguntamos eu, a Mari, a Jade e a Inês ao mesmo tempo, em uníssono.

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Oie gentee! Eu sei que demorei, mas é que eu estava com problemas sérios de criatividade. Mas então, gostaram do capítulo? Comentem aí←↑→↓
Só mais duas coisinhas: Vocês não me falaram o que acham sobre o "encontro" de leitoras. Então eu pensei: Por que não criar um grupo no WhatsApp para falar sobre isso? O que vocês acham? Vocês podem comentar o número aqui ou mandar em chat (que eu acho mais seguro) para mim, mas pelo menos interajam comigo...
É isso gente linda da minha vida e do meu core ♥. Beijos, até o próximo cap!!!

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