2 HÉTEROS NUMA BALADA GLS (20...

By FabioLinderoff

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Uma das histórias mais famosas do Orkut está de volta em uma edição totalmente revisada. Fábio Linderoff é... More

Fábio Linderoff apresenta
Agradecimentos
Nota do autor
Prefácio
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Epílogo
VERDADE ENTRE CUECAS
FÓRUM

Capítulo 2

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By FabioLinderoff

Eu nem estava muito afim de ir pra balada não, mas sabe como é, né? Final de semana, sem nada para fazer, afim de sair e curtir com a galera... Só sei que se não fosse aquele dia, aquela balada, minha vida não teria mudado como mudou. Tudo mudou.

Mesmo não estando afim de ir não ia fazer por menos, tomei banho, coloquei uma cueca boxer preta, uma camiseta branca lindona, que eu tinha pego da loja, e que definia bem o meu peitoral, calça jeans e o meu all star velho, tomei banho de perfume, passei até Listerini que era pra não dar bafo. Foi a conta de eu por o relógio no braço o Paulo buzinou. Ele estava super bem arrumado, nunca tinha visto ele daquele jeito. Tinha até cortado o cabelo (risos). Também, pretendia pegar a mina que ele queria, né? A gente foi direto pra uma conveniência que era pra já chegar drenado na balada. Tomamos umas cagibrinas e fomos. Chegando lá a gente teve que pegar uma fila pra entrar. Ele tentando falar com ela pelo celular e nada. Na fila só tinha viado (risos) e a gente lá igual a dois ets. Pensa em uma situação assim. Só rindo. Quando ela mandou um torpedo, disse que já estava dentro da balada.

— Aqui só tem viado, mano. — Ele me disse.

— Deve ser balada GLS.

— Você sabia que aqui era balada GLS?

— Eu não, nunca vim aqui. Só sei que estou bem fodido, né?

— Por quê, mano?

— Se você ficar com a Dani eu vou ficar com quem?

— Se liga, Fabinho, ela deve ter trazido umas amigas. E outra, eu já ouvi falar que em balada GLS está cheio de mulher.

— Tudo sapatão, né? — Eu disse, já ficando puto da vida.

Já tinha tudo em mente, ia beber todas e ficar no meu canto pra noite passar mais rápido e ai de alguém que tentasse dar em cima de mim.

Quando entramos na balada, o local era um muito bonito. Música boa pra caraaaalho.

— Vai a caça Fabinho, deve ter alguma buceta que curte piroca aqui.

— Vou pegar algo pra beber primeiro. – Eu disse e fui para o bar gingando o corpo como se eu fosse o Zé Pequeno e aquele lugar fosse a minha Cidade de Deus. Ninguém ia chegar perto de mim e muito menos usar palavras no diminutivo comigo.

"Fabinho, posso falar com você rapidinho? Você tem um chicletinho?"

"Fabinho é o caralho! Meu nome é Linderoff, porra!"

Saí fora e fui pro bar, a balada estava bombando, não dava pra negar que o pessoal ali era de primeira linha. Também era um assalto o valor da entrada e nem tinha consumação. Tomei duas caipiroskas que subiram feito foguete. Foi nesse momento que eu senti um puxão no meu braço. Era o Paulo:

— Vamos embora, moleque.

— Calma caralho, o que foi? — Eu já estava pra lá de Bagdá com duas caipiroskas.

— A Dani, meu!

— Que foi? Não achou a mina?

— Claro que achei.

— E porque não está lá com ela?

— Porque a filha da puta é sapatão! — Ele disse com raiva. A mim, só cabia rir...de gargalhar. Quase apanhei por causa disso.

E não é que a mina veio e me apresentou a namorada? Sério! Fiquei espantado e excitado ao mesmo tempo...duas mulheres...hummm...já fazia filminhos na cabeça, a mina da mina era muito bonita de rosto, era meio gordinha. Não posso negar que eu fiquei feliz com aquilo, sei lá, era como se eu tivesse me vingado lá da semana do bicho. Acho que sou meio rancoroso, não sei. O pior que todas as minas que estavam com ela eram sapatões. E eu fiquei sem saber porque ela tinha chamado eu e o Paulo pra pagar aquele mico na balada. Nunca tínhamos ido numa balada GLS, a gente não era viado, porque ela sacaneou a gente? E ela mesmo respondeu a pergunta.

— Vocês não curtem música eletrônica? Então...baladas GLS tem os melhores DJ's. E outra aqui todo mundo respeita todo mundo...podem ficar de boa que ninguém vai dar em cima de vocês não. Fiquem aqui com a gente.

— A gente está de boa aqui no bar Dani. Vai lá que daqui a pouco a gente vai.

Elas se mandaram e eu fiquei com o Paulo, coitado, na verdade comecei a sentir dó dele. Tinha até cortado o cabelo (risos). Pedi uma caipirinha de saquê e ele pediu uma cerveja.

— Falei pra mina que eu era desencanado, mas nem tanto, né? Convidar pra uma balada GLS, a mina está me tirando, não é possível. Vamos sair fora, vai.

— Relaxa, Paulo. Você só ficou com a mina uma vez durante a semana do bicho. Pense em quantos caras e até minas essa doida não beijou? Ela estava de zoeira, você que ficou com expectativa e está aí todo bolado. Curte aí.

— Curtir o caralho! Eu vou sair fora, você vai ficar?

— Eu vou né, paguei o olho do cu pra entrar nesse lugar. Desencana fica aí, vai. Curte a balada, esquece a mina.

Eu peguei mais uma cerveja e ele pegou uma dose de wisky. Rapaz, o muleque endoidou. Foi pra pista e se revelou, dançou feito um frenético lá.

Eu e ele ficamos bebassos. Foi aí que o que a Dani disse não se confirmou. Um cara começou a dar em cima do Paulo.

— To de boa, velho. To de boa. — Ele falava empurrando o cara.

O cara era mesmo um mala. Parecia o Alexandre Frota, enorme, sem camiseta, peito peludo, chapado também. O Paulo veio pra perto de mim e disse:

— Fica perto de mim senão eu vou sentar a mão nesse viado.

O cara insistiu de novo, estava cercado de uns amiguinhos dele lá. Até hoje eu não sei porque diabos ele disse aquilo, acho que ele não pensou pra falar, mas só sei que pra espantar o cara de vez, ele mandou:

— Cara, eu estou com o meu namorado aqui, você não está vendo?

E colocou a mão na minha cintura.

— Vocês não namoram não, estou de olho em você desde que chegaram, vamos ali conversar, vai lindão.

A essa altura o Paulo já estava soltando fogo pelas ventas.

— Vamos embora, Fabinho.

Ele disse e um abraçado ao outro seguimos em direção ao bar.

— Pega uma água Paulo ou bebe uma coca, você não está legal pra dirigir. Vamos sentar lá no lounge.

Abraçados a gente foi e se jogou em uns sofás que haviam em um outro ambiente da balada. Era um lounge grande pra caralho e fino hein...balada de boy mesmo. Ele ficou lá chapadasso e foi quando a gente viu o mala, o cara chato, vindo de novo.

— Ah não, meu. — Ele disse — Vem aqui Fabinho, chega ae, chega ae.

Ele disse e foi me puxando pelo pescoço, eu — nó cego — nem sabia com qual intenção ele estava. Só sei que achei que ele ia me falar algo no ouvido, mas ao contrário disso puxou meu queixo em direção a boca dele e grudou seus lábios nos meus. Tentei me livrar na mesma hora, estava chapado, mas não estava louco, mas o puto segurou meu pescoço e aí tascou a língua dentro da minha boca. Me beijou, mas me beijou gostoso. E eu fazendo força pra me livrar, quando eu consegui. Rapaz, eu estava virado no Jiraya. Estava irado, puto, puto, puto da vida. Levantei e ele veio atrás.

— Fabinho chega ae, eu só fiz aquilo pra despistar aquele viado filho da puta.

— Vai se foder, Paulo.

— Foi mal, desculpa ae cara, fiz sem pensar.

— Foda-se! Sai de perto de mim! — Eu andava em direção ao caixa sem abrir a boca. Olhei no relógio, eram quase três da manhã. Nem busão tinha. Eu que não queria ir embora com ele. Nem me despedi da Dani.

— Espera ae Fabinho, foi mal, mano.

Paramos na fila do caixa e ele veio chapado tentando se explicar.

— Eu fiz aquilo, olha pra mim, eu fiz aquilo, olha pra mim Fabinho, olha pra mim, cara. — Ele tentava segurar minha cabeça olhando pra ele. Os dois chapados, detalhe.

— Me larga caralho, vai querer comer meu cu agora? — Falei alto e cambaleando. Todo mundo na fila ouviu.

— Foi mau, cara, sério, me desculpa! Mil perdões, bicho. Eu não devia ter feito isso.

— Não devia, mas fez. Sai fora, sai.

— Vamos conversar...

— Sai fora...

— Vamos conversar...

— Sai fora...

Foi aí que ele me abraçou. Me apertou com força. Senti que ele ia me esmagar. Descobri que ele era mais forte do que eu.

— Está bem, está bem. — Eu disse.

— Vamos ali conversar.

— Cara, a gente tem o caminho inteiro pra conversar. Vamos sair fora daqui. – Eu disse quase sem ar, olhando nos olhos dele, meu nariz encostado no nariz dele.

A gente decidiu isso e ficou os dois calados. Ele entrou na minha frente e pagou a minha conta. Se fodeu porque eu tinha bebido bem mais que ele. Fez aquilo pra se desculpar. Saímos, pegamos o carro e nessa altura ele já estava voltando a si e eu já estava de boa já. O rádio do carro ligado e o silêncio entre nós dois reinava. Ia falar o que? Eu só ficava olhando de rabo de olho. Se ele tentasse alguma coisa, minha mão já estava preparada para um shuto uti, um golpe de Karatê, bem na garganta dele. Ele parou em frente minha casa e eu desci. Ele nem esperou eu abrir o portão, ralou peito rapidinho.

Entrei, tirei aquela roupa suja e fui tomar banho. A cena do beijo não saía da minha cabeça.
Ali, comecei a sentir um misto de raiva e excitação que eu não sei explicar.

Deitei e capotei.

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