My Unexpected Love - Camren F...

By JaquelineRocha

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Camila Cabello é uma jovem antenada nas redes sociais e vive ansiando por fama em alguma delas. Um post reper... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Comunicado importante
O RETORNO DA COBRA - eu
Capítulo 48
Capítulo 49

Capítulo 32

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By JaquelineRocha




Ela segurou minhas mãos e as afastou de seu rosto devagar, em seguida as soltou e suspirou. Porém está com um sorriso enorme, contagiante, incrivelmente contagiante.

- Te vejo a noite? – Perguntei afastando-me dela que assentiu. – Você vai ver o quão maravilhosa e talentosa a Allyson é na cozinha. E não se preocupe com as coisas que Normani fala, ela costuma dizer coisas s nexo. – Lauren franziu o cenho. – Ela acha que Lucy e eu namoramos. – Ela entreabriu a boca e depois riu. – É igual a paranoia que a Dinah tem em achar que a Ally deseja a Normani, elas cresceram, porém, continuam cheias de criancice, por isso se combinam.

- Normani já foi mais sensata. – Disse passando a mão no canto dos olhos, para remover o excesso de líquido. – Preciso conhecer todas novamente. – Afastou a mão dos olhos e me olhou. – Você, já estou podendo ver um pouco.

- Pois é, em menos de um dia te vi mais do que vejo qualquer pessoa na vida. – Brinquei, fazendo-a gargalhar o que consecutivamente fez o pequeno Michael rir.

- Mama Camiia buita! – Michael disse batendo forte na parte forte na cadeirinha fazendo toda ela balançar nos dando um grande susto. Corremos até ele e seguramos a cadeira juntas, e no calor do momento, acabamos segurando uma a mão da outra, e como a última vez que isso aconteceu, senti um choque, ela afastou rapidamente sua mão da minha e fingiu que não havia acontecido, apenas pegou o pequeno Michael e o tirou da cadeira. O pequeno não para de rir, está muito animado, eu diria.

- Você está muito inquieto, filho. Não pode ficar assim naquela cadeirinha, pode acontecer um acidente e isso não é legal! – Ela disse fazendo carinho nos cabelos do filho que continua a rir como se ela tivesse dito as palavras mais engraçadas do mundo. Lauren abriu um sorriso enorme para o filho e começou a distribuir vários beijos por seu rosto, deixando a risada do pequeno ainda mais atrativa.

- Tão lindo esse momento família. – Falei fazendo Lauren olhar para mim. – Espero que um dia minha família seja assim. – Ela sorriu. – Espero encontrar a mulher certa.

- E vai, todos nós vamos, não é filho? – Disse beijando o rosto do filho. – Tenho certeza que eu também vou encontrar uma ótima mãe para o Michael.

- Decidiu sua sexualidade confusa? – Perguntei aproximando-me dela e de seu filho.

- O que você acha? – Ela perguntou sorrindo. Segurei a mão do pequeno Michael e a fitei.

- Mais passiva do que a Lucy. – Ela gargalhou jogando a cabeça para trás.

- Não julgue um livro pela capa. – Disse dando uma rápida piscadela.

- Preciso ler para ter certeza que ele é bom. – Ela mordeu o lábio inferior e depois olhou para o filho.

- Pelo visto você é uma cafajeste. – Voltou a me fitar. – E ganha qualquer uma na conversa. – Resolvi não dizer nada, ela nunca foi uma pessoa lerda, a lerda era eu. – Não namorou ninguém depois de tudo?

- Não. Não me interessei por ninguém. O único namoro que tive foi com meus estudos, o resto era só fod... – Calei-me ao notar que a palavra seria forte demais. – Só curtição.

- Hm, interessante. – Ela disse afastando um pouco e voltando a colocar Michael na cadeirinha. – É para eu chegar antes ou depois? – Perguntou enquanto colocava Michael no lugar, me deixando com a visão perfeita de seu traseiro.

- Deliciosa... – Pensei alto demais e acabei deixando escapar, ela olhou rapidamente para mim e virou-se de frente para mim. – Desculpe. – Senti minhas bochechas esquentar e a vi rir negando com a cabeça.

- Tudo bem, Camila. Vou me acostumar com esse seu novo eu, prometo. – Piscou para mim.

- De verdade, desculpe, eu pensei muito alto.

- Sim, eu percebi, mas como eu disse, vou me acostumar, você deve ter pegado pelo menos 90% dos costumes da Lucy, e esse é um deles.

- É... Acho que foi isso. – Brinquei. – Bom, agora eu vou indo, se quiser eu venho te buscar.

- Certo, eu aceito a carona. – Sorriu.

- Você ou o Michael tem alergia a algum tipo de comida?

- Não, Michael está aprendendo a comer as coisas, só tem alergia a alguns remédios, comida não.

- Ok, então... – Apontei para saída da cozinha. – Até mais tarde, estou muito feliz em te ter de volta.

- Igualmente, Camz. – Sorriu.

"Camz", senti um arrepio percorrer meu corpo e suspirei. Ela é a única pessoa que adotou esse apelido, ninguém mais havia me chamado assim, e é impressionante como continua bom com seu tom de voz.

Sorri para ela e resolvi que deveria mesmo sair dali, pois não estou conseguindo ficar muito tempo nesse ambiente, pois ela não é qualquer mulher que me atrai, ela é a MULHER que me atrai.

Caminhei devagar até a saída da cozinha e comecei a ouvir o pequeno Michael me chamando, parei de andar com um sorriso enorme e virei-me para eles. Ele sorriu para mim e começou a bater palminhas.

- Ela tem que ir, filho. Mais tarde vamos estar com elas e outras titias. – Lauren disse passando a mão na cabeça do pequeno. – Não se preocupa, a mamãe promete que você vai ver sempre a Camz. – Abaixou sua cabeça a altura do rosto do pequeno e o beijou. – Se ela quiser, claro.

- Com toda certeza, Lauren. – Sorri para ela e em seguida ouvimos um telefone tocando. Lauren olhou em direção a sala de estar e pediu que eu olhasse o Michael, em seguida correu para lá. Caminhei até o pequeno Michael e fiz carinho em seus cabelos, em seguida, Lauren voltou com o aparelho em sua mão. Era seu celular, em seguida apontou o aparelho para Michael, era uma vídeo chamada, e aquele homem com certeza é o pai do menino.

- É o papai, filho. – Lauren disse posicionando o celular em frente ao filho que deu um grito de felicidade ao ver o que havia na tela do celular. Em seguida, o homem começou a falar algumas coisas que não consegui entender. O Michael só ria.

- Lauren, eu vou indo. – Lauren me olhou e sorriu. – Até mais tarde.

- Até, Camz. – Ela voltou sua atenção para o filho e o aparelho de celular.

Suspirei com a cena e resolvi ir embora. Aquele momento família me incomodou.

--

Assim que destranquei a porta do meu apartamento, ouvi um gemido e alguns sussurros. Franzi o cenho e fechei a porta devagar, para não chamar atenção.

- Ah... Agora não, Lucy... Me deixa... Ah... Terminar o jantar. – Reconheci a voz de manhosa de Allyson e em seguida ouvi um estalo. Me aproximei devagar da entrada da cozinha e vi Lucy agarrando a baixinha por trás. Chupando seu pescoço e a deixando tremula.

Fiz um longo pigarro, assustando o casal de amantes que se afastaram rapidamente, fazendo a linha cínica. Segurei para não rir e parei de frente para elas de braços cruzados.

- Então, é para fazer o jantar ou transar na cozinha?! – Perguntei, deixando Ally com o rosto corado.

- Ah, qual é Hair! – Lucy disse, se encostando no balcão da pia. – Aonde você foi? Eu fiquei sabendo de umas coisas aí... – Eu franzi o cenho. – Eu saí para ir buscar a Ally no trabalho e vi seu carro estacionado, e quando eu voltei também. Daí bateu a curiosidade e eu fui perguntar ao porteiro se você havia passado por lá e ele disse que não.

- Ali. – Respondi-a e ela riu.

- Você está pegando alguém do prédio. – Revirei os olhos e fiz caminho até a geladeira. – Você está ficando demais com a mesma pessoa, isso não é normal. – Ally riu do que Lucy disse.

- Não mesmo, deve estar apaixonada. – Ally disse sorrindo para mim. Revirei os olhos e nada falei.

- Ah, e outra, olhe ao redor do seu carro, acho que os pirralhos voltaram a atacar. Arranharam meu carro, não foi nada agradável, porém eu estou aqui, se eu pegar, vou meter a mão. – Se eu não tivesse de frente para geladeira, ela com certeza estaria vendo minha cara de desespero ao ouvir isso.

- Vou ter... – Sussurrei.

- Já avisou a Lauren? – Lucy perguntou. Virei meu tosto para ela e assenti. – Sério?

- Eu avisei antes de sair.

- Mas tão rápido? Credo.

- Ela é vizinha de vocês, Lucy. É a coisa mais fácil do mundo avisar a Lauren de alguma coisa. – Ally respondeu por mim e eu abri a geladeira. – Eu ainda estou em choque em saber que ela está ali do lado. Nem quero pensar na reação da Normani. – Fechei a geladeira e suspirei.

- É... E ainda mais com uma criança. – Sussurrei caminhando até a mesa, para me sentar.

- Oh, Hair... Tem outra coisa... – Puxei uma cadeira e me sentei. Em seguida olhei para Lucy. – Você dormiu aonde? O porteiro também disse que você chegou de madrugada e ainda estava escuro e que não saiu mais. Aonde você estava? Está mesmo apaixonada por alguém aqui do prédio? Porque você ficar fazendo isso com alguém não pode ser normal! Você nunca fica mais de uma vez com a mesma pessoa! – Lucy disse, com muita curiosidade, fazendo Ally lhe dar um tapa. – Qual foi? – Lucy perguntou olhando a baixinha com careta.

- Deixa a vida amorosa da Camila em paz, cuida da sua que é mais confusa que a de todos! – Ally disse claramente alterada. Eu entreabri a boca e fiz um pouco de careta. Ally tocou na ferida.

- Poderia dormir sem essa... – Sussurrei, ela revirou os olhos. – O que você vai preparar para o jantar? – Perguntei fitando Allyson.

- Vou fazer torta salgada, macarrão com queijo e carnes. E de sobremesa um bolo de chocolate, porque provavelmente o menino vai gostar. – Ela disse animada, pegando algumas panelas e colocando sobre a mesa. – E Lucy, se você poder sair da cozinha por dez minutos eu vou ficar muito grata.

- Mas eu só estava te inspirando.

- Me inspirando nada, me desconcentrando. – Revirei os olhos e fiquei de pé.

- Vou dormir, quando tudo estiver pronto me acordem para eu tomar banho e esperar as meninas. – Avisei.

- Ainda vou descobrir quem é sua amante do prédio. – Lucy disse sorrindo para mim. Revirei os olhos. – Mas é muito cômico isso, mal descobrimos que a Lauren está de volta e a Hair dorme em algum lugar aqui no prédio e ainda tem a cara de pau de não falar quem é. Eu só quero ver no jantar, se rolar aquela tensão sexual, vou ter certeza.

- Vai se preocupar com tua vida, que eu vou... – Fui interrompida pelo timbre do telefone fixo. – Vou atender o telefone. – Saí da cozinha e fui até a sala, assim que atendi a ligação, ouvi um pigarro. Franzi o cenho. – Boa tarde, quem fala?

- Karla Camila, aqui é o Jorge, seu chefe.

- Boa tarde, seu Jorge, o que deseja? – Suspirei, e resolvi me sentar, não é todo dia que esse monstro me liga.

- Preciso que você venha aqui. Estou lhe esperando. – Seu tom de voz não foi nada agradável a meus ouvidos.

- Tudo bem, já estou indo. – A ligação foi encerrada e eu coloquei o telefone no lugar. – Lucy! Eu vou sair, o Jorge me ligou, e pelo tom de voz não bem nada bom pela frente, prepara o bolso pra me sustentar.

- Seu cu! Venda seu corpo. – Ouvi a risada de Ally e acabei rindo junto. – Ei, tu acha que vai ser demitida? – Lucy perguntou aparecendo na sala, eu assenti. – Só esperou suas férias acabarem.

- É sempre assim, sempre assim. Espero que pelo menos ele pague algo pelo tempo de trabalho que eu tive, aquela droga de trabalho. – Lucy mordeu o lábio inferior e veio até mim. – Não vou pedir nada ao papai, já basta tudo que ele fez por mim, vou espalhar currículo na segunda feira.

- Pode não ser isso, Hair. Vai na fé, e compra uma carteira de cigarro para mim. – Disse se jogando no sofá.

- Não vou comprar droga de cigarro para você, imunda. Eu já disse, não dou um centavo por uma droga daquela.

- Que triste, você é malvada. – Disse pegando um almofada e colocando atrás da cabeça.

- Vai tomar no cu. – Revirei os olhos e decidi ir do jeito que estou. Vou me foder de qualquer forma. – Até mais tarde, Ally. Se eu for demitida, eu volto logo, se for apenas para trabalhar, não conhecem o jantar sem mim.

- Não se preocupe, Kaki. – Ally disse ainda da cozinha. – Boa sorte.

- Obrigada! – Caminhei até a porta da sala e olhei para atrás, aonde vi Lucy olhando para a varanda já de pé, indecisa do que faz, como sempre. – Oh, Lucy. Evita falar dos meus casos para Lauren. – Lucy virou para mim com a testa franzida.

- Ue, e para que eu falaria?

- Só estou avisando. – Ela deu os ombros e assentiu. – Até mais tarde.

--

- Sente-se, Karla Camila. – Meu chefe disse, com aquela cara assustadora de sempre. Eu assenti e me sentei na cadeira a sua frente. – Pontual como sempre. – Sorriu com ironia.

- Obrigada. – Agradeci com um sorriso forçado.

- Bom, vou direto ao fato. – Eu assenti. – Você está demitida. – Eu arqueei as sobrancelhas e ele sorriu. – Ouviu o que eu disse? Demitida.

- Quero um motivo.

- Bom, você não é uma das minhas melhores funcionárias. Recém-formada e não pegou nenhum caso. Não posso manter você aqui, há outras pessoas que precisam de oportunidade de emprego, e você para mim está sendo uma completa inútil. – Eu entreabri e boca e em seguida engoli em seco.

- Bom, você tem me feito de secretária, eu não estou executando nada que me leve a receber um caso. – Ele revirou os olhos. Sim, revirou os olhos e afrouxou a gravata.

- Você receberá pelos meses que prestou serviço a mim.

- Eu estava prestando serviço? É sério? Você como advogado sabendo todos meus direitos, me demite falando esse tanto de merda e ainda vem dizer que eu estava prestando serviço? – Falei incrédula, sentindo meu corpo tremer, de raiva.

- Coopere comigo, Karla. Estou tentando ser profissional com você, aceite minha oferta.

- Que oferta? Você só disse que pagaria, mas não disse quanto.

- Quatro mil dólares. – Eu o encarei incrédula. – É pegar ou largar.

- Bom, eu realmente não deveria ter enviado meu currículo para cá.

- Você deveria levar em conta que é apenas uma recém-formada, nem se quer tem doutorado. Se ponha no seu nível, você não tem capacidade de pegar nenhum tipo de cargo, você é lerda, por isso te deixei como uma mera secretária. – Respirei fundo para não cometer um ato que me leve a um processo. – Então, aceite, ou isso, ou saia apenas daqui e finja que nunca colocou o pé aqui.

- Apenas me dê a carta de dem... – Engoli o nó que estava se formando em minha garganta e respirei fundo. – Demissão e eu vou embora.

Ele nada disse, pegou um envelope que está em cima de sua mesa e de dentro retirou uns papeis, em seguida, os colocou a minha frente, junto com uma caneta, espalhou três papeis e apontou apenas para os locais aonde eu deveria assinar.

Assinei os papeis sentindo minha vista embaçar, porém respirando fundo e tentando não fazer com que ele me visse derramar uma lagrima pela humilhação que acabei de passar.

Deixei todos os papeis sobre a mesa e me levantei, dei as costas a ele e sem nem ao menos lhe dar um tchau, saí da sala.

- Camila? – Fui segurada por duas mãos e parei de andar, fechei meus olhos e as lagrimas escorreram. – Você foi demitida? – Reconheci a voz de Jacob e assenti. Abri meus olhos e o vi a minha frente. – Eu sinto muito.

- E-eu... – Gaguejei de nervosismo e respirei fundo. – Eu já imaginava, só doeu um pouco a humilhação que ouvi, porém... Eu vou indo, Jacob. Não quero mais pôr meus pés nesse lugar. – Ele assentiu e aproximou o rosto de minha orelha.

- Cuspa no chão, não esqueça. E um dia volte e cuspa na cara dele, vou pedir demissão também. – Ele se afastou de mim e sorriu. – Te vejo em breve.

Eu assenti e decidi sair logo dali. E antes mesmo de sair dali, virei-me de frente para sala do chefe e por coincidência o vi saindo, e em seguida, cuspi no chão e abri um sorriso enorme para ele que me olhou enfurecido.

- Espero que um dia, você se arrependa amargamente de tudo o que disse para mim, senhor Jorge. – Sorri novamente para ele e virei me costas, para sair dali.

Imagino que deve ter ficado com a maior cara de cu do universo, mas um dia eu provarei que sou uma ótima advogada e esfregarei na cara de todos do que sou capaz.

--

Assim que cheguei no andar do meu apartamento, ouvindo vozes altas, a princípio me assustei, porém, reconheci a voz de Dinah, então provavelmente estavam todas em meu apartamento.

Abri a porta e ouvi risos vindo diretamente da cozinha, fechei a porta dando uma batida forte para que elas se tocassem que eu havia chegado e parece que não deu resultado algum.

Caminhei até a cozinha e encontrei Normani, Ally, Dinah e Lucy com a mão na massa, vamos dizer que, elas realmente estavam fazendo comida junto com Ally, animadas. Isso não acontece sempre. Aliás, nunca aconteceu.

- Olha, ela chegou com a carinha inchada... – Ally disse desfazendo-se de seu sorriso e largando uma frigideira. – Foi demita?

- E humilhada também. – Todas desfizeram o sorriso. – Mas eu quero mais é que ele se foda.

- Então vem descontar sua raiva com a gente, nos ajude a preparar o jantar, desconte tudo na cozinha, talvez até sua comida seja melhor que a de todos aqui. – Ally disse sorridente, eu neguei com a cabeça. – Sério?

- Sério, não sou para isso.

- Tá, então vai buscar logo a Lauren, antes que a Normani perca o grelo da xana! – Ally deu um grito e em seguida deu um tapão na Lucy. – Au! – Dinah começou a rir da careta de Lucy.

- Lucy, por favor, em um segundo apenas, pare de falar tanta merda! – Pedi totalmente impaciente, ela suspirou.

A campainha tocou e todo mundo ficou em alerta.

- Tomei no cu, é agora! – Normani disse jogando um pedaço de carne dentro da frigideira que Ally havia colocado sobre a mesa. – Tomei no cu! – Dinah começou a rir.

- Ow, calma aí! Eu vou ver quem é. – Falei saindo da cozinha. Olhei pelo olho magico e não vi ninguém. Franzi o cenho e abri a porta. – VERO? – Eu gritei ao ver a baixinha a minha frente. – Eu não consegui te ver pelo olho mágico.

- Eu também senti sua falta, Hair! – Ela sorriu para mim e abriu os abraços para me abraçar. Lhe abracei e senti que isso não ia ser uma boa.

Ally e Vero no mesmo ambiente. Fodeu.

- Quem é?! – Lucy gritou e em seguida apareceu na sala. Arregalou os olhos ao ver sua namorada. – Meu Deus. – Abriu um sorriso enorme e caminhou rapidamente até a namorada que a recebeu com os braços abertos. – Meu Deus que saudade você! – Lucy começou a distribuir beijos pelo rosto da namorada e eu revirei os olhos.

- Vou sair. – Falei já saindo do apartamento e batendo a porta com força. – Se matem todas... – Sussurrei pensando também na possibilidade de uma possível briga entre elas por causas dos romances mal resolvidos.

Olhei em direção ao apartamento de Lauren e tentei segurar minha vontade de ir até lá, porém quando me dei conta, eu já estava andando. Parece que meu cérebro não está em contato com meu corpo.

Toquei a campainha uma vez e nada, esperei alguns segundos e toquei novamente, porém desta vez levei um susto, ouvi várias batidas na porta e logo lembrei que isso era com certeza coisa do Michael, acabei rindo.

- Não filho, não pode bater. – Lauren disse logo as batidas acabaram. A porta foi aberta e Michael gritou de felicidade e começou a bater palmas. – Olá, Camz.

- Parece que alguém estava me esperando. – Brinquei vendo o menino animado nos braços da mãe que também sorria com os olhos brilhando. – Desculpa vir de novo.

- Tudo bem, já era para ir? – Ela perguntou receosa, neguei com a cabeça.

- Não, Lauren. Eu que quis vir aqui, te incomodo? – Ela sorriu abertamente e negou com a cabeça, em seguida as afastou dando a entender que queria que eu entrasse. Entrei e logo ouvi a porta sendo fechada. – Trago notícias.

- Eba, espero que sejam boas. – Ela passou a minha frente com Michael e o colocou sentado no sofá.

- Normani, Dinah e Ally já estão lá em casa, se uniram para fazer seu jantar. – Ela me fitou e sorriu. – E a Vero voltou, provavelmente o Andrew também, então hoje você vai rever esses seres. – Ela riu.

- Você e a Vero são amigas? – Eu assenti. Ela admirou-se. – Eu preciso mesmo conhecer vocês de novo. – Eu sorri e caminhei até o sofá aonde Michael estava sentado, quietinho, apenas prestando atenção em nós. Lauren sentou-se ao lado do pequeno. – Eu estava tentando encontrar uma babá para o Michael, mas não consegui nada na internet.

- Uma babá? – Perguntei com a testa franzida.

- Sim, segunda vou começar a procurar emprego. E eu não vou poder ficar com ele, fora que tem todo o percurso do processo que vou fazer contra meus pais. – Eu assenti. – Fica muito pesado para ele. Eu tenho dinheiro suficiente para pagar a babá. Só que não quero mais ficar sem emprego, sabe? Depender dos outros, eu sei que o do Michael é da lei, mas eu quero o meu próprio.

- Eu te entendo, hoje mesmo eu fui demitida. E não quero ter que pedir nada a meu pai, ele já fez muito por mim. – Lauren sorriu de canto e suspirou.

- Já está com os cabelos brancos? Seu pai.

- Uh, ele é especial, só ficou grisalho. – Sorri recordando meu pai. – Muito charmoso, minha "mãe" que deu sorte. – Fiz aspas com os dedos.

- Você foi demitida por quê? – Perguntou preocupada, deve ter notado meus olhos.

- Olha, ele estava querendo pôr para fora há algum tempo, eu já havia notado. Daí hoje ele jogou um monte de coisa na minha cara, me chamou de inútil e ainda disse que eu apenas prestava serviços a ele. Eu tentei justificar que eu era "inútil" porque ele apenas me fazia de uma mera secretaria, daí ele disse que eu não tinha capacidade de pegar um cargo porque sou lerda. E fim, disse que ia me pagar apenas 4 mil dólares pelo tempo de trabalho, e bom, fiquei angustiada pra porra, mas é isso aí. – Suspirei. – Não fiquei triste pela demissão, só pela humilhação.

- Que horror, você ainda não teve nenhum caso depois que concluiu a faculdade? Eu sinto muito, Camz. – Suspirou.

- Nenhum, porque me enfiei naquele lugar e lá fiquei, achando que ia ter evolução, veja só no que deu, só humilhação e nada mais que isso.

- Complicado, mas você irá encontrar algo a seu nível. – Ela sorriu abertamente e logo suspirou.

Lauren continuou fazendo perguntas sobre minha vida atual e acabamos rindo muito durante algumas horas, sim, o tempo passou e nem se quer notamos, só identifiquei o tempo, pois já estava escuro, e ele teve que ligar a luz, e isso ajudou muito a nossa aproximação, pois estávamos parecemos amigas.

Meu celular começou a tocar atrapalhando nossa atual conversa. Peguei o aparelho e vi que era a Lucy.

- Só um segundo, Lauren. – Ela assentiu, agora com seu filho sentado em seu colo. – Oi, Lúcia.

- Lúcia é seu cu! Aonde você está? Já está tudo pronto, a Lauren pode chegar a qualquer momento e nada de você. – Eu arregalei os olhos.

- Já? Que horas são?

- Seis e meia!

- Eu já vou, não começou sem mim. – Afastei o celular da orelha e desliguei. Olhei para Lauren que parecia querer saber do que se tratava, seu olhar não nega a curiosidade. – Foi a Lucy, ela disse que já está na hora.

- Meu Deus é mesmo, eu tenho que tomar banho e ainda dar banho no Michael. – Ela disse dando um tapa na própria testa. – Eu olhei agora a pouco a hora no celular e não me toquei, esqueci completamente o jantar.

- Tudo bem, acontece. Quando se tem uma boa companhia e a conversa é impecável, acontece. – Dei os ombros e ela negou com a cabeça, com um belo sorriso nos lábios. – Se você quiser que eu espere...

- Não, não! Pode ir, Camz. Eu não vou demorar, e acho que o ônibus não vai atrasar, você mora perto. – Brincou, ainda segurando o sorriso.

- Ah, claro. Na volta eu te trago.

- Fechado, então. – Ela piscou.

Ficamos nos encarando por alguns segundos até que Michael teve um ataque de riso nos tirando o foco.

- Que alegria é essa? – Perguntei segurando a mão do pequeno.

- O que foi, meu amor? – Lauren perguntou beijando a cabeça do filho.

Ele continuou rindo e nada o fez parar.

- Acho que ele está rindo do amiguinho imaginário. – Falei vendo o menino rindo e batendo palmas. – Mas agora eu vou para minha casa, porque senão estarei morta antes do jantar. – Lauren e eu levantamos ao mesmo tempo. Michael agora estava ficando calmo no colo de sua mãe. – E você, pequenino, te vejo depois. – Beijei o rosto do pequeno e ele deu uma gostosa gargalhada. – Isso significa que estava rindo de mim? Hm? – Perguntei olhando o menino que riu novamente. – Até mais já, Lauren. – Beijei seu rosto rapidamente, e a vi fechar os olhos, ela abriu os olhos e parecia estar desnorteada, em seguida suspirou. – Tudo bem?

- S-sim. – Ela sorriu e assentiu ao mesmo tempo. – Tudo ótimo! – Ela sorriu novamente e caminhou até a porta da sala, rapidamente.

Sem muito enrolar, a segui, e logo sai de sua casa, sem nada mais para dizer. Porque acho que não tem necessidade, pois o tempo que passamos conversando, alterou um pouco as coisas. E só me deu vontade de estar mais próxima e querer conversar e rir mais vezes com ela, como nos velhos tempos.

Peguei a chave no bolso de minha calça e enfiei na entrada da porta, em seguida a abri, porém me assustei, está tudo escuro, e em silêncio. Liguei a luz principal e comecei a fechar a porta.

- Meninas? – Chamei andando da sala até a cozinha, e assim que coloquei o dedo no interruptor, ouvi a porta da sala certo praticamente quebrada e o bando de vaca que eu chamando de amigas, gritando. – MAS QUE PORRA! – Me aproximei delas que estavam cada uma com uma garrafa de cerveja Budweiser. – Que barulho é esse?

- Nós estávamos lá em baixo te esperando, daí ficamos enchendo o segurança e vimos você saindo da casa da Lauren agora! Corremos pra cá! – Lucy disse rindo. – Você é muito ridícula, não acredito que esteve lá o tempo inteiro. – Colocou a garrafa na boca e bebeu. As meninas estavam rindo, pareciam estar bêbadas, estavam todas elas, menos o Andrew. – Vai logo tomar banho.

- Eu só estava lá dando um olá, para avisar que já estão todos aqui. Parem de aumentar as coisas. – Falei caminhando até Dinah e tomando a garrafa de sua mão. – Vocês estão bêbadas?

- Não! – Ela disse pegando a garrafa de volta. – Abrimos antes de descer. E a minha já está ficando quente. – Disse levando a garrafa a boca.

- Vai logo tomar banho, e vê se pelo amor de Deus, não faz ninguém aqui passar vergonha! – Lucy disse olhando diretamente para mim. – Nem pensar em contar sobre seus casos, e eu já alertei a Normani para não brincar sobre nós duas sermos algo.

- Eu não vou fazer isso, até porque, isso não tem absolutamente nada ver com o jantar. Nem tem porque tocar no assunto. – Revirei os olhos e resolvi sair dali, pois eu sei que elas só querem me irritar.

--

Olhei-me no espelho e respirei fundo. Não sei como vai ser a reação de todas elas ao se verem de novo, e eu literalmente estou com medo e feliz ao mesmo tempo. Porque ouvir sobre tudo aquilo de novo, me deixa mal, e certeza que vou ouvir tudo de novo. Mas por outro lado, estou louca para vê-la sorrindo, para ver a felicidade estampada em seu rosto, ela é tão adorável.

Eu senti muita falta disso, muita, não tem como descrever. Que droga de vida!

Ouvi batidas na porta do quarto, e suspirei dado uma última olhada para o espelho. E caminhei até a porta. Quando a abri, vi Ally.

- E aí?! Não vai sair nunca? – Ela perguntou com uma cara fechada, e em seguida esticou o braço com uma garrafa de cerveja. – Toma isso e se anima.

- Desculpe, eu só estou ansiosa.

- Todas nós estamos, e por isso estamos bebendo. – Fomos surpreendida com o timbre da campainha. Meu coração, literalmente, está batendo muito rápido. – É ela? – Ally perguntou nervosa. Eu assenti. – Meu Deus, como eu estou? – Ela olhou para a própria roupa.

- Está bem, e vamos lá. É a hora... – Fechei a porta do meu quarto e fiz caminho até a sala, aonde estavam todas de pé, e parecia que nenhuma tinha coragem de abrir a porta. Eu olhei para elas, e Lucy apontou com o queixo para a porta, eu assenti e coloquei a garrafa de cerveja sobre a mesinha de centro.

Passei a mão em meu vestido e coloquei a mão na maçaneta, a girei com cuidado, e logo vi Lauren e Michael, ele deu um gritinho de felicidade ao me ver e bateu palmas.

- CAMIA BUITA, MAMÃE! – Ele começou a se mover nos braços de Lauren, pedindo meu colo, e quando me aproximei, ela beijou meu rosto. Meu corpo inteiro tremeu, eu fechei os olhos e juro que senti-me tonta.

- Boa noite também, Camz. – Ela disse, com uma voz doce e suave. Eu abri os olhos e sorri para ela, puxando-a para um abraço, abracei ambos de uma vez só. E tenho certeza que isso chocou as curiosas que estão dentro de meu apartamento.

- Boa noite! – Me desvencilhei dos dois e segurei sua mão. – Venha, há algumas pessoas que dão a vida para te ver de novo! – O sorriso de Lauren foi mais lindo do que eu imaginava. Ela olhou diretamente para dentro da sala, e quando eu olhei, as meninas estavam de olhos arregalados, sorriso nos rostos. Por outro lado, a Normani estava tapando a boca, e pelo brilho que vi em seus olhos, ela estava começando a se emocionar.

Vendo o nível da situação, eu peguei rapidamente Michael dos braços de Lauren, e ao terminar de fazer isso, Normani correu até Lauren e lhe abraçou, um abraço inacreditavelmente lindo. Normani começou a chorar alto.

- Eu estou aqui, amiga... Eu estou aqui... – Lauren sussurrou passando as mãos nas costas da morena. – Eu senti muito a sua falta, meu amor. Eu senti muito a sua falta.

- Eu te amo, Lauren... – Normani sussurrou e Michael franziu o cenho.

- Mamae ta cholanu? – Ele perguntou olhando para mim, eu neguei com a cabeça e beijei seu rosto.

- Ela só está feliz por estar com as amigas dela de novo. – Beijei seu rostinho novamente. Mas ele já estava começando a fazer biquinho.

- Ei, menino! – Dinah me assusta chegando a minha frente e esticando os braços para Michael, com um sorriso enorme. – Quer vir brincar com a tia? Vou te ensinar a jogar vídeo game!

- Você não sabe... O quanto eu esperei por esse abraço... – Lauren sussurrou. – Eu quis, e precisei por anos dele, é o mais confortável do mundo, minha irmã. – Normani continua a chorar como criança, e parece estar inconsolável. – Eu te amo, Mani. – Lauren conseguiu se desvencilhar da morena, porém segurando seu rosto. – Você está tão linda, meu Deus. – Disse limpando as lagrimas do rosto da morena que sorriu. – Eu quero a receita para ser tão linda assim. – Beijou o rosto da amiga, em cada cantinho. – Amor da minha vida! – Voltou a abraçar a morena. – Eu te encontrei de novo, amor da minha vida.

- Me-meu Deus! – Normani disse e em seguida respirou fundo. – Lauren... Vo-você está viva, meu Deus. – Normani levou as mãos ao rosto de Lauren e o segurou, em seguida beijou o rosto da amiga e voltou a lhe abraçar. – Eu nunca mais vou permitir que façam mal algum a você, eu vou te proteger com minha vida, se eu pudesse teria feito isso antes.

- Eu tenho certeza sobre isso, meu amor. – Elas se afastaram. – Eu sinto muito por tudo.

- Você não tem que sentir, você quem foi a vítima! – Normani disse. Eu engoli em seco. Ela virou o rosto para mim. – Desculpa, amiga. Não foi minha intenção.

- Tudo bem, tudo bem, relaxe... – Sorri sem graça, mas juro, meu corpo inteiro ficou pesado.

Isso vai ser longo e doloroso, acho que vou tomar umas cervejas.

(...)


ADVINHA QUEM VOLTOU? ELA MESMO, ANDREA MELLO.

Nesse caso é Lauren Jauregui duwehiwu

Espero que tenham gostado.

Enfim, perdão pela demora, vocês já sabem o motivo, e aguardem, NÃO DESISTAM DE MIM, PORQUE EU NUNCA, JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA DESISTIREI DE VOCÊS.

ATÉ A PROXIMA.

Amo vocês. <3


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