1- A Telepata_ Persuadidos

بواسطة JssikaSoares

161K 16.9K 4.1K

" No segundo que eu olhei para ele, eu sabia que não tinha mais volta." Sarah Rens é uma garota comum que... المزيد

Ajuda dos leitores ;)
Sinopse
Capitulo 0 - Prólogo
Capítulo 1 - Nada menos que estranho
Capítulo 2 - Lar das pessoas inconvenientes
Capítulo 3 - Intocável
Me da uma estrelinha? Nunca te pedi nada :)
Capítulo 4 - Pequeno milagre
Capítulo 5 - Cowboy
Capítulo 6 - Alguém perfeito
Capítulo 7 - Megafone
Capítulo 8 - Quebrando Muros
Capítulo 9 - Casamenteira
Capítulo 10 - Pessoas que nem existem
Capítulo 11 - Despretensiosamente
Capítulo 12 - Pensar com você
Capítulo 13 - Se eu pudesse fazer o que ele faz
Capítulo 14 - Rostos me encarando
Capítulo 15 - Conclusões sobre a vida alheia
Capítulo 16 - Uma versão do garoto de olhos cinzentos
Capítulo 17 - Algo que estava por vir
Capítulo 18 - Novas vizinhas
Capítulo 19 - Maldita telepatia
Capítulo 20 - Dependeria da sorte e do destino
Capítulo 21 - Seguindo em frente
Capítulo 22 - A leveza de Zac
Capítulo 23 - Do que você tem tanto medo?
Capítulo 24 - Se você pudesse ver
Capítulo 25 - Me deixando envolver
Capítulo 26 - Viajem de feriado.
Capítulo 27 - Ela esconde tantos segredos quanto eu.
Capítulo 28- Não importa o que você escolha, o destino não muda
Capítulo 29 - Acho que estou completamente apaixonado por você.
Capítulo 30 - O destino nunca se altera, sempre se modifica.
Capítulo 32 - Lobo na pele de cordeiro
Capítulo 33 - Tantas coisas nele faziam sentido naquele instante.
Você de roteirista, que tal?
Capítulo 34 - Agora estou pronta!
Capítulo 35 - Fique de olhos bem abertos, tente não perder nada.
Capítulo 36- Perto o suficiente da verdade.
Capítulo 37- Tudo parecia querer me engolir outra vez.
Capítulo 38- Era estupido prolongar aquela situação.
Capítulo 39 - Dessa vez não vai ter enganos.
Capítulo 40 - O preço por não pensar direito.
Capítulo 41 - Não desista amor, lute por nós.
Capítulo 42 - Eu estive lá esperando você cometer o menor dos erros.
Capítulo 43 - Não queria só a minha alma, queria me enterrar no inferno.
Capítulo 44 - Volte e tente terminar o que precisa ser terminado.
Capítulo 45 - Vamos viver a nossa vida a partir de hoje.
Capítulo 46 - Parecia que só os verdadeiros permaneceriam em pé aquela semana.
Capítulo 47 - Aquela bala nunca conheceu o destino que ele esperava.
Capítulo 48 -Bem longe de terminar. (FINAL)
Novas histórias :)
Continuação começa hoje 25/12
14 coisas que você não sabia sobre "A Telepata_"
***** Lançamento *****

Capítulo 31 - Como seguir em frente depois de estar com ele?

2.1K 269 125
بواسطة JssikaSoares

O lugar em si era bacana. Havia uma porção de adolescentes sentados em volta de uma enorme fogueira no meio da praia, outros transitavam por todos os lugares e alguns conversavam em grupos dispersos.

Aquele não era um luau comum, daquele tipo amador que se faz de qualquer jeito. Havia diversas pessoas espalhadas pela praia, muito mais do que eu imaginava. Vários foodtrucks estavam estacionados ao redor do pequeno evento. Cada um dos restaurantes móveis tinha o seu próprio playlist, e tinha música de todos os gêneros para todos os gostos. O evento devia ser frequente pela forma como era organizado.

Quando se mora em um lugar sem muitos recursos a criatividade é o diferencial.

E se não fosse pela ocasião eu teria amado aquele lugar.

Josh se afastou de nós, pegou uma bebida escura e foi sentar envolta do fogo. Mesmo de longe eu podia sentir seu pensamento preso a mim, e aquilo era estranho. Tanto que tentei não pensar no assunto.

Suan só sossegou quando viu Bruce. Os dois contemplavam o lugar apesar da tensão entre si. Sentia pena daquela situação toda porque eles eram bons juntos, mas aquilo que eu vi no sonho do meu irmão era amor, e amor não se supera. Eu podia ver no olhar dele a tortura que era ver Louise e não poder tocá-la, mas ainda sim a sua decência em dar a Suan sua noite perfeita prevalecia. O final daquele relacionamento não seria bonito, mas Bruce sabia que tinha feito tudo que podia. Embora o que ele sentia jamais o permitisse deixar

Louise para trás, ele evitou magoar os sentimentos da namorada até o último segundo.

Caleb e Mirian permaneciam juntos como sempre, curtindo a companhia um do outro. E pelos pensamentos de Zac era exatamente isso que ele também queria para nós aquela noite.

Louise e Scarlet tinham se separado de Bruce assim que chegaram no local. Elas queriam encontrar os amigos de Scarlet antes de trazê-los para junto de nós.

Eu teria que me virar sem ela até que a mesma se aproximasse de mim naquela noite, mas como ela devia saber o quanto eu estava nervosa esperava que ela não demorasse muito.

Naquela multidão de pessoas era difícil me concentra e por meu plano em prática, até que estivesse com Louise. Quando pensei em usar meu dom para filtrar as pessoas, jamais pensei que ia ter tanta gente assim naquele lugar. Ia ser impossível abrir o canal de pensamentos sem ter um apagão bem ali no meio daqueles desconhecidos.

Caminhamos pelo lugar enquanto meu coração martelava no peito. Eu estava tão nervosa que se soltasse a mão de Zac ia começar a tremer.

Meu estomago doía, minha cabeça latejava e meus olhos pareciam querer chorar sozinhos. Tudo isso era um misto de nervosismo e perda de controle. Não parava de pensar nas inúmeras possibilidades de encontra o garoto e aquilo não estava ajudando.

A primeira que eu encontrei foi Scarlet, ela estava agarrada a um garoto, como se simplesmente não tivesse mais nada que a ligasse a Josh. A verdade é que eu tinha passado a semana toda na minha bolha com Zac que nem tinha visto como tinha decorrido seu caso com ele. Sinceramente aquele não era um assunto com a qual me importava naquele momento.

Prestei atenção a cada amigo de Scarlet que estava com ela, porque se meu destino mudava somente quando eles entravam em cena, podia muito bem ser que ela conhecesse o garoto de olhos cinzentos e nem soubesse.

Mas nenhum deles me parecia meramente familiar.

Me senti péssima por estar segurando a mão de alguém enquanto procurava por outro alguém, mas meu coração não me permitia pensar com decência. E não existiu nenhum outro momento em que me senti tão perdida quanto aquele. Eu estava deslocada e tudo em mim parecia ter aceitado isso.

Pior do que esperar por aquele momento era viver ele.

Quando pensei que não ia mais ter forças para continuar naquele lugar ouvi a voz de Louise, o que me fez relaxar um pouco.

-Hey! Você está bonita.- disse ela curiosa e surpresa ao mesmo tempo.

Eu não conseguia responder, estava com um peso enorme no peito para poder falar, então ela apenas aceitou meu sorriso amarelo como resposta.

Logo meu irmão arrastou Caleb e Zac para comprar bebidas, deixando às garotas sozinhas. Querendo deixar bem claro que Louise não era bem vinda, e que se eu ficasse do seu lado também seria excluída, Suan e Mirian foram dançar perto de umas outras pessoas que faziam o mesmo.

-Sinto muito por isso.- a indelicadeza de Suan tinha feito a minha voz voltar.

Louise deu de ombros.

-Tudo bem, eu faria a mesma coisa se fosse ela.

Era claro que ela sentia ciúmes de ver meu irmão, que até então era sua alma gema, agarrado a outra garota. Mas ela era madura o suficiente para esperar e permitir que tudo fosse exatamente como tinha que ser. E se você for pensar, pelo ponto de vista dela, também vai chegar à conclusão que é fácil ficar de boa com a situação quando se sabe que é certo o seu triunfo no final.

Quando digo que ela esperou a vida inteira conhecer meu irmão digo isso de modo figurado. Ela o amava de uma forma que era impossível não ser notada. De certo modo, deixando de lado toda a parte de nos unir pelo que podemos fazer, eu era obrigada a concordar com Suan. Conviver com alguém olhando daquela forma para o seu namorado deveria ser impossível de se aguentar.

De repente Louise arregalou os olhos e ficou naquela posição esquisita que ela ficava quando estava tendo uma visão.

-O que foi Louise?- disse olhando ao nosso redor. Podia jurar que daquela vez meu coração ia explodir a qualquer momento.

Ela respirou fundo e voltou a se recompor.

-Não vejo mais o garoto.

Olhei para ela assustada.

Será mesmo que aquela viajem ia acabar somente com boas lembranças?

E por um momento eu não sabia como me sentia. Estava dividida entre o alivio e a decepção. A sensação que sempre vinha acompanhada de belos pares cinzentos.

-Tudo bem.- disse tentando não transparecer minha frustração.

Ela acariciou meu ombro, tentando em vão me consolar.

-Talvez tenha sido melhor assim.

Eu apenas assenti.

Seria incapaz de dizer qualquer coisa que fosse. Meu coração parecia estar prestes a parar de bater, e o pior de tudo é que eu não conseguia pensar em nada que pudesse me consolar. A verdade é que mesmo lutando contra aquilo, era tudo que eu queria aquela noite. Mesmo que apenas de longe, queria uma vez ter certeza que ele era real.

As meninas voltaram assim que as bebidas chegaram, mas eu já não era mais capaz de estar totalmente naquele lugar. Meu coração me levava para longe e pedi mentalmente a Deus que eu não desmoronasse bem ali.

Inúmeras pessoas passaram por mim, pessoas que nem percebi. Eu sorria sem vontade, e agia como se tudo estivesse bem enquanto meu coração se partia em mil pedaços. Tudo parecia errado, a mão de Zac na minha, os beijos que ele me dava e a forma como ele olhava para mim.

Eu já não entendia o que estava acontecendo comigo. Aquilo era o que eu queria, quer dizer, era o que eu achava que queria. Mas até aquele momento não tinha percebido que só estava fantasiando ter deixado o garoto dos meus sonhos para trás. O tempo todo que estava tentando fugir era só a prova disso.

Eu não ia aguentar por muito tempo e a única forma de amenizar aquilo era tentando esquecer, por isso aceitei o copo quando Josh se aproximou de nós me oferecendo.

Zac não gostou muito da minha atitude, mas se houvesse algo verdadeiramente forte naquele lugar era naquele copo que estaria. A primeira dose que tomei desceu rasgando a minha garganta, o que só me seduziu ainda mais para o segundo gole.

Josh me olhava surpreso, mas por algum motivo eu achava que ele sabia como eu me sentia. Porque outro motivo ele teria ido até nós com o único propósito de me oferecer aquele copo? Não quis saber na ocasião.

Todos ignoraram a forma como simplesmente eu tinha começado a beber lentamente, até mesmo Zac. Eu já não entendia mais nada, achei que Zac ficaria bravo comigo, mas bem pelo contrário ele começou a falar coisas muito engraçadas.

Demorei um pouco para perceber que não eram as pessoas que estavam estranhas, mas na verdade eu.

A bebida já havia amortecido meus dedos e minha visão já não estava mais tão clara. E não demorou muito para que as vozes me invadissem com força total.

"O que ele quer aqui?"

Confusão.

"Não aguento mais essa garota! Quem ela pensa que é?"

Loucura.

"E se fosse só nós dois, como seria?"

Fora de controle.

"Preciso de uma bebida."

"Que vento chato."

"Que lindo."

"Que roupa cafona."

"Lá está ela."

"Eu só quero ver acordar cedo amanhã."

"Pra onde foram todos?"

Todas aquelas voz ao mesmo tempo e ainda assim uma se destacava sem que eu realmente percebesse.

"Nem queria ter vindo."

Eu estava perdendo o controle e já sentia meu corpo formigar pelo que eu sabia ser um apagão. Se não acabasse com aquilo de uma vez ia acabar desmaiando ali mesmo na frente de todo mundo.

Em um movimento quase invisível Josh segurou a minha mão, que não estava segurando o copo, e me puxou para o seu lado. O copo caiu da minha mão, mas congelou no tempo a tempo de não atingir o chão.

Olhei assustada para Josh, e só depois percebi que mais nada a nossa volta tinha vida e se movia como nós dois.

Ele tinha parado o tempo mais uma vez.

A beleza daquilo era os detalhes parados ao nosso redor, a forma como tudo parecia perder a vida era quase fascinante. Os cabelos ao vento de Louise não se moviam mais, meu irmão estava com um sorriso congelado nos lábios e tantas outras pessoas olhavam para pontos que no instante já não existiam mais.

As vozes sessaram na minha cabeça e um alívio enorme me possuiu. Fechei os olhos com a tranquilidade que tomava conta de mim.

Josh segurou os dois lados do meu rosto e me olhou fixamente.

-Sarah, olha para mim.- dizia ele com urgência.

Eu tentava abrir os olhos, mas a sensação era inebriante de mais para ignorar.

-Não consigo.

-Claro que consegue. Abra os olhos e olhe para mim.- disse ele em um sussurro.

Com muito esforço eu abri os olhos, e vi ele me olhando tão de perto. Seu rosto a centímetros do meu me permitia ver cada detalhe que eu nem tinha percebido. Como as sardas novas e o bronze que ele tinha adquirido.

-Se concentre em mim. Você consegue. Apenas afaste isso, mande essa sensação de descontrole para longe de você.- dizia ele me olhando.

Tentei fazer o que ele dizia, mas a sensação já estava perto demais para afastá-la.

Lembrei de todas as vezes em que eu perdi o controle e que não consegui mais voltar. Eu precisava mudar aquilo, precisava me recompor. Então antes que pudesse protestar Josh pressionou seus lábios nos meus com força e urgência. De um jeito nada carinhoso.

Foi então que um fogo tomou conta de mim, como se queimasse cada parte do meu corpo e levasse os meus pesares para longe. Minha cabeça simplesmente não doía mais e o cansaço foi se dissipando aos poucos.

As mãos fortes de Josh apertavam a minha nuca e o meu rosto, como se ele se segurasse em mim. E eu não entendia o que estava acontecendo até que abri os olhos e vi ele perdendo as forças. Me afastei dele o suficiente para que nossos lábios se afastassem, mas não para quebrar a nossa ligação.

-O que você fez?- disse sobressaltada.

-Você ia apagar na frente de todo mundo.

Percebi que meu corpo parecia normal, ainda que meio zonzo por causa da bebida. Mas eu não me sentia mais a ponto de apagar.

-Como você fez isso Josh?

Ele desviou os olhos de mim para algo que eu não podia ver.

-Eu preciso sair daqui.- ele tirou uma mão do meu rosto contra a sua vontade.- Se você perceber que não aguenta mais saia daqui, eu não vou poder te ajudar se você perder o controle outra vez.

Tudo aconteceu muito rápido. Ele deslizou a mão do meu rosto para a minha cintura em um movimento rápido e íntimo de mais. Depois quebrou completamente nossa ligação, fazendo com que o mundo voltasse a vida mais uma vez.

Em uma fração de segundos o copo, que antes estava na minha mão, terminou seu trajeto até o chão, respingando álcool na minha roupa.

Zac, preocupado, se aproximou querendo saber se eu estava bem, ao passo que Josh se afastava e se misturava a multidão até que não fosse mais visto.

-Tudo bem com você?- perguntou Zac.

Eu não conseguia entender, mas a minha cabeça não latejava mais. Só havia uma leve dormência no meu corpo causado pela bebida, mas nada além disso.

Josh tinha tirado aquele fardo de mim. Mas como?

Voltei à realidade assim que Zac apertou a minha mão me trazendo à tona.

-Sim, eu estou bem. O copo só deslizou da minha mão.- olhei para frente e meus amigos não entendiam o que tinha de errado comigo. Até mesmo Louise que parecia saber de tudo.

Acho que assim como eu ela não sabia quando Josh usava seu dom.

Para a minha sorte ninguém havia percebido o meu quase surto. E a bebida que tinha atingido boa parte do meu corpo não havia molhado mais ninguém. Louise podia ver que tinha algo errado comigo, mas não quis dizer nada que levantasse suspeitas.

"Esta tudo bem?"

Perguntou ela por telepatia.

"Sim, só preciso sair daqui por um instante."

Olhei para Zac e sorri sem jeito.

-Vou procurar um banheiro e já volto.

-Você não quer que eu vá com você?- disse ele.

-Tudo bem. Eu não vou demorar, já volto.

Me desvencilhei dele e segui no meio das pessoas em busca de um banheiro. Mas onde se achava um banheiro no meio da praia? Pedi ajuda a uma mulher que vendia cachorro quente e ela me deu a direção de um banheiro químico. Caminhei às pressas, precisava me concentrar e entender o que tinha acontecido.

As vozes estavam começando a vir, aos poucos, mas ainda assim estavam lá.

Para a minha sorte a cabine do banheiro estava desocupada, então entrei com pressa e fechei a porta. Não havia luz, só o breu e o resquício de luz que entrava pelas frestas da porta. O cheiro não era bom, mas ainda assim era melhor que a confusão que estava lá fora.

Encostei-me contra a porta e fechei os olhos, tentando erguer o muro na minha cabeça o mais rápido possível. Os pensamentos começaram a sessar um por um e quando dei por mim já estava completamente no domínio da minha própria cabeça.

Como poderia ter sido tão burra? Beber só prejudicava ainda mais meu controle. Ficar no meio de muitas pessoas era prejudicial para o meu dom, mas bêbada era quase impossível ter controle sobre ele. Manter meu dom exigia concentração, algo que não se tem com álcool na cabeça.

Me adverti pela falta de responsabilidade até que a curiosidade veio com tudo na minha cabeça.

Como ele havia tirado o cansaço de mim? E aquele beijo, o que foi aquilo?

Mesmo que tivesse me ajudado, ele não ia se safar de me contar como tinha feito aquilo. Ou então, como sabia que eu estava perdendo o controle. Josh escondia coisas de mais de mim, e isso estava começando a me incomodar.

Foi então que alguém bateu na porta pelo lado de fora.

-Ei você! Morreu ai dentro?- disse uma voz rouca.

Imediatamente arregalei meus olhos, como se meu corpo reconhecesse antes mesmo que a minha própria consciência. Era ele. O garoto de olhos cinzentos.

Meu coração se acelerou mais uma vez e eu podia sentir ele pulsar por todo o meu corpo. Eu reconhecia aquela voz dos meus sonhos. Era ele, sem dúvidas nenhuma.

Fiquei em silencio e esperei que ele fosse embora.

Mas ele bateu mais uma vez.

-Sério mesmo que vai fingir que não tem ninguém ai? Eu vi você entrar.- eu não sabia dizer o que era mais gostoso de se ouvir, sua voz ou sua risada irônica.

No mesmo instante meus olhos se encheram de lagrimas e eu já não conseguia mais controlar o tremor no meu corpo inteiro. O que eu ia fazer?

Meu coração estava apertado e minha cabeça já não conseguia pensar por ela mesma. Aquele era o momento que havia esperado todos os dias da minha vida.

Estava indecisa entre sair dali e descobri finalmente quem ele era, ou simplesmente esperar ele ir embora. Estava ciente que se escolhesse a primeira opção nunca mais conseguiria voltar atrás.

-Se você não está preparada para as consequências não deveria estar aqui.- disse aquela adorável voz.

Eu não sabia definir a que ele se referia, mas parecia que ele sabia tanto quanto eu o motivo de não poder sair dali de dentro. Será que ele também estava me procurando?

Tentei refletir sobre as possibilidades, mas pensar já não era uma opção.

Ouvi algo bater suavemente bem nas minhas costas no mesmo segundo em que uma lagrima escorreu pelo meu rosto.

Aquele era o momento em que eu decidiria o que fazer. Como proceder com tudo que sabia e queria para mim mesma.

Fechei os olhos mais uma vez e inúmeros motivos para não abrir aquela porta foram substituídos por todos aqueles anos de sonhos. Cada palavra, cada sorriso ou momento em que ele esteve nos meus sonhos estavam lá.

E nada no mundo seria forte o suficiente para me impedir de descobrir quem ele era.

Então engoli em seco e me virei para porta. Pronta para ver a peça que o destino estava me pregando. Mas quando abri a porta não havia mais ninguém lá.

Saí às pressas porta a fora, sem parar para pensar uma vez se quer. Olhei ao meu redor, mas ele não estava mais ali.

Mais uma vez me perguntei se não estava imaginando tudo aquilo, se aquela voz não era a minha própria imaginação me pregando uma peça. E depois de se passar quinze minutos eu perdi completamente as esperanças.

Meu coração afundou mais uma vez, só que daquela vez eu não consegui segurar as lagrimas que desceram de forma descontrolada pelo meu rosto.

-Isso só pode ser piada!- eu disse olhando para o céu, com a voz completamente embargada pela angustia que me consumia por completo.

Sim, eu estava falando sozinha. E não ligava para quem pudesse ouvir.

Talvez aquilo fosse só mais um dos avisos de que aquele encontro não devia acontecer. Que ele era surreal até para mim.

Me distanciei de todo mundo e respirei fundo. Buscando o que restava da minha dignidade dentro de mim.

Existem momentos na vida da gente que nos fazem decidir entre o certo e o errado. Aquele precioso segundo que você perde a cabeça e age por impulso pode definir completamente o seu desfecho final.

Momentos na vida da gente que acontecem por um motivo maior.

Um motivo que vamos passar a vida toda esperando entender.

E que provavelmente não vamos viver o bastante para descobrir.

Eu poderia ter aberto aquela porta e ter visto o garoto que sonhei a minha vida inteira, mas a indecisão do momento me fez perder aquilo. Talvez eu nunca mais fosse ter aquela chance. Apesar de saber que se circulasse o lugar, naquele instante, provavelmente o encontraria de novo. Aquele precioso segundo tinha me dado a chance de pensar melhor.

Era quanto a isso que me referia a ter perdido a chance, eu tinha perdido a oportunidade de encontra-lo sem pensar duas vezes.

E com a indecisão me veio novamente os motivos que me fizeram parar para pensar.

Era perigoso, não era seguro e eu preferia continuar assim.

Se eu o visse seria impossível seguir dali sem ele, pelo menos dentro de mim.

Não sei por quanto tempo fiquei parada naquele lugar distante de tudo e todos. Pensando nos motivos para escolher ficar ali e não correr atrás dos olhos cinzentos.

Estava fazendo isso por Bruce, por meu pai e por tudo aquilo que acreditava saber sobre mim. Louise tinha me dito às coisas que eu precisava ouvir ainda que não fossem as que eu queria. Minha decisão já havia sido tomada e ele não devia estar lá.

Sentei em um pequeno morro de areia e fiquei olhando para o mar até que fosse seguro voltar. E à medida que as pessoas foram se dissipando fui recobrando completamente meus sentidos. Já me sentia forte o suficiente para estar entre elas.

Me levantei sem animo algum e caminhei entre as pessoas em busca de rostos conhecidos. Eu olhava para todos sem realmente olhar. E mesmo que já me sentisse melhor, o tempo que me afastei da multidão tinha destruído tudo dentro de mim.

Zac me encontrou enquanto eu tentava me manter firme.

-Onde você estava?- disse ele cheio de preocupação.- Faz quase duas hora que você foi ao banheiro.

Duas hora? Parecia que segundos tinham passado.

Ele não perecia aborrecido como eu estaria com a situação. Apenas estava preocupado comigo, mas infelizmente eu não conseguiria retribuir qualquer afeto que ele pudesse me dar naquele momento. E mais uma vez me sentia péssima por aquilo.

-Eu me senti muito mal e tive que me sentar um pouco. Juro que não imaginei que tanto tempo tivesse passado.- disse frustrada.

Ele olhou para mim, percebendo que havia muito mais do que estava disposta a lhe dizer.

-Você está bem agora?- mesmo assim, ele decidiu ser doce para me tornar ainda mais culpada do que eu já me sentia.

-Sim. Acho que bebi de mais.

-Nunca confie nas bebidas escuras de Josh.- disse ele sorrindo sem jeito.- Vem vamos encontrar os outros. Estão todos preocupados com você.

Seguimos no meio das pessoas novamente, até encontrar nossos amigos. Suan estava com um sorriso causado pela bebida ao passo que meu irmão tentava não deixa-la cair.

-Olha quem resolveu aparecer.- disse Suan de forma engraçada.

Meu irmão revirou os olhos enquanto Caleb e Mirian riam dela.

-Achei que você tinha ido embora com o Josh. O carro dele não está mais estacionado ao lado do meu.- disse meu irmão.

Olhei para Zac que tentava não transparecer o quanto estava angustiado de compartilhar do mesmo pensamento. Entendi naquele segundo completamente o alivio que vi no olhar dele quando enfim me encontrou.

-Porque eu faria isso?- perguntei olhando para Zac inconscientemente.

-Sei lá.- disse ele dando de ombros.- Vocês dois sumiram.

Tentei ver a questão de um modo geral e em um passe se tornou encantador à forma que Zac tentava não parecer chateado com a situação. Eu havia sumido no exato segundo que Josh sumiu. Claro que todos pensaram que eu estava com ele, mas jamais faria isso com Zac. Não depois de tudo que tínhamos passado naquela semana.
Não com o jeito que estava me sentindo naquele momento.

Eram tantas coisas para pensar e sentir, que eu me sentia tonta.

Então uma nova vertigem tomou conta de mim ao pensar no garoto de olhos cinzentos. E tudo que eu queria era ir embora para Toronto.

-Cadê a Louise e a Scarlet?- perguntei.

No mesmo segundo a carranca de Suan voltou com tudo para seu rosto.

-Foram embora.- disse ela amargamente.

Meu irmão parecia afetado com alguma coisa que eu estava por fora. Mas tinha tido problemas de mais aquela noite para me preocupar com mais um. Aquilo era assunto para o próximo dia.

-Vamos também?- disseram Caleb e meu irmão ao mesmo tempo.

Todos nós concordamos.

Teríamos que ir apertados em um carro só, já que Josh tinha nos abandonado. O que me fez lembrar mais uma vez o que tinha acontecido, ele deveria estar carregando naquele exato momento já que havia me ajudado. Mas como ele havia feito aquilo? Como havia absorvido o meu desgaste daquele jeito?

Precisava saber, mas não tinha cabeça para aquilo. Tudo que eu precisava, mais do que qualquer outra coisa, era ir embora daquele lugar o mais depressa possível. Não aguentava mais aquela angustia em meu peito, muito menos a presença constante que era aquela voz do garoto dos meus sonhos na minha cabeça. Jamais esqueceria aquele som.

Ainda que fosse uma mera ilusão.

Estávamos próximos ao carro quando Suan segurou meu braço.

-Sarah, preciso beber água. Vamos comigo até aquele barzinho ali.- disse ela apontando para um pequeno bar na calçada do outro lado da rua, lado oposto de onde estava estacionado o carro do meu irmão.- Eles devem ter banheiro também, não sei se aguento a viajem.

Além de Zac ninguém mais notou a suplica da minha amiga bêbada.

-Você não aguenta até em casa?- perguntei querendo sair correndo dali.

Zac estava parado ao meu lado sem saber se seguia ou pedia para os outros esperarem também.

-Não. Eu prometo ser rápida.- disse ala com aquele olhar manhoso.

Odiava a forma como Suan me conhecia bem demais. Ela sempre conseguia o que queria de mim, mesmo que eu tentasse mudar, nunca seria boa contra ela.

-Tudo bem, mas seja rápida.

Ela beijou o meu rosto em agradecimento e me puxou pelo braço.

-Eu já volto, só vou levar ela ali e já encontro vocês.- disse a Zac que se sentia derrotado.- Esperem por nós.

Ele concordou com um gesto de cabeça e depois se juntou aos outros que nos olhavam confusos.

Suan me arrastava pela rua como uma criança apressada. E eu quase fui atropelada por um motoqueiro mal encarado.

Quando chegou ao bar ela logo foi se enfiando no banheiro, me deixando sozinha no meio de um monte de pessoas desconhecidas. Pelo visto ela estava mesmo apertada.

Me escorei a parede oposta ao bar e só então percebi que não havíamos trazido dinheiro para a água. E antes que eu pudesse procurar por qualquer dinheiro que pudesse ter nos bolsos aquela música começou a tocar.

Não era comum que a minha banda favorita tocasse em lugares como aquele. Mesmo que o bar parecesse o tipo de lugar frequentado por pessoas da minha idade, ainda sim eu não esperava ouvir aquela música. Ela não era uma das minhas favoritas, mas por algum motivo aquela melodia me confortou.
Aquela letra parecia falar tanto sobre mim aquela noite.

Dois caras passaram pela porta próxima a mim falando alto, o que me distraiu dos versos que me faziam refletir.

-Ele sempre tem o irritante costume de sumir.- disse o mais alto.

Os dois andavam às pressas em direção ao bar e por algum motivo a forma que eles caminhavam me chamou a atenção para onde eles estavam indo.

-Lá está o infeliz.- disse o mais baixo apontando para o bar.

Acompanhei o movimento que o mais alto fez com a cabeça e vi que de costas para mim estava à pessoa que eles procuravam. Estava vestido inteiramente de preto e era extremamente misterioso de onde eu podia ver.

-V!- um dos caras gritou, fazendo o atraente rapaz misterioso virar em minha direção.

Meu coração parou no mesmo segundo.

Ele tinha os cabelos intensamente negros. A pele branca não condizia com o lugar em que estávamos, mas era a cor mais bonita que eu já tinha visto. Sua roupa era um contraste gritante diante aquelas tatuagens coloridas espalhadas pelo seu braço esquerdo. Eram tantos desenhos que eu não conseguia definir nada de onde estava.

Seu corpo esculpido combinava com toda aquela arrogância e sensualidade que emanava dele e fascinava todos ao redor. E a segurança como ele se mexia demonstrava que ele sabia disso.

Mas o seu maior atrativo sem sombra de dúvidas eram grossas sobrancelhas, negras como seu cabelo e tão bem arqueadas, sobre olhos levemente estreitos nos cantos no tom mais precioso de cinza.

Então todas as lacunas dos sonhos de todos aqueles anos, se preencheram na minha cabeça. Aquela mesma figura na minha frente substituiu todas as memorias que tinha daquele mesmo olhar. Pela primeira vez eu não via só aqueles olhos na minha cabeça e sim o corpo inteiro.

Era ele, o cara com quem sonhei todo aquele tempo.
E ele realmente era real.

Lembrei do sonho na praia, da forma como aqueles olhos olhavam para mim. Ou da vez na neve quando ele disse que iria embora, na escola em que nunca estive, no banco do seu carro que nem mesmo sei qual é, da forma como ele me olhava e as coisas que dizia. E me lembrei do seu sorriso, que era perfeitamente branco e cheio de uma audácia jamais vista.

Era ele e daquela vez não tinha volta.

Ele direcionou o olhar para os acaras que o chamaram e as pequenas argolas prateadas apareceram para mim. Meu coração não sabia o que ia fazer e um grito estava preso na minha garganta.

Podia jurar que ia morrer ali mesmo.

-O que foi?- disse a mesma voz do banheiro químico. Era mesmo ele, eu não havia imaginado nada. Ele parecia incomodado com alguma coisa só pela forma como suas feições mudaram de um minuto a outro.

-Onde você estava?- perguntou o mais alto.

-Por ai.-disse ele como se não devesse e nem gostasse de dar satisfações a ninguém.

Então ele olhou na minha direção e meu mundo todo perdeu o foco.

Eu não sabia se ele sonhava comigo como eu sonhava com ele. Não tinha ideia se ele me reconheceria assim como cada parte do meu corpo o reconheceu, mas ainda assim eu não conseguia respirar.

Seu olhar era intenso e selvagem.

E absolutamente tudo dentro de mim pareceu pegar fogo ao mesmo tempo. Como se cada parte minha quisesse que ele me tocasse, sentindo sua falta e ansiando por isso há muito tempo.

Então suas feições mudaram mais uma vez, só que para confusa e ele se desencostou de onde a pouco estava escorado.

Ele ia viria até mim, eu podia ver.

Meu coração martelava em meu peito, mas meus pés pareciam pregados ao chão. Nem que eu quisesse poderia me mover. Ele simplesmente passou pelos amigos sem ouvir o que eles estavam dizendo e veio na minha direção. De repente ele parecia tão hipnotizado quanto eu.

Perdi totalmente o sentido das coisas. Era muito mais forte do que eu imaginava o que sentia por ele, e ao contrário do que acreditava, não tinha controle nenhum sobre aquilo.

A medida que ele se aproximava de mim, eu via medo e confusão no seu olhar. E podia apostar que o mesmo refletia nos meus olhos na direção dele.

E literalmente o mundo parou à medida que ele se aproximava de mim. Sabe quando parece que você não consegue enxergar nada na sua volta que não seja uma única coisa em especifico? E todos ao seu redor olham para você como se você fosse louco e estivesse fazendo a coisa mais entranha do mundo? Era exatamente assim que todos olhavam para nós.

E cada passo dele parecia quebrar o chão sobre os meus pés.

Conforme ele se aproximava eu podia ver melhor seus detalhes, os longos e grossos cílios, o desenho do seu queixo, a maçã saltada do rosto e os contornos do nariz. Ele era uma obra de arte mesmo com aquela pinta de bad boy.

Quando ele finamente ia chegar até mim Louise apareceu na minha frente e me abraçou com força, quebrando completamente a nossa conexão de olhares.

-Não olhe para ele, você precisa sair daqui.- disse ela no meu ouvido.- Ele é muito mais perigoso do que imaginei.

Ela me apertou ainda mais forte tentando me fazer entender, mas fracassou porque eu já não conseguia mais pensar.

-Eu vou te tirar daqui.

Nem havia percebido ela chegando para o lado, mas quando vi ela estava me arrastando porta afora com uma urgência que eu nunca tinha visto. Meu corpo acompanhou ela, mas minha cabeça estava lá. Presa naquele olhar.

-Você precisa ir embora daqui agora!- ela gritava comigo.

Finalmente olhei para ela.

-Eu não posso Louise, não consigo! Ele está lá dentro! É ele!- eu dizia apontando para a porta.

Suan saiu pela porta cambaleante e não entendeu o que estava acontecendo.

-Sarah, olha para mim.- Louise estalava os dedos na minha frente como se eu estivesse em algum tipo de transe.- Pegue a Suan e saia daqui antes que eu perca o Bruce para sempre.

Quando ela mencionou meu irmão tanto eu quanto Suan olhamos para ela. Pronto, ela tinha minha atenção e mais ainda a da minha melhor amiga.

-O que você quer dizer com isso?- falou Suan furiosa.

Louise não desviou o olhar de mim, como se Suan nem estivesse ali.

-Escuta, as coisas não são o que parecem. Está tudo errado e agora eu entendo, se você não for embora agora eu vou perder o amor da minha vida.- os olhos de Louise se encheram de lagrimas.

Aquilo foi impossível de não considerar.

-O que meu irmão tem a ver com isso?- as lagrimas escorreram pelo rosto de Louise e os segundos pareciam mortais à medida que passavam.- Fala Louise, o que você sabe e não quer me contar? O que acontece se eu entrar lá dentro e falar com ele?

-Do que vocês estão falando? Sarah? Porque ela está falando isso do seu irmão?- Suan estava cada vez mais indignada.

Tanto eu quanto Louise não desviamos o olhar uma da outra.

-Todos aqueles que você ama vão sofrer. Ele é a ameaça que seu pai avisou.

Meus olhos se encheram de lagrimas.

Então aquela voz chamou por mim mais uma vez.

-Ei você.- disse o garoto de olhos cinzentos.

Eu estava de costas para ele, mas ainda sim podia sentir seu olhar em mim, me consumindo como fogo. E diferente de todas as vezes, senti que nada mais faria sentindo depois daquilo. Porque mesmo que fosse forte em nome daqueles que amava, jamais superaria aquele precioso segundo em que ele chamou por mim.

Eu não podia ignorar o que Louise havia dito, precisava sair dali o mais rápido possível. Mesmo que me doesse fisicamente ficar longe dele. Então pressionei os olhos com força, trancafiando todas aquelas sensações.

-Eu encontro você no carro Suan.- disse antes de sair correndo no meio dos carros que desviavam de mim em alta velocidade.

Eu não me importaria de acabar bem ali, no meio daqueles carros que buzinavam sem parar para mim. Parecia um destino bem menos cruel do que aquele que eu estava seguindo.
Mais uma vez eu me sentia no escuro, só que daquela vez eu sabia que a luz existia, ainda que não pudesse encontra-la.

Só olhei para trás quando cheguei do outro lado da rua. E então vi pela última vez o garoto da minha vida sendo impedido por Louise de vir atrás de mim.

Ela tocava o peito dele, o barrando de seguir a diante. E pela forma como ele obedecia só poderia dizer que ele conhecia ela, melhor do que isso. Ele sabia sobre ela.

Mas tudo que eu conseguia me perguntar naquele momento era como seguir em frente depois de estar com ele?

GENTEEEEE o capitulo que mais amei escrever... a li ele antas vezes que acho que eu estava lá kkkkkk
Espero que tenham gostado, porque daqui por diante a trama só aumenta e estamos próximos de muitas
revelações e ainda mais segredos!!!
A Telepata é uma serie de 4 livros, então tem muita coisa por ai ainda... então peguem o remédio do coração e a pipoca porque vem trama tensa por ai.


Música tema: Fix you - Coldplay

واصل القراءة

ستعجبك أيضاً

A Rainha dos Anjos بواسطة Giovana Fochi

الخيال (فانتازيا)

2K 272 55
Disponível na Amazon Kindle e Kindle Unlimited Apoie uma escritora independente! Um novo mundo se reergueu após a Grande Devastação com a chegada do...
339K 21.5K 48
ENEMIES TO LOVERS + MAFIA + LUTAS CLANDESTINAS Tudo muda para Charlotte quando ela descobre que seu melhor amigo está envolvido em lutas clandesti...
122K 16.6K 60
O caçador foi enviado para matá-la! Assim como uma tentação é provocante e sedutora, o amor se ofereceu ao jovem Gael Ávila de forma proibida. Agora...
4.3K 937 15
Thamyres Brunnet é caloura do curso de Arquitetura, e cada dia parece ser ainda mais maravilhoso que o anterior toda vez que pisa no terreno da unive...