O Turista (Livro 1) [H.S]

By laribsss

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É engraçado como as coisas variam pelo ponto de vista das pessoas. Alguns acreditam em Deus, outros em destin... More

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
SEGUNDO LIVRO
P.S.: Eu Te Amo.
IMPORTANTE PRA CARALHO - DESCULPA O PALAVRÃO

Capítulo 27

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By laribsss



Niall: E então? – Perguntou, ao vê-la entrar na mansão.

Melanie: Tudo bem. O deixei dormindo, na Grécia. – Disse, quieta – Eu estou cansada. Vou me deitar. – Niall assentiu.

Melanie subiu as escadas, entrando direto pro quarto. Tomou um banho, lavou o cabelo e vestiu um roupão preto, felpudo. Abriu seu armário, em busca de um comprimido que a fizesse dormir, mas ao invés disso terminou achando uma camisa dele ali. Nos últimos dias, quando ele achava que iam se casar, os dois dormiam juntos, de forma que várias coisas dele foram parar ali. O perfume estava vivo, como se ele tivesse acabado de tirar. Melanie não aguentou. Não aguentou a dor, não aguentou a vontade que tinha de voltar correndo e alcançá-lo antes que acordasse. Caiu de joelhos no chão, já aos soluços, com a camisa dele nas mãos. A apertou, trazendo-a ao rosto, aspirando o perfume vivo, e a aliança reluziu em seu dedo. Estava doendo. Ela optaria pela dor da morte do que a essa. Fechou os olhos, o corpo se sacudindo pelos soluços do choro abafado, e viu o verde dos olhos dele em sua frente. Ouviu seu riso, sentiu o gosto do beijo, o toque da pele... Ela ia enlouquecer.


Jogue sua alma por cada porta aberta.
Conte suas bênçãos para achar o que procura...

Ela tinha que ser forte. Tinha que aguentar, por ele. Puxou na cabeça os protestos dele contra o que ela fizera, ele lhe esmurrando, dizendo que ia se entregar a policia... Mas se lembrou da primeira noite, do jeito atrapalhado com que ele apontara o revolver pra ela, dizendo ele que ia lhe matar. Doeu ainda mais. Ela rastejou no chão pra longe da camisa dele, se agarrando com o edredom da cama. Mal conseguia respirar perante ao choro compulsivo.

Niall: Melanie... – Disse, parado na porta.

Melanie: Vá embora, Niall. – Disse, ocultando o rosto e tentando conter o choro.

Transforme meu sofrimento em ouro,
Me pague com gentileza e colha aquilo que plantou.

Niall: Eu vou buscá-lo. – Disse, condoído.

Melanie: Não! – Protestou, os olhos vermelhos encarando-o, o rosto encharcado com as lagrimas.

Niall: Olhe só pra você. – Disse, quieto.

Melanie: Deixe-o em paz, é pro bem dele. Eu vou ficar bem. – Niall negou com a cabeça – Vá embora, Niall! – Pediu, mas ele fechou a porta, entrando no quarto.

Nós poderíamos ter tido tudo.
Nós poderíamos ter tido tudo, tudo, tudo...

Niall abraçou Melanie. Ela relutou no começo, mas no final se agarrou a camisa dele, deixando aquele choro que açoitava sua alma a consumir. Ela o amava. Ela o queria de volta. Ela precisava deixá-lo ir. A perspectiva de não vê-lo mais a apavorava, não quando ele fora tão seu! Parecia que nada seria capaz de apaziguar aquela dor, nunca.

Um bom tempo depois Melanie ainda chorava, o rosto delicado vermelho, a camisa de Niall encharcada. Ele tinha o rosto sério quando a soltou de sua camisa, encarando-a, e ela assentiu, quase em um pedido. Uma dor aguda atingiu a nuca de Melanie e ela desmaiou, grata pela inconsciência sem dor. Niall a carregou, deitando-a na cama, cobrindo-a e secando o rosto maltratado pelas lagrimas. Ela não sofreria, pelo menos não nas próximas horas.

Nós poderíamos ter tido tudo!
Amando profundamente...

Harry acordou na Grécia, apenas na manhã seguinte, com dor de cabeça. Se espreguiçou, sentando na cama, meio deslocado.

Harry: Melanie? – Chamou, meio perdido.

Você teve meu coração nas suas mãos!

Aos poucos as memórias da noite anterior vieram a sua cabeça, uma atrás da outra, de forma impiedosa. Quando ele pulou fora da cama estava com tanta raiva que nem sentia a dor de cabeça. Chutou as malas que trouxera até achar a dela, grande, cinza, e rosnou ao abri-la. Seus documentos, seu passaporte e uma passagem de ida para Londres, sem escala, serviam de cobertor para os montes de dinheiro, presos em grampos. Havia um papel em branco, sutilmente dobrado ali. Ele o abriu, e era a caligrafia dela.

"Seja feliz."'

Harry: Desgraçada. – Murmurou, se levantando, já puxando a camisa amassada pela gola, pronto pra um banho rápido.

Mas brincou com ele, de acordo com a batida.

Ele iria atrás dela, iria alcançá-la e torcer-lhe o pescoço em seguida. Se ela pensava que tinha acabado ali, estava enganada. E se você acha que vai ser tão fácil assim, Harry, você está mais enganado que ela.

Harry entrou no aeroporto a passadas largas, a cara fechada, e foi direto pro guichê. Lá pediu a troca da passagem de Londres para Paris, e ficou mais que impaciente quando a atendente pediu um momento, após olhar o passaporte dele, apanhando o telefone. Piorou quando o superior dela veio, e o chamou para uma sala reservada, onde havia um tradutor entre eles. Era uma merda, ele já perdera horas inconsciente, nesse passo não a alcançaria!

Harry: Por favor. Eu não entendo qual o problema. Eu só quero trocar o destino da passagem. – Disse, tentando se manter calmo. O tradutor falou algo em grego com o supervisor do aeroporto, e assentiu.

Tradutor: Senhor Styles, aparentemente o senhor não pode fazer a conexão Grécia-Paris. – Disse, educado.

Harry: E porque não?

Tradutor: Aparentemente sua entrada na França foi proibida pelo governo. Eu sinto muito.

Harry: Como? – Perguntou, incrédulo – Não, tem que haver algum erro, eu vim da França há alguns dias e... – Ele parou. Viera da França em um avião particular.

Tradutor: Nós acabamos de conferir, ligamos para o consulado Francês. Desculpe.

Harry saiu do aeroporto espumando de raiva. Era claro, Melanie não dava ponto sem nó. Ela o tirara do país e tornara sua volta impossível. Não passaria por fronteira nenhuma sendo Harry Styles, e não fazia ideia de como conseguir outra identidade. Ele rodou de um lado pro outro no quarto do hotel, a visão vermelha de ódio. Que ideia idiota, devolvê-lo a sua vida! Nos primeiros dias ele teria agradecido isso de joelhos, mas não, ela esperou ele estar miseravelmente apaixonado por ela para se decidir. Lembrou-se da voz dela, do tom de despedida, "Meu Deus, eu te amo tanto!" ela dissera. Sua raiva só aumentava. Foi de súbito. Ele apanhou o telefone, passando pela telefonista rapidamente. Depois de um bom tempo e várias transferências de ligação foi parar na mão de um atendente da sede do FBI em Paris.

Harry: Eu preciso falar com a agente Perrie. Não sei o sobrenome. – Disse, e o atendente titubeou. Não era assim, só ligar e dizer com quem queria falar. Perrie era uma agente de alto escalão. Harry revirou os olhos, interrompendo a fala do outro – Diga a ela que é Harry Styles. O homem que ela viu com Melanie Horan em Paris nos últimos meses. Diga que é urgente.

O silencio reinou do outro lado da linha. Por sobre a raiva Harry chegou a pensar que a ligação havia caído, só não teve certeza porque ouvia múrmuros baixos do outro lado da linha. Então uma voz fina de mulher atendeu o telefone.

Perrie: É Perrie Edwards. – Disse, firme.

Harry: Eu estou pronto para entregar o império e o paradeiro exato de James Campbell. – Respondeu, imediatamente, decidido.

Harry estava sentado em uma sala onde tudo era cinza, em frente a uma mesa. Seu dia fora conturbado. Primeiro achara que encontrara a felicidade, então a vagabunda da Melanie o dopara, ele tentou ir atrás dela, fora exilado da França, então não podia ir a França, então agora estava na França, sentado em frente a mulher que queria matá-lo. Era uma vida confusa. Ele se lembrou do ciúme de Melanie com Perrie, e isso lhe deu mais raiva ainda. Perrie estava acompanhado de um homem que parecia intrigado.

Perrie: Muito bem. Eu sou Perrie Edwards, e este é meu colega, Zayn. – O homem assentiu – Ele apenas assistirá o interrogatório.

Harry: Tudo bem. – Disse, tranquilo.

Perrie: Você sabe que qualquer truque que tentar nessa sala o levará a prisão federal por desacato a autoridade e falso testemunho perante a lei. – Disse, os olhos avelã sondando-o.

Harry: Eu conheço a constituição, agente. – Disse, ciente de que tudo estava sendo gravado.

Perrie: Muito bem. Me diga seu nome completo. – Disse, de braços cruzados.

Harry: Harry Edward Styles. – Respondeu, instantaneamente.

Perrie: Profissão? – Continuou.

Harry: Médico. – Perrie parou por um instante, então se lembrou de onde o conhecia. – Resido em Londres. Natural de Cheshire.

Perrie: O que você pode me dizer sobre James Campbell? – Harry riu.

Harry: Muita coisa. – Disse, fazendo uma careta perante tudo o que sabia. Perrie só faltava quicar de ansiedade.

Perrie: Onde ele está agora?

Zayn: Não com tanta sede ao pote, Perrie. – Repreendeu.

Harry: Não, tudo bem. – Disse, tranquilo – Não sei dar o endereço. O esconderijo foi programado para isso. – Perrie franziu o cenho – É um lugar que só pode ser encontrado por aqueles que já estiveram lá. Bem bolado.

Perrie: Você nos levará lá? – Sondou.

Harry: Quando quiser. – Deu de ombros. Perrie suspirou, contendo um sorriso.

Perrie: Conte a história inteira. – Incitou. Harry refletiu um instante, se lembrando.

Zayn: Perrie, não será melhor esperar pela manhã? Isso pode levar horas, já passa da meia noite.

Perrie: Responda a pergunta.

Harry: Tudo começou quando eu conheci uma mulher no trem. – Disse, se lembrando – Melanie Horan. – Perrie assentiu – Eu estava em Paris a passeio, peguei o Gare de Lyon, ela me sondou lá. É violentamente bonita, eu sou homem... Ela me atraiu. Quando eu vi estavam tentando me matar.

Perrie: Ela disse o porque?

Harry: Foi meio confuso, eu não sabia quem era James Campbell. Depois de ser apresentado eu soube que agora era o doppelganger dele. Ou seja, eu iria morrer no lugar dele.

Perrie: Porque não fugiu? – Pressionou

Harry: Ela disse que se eu fugisse, ou Ed me matava, ou você me matava. Optei por ficar calado. – Deu de ombros.

Zayn: Ed? Ed Sheeran? – Harry assentiu – Perrie, você tem noção do que é isso? – Perrie parecia intrigada também. Era um peixe bem maior do que ela sonhava apanhar: James Campbell e Ed Sheeran em uma só fisgada – O que você sabe sobre Ed Sheeran?

Harry: Não muito. Sei que ele quer a cabeça de James em uma bandeja. – Perrie fez um biquinho frustrado.

Perrie: Os Campbell tem ligação? James e Danielle? – Perguntou, quase não conseguindo ficar parada.

Harry: Melhores amigos. – Perrie riu, satisfeita – Danielle Campbell é casada com Louis Tomlinson, vocês tem conhecimento disso?

Perrie: Eu disse a você que ele também estava envolvido! – Disse, em um silvo. – Quem mais?

Harry: Madison Salvatore casou-se com James Campbell nesse ultimo mês. – A boca de Perrie caiu – Mas você não vai querer se meter com Madison. Não com ela irritada. – Aconselhou, com uma careta.

Perrie: Pensamos que Melanie Horan era mulher de James Campbell. – Incitou.

Harry: Não. Ele vê ela como filha. – Harry se debruçou na mesa – Na verdade, Melanie iria se casar comigo. – Relatou – Mas houveram controvérsias e aqui estou.

Perrie: Continue.

Harry: Não tão depressa. – Perrie quase levou um choque – Eu quero uma garantia de que quando eu terminar de falar tudo o que eu sei vocês não vão me matar como "queima de arquivo".

Perrie: Lhe concederei proteção a testemunha, continue! – Disse, ultrajada.

Harry: Eu quero que a imprensa saiba que estou protegido. Nada contra a senhora, mas convivi com ladrões durante tanto tempo que não sei mais no que confiar. – Disse, dando de ombros. Perrie assentiu.

Perrie: Me ligue com o presidente. – Disse, após chamar um assistente – Acorde-o, que diabo, eu estou com James Campbell na mão! – Disse, após um retruco sobre o horário – Droga, esse documento vai levar horas...

Harry: Posso ir adiantando poucas coisas. Não tudo. – Negociou. – Só depois que eu tiver certeza de que não vou ser morto. Perrie assentiu.

Zayn: Porque você resolveu falar agora? – Perguntou, confuso.

Harry: Melanie me deve isso. – Disse, curto e duro.

Zayn: Perrie, você vai levar horas pra conseguir esse mandato, e para avisar a imprensa. Vai deixá-lo ai até isso acontecer?

Harry: Não me importo, contanto que me tragam café. – Disse, se acomodando na cadeira. Perrie refletiu.

Perrie: Harry, estou confiando em você. – Ele ergueu a cabeça – O que não é de meu fetil. O enviarei a um hotel cercado com homens meus na porta do hotel, do quarto, no telhado, no raio que o parta. Sem telefone, internet ou televisão. Incomunicável. Apenas para que passe a noite. – Harry esperou – Se tentar fugir ou algo do tipo meus homens terão ordens para usar de violência para trazê-lo até aqui. Ai então se você se recusar a falar, esqueça a proteção a testemunhas.

Harry: Posso ficar se quiser. – Disse, tranquilo.

Perrie: Não, tudo bem. – Ela assentiu consigo própria – Estamos contando com você.

Harry: Tudo bem. Mais uma condição. – Perrie o encarou, já na ofensiva – Nada demais. Só que quando eu levar vocês até o esconderijo... Há um cachorro lá, um labrador. – Perrie franziu o cenho – Não o machuquem. Ele é meu. – Disse, simples. Perrie fez uma careta surpresa, mas assentiu. O cachorro era o que menos importava agora.

Harry assentiu, se levantando. Não sentia nada: Nem amor, nem raiva, remorso ou saudade. Melanie merecia tudo o que ele viesse a fazer.

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