O Turista (Livro 1) [H.S]

By laribsss

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É engraçado como as coisas variam pelo ponto de vista das pessoas. Alguns acreditam em Deus, outros em destin... More

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
SEGUNDO LIVRO
P.S.: Eu Te Amo.
IMPORTANTE PRA CARALHO - DESCULPA O PALAVRÃO

Capítulo 22

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By laribsss




                 

Por entrelinhas, há algo que acho válido ressaltar: Melanie e Harry podiam estar em pé de guerra, mas James Campbell e a esposa precisavam continuar na mais perfeita paz... O que vinha se tornado impossível. Madison, por sua vez, achava graça.


Melanie: Totalmente desnecessário. – Completou, virando numa curva com ele.

Harry: Vou me lembrar disso na próxima vez em que me trouxerem você baleada. – Disse, debochado.


Harry insistira em querer comprar todos os seus materiais: Uma maleta, estetoscópio, luvas, mascaras, gazes... Enfim, todo material de médico. Melanie ficou parada no balcão da farmácia, olhando o teto, e ele demorou o máximo que pôde. Com tudo comprado foram pra casa... E chegando lá, só de pirraça, ele disse que precisavam voltar.

Melanie: Porque? – Perguntou, exasperada.

Harry: Esqueci algumas pinças. – Melanie o encarou, incrédula, e apanhou uma das sacolas de papel, virando-a no sofá. Várias pinças cirúrgicas, ainda embaladas, caíram no sofá. – Não essas. – Dispensou.

Melanie: Precisa de mais? – Perguntou, os olhos de um azul ameaçador.

Harry: De nós dois, eu sou o que tem um diploma de medicina. Vamos. – Chamou, irônico, e saiu. Melanie respirou fundo, olhando o teto por um instante, e saiu.

Ela entendeu o jogo dele logo, e resolveu participar. Não ia dar o gosto de ficar com raiva. Assim ele parou no balcão da farmácia, conversando tranquilamente com o farmacêutico, que logo saiu. Melanie se amparou no balcão, de lado, virada pra ele, e ficou quieta, sorrindo e o observando. Ela usava uma calça preta, simples, uma camiseta regata, branca, e os cabelos presos em uma trança embutida, que caia pelas costas.

Harry: ...Uma coisa meio Lara Croft. – Alfinetou, sobre o visual dela, e ela sorriu, olhando-o. – Só comentando.

Melanie: Fique a vontade. – Liberou, sorrindo.


Harry a encarou, prestes a mais uma piada, mas o olhar dela o alertou. Ele viu Melanie erguer a mão pra ele e puxar o revolver da cintura com a outra... Mas ela não mirava ele. O empurrou pro chão e o tiroteio começou. Barulho de vidro e gritos vieram de toda parte, então os tiros pararam.


Harry: O que foi isso? – Perguntou, se levantando.

Melanie: Fique no chão. – Avisou, olhando em volta, acuada. Ela apanhou outro revolver, os olhos varrendo o local, e checou os pentes deles, dando uma batidinha – Ligue pra Niall. Faça agora. – Disse, recuando um passo. Harry apanhou o celular, sem obedecer ela e se levantando, totalmente confuso.


Mais tiros, vindos do nada. Harry visualizou alguns homens nos corredores, mas eles não paravam, e Melanie era uma só... Uma só e parecia o vento. Ele discou os números e chamou, atônito... Porém os cercaram. Melanie ainda atirava, os dois braços erguidos, os olhos furiosos... Então um cano tocou o pescoço de Harry. O celular caiu. Melanie hesitou, as duas armas erguidas. Alguém dava uma chave de pescoço em Harry, o revolver em sua têmpora.


Melanie: Você está com algo que me pertence. – Avisou, em um rosnado.

XXXX: Calma, docinho. – Ordenou a voz no ouvido de Harry – As armas no chão. Agora.


Mas Melanie não abaixou as armas. Harry viu o olhar dela se aguçando, como uma cobra ao dar o bote: Ela ia arriscar o tiro.

XXXX: No chão! – Ordenou, e Melanie sentiu mais homens a suas costas. Estavam em uma minoria esmagadora. Melanie encontrou o olhar de Harry, e se encararam por um instante, ela ainda em posição de ataque. Ele assentiu uma vez, minimamente. O dedo de Melanie tremulou no gatilho, quase apertando...

Harry: Eu confio em você. – Disse, sem som, e ela franziu o cenho, ainda apontando as armas.

XXXX: NO CHÃO! – Gritou, empurrando a arma na têmpora de Harry.


Melanie odiava gritos. Serviu de combustível. Ela mirou uma das armas e engatilhou... Mas encontrou o olhar dele de novo. É claro que ele estava com medo, mesmo que não pedisse pra ela refrear. O risco era grande. Qualquer margem de erro, qualquer movimento sem planejar, e a bala iria na cabeça dele. Ela não conseguiu atirar. Harry levou um choque ao vê-la recuar, erguendo as armas.


XXXX: Muito bem. Descarregue. – Melanie tinha o rosto frio ao soltar as travas das armas. Os pentes caíram no chão com um som metálico. – Armas no chão. Sem movimentos bruscos. – Avisou e ela se abaixou, soltando as armas.

Harry: Melanie. – Murmurou, confuso.

XXXX: O amor é mesmo um sentimento lindo, não é? – Perguntou, debochado. Harry encarou Melanie, que ficou quieta – Mãos pra cima, docinho. – Melanie ergueu as mãos, olhando de relance pro canto. Haviam pelo menos cinco as suas costas.

Melanie: Está tudo bem. – Disse a ele, encarando-o, tentando passar segurança, então a pegaram por trás. Harry não conseguiu ver o que fizeram com ela, mas ela arqueou pra frente, desmaiando em seguida. Harry rosnou, se debatendo, mas uma dor na nuca o derrubou também.


Harry acordou amarrado em uma cadeira. Ele franziu o cenho, olhando em volta. Aquele lugar era familiar... Parecia um necrotério, não haviam moveis, só um armário, com duas gavetas grandes, de metal, e um painel de controle. Era uma sala de cremação. Ele olhou em volta, procurando, mas ela não estava... Uma náusea o atingiu, olhando a gaveta de metal.



Harry: Melanie. – Chamou, se lançando contra a cadeira inutilmente.

XXXX: Ora, até que enfim, James. – Disse, entrando na sala – Não precisa procurar, ela está aqui. – Ele bateu na gaveta – Perigosa demais para se manter solta. Mas me surpreendeu que ela tenha recuado por você. Quero dizer, em anos, ela nunca recuou. – Ele deu de ombros.

Harry: Eu estou aqui. Deixe ela ir. – Disse, raivoso. O outro riu.

XXXX: Não tão depressa. – Dispensou – Ed vai querer encontrá-los, os dois. Oh, ele está furioso com você, James. Esperou por isso durante anos. – Disse, brincando com o painel que acenderia a fornalha. Harry rosnou – Mas ele já foi avisado de sua ilustre presença. Está vindo. – Disse, sorrindo, malicioso. Harry suspirou. Iam morrer, os dois.


Enquanto isso, na farmácia...


Louis: Merda, merda, merda... – Disse, passando as mãos nos cabelos, vendo a gravação. Estava nervoso. Madison, por sua vez, estava pálida, no celular. Ambos viram os pentes da arma de Melanie irem pro chão, e ela ser nocauteada em seguida.

Madison: Niall, estão com ela. – Avisou, olhando o vídeo. Viu Harry cair na tentativa de se soltar – Estão com os dois. Precisamos agir, Ed vai matá-los. – Disse, vendo Melanie e Harry serem levados.

Niall: Estão preparando o avião. – Disse, raivoso, na pista de pouso. Era sua família em jogo – Madison, detenham Ed. Me dêem tempo.

Madison: Como? – Perguntou, exasperada – Ele vai saber que é um subterfúgio. Ele acha que está com você. Não vai parar.

Niall: Não quero você na linha de fogo sozinha. – Disse, angustiado.

Madison: Louis está comigo. Não há alternativa.

Niall: Estou a caminho. Localizem Melanie. – Disse, desgostoso.


Todos os integrantes do clã Campbell tinham um microchip, uma coisa mínima, instalada na nuca. Sem cicatriz, sem caroço, nada que denunciasse, mas era útil. Foi pelo chip que eles conseguiram o endereço pra onde partiram em seguida, armados até os dentes.


Harry: Melanie, acorde. – Pediu, angustiado. Estava só há um bom tempo.


Melanie abriu os olhos e se deu de cara com o escuro. Não havia espaço pra se mover, ela estava deitada em um metal frio. Ela passou a mão no rosto, confusa.


Melanie: Harry?

Harry: Graças a Deus.

Melanie: Você está ferido? – Perguntou, com as mãos no teto. – Que diabo de lugar é esse? – Harry olhou a gaveta, temeroso. Preferiu não dizer onde ela estava.

Harry: Temos problemas maiores. Ed já deve estar chegando. – Disse, puxando as mãos. Estava quase conseguindo...

Melanie: É o que? Nós temos que sair daqui! – Disse, tentando achar espaço pra se sentar. Não enxergava nada. Ela franziu o cenho, tocando a maca onde estava – Harry, isso... Isso é uma fornalha? – Perguntou, em um murmúrio.

XXXX: Temos novas ordens. – Disse, sorrindo. Ouviu Melanie se debatendo na gaveta – Ed pegou um engarrafamento, mas como não quer deixar as coisas entediantes, alguém vai pegar um bronzeado.


Harry tomou impulso com os pés e se jogou no chão ao ver o homem mexer no painel. Melanie pisoteou a porta da gaveta com toda a força, e nada. Harry se debateu no chão, ignorando a dor nas mãos (que tinham recebido todo o impacto). O homem olhou, exasperado, e riu, puxando a cadeira em pé de novo. Porém Harry não teve tempo de lutar; um tiroteio começou do lado de fora. O homem foi até a porta checar e xingou, voltando pro painel, começando a regulá-lo. Harry só conseguiu se soltar no ultimo segundo. Ele cambaleou, sua liberdade encoberta pelo tiroteio , e viu uma das armas do homem no chão (perdida na tentativa de domá-lo). Apanhou, engatilhando e apontou. Tremia. Só quando viu que o homem ia acender a fornalha que veio atirar. A bala pegou no centro da cabeça do homem (Harry mirara na nuca), que caiu, desfalecido. O coice do revolver assustou Harry, que o largou, e o silencio reinou por um instante.


Melanie: Harry? – Chamou, angustiada.


Harry abriu a gaveta, puxando Melanie pra fora. Ela se sentou, olhando em volta, e olhou do homem morto pra Harry, vendo a expressão mortificada no rosto dele. Não precisou ouvir mais nada.

Melanie: Precisamos sair daqui. – Murmurou, pulando fora da gaveta. Ela tinha um dos ombros encolhidos, retraídos. Se abaixou e apanhou o revolver onde Harry o deixou, checando a munição. Melanie tocou o ombro dele, que a acompanhou, em silencio.

- Está tudo bem. Ninguém se feriu. Estamos voltando para a mansão.


Madison recolhia as coisas rapidamente enquanto falava com Niall no celular, mudando a rota dele. Louis continuava furioso, e havia sangue na camisa branca que ele usava. Harry estava anormalmente calado.


Madison: Qual é o problema dele? – Perguntou, em voz baixa, vendo Melanie observar Harry sem que ele visse.

Melanie: Ed deu a ordem para que me incinerassem viva. Harry matou o homem que estava executando a ordem. – Disse, os olhos distantes.

Madison: Matou? - Perguntou, surpresa, olhando Harry. Estava encostado na parede, olhando pela janela.

Melanie: Com um tiro na cabeça. – Confirmou. – Ele só está em choque. Precisa de um tempo só, pra definir quem ele é agora. – Madison assentiu.

Louis: ...Pra ontem! – Ele desligou o telefone – Não é seguro aqui, precisamos ir. – Melanie fechou a porta do quarto com cuidado – O que foi isso? – Perguntou, vendo o ombro encolhido dela.

Melanie: Me empalaram. – Disse, dando as costas a ele, que tirou a trança desfeita do caminho.

Madison: Você viu o vídeo. – Lembrou, e ele assentiu, se lembrando do momento em que Melanie caíra. – Niall está indo para a mansão. – Avisou.

Louis: Só deslocou. – Disse, após avaliar o ombro dela - No três. – Melanie assentiu, respirando fundo – Um. – E puxou o ombro dela com força, trazendo-o de volta ao lugar. Ela gemeu, atormentada com a dor e ele lhe beijando a testa – Vou buscar gelo. – Ela assentiu, ofegando.

Madison: Porque você não atirou, afinal? – Perguntou, erguendo a sobrancelha pra Melanie. A outra, ainda segurando o ombro, ergueu os olhos.

Melanie: Não consegui. – Admitiu, como quem admite uma vergonha.

Madison: Porque...?

Melanie: Eu podia matá-lo, ou feri-lo. Não consegui arriscar. – Disse, dura. Madison assentiu consigo mesma, e seu celular vibrou de novo.

Madison: Diabo. – Suspirou, atendendo o telefone – Se esse avião cair eu vou no inferno te buscar, Niall, o que há? – Perguntou, se afastando.

Melanie suspirou e olhou a porta do quarto. Abriu, e ele continuava lá, olhando o nada. Ela se aproximou, quieta.


Melanie: Você se feriu? – Perguntou, quieta. Ele a olhou.

Harry: Não, estou bem. – Ele viu ela segurando o ombro – E você?

Melanie: Vou sobreviver. – Ele assentiu – Harry, você sabe que não precisa sentir culpa, não é? – Ele a encarou – Ou você matava aquele homem, ou ele matava você. Como eu disse no começo: Matar ou ser morto.

Harry: Não estou totalmente preocupado com isso. – Disse, sorrindo de canto.

Melanie: Não? – Perguntou, surpresa – Qual o ponto, então?

Harry: O ponto... O ponto é que eu não tenho escrúpulos quando se trata de você. – Ela ficou quieta – Eu já me mutilei, eu já roubei, eu já menti, agora eu já matei por você. Eu nunca paro, eu nem penso. – Ele virou o rosto de novo.


Uma gota no oceano, uma mudança no clima.
Eu estive rezando para que você e eu pudéssemos acabar juntos...

Melanie se aproximou dele, abraçando-o por trás e beijando seu ombro. Harry sorriu de canto com o carinho.

Harry: Não vai melhorar, vai?

Melanie: Não. – Ele sorriu. – Se serve de consolo, eu estou aqui.

Harry: Mas não é minha. – Rebateu, e ela ficou em silencio.

Melanie: Harry...

Harry: Porque não tentar? – Ela recuou e ele a encarou

Melanie: Eu não funciono assim. – Disse, em uma desculpa.

Harry: Você diz que estamos destinados a falhar sem ao menos tentar. – Ele respirou fundo – Melanie, eu não aguento... Eu não me reconheço quando vejo Louis com as mãos em você. – Disse, desgostoso. – Ela ficou quieta, observando-o.


É como desejar a chuva quando estou parado no deserto.


Melanie: Eu preciso responder agora?

Harry: Não. Só pense sobre isso. – Disse, e ela assentiu – Solte. – Disse, apanhando a mão dela. Melanie suspirou quando ele a fez soltar o ombro – Vai piorar o inchaço depois, se você segurar.

Melanie: Tudo bem, House. – Ela sorriu, e ele tocou a maxilar dela, que fechou os olhos com o carinho – Sinto tanto sua falta. – Murmurou, e ele sorriu de canto.

Harry: Deus sabe que eu também. – Disse, saudoso, tocando os lábios dela com o dedão.


O silencio reinou por um longo instante até que ele se aproximou, a saudade vencendo a briga, e trazendo-a pra si pelo rosto. Melanie, por ter os olhos fechados, não viu, mas sentiu o perfume dele, o hálito, mais próximo. Os lábios dos dois se tocaram minimamente, se roçaram brevemente... E a voz de Madison veio da sala, avisando que o carro chegara. Ambos abriram os olhos e ele beijou a testa dela.

Melanie: Você vai ficar bem? – Ele respirou fundo, como se procurasse afastar os pensamentos, e assentiu.

Mas estou segurando você, mais perto que a maioria
Porque você é o meu céu.

Harry: Nós vamos ficar. – Ela sorriu.

Ele viu ela dar as costas e sair e suspirou. O rumo que sua vida estava tomando era perigoso, e estava totalmente fora de controle... Mas ela o chamou, apressando-o, e ele decidiu que não queria pensar.

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