O Turista (Livro 1) [H.S]

By laribsss

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É engraçado como as coisas variam pelo ponto de vista das pessoas. Alguns acreditam em Deus, outros em destin... More

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Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
SEGUNDO LIVRO
P.S.: Eu Te Amo.
IMPORTANTE PRA CARALHO - DESCULPA O PALAVRÃO

Capítulo 9

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By laribsss


Perrie: Ela não pode simplesmente ter desaparecido no nada! – Disse, exaltada, vendo as planilhas na tela.

Zayn: Perrie, você está me cansando. Ela sumiu e ponto. Vai ter que procurar outro motivo pelo qual viver até eles resolverem atacar novamente. – Disse, tranquilo.

Os rastros de Melanie davam em uma estrada, no meio do nada, então simplesmente desapareciam. Só haviam arvores, não tinha como o carro passar, e não haviam marcas de pneus. O ultimo rastro dela dava em uma reserva ambiental, e ela simplesmente sumira, o que deixara Perrie furiosa.

Perrie: Eu quero outra varredura da área. – Determinou, e houve um suspiro de todos em volta – Tanto terrestre quanto aérea. Escavem o solo de preciso for. Ela não sumiu, tem algo que nós estamos deixando passar. – Ordenou, dando as costas e saindo.

Zayn: Um dia. – Começou, fazendo ela se deter na porta – Você vai conseguir que ela se irrite ao ponto de se voltar contra você. E no dia em que ela vier, Perrie, não vai haver quem te proteja. Você a conhece.

Perrie: Então eu vou ter que matar ela antes que ela me encontre. – Finalizou a conversa, saindo da sala.

Em uma mansão, longe dali...

Louis: Ele sabe o que é um doppelganger, pelo menos? – Perguntou, fechando o cinto. Usava uma calça social preta, e estava com o peito nu. Melanie, enrolada em um lençol, deitada a sua frente, revirou os olhos.

Melanie: Isso importa? – Perguntou, se espreguiçando.

Louis: Importa se você pretende levar isso a sério. E você pretende. – Disse, terminando de abotoar o cinto – Não acha que é hora de conversar com ele?

Melanie: Porque você não vai até lá e faz isso? – Perguntou, ousada, e ele sorriu, vestindo a camisa, também preta. Ela rolou, ficando de bruços, as costas nuas sob o lençol, a marca da mordida que Harry vira uns graus mais clara, mas ainda assim claramente destacada na pele.

Louis: Descarada. – Disse, se sentando ao lado dela, dando um beijo mordido no ombro dela – Leviana. – Outro beijo – Atrevida. – Melanie riu pelas cócegas – O que vai fazer o dia todo?

Melanie: Descansar. – Disse, franzindo o cenho com a pergunta – Vim aqui pra isso, não foi? – Perguntou, manhosa. – Você fica uma graça vestido assim. – Disse, brincando com o cinto dele – Porque não volta pra cá? – Propôs, sorrindo. Louis olhou as curvas dela, cobertas pelo lençol branco, e riu.

Louis: Proposta tentadora. – Admitiu, e ela riu – Mas Niall me espera. Vamos a Paris, queremos voltar ainda hoje.

Melanie: O que vocês querem em Paris? – Perguntou, enquanto ele brincava com os dedos nas costas dela.

Louis: Por quem você me toma? – Perguntou, falsamente indignado. Ela ergueu a sobrancelha – Ok, vamos sondar território.

Melanie: Ei, shhh. – Disse, os ouvidos aguçados, e Louis franziu o cenho, parando pra ouvir. O barulho veio se aproximando... Se aproximando... Um helicóptero.

Louis: De novo? – Perguntou, cansado.

Melanie: É uma vida difícil. – Disse, achando graça.

Louis: Por isso... – Ele puxou a camisa pela gola, empurrando os sapatos e as meias. Melanie riu, se afastando dele – Eu digo que não vou mais sair. Venha aqui. – Disse, puxando-a pela cintura, trazendo-a na cama de volta pra ele. Ela ria gostosamente, e ele a mordeu, beijando-a em seguida. Melanie o abraçou, as mãos espetando ainda mais os cabelos dele, e o que se seguiu dali já era outra história.

No jardim... Harry estava sentado no gramado, olhando pra cima. Haviam três helicópteros, indo e vindo, bem em cima dele, de um lado pro outro. Intrigante.

Madison: Eles não estão te vendo. – Disse, se aproximando. Tinha que alterar a voz pelo barulho dos helicópteros, e seus cabelos brincavam no vento.

Harry: É impossível. – Disse, vendo um dos helicópteros planando baixo, bem acima deles. Passaram direto.

Madison: Foi trabalhoso, mas há um certo encantamento em fazê-los de idiota. – Disse, se sentando ao lado de Harry, muito tranquila.

Harry: O que eles estão vendo? – Perguntou, intrigado.

Madison: Arvores. Centenas de centenas delas. Uma reserva ambiental. – Disse, olhando o céu – Vira e meche eles fazem isso. – Disse, apontando pra cima – Não conseguem nada. É como se estivéssemos dentro de uma cúpula. Mas nós vemos eles, e eles não nos vêem. – Ela piscou.

Harry: Se eles jogassem uma bomba... – Especulou.

Madison: Explodiria a mansão. E criariam um problema comigo. – Harry riu – É minha casa. – Fungou, se deitando na grama.

Harry: Intrigante. – Comentou, imaginando como seria ver aquela cena de fora.

Madison: Porque tão triste, Harry? – Perguntou, deitada.

Harry: Preciso responder? – Perguntou, respirando fundo.

Madison: Não pensou em nada do que eu te disse? – Perguntou, observando-o. – Pode não ser um fim, mas um recomeço.

Harry: Eu nunca roubei nem em jogo de baralhos. Essa vida não é para mim. – Recusou.

Madison: Não era para nenhum de nós, mas somos felizes agora. Cada um de nós já foi exatamente como você: Inocentes. – Disse, quieta – Niall chegou aqui pela máfia, eu porque não fui feita para receber ordens, Louis por amor, Melanie pela morte. Enfim.

Harry: Melanie pela morte? – Repetiu, franzindo o cenho.

Madison: Nem vem. Essa história você vai ter que arrancar dela. Mas posso dizer que Melanie não foi sempre assim, ela é um resultado do que fizeram dela. – Se resumiu. Harry ia foguetear ela com perguntas, mas ela negou com a cabeça – Nem mais uma palavra. Pergunte a ela. Mas devo avisar, ela fica irritada por tocar no assunto. – Harry assentiu, pensativo.

Harry: Louis por amor? – Perguntou, tentando se distrair.

Madison: Ah, sim. Ele conheceu Danielle anos atrás, estava na faculdade. Se apaixonou, teve um caso com ela, e quando descobriu quem ela realmente era, simplesmente jogou tudo pra cima e a seguiu. Bem prático. – Disse, dando de ombros.

Harry: Danielle?

Madison: Danielle Campbell. Nunca ouviu falar dela também? – Ele negou – Cara, você precisa assistir o jornal. – Disse, com uma careta.

Harry: É da família de James? – Perguntou, tentando se situar.

Madison: Ok, me permita lhe explicar sobre os nomes. – Disse, se virando de bruços na grama, se amparando nos cotovelos – Nós, ladrões como você prefere chamar, não damos nossos verdadeiros nomes. James Campbell é um nome fictício, dado para encobrir o verdadeiro.

Harry: Você tem um nome fictício? – Perguntou, admirado.

Madison: Não. Raros casos, mas eu realmente sou Madison Salvatore, e Louis é Louis Tomlinson. – Explicou – Mas Melanie não é Melanie Horan, é Melanie Clark.

Harry: De onde ela tirou esse 'Horan'? – Perguntou, pensativo.

Madison: De Niall. Niall James Horan. – Harry fez uma careta – Estranho, eu sei. Ela usa o sobrenome dele para proteger o próprio.

Harry: E ele...?

Madison: Ele já é mais complicado. Ele usa o segundo nome, James, e o sobrenome de Danielle. Assim temos James Campbell.

Harry: Danielle não usa o sobrenome dela? – Perguntou, encaixando as peças.

Madison: Usa. O mito sobre James e Danielle Campbell corre o mundo. – Disse, dando ênfase. – As pessoas acham que eles são da mesma família, ou algo assim.

Harry: Ótimo, vou criar um nome pra mim também. – Disse, debochado.

Madison: Não pode. – Disse, com pesar, se sentando – Você já é James Campbell. Ou pelo menos eles pensam que é.

Harry: Mas porque?

Madison: Porque todos criaram a fé de que Niall e Melanie são marido e mulher. Como ninguém consegue encontrar ele, eles seguem ela. No momento em que você apareceu com ela, todos começaram a supor que você fosse Niall. No momento em que a beijou, tiveram certeza. – Disse, quieta.

Harry: Eu nem me pareço com Niall, em nada. – Disse, indignado.

Madison: Acredite, eu sei. – Disse, sem debochar dele. – Mas todos acham que Niall já fez 10 cirurgias plásticas, para mudar a aparência, se esconder. Ele chegou a pensar nisso, mas eu não deixei. – Admitiu – Mas o fato é que se ele quisesse fazer as cirurgias, ele poderia ter a aparência de qualquer um. Inclusive a sua.

Harry: Que ótimo. – Disse, suspirando.

Madison: Harry... Você sabe o que é um doppelganger? – Perguntou, quieta.

Harry virou o rosto, encarando os olhos negros dela. Ela estava séria, quieta. Ele sentia que essa era a explicação, a conversa que ele estivera esperando pra ter desde que atiraram nele no beco em Paris. A verdade, toda ela. E agora que estava prestes a ter, algo nele se recusava a ouvir.

Madison: Acontece raras vezes. Não utilizamos muito de doppelgangers, porque em geral eles entram em pânico, e terminam morrendo. – Disse, quieta.

Harry: Defina o termo. – Disse, respirando fundo.

Madison: Doppelganger significa "cópia que se move". No caso, Melanie foi até você, fez todos acreditarem que você era Niall, e agora enquanto a policia, a máfia, e todo o resto procuram por você, Niall pode agir livremente. – Se resumiu.

Harry: Eu estou aqui para morrer no lugar dele, é isso? – Rosnou.

Madison: Não se você cooperar. Estará sempre com algum de nós, e depois de um tempo você saberá se defender. Tente ver isso pelo lado positivo.

Harry: Não existe um lado positivo. – Disse, tomado pela raiva – Toda a minha vida, eu nunca pus um dedo pro lado de fora das regras. Nunca! Então eu tenho um impulso, cometo um erro, e é isso?!

Madison: A vida é feita de escolhas, Harry. Você escolheu seguir ela. – Disse, quieta. – Você vai ficar mais algum tempo aqui, com ela, até que esteja pronto.

Harry: Pronto...?

Madison: Pronto para voltar a sociedade. Para enfrentar o que estava guardado para Niall. – Disse, quieta.

Harry: O que?! – Ela ficou em silencio – Ok, vocês esperam que daqui a algum tempo eu saia por ai, sorrindo, enquanto metade da cidade quer me matar?

Madison: Você não precisa sorrir se não quiser. – Disse, quieta – Mas é para isso que os doppelgangers servem: Eles circulam em um lugar, atraindo toda a atenção para eles, enquanto o verdadeiro procurado está do outro lado do mundo, fazendo o que bem quer.

Harry: Você tem noção de como o que está dizendo é injusto?! – Perguntou, incrédulo... Apavorado.

Madison: A vida não é justa, quem diz o contrário mente. – Disse, quieta. – Não tem pra onde ir, Harry. Como eu disse... A vida é feita de escolhas. – Disse, se levantando – Agora cabe a você escolher se vai aceitar o que lhe aconteceu e tentar aproveitar o máximo disso, ou se vai continuar sendo infantil, se rebelando contra uma verdade que você não pode mudar. E há sempre a terceira opção, a opção em que você pode tentar fugir, se entregar. Mas em geral é assim que os doppelgangers morrem. – Disse, tirando o cabelo que o vento do helicóptero bagunçava do rosto – Desculpe. – Disse, saindo.

Harry: Você tem uma doppelganger? – Perguntou, respirando em arfadas.

Madison: Não. Niall quis me dar uma, mas eu nunca aceitei. Esta é a minha vida. São meus riscos, eu busquei isso, e eu vou correr eles. Se um dia acontecer de falhar... Bom, eu vou estar morta, mas são meus pecados, não de outra pessoa. – Respondeu, e Harry adentrou as mãos no cabelo, em pânico – Eu sinto muito.

Ele estava em pânico. Nunca fizera nada de errado, e agora as pessoas achavam que ele era um criminoso. Tinha uma vida de crimes, roubos e assassinatos que não cometera para pagar. Suas únicas opções eram aceitar e se tornar um deles ou morrer, e tudo porque seguira um conselho de uma mulher em um trem. Passou um tempo incontável ali, confinado com seu medo, vendo os helicópteros passarem por cima de sua cabeça, procurando-o. Ele era inocente ,e ninguém jamais ouviria isso. Sua vida, sua carreira, fora tudo por água abaixo. Uma mulher em um trem... Ela iria pagar.

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