Darkside

By ilymills

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Quando se testemunha um crime, em uma rua tão escura quanto a mente do assassino, você vê sua vida passar dia... More

Darkside
Your worst nightmare
We have a problem
That's a goodbye
The city is dangerous
Just a distraction
Territory
Persecution
The bet
All night
Miss Bitch
He needs help
Are you ready?
Don't think too much
You won't stay?
Stop crying
This can't be true
Gold papers
Drunk
I have a condition
Body on fire
He doesn't deserve you
Home Invasion
High speed
Blake's blood
Mystery solved
Love is her weakness
False romantic
I don't wanna be in love
No happy endings
Call 911
Thankless
Get out or die
It's not enough
Oh, Blake
Jealous
Miss movin' on
New flame
TKO
Wounded pride
One last time
Happy Birthday
I hate you, I love you
Q&A
Maybe
Friendly advice
Date night
No more secrets
Daddy Issues
Decisions
Bad day
Out of mind
On target
Bring her back
Three words
Notas finais + agradecimentos

Bad feeling

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By ilymills

44
Justin Bieber
New York, NY

Peter está pegando pesado. Não que eu esperasse algo diferente, mas fui pego de surpresa dessa vez. Os capangas dele não tinham coisas melhores pra fazer em um sábado a noite ao invés de me perseguirem?

E para finalizar a minha noite, ainda ganhei um ferimento novo graças à um filho da puta do Harlem que já pode se considerar um homem morto.

O pior no meio de tudo isso é que essa noite eu descobri que não estou sozinho em toda essa merda, eu não tenho mais que me preocupar só comigo mesmo. Blake também está nessa. Detesto admitir que fiquei preocupado com aquela vadia e queria que ela ficasse bem, eu nem mesmo liguei pro tiro que quase levei e por ter que andar pra caralho até achar um telefone público porque meu celular estava com ela. Isso foi o que fez a minha mente, o que me fez ver que namorar ela era o que eu queria. Quero tê-la só pra mim e não precisar mais esconder que até eu tenho minhas fraquezas, mesmo correndo vários riscos com essa decisão.

Ainda tenho Peter para me preocupar, ou eu deveria chamá-lo de sogro? Que seja, Blake nunca saberá sobre ele, de qualquer forma. Antes que essa verdade possa vir à tona eu irei matar Peter, é a única certeza que eu tenho.

Após um tempo em silêncio sinto o peso no meu peito – onde a cabeça da Blake estava apoiada – sumir, me mantenho de olhos fechados até ouvir o som da porta se fechando e olho em minha volta para ter a confirmação de que a garota não se encontra mais aqui. Talvez ela tenha pensado que eu estivesse dormindo, o que não acontece com frequência.

Decido me levantar também, travando o maxilar ao sentir o meu ferimento doer com os movimentos. Caminho para fora do quarto devagar, olhando para os lados tentando encontrar a Blake. Qual é, não posso deixar aquela vadia solta na mesma casa onde Brad e Chris estão.

Começo descendo a escada mas paro no meio dos degraus ao ver a cena rolando no meio da sala: Chris beijando a Blake como se fossem a porra de um casal. James passa a mão no rosto frustrado quando me vê ali por já saber o que vai acontecer e Brad permanece em silêncio. Blake olha na minha direção e parece em choque, logo fazendo um sinal negativo com a cabeça.

— Que porra é essa? — Me pronuncio, fechando minhas mãos em punho.

— O que foi isso aí, cara? — Chris ignora minha fúria e tira os braços que envolviam a minha garota para gesticular para o curativo no meu abdômen.

— Não é da sua conta. — Rosno.

— Justin, não vamos começar outra luta de vocês dois. — James diz, largando sua cerveja na mesa de centro pra se posicionar caso tenha que separar uma briga.

— Você viu o que esse filho da puta estava fazendo. — Aponto.

— Justin — Blake murmura, me olhando com olhos suplicantes.

— Não adianta ficar com essa cara de inocente. — A corto. — Dessa vez você não pode colocar em mim a culpa de isso ter dado errado.

— O que deu errado? — Chris questiona confuso.

— Conta pra ele, Blake. Vai.

— Não faça isso, não desse jeito. — Ela murmura.

— O que está acontecendo aqui? — Chris tenta mais uma vez.

— Qual é, galera. Vocês podem resolver isso depois, não é? — Brad se intromete. — Não precisa ser dessa forma.

— Cala a boca, Brad. — Termino de descer os degraus restantes. — Eu quero que ela resolva isso aqui e agora.

— Justin... — James tenta.

— Não. — O interrompo.

Blake me olha com uma expressão raivosa e se vira para mim, cruzando os braços. Ela tenta me intimidar estreitando os olhos pra mim mas isso só fortalece a sua imagem adorável.

— É assim que você está se esforçando pra que isso dê certo?

— Não era eu que estava com minha boca em outra pessoa. — Cuspo de volta.

— Não foi como você está pensando!

— Sério? — Digo com sarcasmo. — Porque pareceu. Ou você finaliza essa merda ou eu finalizo.

Ela abre a boca para me responder mas volta a fechá-la, desistindo de continuar a discutir comigo. Blake reveza o olhar entre Chris e eu, saindo da sala com pressa logo em seguida como a criança assustada e covarde que ela é!

Esse é o modo que Blake lida com seus problemas: fugindo. Ou chorando, tanto faz. Ela é fraca. Isso me faz ter ainda mais certeza que ela não aguentaria viver no meio de toda essa merda que me ronda.

— Você está errado, cara. — James se pronuncia.

— Eu? — Digo, incrédulo.

— Ele é novato nisso, James. — Brad diz com diversão. — Aprenda uma coisa, irmão: não importa o que aconteça, elas estão sempre certas.

— Você não devia ter pressionado ela dessa forma, ela não queria que tudo isso acontecesse assim. — James continua, me fazendo revirar os olhos.

— Não faço ideia do que está acontecendo. — Chris diz, ainda confuso. — Eu vou atrás dela. — Ele dá um passo na direção da porta por onde a Blake saiu mas eu o impeço.

— Eu vou.

Não espero uma resposta dele e saio dali, indo para o lugar que Blake fugiu. Sei que James vai prender Chris na sala então eu não tenho que me preocupar quanto a isso.

Avisto a Blake na área externa da casa, abraçando os próprios braços para se proteger do frio da noite enquanto encara a piscina bem iluminada. Respiro fundo antes de dar os passos que restam e parar ao seu lado, ela não se dá ao trabalho de olhar pra mim e continua com o olhar fixo na piscina.

— Então... — Começo a falar mas paro ao ouvi-la fungar, denunciando seu choro silencioso. — Por que porra você está chorando, Blake?

— Porque eu não queria que fosse dessa forma. — Ela diz em um tom baixo. — Ele não merecia isso dessa forma, entende? Você podia ter sido mais compreensivo e me deixado conversar com ele direito.

— Compreensivo? Eu fui o mais compreensivo que eu consegui, Blake. Podia ter quebrado a cara de vocês dois lá mesmo mas eu não fiz isso. Por mais que eu quisesse acabar com vocês, eu não fiz.

— Oh, sério? Devo agradecer por isso? — Ela usa todo o seu sarcasmo, secando as lágrimas em suas bochechas com um pouco de raiva.

Respiro fundo, começando a contagem de zero a dez em minha mente pra tentar manter a calma. Não posso negar que quis pra caralho acabar com a Blake quando a vi com Chris, mas eu consegui me controlar. Apesar de ser uma vadia traiçoeira, a Blake é aquele ponto de equilíbrio que eu tanto busquei por todo esse tempo pra me manter são. Essa garota nem imagina o efeito que tem sobre mim, e que pode me ter na palma da mão se quiser... Essa é a minha triste realidade agora. Minha maior fraqueza sendo uma vadia mirim.

— Não sei fazer isso certo mas eu estou tentando. Dessa vez eu estou realmente tentando.

Seu olhar lentamente segue para encontrar o meu, ela morde o lábio inferior como sempre faz quando está nervosa. Com um suspiro final, Blake fica na minha frente mantendo seus braços cruzados na frente do corpo.

— Eu sei. Aprecio isso. — Blake murmura. — Não deveria ter deixado aquilo ir longe, eu podia ter evitado.

— Você está meio que se desculpando? — Abro um pequeno sorriso, vendo-a revirar os olhos. — Achei que só eu fazia isso aqui, até porque eu sempre acabo estando errado.

— Não aja como se você pedisse desculpas sempre... É raro as vezes que isso acontece.

— Que seja, pelo menos isso provou que eu não sou o único errado que precisa se esforçar nisso aqui.

Ela ergue a sobrancelha, tentando parecer desafiadora. Vejo a preocupação crescer em sua expressão quando seus olhos descem para o meu curativo, olho para baixo também e vejo que há sangue ali agora. Talvez o fato de eu ter me estressado e ignorado a dor para andar pela casa atrás de uma vadia tenha feito o ferimento voltar a sangrar.

— Droga, Justin! Eu te disse que você precisava repousar. — Ela praticamente choraminga.

— Achou mesmo que eu ia ficar deitado naquela cama sem fazer nada?

— Isso não é uma brincadeira, é sério. Você está ferido e precisa repousar. — Por que você não tentou dormir ou alguma coisa do tipo?

— Não consigo dormir. — Dou de ombros.

— Insônia? — Ela questiona e eu assinto com a cabeça. — E se eu deitar com você até você dormir?

— Não sou a porra de uma criança, Blake. — Rio nasalado.

— Mas adora agir como uma. — Blake rebate. — Vamos para o quarto, vou te ajudar a dormir.

— Vai perder o seu tempo. Eu não consigo dormir por mais de dez minutos.

Ela ignora e segura a minha mão, me puxando de volta para dentro da mansão. Blake parece apreensiva ao entrar, talvez com medo de encontrar Chris pelo caminho e ter que explicar tudo agora então eu puxo-a em direção a escada que fica na parte de trás, onde não tem que passar pela sala de estar.

Por mim ela só diria para o Chris a verdade e foda-se, mas sei que Blake não se contentaria com isso. Ela está com pena dele, quer explicar tudo o que aconteceu e tentar algum tipo de amizade... a qual eu não vou permitir que exista. Estou sendo tolerante mas permitir que os dois virem amigos seria demais pra mim, sem chances.

Blake troca meu curativo quando chegamos ao quarto, apesar de implicar o tempo todo eu tenho que admitir que ela sabe como fazer isso. Blake não é tão inútil quanto eu pensava. E mesmo com minhas reclamações, nós deitamos juntos. É inútil tudo isso, o máximo que conseguirei é um breve cochilo de dez minutos mas Blake é chata pra caralho quando quer então eu tentarei fazer isso se for fazer ela parar de encher o saco.

— Desde quando você tem insônia? — Ela pergunta enquanto traça formas invisíveis com o dedo em meu peito desnudo.

— Desde os meus dezessete anos, eu acho. — Enrolo meu dedo em um cacho do seu cabelo enquanto o observo.

— Três anos sem dormir direito é muito tempo, não acha? — Ela continua.

— Já me acostumei.

— Por que isso começou?

— Ansiedade.

Blake levanta a cabeça do meu peito para me olhar.

— Não seja tão vago, eu quero saber sobre isso. — Ela insiste, voltando a deitar a cabeça quando eu suspiro derrotado.

— Preocupações, medos exagerados e tensões fazem com que eu não consiga relaxar o suficiente para conseguir dormir. Acontece há três anos e há três anos eu comecei a ser visado na máfia.

— Se você entrou na máfia porque quis e gosta, por que tudo isso?

— Não entrei porque quis, mas eu continuei porque eu gosto. — Continuo enrolando seus cachos em meu dedo. — Um pivete de quatorze anos querendo grana e um garoto novo no bairro que estava disposto a mostrar como ganhar dinheiro fácil. Comecei roubando mercados e lojas com mais dois amigos, me deixei cegar pelo dinheiro até que achei que aquilo não era o suficiente então comecei a roubar bancos. Sempre fui bom no que eu faço, sempre tive pessoas babando meu ovo por causa do meu talento para infringir a lei e enriquecer cada vez mais de dinheiro sujo. Deixei meus amigos e iniciei parceria com um cara que estava disposto a me ensinar como usar armas e eliminar inimigos, virei seu matador profissional e gostava do dinheiro que ele me dava só pra tirar a vida de pessoas que tinham nome no inferno. — Blake se remexe desconfortável pelas palavras. — Então o filho da puta pra quem eu trabalhava me deu mais um alvo e eu cumpri meu dever, matei uma criança. O dinheiro que eu recebi pra isso não foi pouco, mas não valeu a pena já que as consequências foram maiores. A criança era a sobrinha de Peter, a qual ele tinha a guarda já que seu irmão morreu, pelas minhas mãos também. Para se vingar de mim, Peter matou todas as pessoas que eu amava ou tinha algum sentimento. Ou seja, ele matou minha família inteira e mais alguns amigos, até o cara pra quem eu trabalhava. Eu tinha dezessete anos quando me vi sozinho nessa merda, eu era o próximo na lista da morte de Peter então decidi me certificar de que eu não morreria pelas mãos dele, foi quando eu me juntei com meus dois amigos do passado e ingressei na máfia com minha própria equipe. Foi há três anos atrás, não é fácil relaxar quando se sabe que tem várias pessoas prontas pra te jogar em sua própria poça de sangue... Fechar os olhos e se sentir culpado por vidas inocentes que foram tiradas por sua culpa, culpa da sua ambição. Isso foi o que causou a ansiedade e consequentemente a insônia. — Murmuro a última parte. — No mundo em que eu vivo, é preciso dormir de olhos abertos.

Sinto Blake dar um beijo em meu peito – bem em cima da tatuagem com o símbolo de uma cruz – e olho para baixo apenas para vê-la se aconchegando mais.

— Sinto muito por tudo isso. — Blake murmura. — Eu já odeio esse Peter.

Rio nasalado, mal sabe ela que Peter é seu genitor.

— Você não está mais sozinho nessa merda — Ela olha para cima, sorrindo pra mim. — Você tem a mim agora.

Ela sobe para juntar nossas bocas em um beijo. Blake deita o seu corpo em cima do meu quando eu aprofundo o beijo pedindo passagem com a língua, ela toma cuidado para não atingir meu ferimento. Coloco minhas mãos em sua bunda, apertando-a e notando a respiração de Blake falhar.

Nossas línguas parecem se entender bem, atuando juntas com harmonia. Pressiono o seu quadril para baixo querendo mais contato, nós dois arfamos quando Blake rebola em cima da minha recém ereção. Ela recua, nossas respirações ofegantes sendo ouvidas e minha expressão confusa misturada com frustração.

— Hora de dormir. — Ela declara, me dando um rápido selinho antes de sair de cima de mim, voltando a se deitar na mesma posição de antes.

— Você é a porra de uma vadia. Sabe disso, não é? — Reclamo, frustrado. Ela ri.

Blake abraça minha cintura, dando mais um beijo no meu peito antes de aconchegar sua cabeça ali. Estico meu braço e apago o abajur na mesa de cabeceira que era nossa única fonte de luz, deixando o quarto escuro.

Por mais que eu odeie admitir, gosto de tê-la aqui. Mesmo sua cabeça pesando no meu peito, meu braço ficando dormente com seu peso nele e seu braço abraçando minha cintura tão apertado que qualquer tentativa de fuga da minha parte seria inútil. Talvez ela tenha razão e isso dê muito errado no final, é óbvio que eu vou destruir o seu coração de adolescente apaixonada de mil maneiras diferentes mas não consigo terminar isso e só deixá-la ir. Quero ter ela comigo, confesso que ainda estou na esperança de enjoar dela e conseguir escapar do que estou sentindo mas enquanto isso preciso admitir tudo o que ela me causa. Nunca me senti bem por estar com uma garota na mesma cama que eu sem ter rolado sexo, isso é realmente preocupante.

Abano minha cabeça para deixar isso de lado e decido seguir o que Blake quer, respirando fundo antes de fechar os olhos para tentar descansar.

Blake Olson
New York, NY

Sinto algo me prender, me impedindo de me mexer na cama e me obrigando a despertar do meu sono. O que me prende é um braço tatuado. Justin tem o rosto em minha nuca – onde consigo sentir sua respiração bater na minha pele – enquanto me abraça, mantendo nossos corpos grudados. Não é algo histórico Justin Bieber dormindo de conchinha com alguém?

Pela sua respiração calma batendo em minha nuca posso concluir que ele ainda está dormindo. Tento retirar o seu braço da minha cintura devagar para não acordá-lo, não quero atrapalhar a primeira boa noite de sono que ele tem há anos. Solto a respiração que eu nem sabia que segurava quando me vejo livre e Justin permanece dormindo.

Caminho para fora do quarto enquanto prendo meu cabelo bagunçado em um coque e fecho a porta com cuidado para não fazer barulho.

— Pretende fugir? — Brad pergunta, me assustando.

— Não, só estou tentando não acordá-lo. — Aponto para a porta do quarto, me referindo ao Justin.

— Ele está dormindo? — Brad franze a testa em uma expressão confusa.

— É, parece que foi um dia cansativo para todos nós. — Digo, brincando com meus dedos. — Escuta, você sabe onde eu posso encontrar o Chris?

— No escritório. — Ele aponta para a porta no final do corredor. — Boa sorte com isso.

Dou um pequeno sorriso para ele e caminho pelo extenso corredor até chegar na porta indicada. Dou duas batidas na porta antes de abri-la sem esperar um comando, encontrando Chris sentado no sofá olhando alguns papéis mas logo seu olhar encontra o meu.

— Acho que precisamos conversar sobre algumas coisas. — Digo ao fechar a porta atrás de mim, mordiscando meu lábio inferior em nervosismo.

— Quer conversar sobre seu namoro com o Justin? — Ele diz, voltando sua atenção para os papéis. — Claire já me contou sobre isso.

Como aquela piranha infeliz soube? E quem deu o direito de ela se meter nesse assunto dessa forma?

— Chris, eu sinto muito. — Me apresso em dizer. — Isso não estava planejado, eu realmente não estava esperando por isso.

Chris ri sem humor e nega com a cabeça sem tirar sua atenção dos papéis.

— A verdade é que todos dessa casa estavam esperando por isso, menos eu. Não achei que você fosse ser tão burra a esse ponto. — Ele levanta a cabeça pra me olhar. — Estive pensando em uma coisa... A forma que você achou de adiantar o processo da ficha do Justin cair e ele notar que estava gostando de você foi fazendo ciúmes nele com alguém da sua equipe?

— O quê? Não! — Nego. — O que tivemos foi algo real, você sabe que sim. Sempre fui honesta com você, sempre deixei claro meus sentimentos. Você sabia sobre tudo.

— Você tem razão. — Chris deixa os papéis de lado. — Pensei tanto que você fosse mais inteligente do que isso que me esqueci da grande possibilidade de você voltar para as mãos dele.

— Esperava algo mais amigável... Eu achei que...

— Achou que eu ia ficar tranquilo quanto a isso e continuar seu amigo vendo você se afundar em um relacionamento doentio e servir de apoio? — Ele me interrompe, rindo com sarcasmo. — Sem chances, Blake.

— Chris...

— Não. — Ele me interrompe novamente. — Você fez sua escolha, Blake. Agora você pode me dar licença que eu tenho algum trabalho pra fazer? — Chris aponta para os papéis.

Engulo em seco antes de assentir, abrindo a porta para sair dali o mais rápido possível me sentindo uma pessoa horrível.

Achei que Chris entenderia e ficaria ao meu lado. Por que eu sinto algo ruim dentro de mim em relação ao meu relacionamento com o Justin? Minhas emoções apontam que estou fazendo a coisa certa mas a razão não me deixa esquecer as possibilidades de isso dar errado, muito errado. Algo dentro de mim me mostra que eu vou sair ferida no final disso tudo, mas eu estou disposta a encarar os riscos.

Mas uma coisa é certa: estou trocando o certo pelo duvidoso.

•••

3224 palavras pra compensar minha demora ultimamente.

Amo vocês.
XO, Laísa.

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