– Bem, tudo começou quando vocês morreram. Eu estive acompanhando o trabalho de vocês e o seu dia a dia. Vi que vocês eram muito amigos e como ficaram tristes pelas mortes uns dos outros.
– Mas como você viu isso tudo? – Najenda estava bem desconfiada.
Lion pegou um controle e apontou para a parede. Várias telas acenderam, com várias imagens da base da Night Raid e dos Jaegers.
– Eu instalei meu sistema de monitoramento de alta tecnologia nas bases de vocês.
– Mas como você entrou lá? – perguntou Esdeath. – Afinal, ninguém entra sem minha autorização.
– Na base dos Jaegers, eu me disfarcei de faxineiro para entrar sem ser percebido.
Wave pulou da cadeira e apontou o dedo para Lion.
– Eu estava te reconhecendo. Você fez uma limpeza completa de todo lugar. Ninguém conseguiu repetir tal trabalho.
– Obrigado. Mas bem, já a base da Night Raid foi mais complicada. Na primeira base, muito tempo atrás, estava acontecendo um ataque de renegados e a Sheele estava cuidando da entrada. Eu mostrei minha insígnia da Força Revolucionária para ela, mas ela não me deixou entrar porque achou que eu estava junto com os atacantes. Então eu desmaiei-a e entrei.
Todos olharam para ela, querendo confirmar.
– Eu não lembrava disso... Mas bem, eu cortei ele no meio, ele pulou em mim e acertou meu pescoço.
Todos voltaram a olhar para Lion.
– Bem, eu a deixei em modo fantoche enquanto ia lá dentro, então ela matou todos os inimigos que se aproximaram. Assim que eu sai de lá, ela acordou sem lembrar de nada pois eu apaguei sua memória. Mas já a segunda base, eu ajudei na construção e coloquei meu sistema lá, quase imperceptível.
– Até no banheiro e nas termas? – Chelsea girou seu pirulito na boca. – Que pervertido.
– Essas não fui eu. Foram minhas mini máquinas. – ele sorriu para Chelsea. – Mas foi legal ver a pegadinha que você fez com o Tatsumi.
– Ele acreditou tão fácil que eu era o Susanoo.
– E ficou escrito na sua cara que estava gostado dele.
Chelsea parecia pronta para matar Lion, mas não poderia mesmo.
– O que ele disse é verdade? – Tatsumi sentia os olhos de Esdeath, Mine e Leone sobre ele.
– Claro que não! – Chelsea respondeu.
– Isso não vem ao caso. – Lion acabou a discussão. – Voltando onde tinha começado, eu vi o dia a dia de vocês, o trabalho de equipe, as alegrias e as tristezas. Então pensei "Essas duas turmas dessas não podem se separar" e fiz o que fiz. Como vi também a tristeza do Tatsumi ao perder os dois amiguinhos de infância, eu os revivi e os contratei como estagiários.
– Por isso disse que não fez nossas medições. – Akame devorou uma peça inteira de presunto.
– Exato, foi a Sayo. Mas agora...
Lion fez uma pausa dramática e bebeu um gole de água.
– Agora, como eu os revivi, essa sim vai ser a parte demorada da história. Talvez alguns ex-generais presentes aqui tenham ouvido falar do "Projeto Almas das Bestas"...
Najenda se lembrou de algo.
– Eu ouvi que eram armas criadas para substituir as Fardas Imperiais que foram perdidas ou destruídas. O projeto foi cancelado e as Bestas foram destruídas. Não se tem mais nenhum dado sobre a pesquisa e somente as pessoas de cargos mais altos sabem sobre isso. Não me diga que...
– Meu bisavô era o responsável pela pesquisa, coleta e criação das Almas das Bestas, já que ele era carpinteiro, ferreiro, arquiteto, tecelão, etc. Em tudo isso ele era profissional, o melhor de todo o império. Seu assistente era um grande mago e conhecedor de bestas.
– Entendo. – comentou Esdeath.
– Mas voltando ao assunto, as Almas das Bestas, como o nome diz, eram feitas a partir da retirada da alma de monstros e utilizadas em armas. Eu sei que falar em almas enquanto vocês usam tecnologia é estranho, mas é verdade. Cada alma foi selada em uma arma ou objeto.
– Tá ok. – Seryu parecia inquieta. – Mas o que isso tem haver conosco? Elas não foram destruídas?
– Não. Os testes não foram conclusivos e as Bestas foram entregues de volta para meu bisavô. Ele criou muitas Bestas junto com seu assistente e a principal delas é...
O rapaz puxou de dentro da camisa um colar com a forma de um leão preto com uma joia vermelha como olho.
– A Alma da Besta de Spelaea: O Colar do Imortal. Torna seu portador totalmente imortal para efeitos físicos, místicos e de doenças. Claro que o portador morre de idade, mas isso não vem ao caso. O mais interessante é que quando tiraram a alma de Spelaea, ela se regenerou.
– Tá, mas isso não importa. – Dr. Stylish parecia entediado.
– Não me interrompa, doutor de merda! Você nem merecia estar aqui!
Todos se surpreenderam com a resposta do rapaz.
– O que foi? Eu só revivi ele pra não parecer preconceito. Mas continuando, meu bisavô pegou a as Bestas de volta e foi morar com a família numa área afastada. Lá, ele se tornou madeireiro. O problema foi que seu assistente mandou alguns assassinos para roubar as Bestas. Na hora, meu bisavô estava na floresta. Quando voltou, sua família estava morta. Sua esposa partida ao meio, seu filho decapitado e sua filha com um buraco no peito. Os três assassinos tentaram mata-lo, mas ele usava o colar. Então, tomado por uma fúria, ele atacou. O primeiro levou um chute e foi partido ao meio. O segundo foi sufocado e sua cabeça decapitada. O terceiro teve o peito perfurado por um soco.
– E então? – Kurome comia biscoitos, curiosa.
– Ele foi chorar pela família, mas todos estavam vivos. O colar devolveu para os assassinos a dor e trocou pelo corpo da família. Ele descobriu uma forma de reviver pessoas, mas isso custou a ele. Seu tempo de vida diminuiu. Quando achou que era sua hora, meu bisavô deu o colar para o meu avô e morreu. Depois disso, meu avô deu para o meu pai e por último chegou até mim. Eu fiz estudos e descobri: usando uma pessoa, posso trazer outros de volta com custo sobre mim; com duas, não há custo em mim.
– Você usou duas vidas para cada morto? – Tatsumi estava chocado.
– Na verdade, os que eu usei no meu lugar eu gastava ao máximo o tempo de vida deles. E não se preocupe, eu usei como cobaias alguns assassinos procurados por ambos os lados. Nenhum dos lados teve perdas... Se bem que hoje em dia, só um lado existe.
– Então, reviveu todos nós? – perguntou Lubba.
– E aos que estavam vivos, curei seus corpos e aumentei seu tempo de vida. Também limpei o corpo da Kurome das drogas injetadas nela e retirei a bomba do cérebro de Seryu.
– Até essas coisas vieram? – Seryu deu pequenos socos na cabeça, tentando sentir algo. – É, não tem nada.
– Nem cérebro algum. – Mine comentou.
– Sua!
Antes que ambas fizessem as penas superaquecerem, Lion interveio.
– Dá pra respeitar ao menos o cara que reviveu vocês? Eu tô falando ainda.
– Desculpa. – ver Seryu dizendo tal palavra era mais assustador que Coro modo Berserker.
– E mais uma coisa! Pior que reviver vocês foi consertar as Fardas, sem maldade, Susanoo.
– Tudo bem. – disse o grandão.
Lion se acalmou e voltou a falar.
– Bem, as Bestas estão quase todas comigo, com exceção das três eu deu para Sayo, Ieyasu e Bulat participarem dos jogos, já que só existe uma Incursio e estava com o Tatsumi. Diferente das Fardas, elas não tem muitas dificuldades e podem ser utilizadas mais de uma por pessoa, mas somente o dono do Colar do Imortal pode utilizar várias sem sofrer sequelas, já que elas causam muitos danos ao corpo.
– Igual às Fardas. – Tatsumi comentou.
– Isso tudo é bem interessante. – Esdeath parecia com sono por causa do papo.
– E as Bestas batem de frente ou até derrotam as Fardas. Por exemplo, o Bulat está com duas vezes a força de Tatsumi e Wave juntos, sendo ambos muito bons guerreiros e tendo passado do nível de poder do grandão. Juntando um bom guerreiro a uma Besta ele pode derrotar um ou mais Fardados. Isso também é provado por Sayo, Ieyasu e Bulat terem passado por desafios do mesmo nível do de vocês ou até maior sem dificuldade.
Tatsumi estava inquieto.
– Tá, mas uma dúvida não sai de minha cabeça. O que mais você fez conosco e como?
– Bem, além da Besta do Imortal e da Cura que usei em vocês, usei...
Lion puxou outro colar de dentro da camisa, mas esse era de penas vermelhas.
– A Alma da Besta de Phoe: O Colar das Chamas. Seu portador tem poder sobre o fogo e calor, além de que todos em quem ele colocar as penas do colar não poderão causar danos uns aos outros, nem ao portador. Assim, vocês não podem me matar e nem matar uns aos outros até que eu tire as penas de vocês, ou seja, nunca. Se ficarem com raiva demais, suas penas superaquecerão e causarão muita dor a vocês.
De repente, todo o corpo de Lion virou um boco de gelo.
– Não posso matá-lo, nem atacá-lo? – Esdeath sorriu.
O gelo começou a descongelar enquanto ficava com um tom vermelho e quente.
– Foi uma boa ideia congelar a mosca no meu ombro e usar de deixa para me congelar. Pena que eu tenho o Colar das Chamas, que me faz poder me superaquecer e descongelar aquilo.
Esdeath parecia um tanto triste por não conseguir fazer o que queria, mas estava tudo bem.
– Bem, Tauren vai levá-los até os chuveiros e depois para a sala de tratamento. Lá, ele cuidará se seus ferimentos e hematomas. E uma coisa engraçada. Ele é a única Besta que foi criada por meu pai, não por meu bisavô e meu avô.
– Ele é, tipo assim, seu irmão? – Sheele perguntou.
– É assim que nós nos tratamos.
Tauren os levou até dois banheiros gigantescos onde puderam se limpar e relaxar. Depois, os levou para uma enfermaria, onde foram cuidados com a Besta da Cura: algumas folhas de tons de verdes brilhantes colocadas sobre os peitos de cada um.
– Durmam um pouco. – disse Tauren. – Assim o efeito da Cura será mais rápido.
– Mais um falante. – Mine murmurou.
Eles dormiram lá, curando seus corpos.
Depois de terem descansado, todos saíram para ir embora. A porta de saída era uma cabana na floresta. Todos estavam com suas roupas normais e carregando suas armas. Como a Besta de Bulat não era compacta como a Incursio, ele teve que carregar presa às costas.
– Aquele lugar lá embaixo foi um presente do imperador para meu bisavô. – Lion estava com eles. – Era para guardar Spelaea, já que não podiam matá-lo. Se quiserem o lugar para treinos ou como prisão, só me pedir. Estarei nesta cabana para o que der e vier, servindo a cada um de vocês.
– Vou ver o que faço. – Najenda sorriu.
Quando todos já iam sair, Lion chamou a atenção de todos novamente.
– Eu queria deixar algumas dicas para cada um, começando por Najenda. Eu lhe devolvi o tempo de vida que você perdeu, então seu reinado será bem longo. Depois disso, transforme esse país em uma república ou um império com votação.
– O povo merece escolher seus líderes. – ela parecia estar de acordo com ele.
– Mas até lá, aproveite.
Ele se virou para Esdeath.
– General, o Tatsumi já tem alguém, quero dizer, alguéns. Você pode tentar continuar com ele ou procurar outro. Deve ter mais alguém no mundo com suas especificações.
– Eu o amo e acabou.
– Tá ok, mas lembre do que eu disse. Seryu, você confiou nas pessoas erradas. O Ogre e o Stylish estão longe de serem pessoas boas. Você percebe isso pelo Ogre ser corrupto e o Stylish ter colocado uma bomba na sua cabeça.
– Agora que falou, é mesmo. – ela olhou para o doutor pronta para parti-lo ao meio.
– E tente cuidar desses seus problemas de raiva e senso de justiça. Dr. Stylish, como disse, eu te revivi para não ser preconceituoso. Preferia que você estivesse no quinto dos infernos, mas preciso de alguém para me ajudar a criar novas Bestas. O cargo é seu se quiser, mas não deixarei nada bizarro ser feito.
– Muito bem. – Stylish ajeitou o cabelo com seu jeito exagerado. – Melhor que continuar morto.
– Sheele, você é perfeita do jeito que é, mesmo com um parafuso a menos. Só não mate sem querer alguém que se apaixone por você.
– Tudo bem. – ela sorriu para ele.
– Mine, tente ser um pouco mais calma e fofa. Você já é muito linda, se for fofa, ninguém poderá roubar seu amor de você.
– Fique quieto e pague minhas compras como prometeu.
– Tá ok, eu pago. Kurome, tente não usar marionetes de mais para não destruir seu corpo. Isso faz mal à saúde. E tem uma loja de doces na capital. – ele estendeu um papel para ela. – Eles têm os melhores.
– Certo.
– Wave, tente ser mais normal. Eu sei que pessoas do interior não sabem direito como se comportar aqui na capital, mas eu posso dar umas aulas. E também, veja bem a pessoa pela qual se apaixona, tá? Assassinas são complicadas, sabe...
– Tá. – o rapaz tentou não corar, mas não dava.
– Tatsumi, as mesmas dicas do Wave.
– Sacanagem. – Tatsumi parecia decepcionado pela dica reusada.
– E mais uma coisa. Não existe uma Farda que reviva pessoas, mas Besta sim.
– Vou me lembrar disso.
Lion olhou para Akame, que encarava o doce no bolço do rapaz.
– Akame, pode pegar. – ele jogou o doce para ela. – E tente não ficar longe da capital muito tempo. O pessoal vai ficar com saudade.
– Ok. – ela dividiu o doce com Kurome.
– Run, volte a ser professor. Quero que meus futuros filhos estudem com você.
– Vou fazer o possível.
– Leone, seja mais humana...
– Tá de zoa com a minha cara?!?! – ela cerrou os punhos para o rapaz.
– Na verdade, sim. Bulat, seu penteado é show. Continue com ele.
– Ok. – Bulat sorriu e confirmou com um "joia".
– Bols, você cometeu crimes? Sim. Matou muita gente? Sim. Mas entre esses assassinos, serial killers e genocidas como a Esdeath, que massacrou povos pela simples razão de matar, você é um dos mais bondosos. Sua família sabe disso e te espera.
– Muito obrigado. – o homem parecia finalmente aceitar seus crimes sem pesar.
– Chelsea, não diga que os outros são coração mole. Você é tão coração mole quanto cada um deles.
– Não há como provar. – ela tirou o palito da boca e colocou um novo pirulito.
– Susanoo, por que não tenta um emprego de faxineiro de meio período? Enquanto não estiver lutando, você pode arrumar muitas coisas que estão erradas nas casas dos outros.
– Boa ideia. – os olhos do homem brilharam com a ideia.
– Iayasu e Sayo, eu já conversei com vocês antes, mas essa dica serve também para o Tatsumi. Quando puderem, voltem para a vila de vocês e vejam como está. Vão se orgulhar de toda a luta que tiveram.
– Mas eu e o Ieyasu não fizemos quase nada... – Sayo parecia decepcionada com sigo mesma.
– O Tatsumi fez muita coisa, mas eles acham que foram os três. – Lion piscou para os dois.
– Eles vão se aproveitar do meu trabalho. – Tatsumi suspirou.
– Coro, tente não comer as pessoas durante a madrugada. Eu sei que você tem muita fome, mas tem muitos animais pela capital e comendo eles não vai dar problema para a Seryu.
– Coro, coro!
Lion já estava virando de costas, já que tinha terminado com suas dicas, até alguém reclamar.
– E eu? – Lubbock já estava impaciente. – Não vai falar comigo?
– A dica que vou ti dar já era algo que você prometeu a si mesmo de fazer.
Lubbock se lembrou de sua promessa. Então, se ajoelhou na frente de Najenda e pegou sua mão.
– Najenda, eu tenho algo para te dizer. Eu... Eu te amo. Sempre te amei, desde a primeira vez que eu te vi.
– Eu sei, seu idiota.
Ela o beijou, fazendo alguns ali quase desmaiarem. Depois, olhou em seus olhos.
– Achava mesmo que eu não perceberia depois de tanto tempo me seguindo?
Aquele momento quase perfeito foi estragado por uma pergunta.
– Tá, mas como sabia da promessa dele? – Wave encarou Lion.
– Bem, eu meio que vi as lembranças de vocês enquanto os revivia e curava. É uma das consequências das Bestas.
Todos encaram-no com raia.
– Isso você não me contou! – Sayo pegou ele pela gola e suspendeu.
– Não se preocupem. Seus segredos mais íntimos, vergonhosos e pervertidos estão a salvo comigo.
Todos apontaram suas armas para Lion.
– Eu não contarei os segredos, mas contarei o tipo de cada. O segredo da Najenda é vergonhoso; Esdeath, pervertido; Chelsea, íntimo; Wave, vergonhoso; Tatsumi, vergonhoso; Akame, íntimo; Kurome, íntimo; Lubbock, pervertido; Leone, pervertido; Run, vergonhoso; Bols, íntimo; Seryu, pervertido; Coro, pervertido; Susanoo, vergonhoso; Mine, íntimo; Bulat, vergonhoso; Dr. Stylish, pervertido; Sheele, vergonhoso; Sayo, íntimo; e Ieyasu, pervertido.
Todos se lembraram de seus segredos ao ouvir tais palavras. Aquilo foi um festival de choros e gritos de raiva.
– Maldito! – Mine, Sayo, Chelsea e Leone começaram a persegui-lo. – Por que você fez eu me lembrar disso?
– Só pra ver a reação de vocês. – ele chegou até a porta da cabana. – Bem, até mais.
Elas bateram na porta até quebrar, mas a cabana estava vazia.
– Fujão. – Sayo cerrou os punhos.
Depois daquilo, todos foram embora para a capital.
– Aquele idiota tinha que me lembrar daquilo? – Chelsea parecia bem envergonhada.
– Bem, agora não importa. – Tatsumi comentou. – Acho que vou ter que voltar para a vila logo.
– Não espere que eu vá junto. – Mine parecia bem brava.
Leone abraçou Tatsumi por trás.
– Bem, eu estava querendo viajar. Vou junto com você e seus amigos.
– Eu não vou deixar! – Mine agarrou o braço de Tatsumi. – Se você for, eu vou também.
– Eu sempre quis conhecer as origens do Tatsumi. – Esdeath se juntou àquela brincadeira.
Tatsumi já estava sem saída quando Najenda o salvou.
– Vocês não podem ir embora antes do meu casamento.
– Ca-ca-ca-casamento?!?! – Lubbock ficou mais vermelho que uma pimenta.
– Claro. Não vou deixar você ficar zanzando por ai.
– Mas... Mas... Mas...
– Mas nada. Casamento ou morte.
Lubba teve que ceder. Enquanto isso, Akame se lembrou do peso sobre si mesma.
– Eu não poderei ficar na capital muito tempo por causa da revolução. – comentou. – Alguém tem que levar a culpa por todo aquele sangue derramado.
Tatsumi parou, fazendo todos pararem junto.
– Não precisa ser assim, nem você. – disse.
– Precisa sim. Eu irei junto com vocês até sua vila e depois me separo.
– Eu vou com você, Mana – Kurome estava decidida.
– Ok. – Akame assentiu.
Wave parecia triste pela escolha de Kurome.
– Lion falou pra não ficar longe muito tempo.
– Não vamos ficar. – Kurome sorriu para ele e deu um beijo em sua bochecha.
– Ok. – Wave novamente corrou.
Bols parecia meio avoado no meio deles.
"Minha família me espera", pensou.
Então, eles voltaram para capital prontos para continuar suas vidas, mas dessa vez, todos juntos. Assim terminaram os jogos, com todos de volta, muita alegria e grandes mudanças para o império... Além de um rapaz ter se divertido à custa dos outros...