Ele sabia amar, ela tinha de...

By robertasell735

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Um pedido feito e uma promessa a ser realizada. Se ainda houvesse amor, o rapaz a esperaria na estação de tre... More

Bem-vindos leitores!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Especial de Ano Novo

Capítulo 9

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By robertasell735

Arthur caminharia tenso até a recepcionista que lhe indicou o caminho até a sala de espera onde sua irmã e mãe estavam aguardando notícias. Antes de chegar ao local reservado encontrou com sua irmã que andava de um lado para o outro no corredor.

— Arthur! — Lilian ficou espantada assim que o viu — Como chegou aqui tão rápido?

Arthur não conseguiu responder. Apenas deixou que seu corpo encontrasse conforto e proteção nos braços de sua irmã mais velha.

— Ah! Irmão!

Lilian naquele momento também deixou que o choro tomasse conta, desde o momento do ataque de seu pai até agora vinha portando-se de forma forte, mas ao ter ali o seu irmão nos braços não conseguiu mais controlar e deixou tudo que estava sentindo sair.

— Cadê a mãe? — quando enfim o choro cessou Arthur sentiu a ausência daquela que sempre manteve a casa em pé.

— Está ali, vem!

— Já teve notícias?

— Sim. Agora estamos aguardando a sua recuperação. Pai está na UTI. Venha à mãe vai gostar de te ver aqui.

Caminharam de mãos dadas em completo silêncio tentando a todo custo enxugar as lágrimas e torcendo para que sua mãe não notasse os olhos vermelhos.

— Mãe! — Arthur suspirou e se ajoelhou entre as suas pernas.

— Meu filho! — Ellen ficou também espantada com ele ali — O que está fazendo aqui? Como veio tão rápido?

— Consegui uma carona. — Arthur beijou lhe as mãos.

— Lilian não devia ter feito isso com seu irmão! — olhou com reprovação para a filha — Seu pai nos deu um susto, mas já está bem. — Ellen tornou a olhar naqueles olhos azuis de Arthur tão iguais ao do seu marido.

— Eu mataria se ela não tivesse me ligado, mãe! Se acontecer algo com qualquer um de vocês não sei o que faço...

A voz de Arthur tornou a ficar embargada. Os olhos são tomados pelas lágrimas. O que ele confidenciou a mãe naquele momento era toda a sua verdade. Não saberia viver sem aquela sua pequena família. Eram tudo para ele.

— Meu amor! Não fique assim, vem aqui sente ao meu lado e você também Lilian. — Ellen abre os braços e aninha um de cada lado.

Apenas alguns minutos haviam se passado desse reencontro forçado da família Shaller para que Ana entrasse afoita na sala de espera. A família estava tão envolvida em sua dor que não percebem a chegada de uma nova figura.

Ana recuou ao ver aquela cena terna. Aquele momento era tão deles que não poderia atrapalhar e dessa forma sentou-se em uma das cadeiras perto da saída e ali esperaria o momento certo de se aproximar. Quando a calma invadiu Arthur, sentiu a ausência daquela pessoa que possibilitou estar em contato com a sua segurança. Seus olhos buscaram por aquele rosto angelical que vinha tomando conta do reino dos seus sonhos nesses últimos dias. Ana estava lá com a cabeça apoiada na parede. O cansaço havia consumido a jovem garota que agora dormia. Arthur abandonou suavemente os braços da mãe e foi ao seu encontro.

— Aonde você vai? — Ellen pergunta.

— Já volto, mãe.

Arthur sentou-se ao lado de Ana com cuidado. Com medo de assustá-la passou a sua mão sobre as dela com delicadeza.

— Ana... — sua voz vinha baixa, quase um sussurro — Acorda! — afastou os cabelos que caiam em seu rosto — Tudo bem?

Ana abriu os olhos e ficou observando tudo. Havia muita confusão em sua mente.

— Onde estou? — Ana perguntou ainda tentando firmar a visão.

— Está no hospital... — Arthur fez uma pausa — Lembra que meu pai sofreu um infarto?

— E como ele está? — Ana ajeitou-se na cadeira.

— Ainda não temos notícias... Porque não foi até mim? — Arthur franziu a testa.

— Eu não queria atrapalhar o momento que vocês estavam tendo. Preferi ficar aqui esperando e acabei pegando no sono... Que horas são?

— Cinco da manhã.

— Nossa!

— Vem vou te apresentar a elas. — Arthur levantou.

— Tem certeza? Eu posso ficar aqui... — Ana pela primeira vez se sentiu insegura.

— Por quê? Não quer conhecê-las?

— Não é isso. Só não quero atrapalhar. — Ana coçava os olhos.

— Não vai, venha! — Arthur estendeu a mão para que ela levante-se.

Ana aceitou o gesto e ao ficar de pé ajeitou seus cabelos e foi com ele ao encontro da família de Arthur.

— Mãe! Gostaria de te apresentar uma pessoa; Ana.

— Olá! — Ana estava totalmente sem jeito.

— Prazer, Ellen. — Ellen media Ana com olhar totalmente intrigada.

— Oie! Lilian a irmã de Arthur. — Lilian já tinha uma expressão mais amigável no olhar o que deixou Ana um pouco mais à vontade.

— Prazer, Lilian! – as duas se abraçam timidamente.

— Ana, foi quem me salvou, por causa dela consegui chegar o mais rápido possível. — Arthur começou a explicar a forma como chegou até ali.

— Estudam juntos? — Ellen começaria o seu interrogatório.

— Sim e não. Frequentamos a mesma universidade, porém em cursos diferentes — Arthur responde.

— Que curso você faz? — Lilian perguntou.

— Artes Plásticas. — Ana responde antes de Arthur.

— Interessante. — Ellen responde.

Nesse momento observou a movimentação das enfermeiras e um homem que vinha em sua direção. Quando este homem trajando branco estava bem próximo à Ellen, levantou e começou a encará-lo.

— Sra. Shaller? Sou Dr. Thompson. Fui responsável pelo atendimento do Sr. Shaller.

— Sim, como ele está? — Ellen ficou com a expressão dura estava esperando pelo pior.

— Tem um marido muito resistente Senhora, ele está se recuperando muito bem, porém essas primeiras 24 horas são cruciais. Ele está sedado, mas estamos confiantes. — o médico acena com a cabeça e os deixa a sós.

Lilian correu abraçar a mãe aliviada, Arthur olhou para Ana que lhe dá um sorriso tímido e então a puxa contra si e a abraçando bem apertado.

— Obrigado. — Arthur falou baixo em seu ouvido e lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.

— Não precisa me agradecer. — Ana envolveu Arthur ainda mais em seus braços o deixando confortável tudo sobre o olhar atento de Ellen.

— Mãe, vai para casa descansar, Arthur e eu ficamos aqui. — Lilian estava preocupada com a mãe desde que chegaram não quis comer e nem beber nada.

— Não! Ficarei aqui até que Wesley esteja bem. — Ellen olhou brava para a filha.

— Mãe, Lilian tem razão vai para casa e descansa um pouco depois a Senhora volta. — Arthur puxou a mãe para perto de si ainda enxugando suas lágrimas.

— Claro que não! Se alguém tem que ficar essa pessoa sou eu! — Ellen estava irredutível.

— Desculpa me intrometer, Ellen. Posso chamar a senhora assim? — Ellen faz que sim — Faça o que seus filhos estão pedindo eu levo a senhora para casa. Toma um banho, comemos e depois voltamos. É melhor sair um pouco dessa aflição. O Sr. Shaller terá de ficar na UTI durante um tempo. E depois quando ele for para o quarto precisará da senhora.

— Ela é boa. — Ellen se volta para o filho — Vocês me liguem se acontecer qualquer coisa, posso confiar em vocês?

— Claro que pode mãe. — Arthur se voltou para Ana – Obrigado mais uma vez.

Ana apenas faz um gesto positivo com a cabeça.

— Podemos ir, Ellen?

— Sim.

As duas deixaram a sala de espera e caminharam lado a lado até a saída do hospital sobre os olhares atentos dos irmãos. Assim que não estavam mais em seu campo de visão Lilian começaria um interrogatório com Arthur. Queria saber tudo sobre aquela moça.

— Mano! Ela é um amor. — Lilian voltou abraçar Arthur.

— É sim.

— Estão namorando?

— Não sei ainda o que estamos fazendo. — Arthur sentou e colocou a cabeça entre as pernas estava exausto.

— Como assim não sabe?

— Está tudo muito confuso, nos conhecemos praticamente ontem e aí isso aconteceu...

— Mas gosta dela? – Lilian interrompe.

— Se eu gosto? Acho que sim, só não sei se ela sente o mesmo.

— Por que diz isso?

— Algo aqui dentro diz que não.

— Para com isso! Essa sua eterna mania de se colocar para baixo! — Lilian conhecia o irmão melhor do que ele — Ela te olhou com tanta ternura.

— Pelas circunstâncias... — Arthur faz uma pausa —, porém ela não precisava ter me trazido... Estou muito confuso nesse momento e somos muito diferentes.

— Por que diz que são diferentes? E daí se forem! Adiantou namorar alguém igualzinho a você antes? Talvez algo diferente seja disso que precise.

— Talvez, sinto que se ficarmos junto não será fácil.

— Que bom! Que graça teria se fosse fácil?

— Tem razão. Vamos tomar café da manhã? Estou faminto.

Mesmo Arthur querendo mudar de assunto Lilian não lhe daria trégua e diferente do que aconteceu com Chris para a irmã ele contaria todos os detalhes desde o primeiro momento em que seus olhos cruzaram com os dela até aquele último abraço apertado que se deram.

xXx

E aí o que acharam dessa mãe do Arthur? Será que Ana vai ser facilmente aceita? E Arthur duvidando de tudo! Prevejo muita confusão para os próximos capítulos! E amores amanhã tem mais um me aguardem! Beijos! 

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