Armadilhas Da Vida

By Brumy_

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O caminho da vida pode ser difícil pra quem tem dinheiro ? Claro que sim. Mas Ayla Magalhães não se importa... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capitulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Epilogo
Agradecimentos

Capítulo 36

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By Brumy_

Oi meus amores! Me desculpem pela demora, mas aqui está um capítulo novo pra vocês♥ E a história não está no fim, ainda falta alguns capítulos para ela terminar.

Henrique:

As coisas melhoraram significativamente entre nós, mas a Ayla a cada dia que passa fica mais deprimida e ignorante com a gente, mas entendemos que é por ela ter um gênio forte e agora estar debilitada em uma cama. Hoje ela vai poder voltar pra casa e vai ter que se acostumar com essa situação. Cada dia que passa também sinto necessidade de cuidar dela, eu sei que no fundo ela precisa de alguém que a melhore, ela nunca esteve com boas companhias e esse namoro então... Se o seu Marcelo descobrisse o que ela estava fazendo com o Lucas depois daquela festa, eu nem sei... Por que a gente nunca ama a pessoa certa? Eu poderia ter me apaixonado por outra pessoa, por que a Ayla?

Ao chegar nas escadas, vejo seu Marcelo conversando pelo celular com alguém, e só pela conversa deve ser com o meu pai. Eles conversam sobre eu ja saber de tudo e sobre a ajuda dele com o tratamento da Ayla. Por fim, ouço algo que mexe comigo, pois não sei se estou preparado para isso.

— Então você chega na próxima semana? — Seu Marcelo falava ainda na ligação, ele estava de costas pra mim. — Tudo bem, vou tentar amenizar as coisas por aqui. Obrigado mais uma vez! Eu não tenho como agradecer ou retribuir o que você está fazendo por mim... Tchau, abraço ! — Ele desliga e coloca o celular no bolso da calça.

— Desculpa, não pude deixar de ouvir. — Digo e ele se vira para mim visivelmente surpreso por me ver aqui.

—  Henrique? você estava ai?

— Sim. E sobre ele vim pra cá, eu não sei se estou preparado para encontrar ele. —  Disse com sinceridade.

Meu coração acelera só em pensar que vou conhece-lo, sinto um aperto, como uma angústia ou mágoa por tudo que soube e procurei entender em toda minha vida. A sensação de rejeição não é uma das melhores e eu provei disso ao descobrir a verdade.

— Eu te entendo Henrique! Você sabe que... — Ele tira o chapéu e se aproxima de mim. — Desculpe por não esclarecer suas dúvidas quando você era um pouco mais novo, é que esse assunto sempre foi muito difícil pra mim.

Ele suspirou e pude ver sua expressão de cansado, exausto. Ele respira fundo e volta a falar:

— De uns tempos pra cá minha vida, a nossa vida tem virado de cabeça pra baixo...Todo dia nós temos que lidar com uma nova Ayla, uma nova reação dela, uma nova dor em mim e na Flavia por ver nossa filha nesse estado. E de agora em diante mais do que nunca eu não sei como vai ser daqui pra frente.

— Seu Marcelo quero falar uma coisa com o senhor. — Digo mudando o rumo da conversa, falar sobre aquele homem que dizem ser meu pai é bastante estranho. — Quero falar sobre a Ayla....

— A Ayla? — Indagou confuso.

— Sim. É que, eu sei que cê considera eu, ela e a Duda como irmãos e nunca quis que a gente tivesse algum envolvimento. Eu também nunca tive grande apreço por ela mas faz um tempo que eu sinto algo por ela.

—  O que? — Ele arregala os olhos, suas expressão mudou de triste para irritada, e incrédula. — Vocês estão ... Estão......Henrique .....e ela?

— Na verdade ela não sente o mesmo que eu sinto, eu sei, mas é que... Eu estava e continuo gostando dela e a gente teve um envolvimento... E é isso!

—  E você diz isso assim?! Henrique! Isso está errado! Eu criei vocês dois como irmãos e é irmãos que vocês são, não posso aceitar um trem desse não! — Falou e eu já esperava essa sua reação. Ele balançava a cabeça negativamente ainda perplexo.

—  Eu entendo. Mas cê também ja amou, e ama, você sabe o que é isso! O amor não se controla, queria muito escolher outra pessoa mas não é assim que funciona.

— Henrique, me desculpa mas eu não posso aceitar isso, depois conversamos! — Ele diz rapidamente e sai em passos apressados.

É fato que essa seria sua reação, o pior é quando a Ayla descobri que contei a verdade. É Henrique, você só procura problema pra sua cabeça.

AYLA:

Esse quarto, essa cama, essa televisão ligada, eu não posso ver, ouço e não sei como estão as cores, os objetos, as pessoas, não posso mais ver as mudanças em minha volta, as coisas que antes tinham tanta vida pra mim, hoje estão apagadas, o que tanto importava não faz mais falta, não tem mais sentido, meus "amigos" nunca vieram me visitar, a Bia veio uma vez e depois nunca mais, perdi tudo, não tenho mais porque existir.
Estou me sentindo um lixo, a única pessoa que está aqui todo dia pra encher meu saco é o Henrique, não entendo por que ele me disse aquelas coisas, por que ele se importa comigo, eu estou cega, devia estar como o Lucas, ou como a Bia, como todos eles. Mas não, ele ta aqui, sempre está. Mas só preciso aproveitar isso, só isso e mais nada! E isso não tem que mexer comigo! Pelo menos hoje eu vou pra casa e lá eu posso me trancar no meu quarto e nunca mais sair.

Ouço o barulho da porta que já se tornou familiar, e aqueles passos leves eu já decorei, com certeza era o doutor.

— Vamos lá, hora de levantar e ir pra casa! — Sua voz ecoou e assim sorri mentalmente pois havia acertado. Mas eu não consigo conter o sorriso por ele falar o nome "casa", eu irei embora desse lugar tedioso.

(.....)

Eu fiquei cega e não aleijada. — Disse quando meu pai mandou o Henrique me carregar no colo, eles me ignoraram e o Henrique continuou me levando para dentro da minha casa.

O cheiro de terra molhada logo me invadi, o vento em meu rosto, o barulho dos pássaros e de alguns animais, eu estou em casa.

— Henrique me coloca no chão! — Digo me debatendo nos braços dele, ouço ele bufar e logo meus pés tocam o chão.

— Ayla você tem que ter cuidado. — Meu pai diz.

— Parem de me tratar como se eu fosse uma criança.

— Mas filha agora você...— Minha  mãe falava, mas parou. E eu já sabia o restante da frase.

— Eu estou cega? Sim estou e não quero a ajuda de ninguém. —  Disse rudemente.

Meu coração se expremia, eu estava muito assustada e com medo. Eles estavam em silêncio e eu não podia ver seus olhares, seu gestos e eu não podia me ver, ou nada ao meu redor. Quando eu e a Duda éramos crianças, sempre sorria dela por ela ter medo do escuro, e hoje eu estou aqui, vivendo em uma completa escuridão.

— Ayla não é dizendo que agora que ocê está cega você é incapaz de fazer as coisas. — Henrique quebrou aquele silêncio que tanto me irritava. — A gente só quer ajudar você a se acostumar...

— Não! — Disse e me virei, dei um passo para frente e ouvir protestos, mas eu havia esbarrado em algo e em seguida o som de algo se estraçalhando no chão pode ser ouvido. — Mãe? O que eu quebrei?

— Não se preocupe filha...— Ela disse e percebi um certo receio em sua fala, uma mão grossa e quente segurou meu braço e só pelo toque, sabia que era o Henrique.

— Fala mãe!

— Era o vaso...

— Que eu havia ganhado daquele artista? — Perguntei irritada comigo mesma, ninguém falou nada e eu já sabia a resposta.

— Vamos Ayla. — Henrique disse ainda segurando meu braço, ele andou me puxando e eu fui com ele. Estava tão arrasada, me sentindo uma inútil.

— Henrique. — Nós paramos ao ouvir o chamado do meu pai. — Eu levo ela ao quarto.

— Mas seu Marcelo eu...

— Nao Henrique! — Meu pai o cortou com uma certa brutalidade, o que pra mim foi estranho.

Aquele irritante silêncio novamente se fez presente e eu sentir pelo toque do Henrique que ele suava, ele soltou meu braço e suspirou e foi aí que comecei a ter certeza que tinha algo muito errado.

— O que está acontecendo? — Perguntei e ninguém se pronunciou. — Me respondam! Pai? Você e o Henrique brigaram?

— Eu contei a ele.

— Contou o que Henrique? — Perguntei já com raiva.

— Sobre nós dois. — Ele respondeu.

Sabe aquela vontade que eu sempre tive de matar o Henrique? Pois é, agora ela voltou intensificada. Como ele pode fazer isso? Como ele me expor dessa maneira? Eu poderia negar, e dizer que é mentira. Mas agora eu não vou me importar.... Não mais...nada na minha vida importa mais ou tem sentido.

Então agora tudo é um simples tanta faz!

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