PJ's Heart - Camren

By dearjames55

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Lauren Jauregui, depois de dois anos afastada por causa de seu trabalho, volta a sua cidade natal e encontra... More

Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26 - e-mail 01
Capítulo 27 - e-mail 02
Capítulo 28 - e-mail 03
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33

Capítulo 1

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By dearjames55




                  

POV Lauren

Eu estreitei meus olhos mais uma vez, tentando enxergar pelo vidro do carro a estrada escura no meio de toda aquela tempestade. Fazia tempo que não presenciava um temporal daqueles em New Orleans, ainda mais agora acostumada com as paisagens áridas de Alepo... Era como se meu carro estivesse debaixo de uma verdadeira cachoeira.

Me lembro de quando criança, meu pai levando eu e meus irmãos para corrermos no quintal no meio da chuva... Era uma das melhores lembranças que eu tinha e acabava rindo quando minha mãe aparecia brigando conosco, ameaçando que se pegássemos algum resfriado, ela não iria cuidar de nós... Tudo mentira, dona Clara sempre foi aquelas mães corujas que gostavam de ter todos os filhos embaixo das asas... Era de se esperar o surto que ela teve quando eu decidi me inscrever no ABS.

O farol do carro iluminava pouco e eu mantinha meu pé suavemente no acelerador, não passando dos 50km/h, quando observei um carro com a frente completamente amassada, chocado contra uma árvore no canteiro da estrada.

—Porra... Isso não é bom. – Eu murmurei, observando uma fumaça densa saindo do motor do carro e os faróis ainda ligados, o que com certeza, indicava que aquilo tinha acontecido há pouco tempo.

Ok, essa não era a noite que eu tinha imaginado para mim, mas parece que tinha que me contentar com isso... Vamos lá, Lauren...

Eu parei o meu carro no acostamento, poucos metros à frente do carro batido e respirei fundo antes de abrir a porta e sair correndo, enquanto sentia os grossos pingos de chuva atingirem minha pele.

Assim que me aproximei do outro carro, eu tentei olhar pelas janelas e rapidamente vi uma mulher desacordada, no banco do motorista. As portas estavam travadas, os vidros fechados e eu parei por alguns segundos pensando no que poderia fazer... Se eu ligasse para os bombeiros agora, provavelmente, por causa do temporal, eles iriam demorar muito tempo para chegarem até aqui e enquanto isso, a situação da mulher desacordada poderia piorar... Depois de olhar mais uma vez, a frente batida do carro, eu respirei fundo, tirando a jaqueta que usava.

—Ok, seja lá quem você for, já vai ter despesa para concertar a frente do carro, então... – Eu falava para mim mesma, envolvendo a jaqueta na minha mão direita. – Uma janela quebrada não vai fazer diferença no prejuízo. – Eu completei, antes de dar um firme soco na janela do banco do carona e observar os cacos, de vidro, caírem no chão.

Eu coloquei minha mão para dentro do carro, destravando o pino que trancava as portas, antes de colocar de volta a jaqueta, abrir a porta e me esgueirar por dentro do carro, pelo banco do carona.

—Moça... – Eu chamei pela mulher, mas ela ainda permanecia desacordada.

Meus dedos deslizaram suavemente por seu rosto, afastando alguns fios de cabelo de sua testa e só aí fui notar o sangue escorrendo por sua pele... Ela deve ter batido com a cabeça no vidro, na hora do acidente e isso não era bom.

Por favor, esteja viva...

Eu coloquei dois dedos em seu pescoço e para o meu alívio, ainda havia pulso.

—Ok, vamos te tirar daqui. – Eu murmurei apertando o botão para destravar seu cinto de segurança e logo em seguida, passei um dos meus braços por debaixo de seus joelhos e outro sobre suas costas.

Eu sabia de todo aquele blá, blá, blá de "Não se deve mexer na vítima", mas eu já estava acostumada a ver lesões muito piores do que aquela e tinha certeza de que poderia a levar para o hospital central, a poucos minutos de onde estávamos.

Foi um pouco difícil a tirar do seu automóvel, mas com cuidado, consegui a trazer em meus braços para o banco traseiro do meu carro... Eu enxuguei um pouco as gotas de chuva, que haviam caído em seu rosto durante o trajeto entre um carro e outro, verificando um pouco agora melhor seu ferimento, que a meu ver, parecia ser superficial.

Eu corri mais uma vez até seu carro, somente para tirar as chaves de sua ignição, as guardar em meus bolsos e pegar, o que parecia ser sua bolsa e seu celular jogados no chão do carro.

Quando liguei meu carro e comecei a dirigir novamente, a mulher ainda estava desacordada no banco de trás e isso de certa forma, me deixava preocupada... Eu só desejava que ela não estivesse com nenhuma hemorragia interna.

Alternando meu olhar atento entre a estrada e o retrovisor, para checar o estado da mulher, eu cheguei em frente ao hospital, em menos de quinze minutos.

Em pouco tempo, eu observei os médicos levado a mulher desacordada em uma maca, por entre os corredores da emergência do hospital, enquanto eu explicava para uma das enfermeiras o que havia acontecido e lhe entregava os pertences da mulher.

Eu sabia que tinha marcado de ir jantar com meus pais na casa deles, mas eu não podia ir embora agora, não até pelo menos saber que aquela mulher estaria bem. O quão irônico era isso, era o meu primeiro dia de volta à cidade e eu já tinha me enfiado em um hospital com uma mulher desconhecida... minha mãe iria surtar com certeza.

Dona Clara tenha piedade de mim...

Eu passei longos minutos, sentada na sala de espera, perguntando de tempos em tempos, notícias sobre a mulher, mas parecia que aquilo não iria acabar tão cedo.

Quando ia me levantar mais uma vez atrás de notícias, eu senti meu celular vibrar no bolso da minha calça. Era dona Clara e eu sabia que iria levar uma bronca.

LIGAÇÃO ON

—Lauren Michelle, onde você está?! Dois anos longe e você ainda tem a cara de pau de se atrasar?! Está merecendo um bom puxão de orelha, se prepare para quando chegar aqui! – Ela falou estridente, assim que eu atendi e meu rosto se contorceu com sua ameaça.

—Oi, mamãe... – Eu disse com um sorriso fraco.

—Não me venha com "mamãe", garota! Onde você está? – Ela perguntava impaciente.

—Então, eu tive um pequeno imprevisto... – Eu falei limpando minha garganta.

—Imprevisto? – Ela perguntou confusa.

—É... mas não se preocupe, eu estarei aí daqui a pouco. – Eu disse vagamente, observando ao redor. – Dê um abraço no papai para mim! – Eu completei na tentativa de encerrar a ligação. 

—Michelle, não ouse desligar na minha cara! – Ela falou firme e eu revirei os olhos. – Onde é que você se enfiou? – Ela perguntou insistente e eu bufei.

—No hospital central... – Eu falei baixo e escutei ela engasgar do outro lado da linha.

—Hospital?! O que está acontecendo?! Você se machucou?! Mike, sua filha foi parar no hospital! Eu não aguento isso! – Eu escutava seu pequeno surto do outro lado da linha, enquanto negava com a cabeça.

Eu disse que ela iria pirar.

—Filha? Laur, o que houve? – Meu pai tomou o telefone, com uma voz preocupada.

—Eu estou bem, pai... Teve um acidente na estrada, tinha uma mulher desacordada depois de bater com o carro em uma árvore, eu vi e a trouxe para o hospital... Estou esperando por notícias. – Eu tentei explicar sucintamente.

—Oh... entendi... Ela está bem, Clara, pare de chorar, amor! – Eu o escutei a tranquilizar e acabei soltando uma risada de todo o drama da minha mãe. – Nós estamos indo até ai, filha. – Meu pai avisou calmo.

—Não precisa, pai, está tudo certo por aqui. – Eu afirmei simples.

—Ordem da sua mãe, ela já está pegando a bolsa. – Ele rebateu rapidamente e eu soltei um longo suspiro.

—Ok, tudo bem, até breve. – Eu me dei por vencida, antes de encerrar a ligação.

Meus pais nunca iriam mudar e eu só conseguia rir disso.

Foi só eu guardar o celular novamente no bolso, para escutar uma das enfermeiras, que estava na recepção, me chamar.

—Foi você que trouxe a moça desacordada, não é? A que bateu em uma árvore com o carro? – Ela perguntou interessada e eu assenti rapidamente.

—Sim, como ela está? – Eu devolvi outra pergunta, a encarando com ansiedade.

—Ela está bem, fizeram uma tomografia e raio-x para verificar se não havia nenhuma hemorragia interna, mas os dois exames saíram limpos... Ela só teve um corte superficial na cabeça. – Ela explicou pacientemente e eu soltei um suspiro aliviado. – Gostaria de vê-la? – A mulher perguntou naturalmente.

—Ham... claro. – Eu disse simples e ela sorriu apontando com a cabeça para que eu a seguisse.

—O nome que está na identidade dela é Karla Camila... – A enfermeira comentou, enquanto me guiava por entre os corredores do hospital. – Ela pode estar dormindo ainda por causa da pancada, mas já deve estar acordando. – Ela concluiu e eu concordei com a cabeça.

Eu poderia ter ficado no hall de espera aguardando meus pais, mas acho que não seria bom, aquela mulher acordar confusa e sozinha... pelo menos eu poderia perguntar por algum parente dela para vir ao hospital, quando ela despertasse.

Quando eu entrei no quarto, a mulher continuava desacordada na cama, mas dessa vez, seus traços pareciam muito mais saudáveis. Eu me aproximei da cama, em silêncio, e observei o pequeno curativo na parte esquerda da sua testa, os cabelos escuros compridos, espalhados pelo travesseiro, os longos cílios, o nariz arrebitado e os lábios bem desenhados, dessa vez, sem aquela coloração pálida quando a encontrei...

Ela me parecia muito mais bonita agora.

Eu decidi mandar uma mensagem para o celular do meu pai, avisando em qual quarto estava e logo depois, me sentei em um sofá, que havia no quarto e fiquei alternando meu olhar entre a mulher e o piso claro do lugar, enquanto esperava.

Quando percebi seu corpo começar a se remexer na cama, eu me levantei caminhando até ela rapidamente.

—Moça? – Eu perguntei vendo seus olhos começarem a abrir lentamente. – Consegue me ouvir? – Eu perguntava paciente.

—Onde... onde eu estou? – Ela rebateu ainda confusa.

—No hospital central, você sofreu um acidente na estrada e eu te trouxe para cá. – Eu informei simples e seus olhos se arregalaram.

―Acidente? Meu filho, Benjamin... onde ele está? Eu preciso ir até ele, eu ... – Ela começava a disparar as palavras, enquanto se sentava bruscamente na cama.

—Ei, fica calma! – Eu pedi segurando suavemente em seu braço. – Você não pode se levantar rápido assim. – Eu comentei num tom calmo, enquanto ela me encarava com um olhar quase que desesperado. – Tinha uma criança com você no carro? – Eu perguntei num tom atento, tentando entender o que estava acontecendo, eu não me lembrava de ter visto nenhuma criança no carro ou por perto dele e isso me preocupava.

—Não... ele teve uma crise de asma, minha mãe o trouxe para cá mais cedo... Eu estava vindo para o hospital quando bati. – Ela explicou negando com a cabeça e eu assenti entendendo a história. – Eu preciso ter noticia dele, minha mãe deve estar preocupada e eu... eu só preciso vê-lo. – Ela falava num tom aflito.

—Ok, tudo bem, eu vou tentar encontrar informações deles, não se preocupe... só preciso que me dê o nome do seu filho e da sua mãe. – Eu assegurei calma.

Ela abriu a boca para me passar os nomes, mas antes disso, nós escutamos o barulho da porta do quarto se abrir e meus pais adentrarem no lugar como dois furacões... Ótima hora.

—Lauren Michelle, o que eu disse sobre... – Minha mãe começava uma das suas típicas broncas, mas parou de repente, ao encarar a mulher na cama. – Camila? Oh Meu deus, o que houve com você, querida?! – Ela passou direto por mim, indo de encontro à mulher na cama, envolvendo-a em um abraço apertado, enquanto eu lançava um olhar confuso para o meu pai.

Dois anos longe e ela me troca pela tal de Camila? Tinha alguma coisa que eu não estava entendendo... Elas já se conheciam?

—Dona Clara! – Camila falou com uma voz chorosa. – Ben passou mal de novo, eu vim correndo para o hospital, mas acabei batendo no meio do caminho, foi tudo tão rápido... Eu preciso ver meu filho. – Ela explicava rapidamente.

—Calma, querida... Mike, vá procurar notícias sobre o Benjamin, por favor. – Minha mãe pediu paciente e meu pai assentiu, antes de deixar um leve apertão em meu ombro e deixar o quarto.

—Ham...vocês se conhecem? – Eu perguntei curiosa, colocando as mãos no bolso da calça.

—Ela está trabalhando conosco na PJ's. – Minha mãe informou simples e eu assenti... Grande coincidência. – Camila, essa é minha filha do meio, Lauren... Lauren, essa é Camila, uma das melhores mestres confeiteiras que já conheci. – Ela nos apresentou com um leve sorriso.

—É um prazer, Camila... Por mais que a situação seja um pouco estranha. – Eu disse soltando uma pequena risada.

—Igualmente... e obrigada por ter me ajudado. – Ela falou com um sorriso tímido.

—Não precisa agradecer... – Eu afirmei simples. – Eu... acho... eu vou até o carro pegar umas roupas secas... Volto já. – Eu adicionei rapidamente, encarando as duas mulheres, antes de deixar o carro.

Eu nem sei por que estava sem jeito... Talvez fosse o medo da minha mãe acabar terminando sua bronca contra mim, na presença daquela mulher, mas o fato é que minhas roupas ainda estavam húmidas, por causa da chuva e eu arranjei um ótimo motivo para ficar alguns bons minutos longe da dona Clara.

Eu sempre tinha uma pequena mala do ABS, no porta-malas do carro, com algumas mudas de roupa, então acabei pegando uma blusa seca para mim e um moletom para a tal Camila... As roupas dela também haviam molhado e acho que um casaco seco seria ótimo.

Depois de passar em um dos banheiros do hospital para trocar minha camisa, eu voltei para o quarto, encontrei meu pai ajudando a Camila a se levantar da cama e se sentar em uma cadeira de rodas.

—Dona Clara, eu estou bem, posso ir andando. – Camila disse calma.

—É norma do hospital, Mila, você ainda pode ficar tonta por causa da pancada... – Minha mãe comentou paciente ao lado dela. – Laur, empurre a cadeira dela, sim? – Minha mãe pediu assim que me viu e eu assenti me aproximando.

Camila me lançou um olhar sem graça e eu apenas sorri suavemente em sua direção, antes de estender meu casaco para ela.

―Suas roupas molharam com a chuva, pode ficar com meu casaco. – Eu disse simples e ela murmurou outro baixo "obrigada", enquanto pegava o casaco.

Meus pais explicaram que tinham recebido a notícia de que, tanto a mãe da Camila, quanto seu filho estavam em um quarto na ala pediátrica do hospital e com isso, nós decidimos a levar até lá, antes que ela ficasse mais nervosa do que já estava.

Assim que chegamos ao quarto, Camila praticamente pulou da cadeira indo até o menino sentado na cama, com um olhar cabisbaixo. Ele era a cara dela e duvido que tenha mais do que cinco anos.

A mulher disparava milhões de perguntas ao mesmo tempo, querendo saber sobre o estado do filho, enquanto deixava um rastro de beijos por seu rosto e apertava seu pequeno corpo contra o dela... Ele fazia a mesma cara que eu quando minha mãe me agarrava daquele jeito...

Eu te entendia, garoto.

Havia outra senhora por lá e que eu deduzir ser a mãe da Camila, que também logo se aproximou da filha e do neto, para garantir que tudo estava bem.

—Mamá, já chega! – Ele falava com um bico no rosto e eu soltei uma leve risada.

—Tem certeza que está se sentindo bem? – Ela perguntou ainda preocupada.

―Estou! Porque está com isso na cabeça? – Ele perguntou apontando para o curativo na testa da mulher.

—Foi só um pequeno machucado que sua mamá distraída fez... – Ela explicou num tom tranquilo.

—E já te concertaram? – Ele perguntou a olhando atentamente e ela soltou uma pequena risada.

—Sim, já estou nova em folha. – Ela afirmou deixando mais um beijo em sua testa. – Diga olá, para o Sr. e a Sra. Jauregui, você se lembra deles, não é? – Camila pediu ao filho com um sorriso.

—Olá! – O menino obedeceu naturalmente, enquanto meus pais o cumprimentavam com sorrisos.

—Essa é a Lauren, filha deles. – Ela explicou apontando para mim e eu sorri sem jeito.

—Igual ao tio Chris e a tia Tay? – Ele perguntou me analisando. Eles conheciam tão bem assim minha família?

—Exatamente... Dê olá para ela também. – Camila disse calma.

—Oi... – Ele falou educado, mas era óbvio que estava desanimado.

—Ei... não está muito animado, hun? – Eu perguntei com um sorriso de lado e ele negou com a cabeça.

—É muito chato ficar aqui. – Ele comentou com um bico no rosto.

—Ben... – Camila falava com um suspiro.

—Eu te entendo, também não sou fã de hospitais... – Eu falei dando de ombros. – Gosta de jogar? – Eu perguntei lhe mostrando meu celular e ele assentiu na mesma hora, abrindo um enorme sorriso no rosto.

—Ok, vamos ver se você consegue bater meu recorde. – Eu falei sorrindo, enquanto lhe entregava o aparelho.

O menino ainda sorria, quando pegou o aparelho nas mãos e com seus pequenos dedos ágeis, começava a se entreter com um jogo qualquer em meu celular. Camila sorriu parecendo aliviada mais uma vez para o filho, antes de desviar seu olhar novamente para mim e meus pais.

—É... então, sobre o seu carro... – Eu decidi a avisar sobre o estado do automóvel e ela me encarou atentamente. – A frente ficou bastante amassada e a janela do carona quebrou, quer dizer... eu tive que quebrar para destravar as porta... Desculpe por isso. – Eu disse com um sorriso sem jeito.

—Tudo bem... Eu vou ter que cuidar disso depois de qualquer maneira. – Ela assegurou com um suspiro.

—Um velho cliente lá da loja tem uma oficina, vou ligar para ele... Irá rebocar seu carro e concertá-lo, não se preocupe. – Meu pai comentou num tom tranquilo.

—Mike, não precisa... eu resolvo... – Ela tentava negar a ajuda.

—Deixe de se teimosa, Mila... Iremos cuidar disso. – Minha mãe insistiu naturalmente.

—Ok, vocês venceram... Obrigada por tudo. – Ela agradeceu nos encarando.

—Nós iremos dar um jeito de recompensá-los. – A mãe da Camila disse com um sorriso sem jeito.

—Ah por favor, Sinu, vocês são parte da família da PJ's também, não há nada para ser recompensado. – Minha mãe falou naturalmente e a outra mulher sorriu em agradecimento. – Bom, vamos deixar vocês descansarem e Mila, não se preocupe em aparecer na loja, enquanto não estiver bem, ok?– Minha mãe adicionou com um dos seus sorrisos reconfortantes.

—Ok, mais uma vez, obrigado. – Camila assentiu sorrindo de volta. – Filho, devolva o celular para a Lauren, sim? – Ela pediu acariciando os cabelos do menino.

—Mas mamá... – Ele resmungava com um bico no rosto.

—Benjamin. – Ela falou firme e eu sorri.

—Tudo bem, ele pode ficar com o celular... Ninguém de importante vai me ligar agora mesmo... Quando você for a PJ's pode devolver. – Eu afirmei dando de ombros e ela soltou um suspiro, vendo o filho voltar a sorrir, enquanto prestava atenção no jogo.

—Conseguiu escapar dessa, mocinho, mas não se acostume. – Ela murmurou apertando sua bochecha e eu sorri.

Bom, pelo menos ele escapou, porque eu ainda vou ter que encarar a Dona Clara e seu drama.

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Ok, fico feliz por estar agradando com as fics...

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