Jogo de Máscaras

By AliceHAlamo

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Não era para ser difícil ou perigoso, era para ser relaxante e prazeroso, apenas isso. Que ironia... Como se... More

Capítulo 1 - Vista sua Máscara
Capítulo 2 - Tire sua máscara de inocente
Capítulo 3 - Tire sua máscara de puritano
Capítulo 4 - Vista sua máscara de bom amigo
Capítulo 5 - Vista sua máscara de bom partido
Capítulo 7 - Vista sua verdadeira máscara
Capítulo 8 - Vista sua máscara de felicidade
Capítulo 9 - Tire sua máscara de insegurança
Capítulo 10 - Vista sua primeira máscara
Capítulo 11 - Tire a máscara dos outros
Capítulo 12 - Vista sua máscara de enfermeiro
Capítulo 13 - Tire sua máscara de frieza
Capítulo 14 - Vista sua máscara de Mentiroso
Capítulo 15 - Vista sua máscara de protetor
Capítulo 16 - Vista sua máscara de Sasuke
Capítulo 17 - Vista sua máscara de honestidade
Capítulo 18 - Tire a máscara do seu adversário
Capítulo 19 - Vista sua máscara de Apaix-..., quer dizer, de viciado
Capítulo 20 - Vista sua máscara de cumplicidade
Capítulo 21 - Tire sua máscara de sob controle
Capítulo 22 - Tirem suas máscaras sociais
Capítulo 23 - Vista sua máscara de traído
Capítulo 24 - Tirem suas máscaras de protegidos
Capítulo 25 - Vista sua máscara de bom entendedor
Capítulo 26 - Vista sua máscara de ingênuo
Capítulo 27 - Vistam suas máscaras de aliados
Capítulo 28 - Tire sua máscara de encurralado, ainda há saída
Capítulo 29 - Vista sua máscara de John Dillinger
Capítulo 30 - Tire sua máscara de amigo leal
Capítulo 31 - Vista sua máscara de desespero
Capítulo 32 - Vista sua máscara de Giselle
Capítulo 33 - Vista sua máscara de precaução
Capítulo 34 - O cair das máscaras

Capítulo 6 - Tire sua máscara de cara paciente

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By AliceHAlamo


Gaara sentia as mãos de Hinata em suas costas aplicando certa pressão. Estava deitado na cama, com Hinata sentada na base de sua coluna enquanto lhe apertava os músculos dos ombros e das costas.

— Ué, chegou agora? — Naruto perguntou ao sair do banheiro com uma toalha no cabelo e uma na cintura. — Pela sua cara, a mulher não era tudo o que tinha imaginado. Jiraya te enganou?

Gaara bufou, ignorando-o enquanto as mãos de Hinata massageavam suas costas doloridas. Havia ficado tanto tempo sem se mexer que todo o seu corpo protestava!

— Vamos, me conte vai — Naruto riu, pulando na cama de casal vestido apenas com a box enquanto secava os cabelos.

Hinata riu, passando mais creme nas mãos e espalhá-lo pelo ombro direito de Gaara, ouvindo-o suspirar quando o apertou.

Naruto observou Gaara deitar a cabeça sobre as mãos enquanto Hinata começava a massageá-lo na altura da cintura.

— A mulher é nada mais nada menos que Ino Yamanaka, a pintora famosa pelo uso de poucas cores — Gaara resmungou.

Naruto arregalou os olhos, rindo em seguida e pegando o celular para checar as mensagens.

— Eu gosto dos quadros dela — Hinata falou.

— Não me diga que ela te fez posar? — Naruto caçoou sem dar muita importância, mas voltando atrás quando Gaara não respondeu. — Ah, meu Deus, ela fez! Você posou para Ino Yamanaka! Não acredito nisso! Seu sortudo de merda! Ela é genial, eu adoraria posar para alguém tão brilhante!

— Grite mais alto, Naruto. O prédio todo ainda não te ouviu. E, olha só, seu desejo foi ouvido, vai ter que posar um dia comigo.

— Como é? — Naruto jogou a toalha na cadeira da penteadeira de Hinata. — Não brinque comigo, Gaara. Sabe como sou fácil de iludir.

Gaara revirou os olhos, sorrindo de canto.

— Ela tinha um esboço nosso, do dia em que estávamos juntos no leilão. Pedi a ela que terminasse, e ela falou que precisava de você lá também para isso.

— Eu. Te. Adoro! — Naruto segurou-lhe o rosto, beijando a face do amigo enquanto ele tentava se esquivar e Hinata ria.

— Não sei por que esse ânimo. Posar é algo entediante.

— Não pode ter sido tão ruim assim, Gaara — Hinata sorriu, sentando-se sobre o quadril dele para poder descer as mãos na base da coluna. — Pelo menos, você não teve que dormir com alguém estranho.

— A questão, Hinata — Naruto se deitou, sorrindo abertamente. — É que ele queria dormir com ela!

Gaara revirou os olhos, fingindo não ouvir as gozações de Naruto. Ino havia feito oito esboços. Oito! Tudo bem que ela sempre lhe perguntava se queria ou não continuar, mas, mesmo assim, havia sido horas e horas parado em posições desconfortáveis. Sua única diversão, talvez, havia sido assistir a artista sempre ficar sem jeito ao "manuseá-lo", ao pedir as poses.

Quando ele estava em um leilão, ela tinha acesso a todas aquelas poses, mas nunca com tempo o suficiente para registrá-las. Agora, sozinhos, ela não encontrava palavras para indicar a posição, faltava-lhe às vezes coragem para que pudesse verbalizar a cena em sua mente. Por isso, ela mesmo ia até ele, posicionando-o da forma que queria sem falar nada, sem o olhar nos olhos. A face corada, o lábio inferior mordido enquanto ela parecia tentar se lembrar de uma das exposições, das poses que ele havia feito nelas.

O toque gentil e hesitante era o que mais chamava a atenção dele, como se Ino não quisesse o tocar de verdade ou como se tivesse modelando argila, com a menor pressão possível com medo de estragar a obra. Os olhos azuis piscina brilhavam toda vez que conseguia ajeitar parte do que seria sua obra: quando acertava o cabelo dele, a angulação do rosto, a inclinação do corpo.

Era algo... adorável.

— Como foi seu almoço com Neji? — Mudou de assunto, sentido Hinata deitar-se sobre si e acariciar seus cabelos.

— Chato. Muitos repórteres estão seguindo ele. Ele se atrasou, conversei com ele sobre Hinata e aí um monte de câmeras surgiram fazendo-o sair dali correndo.

— Odeio época de campanha eleitoral — Hinata bocejou ao falar, rolando para a cama e ficando entre os amigos. — Se eu tiver que ir a mais um evento onde tenha que ficar sentada conversando com mulheres de vereadores e deputados, mato Jiraya.

— Pensei que gostasse de política — Naruto deitou-se na cama, ajeitando o travesseiro rosa sob cabeça antes de puxar Hinata um pouco para si.

— Quando posso falar sobre ela, não quando tenho que saber se o vestido da vereadora x é ou não o mesmo do último evento! — ela reclamou.

Gaara sorriu minimamente, apagando o abajur colorido de Hinata enquanto se ajeitava na cama grande que ela havia recentemente adquirido com Naruto após o cinema. A casa dela era relativamente nova, faltava alguns móveis que ela queria trocar e poucos cômodos possuíam um toque pessoal, mas era aconchegante. O quarto era de cor lilás, com almofadas e travesseiros coloridos, porta-retratos sobre o criado mudo e pendurados nas paredes com fotos dos três e algumas da irmã mais nova.

Um refúgio, Gaara pensou enquanto via Hinata e Naruto adormecerem. Aquele quarto era um refúgio, tanto para ela quanto para ele, talvez até para Naruto. Ali, Hinata não tinha o menor problema em agir mais espontaneamente, livre dos saltos e das roupas que a deixavam com a aparência poderosa que os clientes tanto desejavam. Ela podia simplesmente vestir o horrível pijama de gatinhos e prender o cabelo em um rabo de cavalo mal feito, ninguém ligaria, ninguém a questionaria, ninguém exigiria que ela pusesse uma camisola curta, esperando que fosse mais vaidosa, mais "mulher". Para ele, aquele quarto era nostálgico. Sentia-se um tanto quanto moleque, rindo das besteiras que Naruto falava, comendo a pipoca que Hinata decidia fazer de madrugada para assistirem um filme qualquer. Podia ser mimado, podia deixar Naruto passar produtos estranhos em seu cabelo enquanto Hinata treinava em si as aulas de massagem que estava tendo. Era bom, era tão bom que dormia sem culpa, profundamente, agradecendo por mais um sábado como aquele.

Naruto sabia daquilo e, por isso, o sábado era um dia sagrado, pelo menos a noite de sábado. Não aceitavam trabalhos, não saíam com outras pessoas, não atendiam a Jiraya. Desligavam os telefones e se reuniam nem que fosse apenas para dormirem juntos na mesma cama, rindo da merda que havia sido o dia como tinham acabado de fazer no momento. Gaara era fechado demais para verbalizar o quanto precisava se dar aquela folga, Hinata era altruísta demais para pedir qualquer coisa, então sobrava para ele dizer o que os outros dois tanto hesitavam. Uma tarefa que realizava com gosto.

* * *


A noite chegou antes que Sasuke percebesse. Já eram quase vinte horas quando seu chefe bateu em sua porta, chutando-o do jornal para casa. Havia passado para ver Pandora, ficando aliviado quando os veterinários lhe disseram que ela estava fora de perigo, mas que deveria permanecer ali sob observação.

Mandou uma mensagem ao irmão, avisando-o, sempre o mantendo atualizado, já que caso se esquecesse disso, era capaz de Itachi aparecer em sua casa no dia seguinte. Espreguiçou-se assim que chegou em casa. O banho quente, a música em seu celular apoiado na pia do banheiro, o vapor da água, tudo estava tentando, tentando, relaxá-lo. Porém era impossível, e sabia disso.

Não conseguira achar nada sobre a invasão. A polícia nem ao menos parecia estar tentando resolver o caso. Classe média, jornalista, é claro que a polícia não resolveria aquilo e tão pouco se preocuparia de lhe dar satisfações. Tinha que investigar por conta própria, achar os culpados sozinhos, seguir uma fonte, uma pista e entender o que havia se passado naquela noite.

Sentou-se na cama, vestido apenas com uma calça de moletom vinho e uma regata cinza enquanto secava os cabelos com a toalha. Ligou o notebook e, enquanto a tela carregava, adicionou água na cafeteria. Verificou as novas trancas nas portas e janelas, todas elas, e resmungou ao ver o pote de ração cheio. Havia o enchido pela manhã, esquecendo-se do que ocorrera.

Com sua caneca quente e cheia de café, sentou-se na cama e apoiou o notebook no colo. Precisava verificar seus arquivos mais recentes e os HDs externos com as últimas publicações em seu caderno. Tinha que ter algo ali. Sua casa não havia sido roubada e, pelo que Sakura narrara, eles nem ao menos o estavam procurando! Aquilo havia sido um aviso, um alarme para que se afastasse de qualquer coisa que tivesse posto em xeque. Só bastava saber o que.

Quando já havia lido e relido suas próprias publicações do último mês, a campainha tocou. O relógio da cabeceira indicava quase meia-noite, e não era nada habitual receber visitas àquele horário. Colocou a caneca sobre o criado-mudo e escondeu o notebook debaixo da cama. Levantou-se, cauteloso, ouvindo o segundo tocar da campainha seguido de batidas na porta.

Não possuía armas, não possuía nem ao menos um objeto que lhe servisse para ataque. Por isso, parou à frente da porta em posição de defesa. Sua casa possuía um portão à frente e, assim, quem quer que fosse havia passado por ele sem dificuldade alguma.

— Abra essa merda, Sasuke!

Posição de defesa que foi desfeita rapidamente ao ouvir a voz escandalosa de Deidara. Relaxou o corpo, revirando os olhos em seguida. Destrancou todas as fechaduras que Itachi havia mandado colocar e abriu minimamente a porta de sua casa, amaldiçoando-se por ter deixado Deidara com uma cópia da chave do portão.

— Deidara, você sabe que horas são?

— Nem começa — Deidara o cortou alto. — Ajude aqui.

Sasuke arregalou os olhos ao finalmente se dar conta da situação. Deidara ria enquanto tentava carregar pendurado a si uma Sakura bêbada demais para se manter em pé. Abriu a porta por completo, passando o outro braço de Sakura pelo seu pescoço enquanto ajudava Deidara a leva-la até o sofá mais próximo.

Ela riu, cantarolando algo antes de rir de novo e fixar os olhos verdes no teto.

Deidara balançou a cabeça em negação, sorrindo divertido da expressão de descontentamento de Sasuke e indo fechar a porta.

— Mas que merda aconteceu? — Sasuke questionou irritado.

Deidara deu de ombros, dirigindo-se a cozinha e pegando um copo d'água.

— Esse, meu caro, Sasuke — Apontou para Sakura. — é o modo como pessoas normais lidam com suas tragédias ou medos, sabia? Ela estava mal, fomos ao museu e, depois, ela quis encher a cara para esquecer o que aconteceu aqui.

— E por que não a levou para a casa dela?

Deidara deu de ombros, voltando para perto do sofá de Sakura e se sentando no chão.

— Como você está, Sasuke?

— Estava bem antes de você aparecer aqui no meio da noite com uma bêbada — praguejou, arrumando uma almofada embaixo da cabeça de Sakura enquanto ela quase caía do sofá tirando risos de Deidara.

Deidara observou o amigo tentar tirar as mãos de Sakura de seu rosto. Ela ria às vezes, seus olhos lacrimejavam em outras, o nome de Itachi saía de seus lábios quando Sasuke aparecia rapidamente em seu campo de visão. Bêbada. Certamente, bêbada.

— Ela não quis ir para casa, Sasuke — resolveu contar, esticando as pernas e retirando o casaco. — Está com medo de ficar sozinha, acho. Por isso, trouxe-a para cá.

Sasuke se afastou, fingindo não ter ouvido a explicação do outro. Foi ao quarto, pegando sua caneca para enchê-la novamente, sem oferecer a Deidara, e sentar-se no chão com ele.

— Obrigado pela preocupação, mas estou bem como pode ver com seus próprios olhos — Sasuke se antecipou quando Deidara tencionou abrir os lábios para dizer algo. — Sério. Você me conhece. Não vou ficar me remoendo pelos cantos.

— É — Riu. — Sei disso. E, por isso — Procurou algo no bolso. —, por saber mesmo que você é um pé no saco e que não esvaziaria essa cabeça ou que não pararia de trabalhar para se ocupar, consegui um passe para você.

Sasuke arregalou os olhos, quase derrubando a caneca para tentar pegar as chaves características que lhe foram arremessadas.

— Como consegue essas coisas?

— Contatos — Deidara soletrou, rindo. — Diferente de você, não saio por aí fazendo inimigos a cada esquina. Prezo pelo meu pescoço, Sasuke. Devia começar a fazer o mesmo. Então, por tudo que é mais sagrado, pela nota que eu paguei pelo meu casaco novo enquanto ouvia Sakura desabafar o quanto estava preocupada com você, vá até Akatsuki, foda alguém e se afaste um pouco dos problemas.

Sasuke acenou, embora não dissesse que estava de acordo.

— Bem, eu já vou indo — Deidara se levantou. — Se eu fosse você, tentaria acalmar Sakura. Ela disse que você sabia de algo, conte qualquer coisinha para ela apenas para que se sinta mais aliviada. É isso ou ter seu irmão aqui porque aposto que ele seria o primeiro para quem ela ligaria contando das aflições.

— Tchau, Deidara.

Deidara ergueu as mãos em sinal de rendição diante do tom irritado de Sasuke e saiu da casa. Sasuke ouviu o motor do carro e foi à porta conferir as trancas novamente. Olhou para Sakura e respirou pesadamente ao sentar-se no sofá com ela, adormecida. Precisava tranquiliza-la antes que Itachi acabasse sendo atraído para aquela roubada em que havia se metido.

Pegou-a no colo, ouvindo-a resmungar algo incompreensível, e a levou para o quarto, deitando-a na cama. Cobriu-a e sentou-se ao seu lado, pegando o notebook debaixo da cama e voltando a pesquisar. As chaves do quarto da Akatsuki estavam na gaveta do criado-mudo e o fizeram sorrir pela primeira vez no dia. É... Só teria que esperar pela segunda-feira. Só pela segunda-feira.

O que não demorou tanto quanto imaginara. O despertador tocou às cinco e meia, como sempre. Acordou no primeiro toque, resmungando ao colocar os pés no piso gelado ao se levantar. O banho quente não ajudou a espantar o sono, mas o café forte serviu de alguma coisa. Pegaria outro ao chegar ao serviço. Mais uma vez, esqueceu-se que Pandora não estava ali e encheu o pote de ração pela metade até se dar conta do que fazia. Apoiou-se contra a pia, fechando os olhos, recordando-se mais uma vez de um dos motivos para não deixar de lado aquela invasão.

Quando girou a chave na moto e ouviu seu ronco, teve vontade de faltar. O sol aparecia no horizonte, erguendo-se com a mesma preguiça com que Sasuke o observava. Graças ao sono, ou por pura irresponsabilidade mesmo, esquecera o capacete sobre a mesa da cozinha e não voltou para buscá-lo. Ajeitou a mochila nas costas e acelerou a moto sem se importar com o vento frio que batia contra seu rosto. Não importava. Não naquele dia. Iria fazer exatamente o que Deidara sugerira: relaxar para poder, no dia seguinte, voltar à rotina e começar a investigar seu próprio atentado.

Estacionou em uma vaga diferente da usual, colocando os fones de ouvido para não ser obrigado a falar com ninguém no elevador. Viu Sakura entrar, sorridente demais para aquela hora da manhã, como sempre. Não lhe deu muitas chances e saiu do elevador assim que as portas de seu andar se abriram. Ah, qual é?! Ela havia vomitado em seu tapete e, ainda por cima, chorara a madrugada inteira enquanto lhe tentava dar um banho.

Ela está bêbada, otouto, cuide dela, sim?

Claro que Itachi lhe diria isso. Por que mesmo havia ligado para ele?

— Bom dia, Pain — disse ao ver o chefe parado na frente da porta de sua sala.

— Bom dia. Precisamos conversar.

Sasuke observou-o rapidamente. O terno e a gravata de Pain estavam ajustados, como toda manhã; o rosto estava sem os brincos e piercings que ele usava quando não estava no local de trabalho; mas algo no conjunto não estava certo. Talvez fosse a postura dele, o modo seco de falar ou o tamborilar dos dedos na coxa. Ah, sim, com certeza foram os dedos na coxa, o sinal claro de que algo incomodava profundamente seu chefe.

Destrancou sua sala e entrou seguido de Pain. Ouviu-o fechar a porta, sentou-se em sua mesa, colocando a mochila sobre ela para poder retirar de dentro o que precisaria para aquele dia.

— Sasuke, sabe quando te dei carta branca para escolher os colunistas do seu caderno? — Pain começou, colocando as mãos para trás.

— Sei. Disse que eu tinha bom gosto para isso e que confiava em mim para escolher as melhores colunas, as que fossem confiáveis — respondeu, sem se intimidar.

— Metade da última semana foram mal recebidas — Pain estendeu-lhe a pasta fina de documentos que carregava.

Sasuke franziu o cenho, aceitando a pasta e examinando os documentos e gráficos. Era impossível que as colunas repercutissem tão mal, ele havia lido cada uma, escolhido e apontando partes onde aconselhava o colunista responsável a mudar um trecho ou outro.

— Está errado — Devolveu a pasta. — Sei a qualidade do que aprovei. Isso está errado — pontuou firme, apontando para o documento.

— São dados, Sasuke. Vou ter que te suspender temporariamente dessa obrigação. Continuará normalmente com as outras, mas peço que me envie todo o material antes de fechar o caderno de agora em diante.

Sasuke arregalou os olhos, mas Pain saiu antes que pudesse rebater ou se defender. Pera, ouvira bem? Estava de fora das colunas e, além disso, teria que ser supervisionado de perto? Como se não fosse de confiança? Que merda era aquela?! Pain enlouquecera?

Esfregou o rosto, contendo o grito irritado na garganta. Ligou o notebook, digitando a senha com força, machucando as sensíveis teclas do teclado. Não... Pain não estragaria seu dia, não mesmo!

Dobrou as mangas da camisa social até os cotovelos e começou a trabalhar. Se conseguisse dar conta de todo o serviço até às onze horas da manhã, poderia ficar até meio-dia em sua pesquisa pessoal e então ser arrastado por Sakura e Deidara para almoçar. É... Podia dar certo.

Reviu as notícias de sábado, domingo e daquela segunda antes de trabalhar nas de segunda. Ah, a época eleitoral era tão linda... Confessava que era delicioso coordenar o caderno de política quando nada nele dizia a verdade. Era mais notícias sobre promessas partidárias, acusações de corrupção, dados fraudados sobre a eficiência da obra tal feita por um político que ninguém nunca ouvira falar, mudança de político entre partidos, escândalos que eram desenterrados só e unicamente para abalar a imagem daquele que liderava as pesquisas, mais boatos, mais mentiras, mais histórias. Sentia-se lendo uma obra de ficção.

Organizou em tópicos os assuntos, ordenando-os, mandando os textos para a revisão às 10:45. Espreguiçou-se, olhando para a tela do celular e respirando aliviado ao não ver nenhuma chamada perdida do veterinário de Pandora. Com a xícara de café ao seu lado, pegou o HD externo, conectando ao notebook para poder analisar os cadernos antigos em busca de algo que lhe trouxesse respostas. Em vão. Parecia tudo tão trivial... Quer dizer, já fizera coisas piores do que as que estavam naquele HD. Perto do que já havia denunciado, nada ali poderia realmente deixá-lo em perigo a ponto de invadirem sua casa.

Massageou as têmporas, desconectando tudo a tempo de ver ouvir as batidas características de Sakura à sua porta. Guardou o computador dentro da mochila e esperou que ela entrasse como de costume.

— Vamos almoçar, Sasuke? Deidara está ocupado hoje.

Colocou as bolsas nas costas, trancando a porta da sala assim que saíram.

— Por que está levando a mochila? — Sakura riu dentro do elevador.

Não respondeu, fazendo um gesto com a mão para que ela aguardasse uns minutos. Entraram no restaurante e pediram os mesmos dois pratos de quanto iam ali sozinhos.

— Vai ficar mais calma se eu te contar do que desconfio? — Sasuke perguntou assim que o garçom saiu de perto. — Acho que devo ter publicado algo que irritou alguém e que quiseram me dar um susto ou sumir com meus arquivos. Por isso estou com a mochila sempre comigo agora.

Sakura assimilou o que ele dissera com extrema facilidade, Deidara já havia chutado que seria algo parecido.

— Sabe quem irritou?

— Estou pesquisando isso, mas é difícil quando se é Sasuke Uchiha — Sorriu de canto.

— Quando se irrita todo mundo, você quer dizer, não? — Ela riu. — Sasuke, você precisa mesmo tomar cuidado... E se você estivesse na casa? E se eles tivessem te encontrado lá? Eles estavam armados, Sasuke!

Ele não respondeu, esperando que o garçom colocasse os pratos sobre a mesa para poderem, enfim, almoçar.

— Mudando de assunto, como você e meu irmão estão?

Sakura riu, sem graça.

— Acho que você e Deidara interpretam erroneamente minha amizade com seu irmão.

— Você não conseguiu pedir o telefone dele mesmo já o conhecendo há dois anos. Aliás, se vocês se falavam tanto pelo facebook, como você não tinha o celular dele?

Sakura tomou um gole do suco, sentindo seu rosto quente.

— Itachi está... me ajudando com um assunto — ela cruzou as mãos sobre o colo, baixando o olhar. — Ele, diferente de você — Riu. —, sabe lidar com as pessoas quando elas precisam de ajuda para assuntos... delicados.

Sasuke arqueou a sobrancelha.

— Então você não está apaixonada por ele?

Sakura engasgou com a comida, arregalando os olhos enquanto limpava a boca com o guardanapo.

— É isso que vocês estão achando? Não, Sasuke! Não acha que, se eu estivesse, seu irmão já não teria notado? É do Itachi que estamos falando! Do único cara que consegue ser dez vezes mais genial que você. Itachi é apenas um amigo, um ótimo amigo que está me ajudando a lidar com um problema que você não teria a sensibilidade para lidar.

Sasuke ponderou a resposta. Sakura ria suavemente. Ela estava sendo sincera, sabia disso porque ela mentia muito mal. Bem, ao menos isso. Não que não quisesse Sakura como namorada ou o que quer que fosse de Itachi, mas, conhecendo o irmão, não seria um relacionamento muito duradouro.

— Está bem para ir para casa hoje? — perguntou, lembrando-se do que Deidara havia lhe dito.

Sakura sorriu gentil, deixando o copo de suco sobre a mesa.

— Sim, terei companhia. Não me olhe assim, Sasuke!

— Eu não disse nada — Deu de ombros, sem se abalar. — É bom que saia com alguém. Bem, eu preciso voltar ao trabalho. Quero sair mais cedo hoje.

— Parece que não serei a única a ter um encontro hoje — Sakura sorriu animada. — Divirta-se!

Se divertir... Ah, sim. Com certeza. Apenas o pensamento já fazia seu sangue correr diferente, fazia-o agir diferente. O que faria? Não, não podia decidir ainda, não dependia só de si. Em sua mesa, havia um relógio bonito, antigo, caro, elegante, um presente típico de Itachi. O relógio estava sob as costas de uma pantera negra, bela, que se espreguiçava, arqueando as costas para poder servir de suporte ao objeto redondo. O som, o tic-tac, o correr dos ponteiros, não o irritavam. Não era tão impaciente a esse ponto, mas admitia que lhe atiçavam os sentidos, faziam com que quisesse simplesmente se levantar da cadeira, pegar a moto e partir.

Aéreo, ignorou as piadas de Deidara, os comentários invejosos de outros jornalistas que iam o consolar pela perda das colunas, a conversa entre algumas mulheres sobre o jantar de Sakura, quase até ignorou a chamada de Itachi em seu telefone. Quase. Ainda bem que quase.

Estou bem — adiantou-se, ouvindo o irmão mais velho rir.

Que bom, otouto — Sasuke podia jurar que Itachi sorria naquele momento como faria se estivessem frente à frente. — E Pandora?

Quase em casa.

Está ansioso?

— Não.

Ah, está e está mentindo — Ouviu o barulho de zíper se abrindo. — Tem algum evento para ir?

— Não, vou a um... — Pensou na palavra. — Encontro.

Houve silêncio.

Não em diga que o tão exigente Sasuke Uchiha achou alguém que consegue valer a pena uma noite.

Não começa, nii-san. Seu amigo era entediante, não foi minha culpa — defendeu-se, ouvindo seu irmão rir do fracasso que havia sido tentar sair com um dos amigos dele.

Há muita gente que discorda. Mas não foi para isso que liguei — O tom de repente ficou sério. — Dei uma lida no seu jornal.

É claro que Itachi leria, é claro que o irmão não conseguiria ficar sentado, esperando por notícias. Sasuke massageou a têmpora, sentindo-se um garoto à espera da bronca do irmão mais velho.

Você sempre teve um dom para irritar os outros, mas não acha que seria melhor dar uma pausa? Sei o quão comprometido é com seu trabalho, otouto, e eu nunca te pediria para mentir ou esconder a verdade como muitos outros covardes fazem...

Mas?

Mas não enquanto eu estou longe. Não posso tomar conta de você daqui, Sasu. E você sabe o quanto isso significa para pessoas como nós. Somos parecidos, extremamente parecidos nesse quesito, então, por favor, ponha-se no meu lugar — Itachi falou sério. — Se quer fazer algo, me diga, e eu volto para casa. Comigo aí, deixo você falar o que quiser, atacar quem quiser!

— Você tem uma vida, nii-san, não pode vir para cá toda vez que eu me meter em problemas — falou baixo, sentindo-se culpado.

Esse argumento não serve para nós, otouto. Você, para mim, é a exceção. Sei que não possui uma, então não tem como entender o que estou dizendo, mas, tente, por favor. É impossível simplesmente não me importar. Um dia você vai entender, sei que vai. Enquanto isso não acontece, ouça-me.

Sasuke respirou fundo, vendo o relógio marcar o tão esperado horário.

— Tudo bem, aniki — concordou, contrariado. — Prometo que te avisarei se e quando for agir.

— Obrigado. Agora, vá se divertir um pouco. Ah, e tome cuidado, não... se empolgue.

Hoje, não tem com que se preocupar — Riu baixo.

Avise ao chegar em casa.

— Sempre. Até mais, aniki.

Até mais, otouto.

Sasuke deixou-se cair na cadeira, enterrando o rosto nas mãos e bagunçando os cabelos em um gesto frustrado.

— Sasuke, você não vem? — Deidara bateu em sua porta.

Iria. Puxou o ar para os pulmões como se a ligação com o irmão lhe tivesse drenado as forças. Itachi tinha um sexto sentido maldito! Puta que pariu!

Seguiu Deidara a passos rápidos, como se a qualquer momento fosse aparecer algo para impedir sua noite de ser completa! Não se importou com o trajeto, com a moto, com o vento, com a falta de um bom casaco para aquela noite fria. Seu cérebro parecia estar se desligando aos poucos. Estava exausto. Essa era a verdade. Exausto e necessitado.

Poucos entendiam pelo que estava passando, apenas Itachi porque o irmão era parecido (talvez pior). Não conseguia relaxar como a maioria das pessoas, havia formas certas, restritas e limitadas para isso. Ah, e vale a pena dizer que eram raras as vezes que essas formas surgiam em sua vida. Podia contar nos dedos! E aquele maldito puto havia sido uma delas! Por isso, estava ansioso. Precisava se livrar de toda aquela tensão, precisava sentir, realmente sentir.

Não cumprimentou a garota bonita da entrada e tão pouco se importou com a máscara que deveria usar. Deidara se desculpava com a garota e, sendo assim, Sasuke não se importou de parar de subir as escadas. Destrancou o quarto que lhe estava reservado segundo as indicações do amigo e caminhou, com pressa, até a poltrona.

Dessa vez, sabia as regras. Dessa vez, iria até o final. Mas de um outro jeito...

Seria muita sorte aquele que queria ser o primeiro a entrar para se exibir. Sasuke permaneceu quieto, assistindo os leilões com um tédio palpável. A luz escura do quarto impedia que os outros clientes o vissem, mas não os que se exibiam, o que os fazia facilmente entender que eram desprezados, independentemente do que fizessem.

Quando Naruto entrou, ah, quando o viu finalmente entrar, sozinho dessa vez, ajeitou-se na poltrona, vestindo a máscara para que ninguém o reconhecesse quando a luz iluminasse seu quarto na hora dos lances. Esperou, ansiosamente, até que Naruto finalmente se aproximasse da janela para a primeira exibição. O sorriso depravado que recebeu ao ser reconhecido fez uma corrente elétrica percorrer o corpo, obrigando-o a se ajeitar melhor no assento.

"— Não se empolgue".

Ah, Itachi, se ele pudesse ver o que via, se pudesse estar ali, diante de Naruto, ele não conseguiria repetir tal conselho. Se estivesse ali, consigo, nunca repetiria aquele conselho.

Não esperou aquele jogo começar, não tinha tempo ou paciência para aquilo. Assim que Naruto passou as mãos pelo tórax, descendo pelo abdômen, deu o primeiro lance.

Naruto abriu a boca surpreso, vendo a luz da janela se acender. Riu de lado, passando pela próxima janela e não parando o que antes fazia. Talvez aquela fosse a exibição mais rápida que faria.

O riso morreu quando outra luz, do lado oposto, também se acendeu em seguida. Virou-se rapidamente, estreitando os olhos para visualizar melhor e não demorando a reconhecer quem era o outro cliente. Hum... Aquilo seria interessante, sabia que Neji odiava perder quando ia para o leilão.

Caminhou até o centro, sem pressa, sabendo que seria assistido. Não estava preocupado. Quem quer que fosse o ganhador do leilão, estaria bem. Óbvio que, internamente, torcia por "S"... Queria terminar o que começara, estava curioso, muito curioso, ainda mais depois de saber dos cinquenta mil. Fechou os olhos assim que a luz dele se acendeu novamente. Retirou a regata que vestia, deixando-a na cadeira antes de cantarolar apenas para si a música que o guiaria.

Sasuke franziu o cenho quando seu lance foi respondido com rapidez. Ergueu os olhos para a janela do lado oposto, mas o outro cliente pouco se importava consigo, a atenção dele estava total e unicamente em Naruto. Nessa hora, agradeceu mesmo não ser o seu dinheiro a pagar aquela brincadeira inconsequente porque, pela resposta rápida ao seu segundo lance, aquilo sairia caro, extremamente caro.

Podia ver que Naruto se divertia com as duas luzes se alternando, provavelmente estava inflando o ego dele com aquela disputa. O cliente da outra janela estava perdendo a paciência, era notória sua irritação, sua inquietação. Manteve-se indiferente, sentado da mesma forma que antes, apenas dando um lance maior quando o outro o respondia. Não se importava com o valor digitado, tão pouco com a expressão raivosa do concorrente. O jogo já estava ganho, sempre estivera e, por isso, sorria com satisfação toda vez que digitava um valor maior do que aquele que aparecia no painel.

Quando o valor chegou a vinte mil, percebeu a hesitação do outro em cobrir o lance. Ele o encarara pela primeira vez, provavelmente o amaldiçoando. Não foi difícil deduzir que os próximos lances seriam os finais, portanto apenas esperou que o valor subisse de vinte para vinte cinco mil.

Trinta e cinco mil. A disputa acabou em trinta e cinco mil. Sasuke viu, com satisfação a luz do outro não se acender, e Naruto engoliu em seco quando percebeu que Neji se levantara, saindo com raiva da poltrona. Ele, com certeza, não sabia perder.

Sasuke se levantou, esperando que Naruto pegasse a camiseta da cadeira e caminhasse até a porta do quarto. A janela se fechou, as luzes do interior do cômodo foram se acendendo lentamente. Olhou o celular uma última vez. Sakura estava em um encontro, Itachi sabia o que ele estaria fazendo, ninguém importante ligaria então. Desligou o aparelho, certificando-se de não ser interrompido daquela vez. Um segundo passe tudo bem, mas duvidava que Deidara arranjasse um terceiro.

O barulho da porta se abrindo nunca foi tão esperado, poderia até mesmo dizer que seu cérebro ordenou a liberação de ainda mais adrenalina em seu sangue, intensificando a vontade de aproveitar a noite.

— Duvidei que fosse voltar — Naruto disse ao fechar a porta e parar na frente de Sasuke.

— Eu sempre termino o que começo.

— Ah é? — Naruto mordeu o lábio inferior, soltando a regata, que segurava na mão, no chão. — Como será hoje?

— Pressa?

— Eu? — Naruto riu. — Foi você que deu o primeiro lance sem nem mesmo me dar tempo de me exibir a todos. Um tanto egoísta isso, não acha, S?

— Ainda lembra meu nome — Sasuke arqueou a sobrancelha, vendo o outro balançar a cabeça e disfarçando o interesse com um erguer de ombros. — Preciso de algo diferente hoje.

— Desde que dentro das minhas possibilidades, você manda e eu obedeço, já te disse isso.

Sim, já havia dito. Sasuke sorriu de canto, aproximando-se do outro e vendo, com prazer, a pele bronzeada se arrepiar quando a tocou com as pontas dos dedos.

— Me beije — mandou firme.

Naruto franziu o cenho, porém não pensou muito antes de obedecer à ordem. Aproximou os rostos, passando as mãos pela face de Sasuke para então leva-las à nuca dele. Tocou os lábios de forma gentil, abrindo espaço lentamente até que o outro se afastou, negando.

— Não quero que me seduza, quero que me beije — Sasuke reclamou imperativo. — Me beije — Aproximou-se, segurando a nuca do outro. — como se não tivesse outra chance, como se eu fosse proibi-lo de repetir isso assim que esse beijo terminar. Entendeu? Se me agradar, te recompensarei. Se...

Naruto não o deixou terminar. Os lábios finos que lhe faziam aquela oferta eram vermelhos, contrastando com a pele branca e os cabelos negros. Eram convidativos e poderia dizer que era um desperdício beijá-los com calma como quisera fazer antes. Não, eles pediam por algo mais voraz, pediam por algo mais intenso, algo que os fizesse ficar ainda mais rubros, talvez até mais inchados. Segurou o outro pela cintura, trazendo o corpo dele junto ao seu enquanto atacava de forma urgente aqueles lábios.

O gemido satisfeito que Sasuke deixou escapar foi a deixa para que Naruto soubesse que havia entendido o que ele queria. Apertou a cintura dele com mais força, começando a andar, empurrando o outro até a parede. Seu corpo vibrou quando sentiu o do cliente, prensando-o a fim de poder intensificar o contato. Uma de suas mãos não se conteve, segurando os fios negros, retirando aquela máscara tão desnecessária que Sasuke ainda usava.

Diferente da última vez, o beijo era seu. Estranhou, mas não reclamou. Há quanto tempo um cliente não o deixava simplesmente dominar algo tão trivial como um beijo? Porque sim, estava beijando como queria, sentindo o outro inteiramente a seu dispor, entregue. Ele correspondia o beijo, mas era sua boca que ditava o ritmo, a intensidade, a urgência! Chupou-lhe o lábio inferior, mordendo de leve antes de voltar a exigir outro beijo.

Sasuke arfou, arranhando o tórax e os braços de Naruto enquanto sentia a coxa dele pressionar-lhe o membro. O aperto em seu cabelo era delicioso, o modo como era puxado enquanto Naruto invadia sua boca era excitante e o deixava ainda mais desejoso por mais. De olhos fechados, sorriu em meio ao beijo, gemendo baixo assim que Naruto apertou sua cintura, passando as mãos pelo seu corpo ainda vestido.

Como era difícil achar alguém que fizesse seu corpo responder daquela forma, como era difícil se interessar por alguém, como era difícil alguém fazê-lo sentir, sentir tudo, sentir-se vivo, sentir-se quente, sentir-se excitado!

Empurrou Naruto com força, afastando-o com um sorriso satisfeito. Sabia do que precisava apesar de querer fazer várias e várias coisas. Naruto o olhou confuso, respirando ofegante enquanto as bochechas tinham uma coloração avermelhada. Abriu os botões da camisa, um por um, sem pressa, sob o olhar do outro. Deixou-a cair no chão, sem se importar se a sujaria ou não.

— No seu perfil não está escrito se gosta ou não do que quero que faça hoje — falou ao se aproximar, sorrindo malicioso. — Mas, se fizer, duvido que vá se arrepender.

— Você é bem seguro de si, não é? — Naruto resmungou quando o tom rouco o fez morder o lábio.

— E por que não seria? — Sasuke piscou, confuso. — Sei muito bem que sou bonito e que temos um fodido tesão um pelo outro. Nem o melhor ator do mundo gemeria e tremeria como você fez da última vez, então não negue. Aliás, por que negar? Não há mal algum de admitir que se sente prazer com outra pessoa, não é mesmo?

Naruto sentiu a boca seca à medida que o outro se aproximava.

— Topo o que pedir se me disser seu nome.

— Meu nome é assim tão importante? — Sasuke riu anasalado, achando certa graça da exigência boba. — Por quê?

— Porque é horrível não saber o nome das pessoas com quem se dorme.

— Pergunta o nome de todos?

— Só os dos interessantes.

Sasuke estreitou o olhar, colocando as mãos nos bolsos da calça de forma inconsciente enquanto analisava Naruto. Que mal poderia haver em dar seu nome?

— Sasuke. Meu nome é Sasuke.

— Sasuke — Naruto repetiu como se testasse como o nome ficaria sendo dito por si. — Ok... Diga, Sasuke, o que quer que eu faça?



E ae meu povo amado? Tudo bem?

Seguinte, antes de tudo, PUBLIQUEI DOCE VENENO!! O livro está já na pré-venda (com desconto) nesse link: http://editoradelphi.com/index.php?route=product/product&product_id=50

Isso mesmo! Sabem o que significa, né? Façam uma autora feliz e comprem! hahahaha

Agora, quanto a Jogo de Máscaras: LEMON no próximo cap que farei de tudo para não demorar para postar, juro :x

Não me abandonem e não sejam fantasminhas, ok? rsrsrsrs

Ah, quem ai adora o Itachi? Eu amo esse cara <3 <3 <3

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