Fogo e Escamas (Em processo d...

By NMCMsama

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Lendas e mitos antigos falavam sobre seres místicos capazes de destruir vilas inteiras. Sua forma era semelha... More

O Jantar (editado)
Dragão Púrpura (editado)
O ataque (editado)
Dragões existem (editado)
Café da manhã
Território e Dragões vermelhos
Chegada ao churrasco
Ceremônia da Carne
Reunião e dança
Início da rotina
Signficado do beijo?
O plano de Felix -Part 1
O plano de Felix -Part 2
Fim do plano e um novo dragão?
Dragão Branco
Temores
510-n
Seu nome é Sion
Conversa na cozinha
A adição de um novo membro a família
Dragões vs Dragões
Buscado seu lugar na família
Provando suas habilidades
Ligação
O despertar da donzela em perigo
Bomm!
Gelo
Dragões: Aliados x inimigos
Desculpas
Pesadelo ou lembrança
O passado e o presente
Eliminando a culpa
Reunião
Problemas e mais Problemas!
Cruzar!
A conversa
Conseguindo o Alíbi
Camuflagem e Camuflagem
Rival?
O despertar
O grande Cezar
Rituais e Festivais
Degustação!
Treinamento
O Grande Plano
Epílogo
Entendendo sobre os dragões

Dragão Marrom

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By NMCMsama


Dragões supostamente deveriam se adaptar bem a ambiente inóspitos levando-se em consideração que a fera que a segunda natureza dos dragões atuais, se sente extremamente confortável em espaços amplos, gerando uma vontade instintiva de voar pelos céus, se sentir livre das amarras que os prendiam ao corpo humano. Bem, talvez nem todos dragões sentiam tamanho felicidade perto da natureza selvagem. Leonard era um destes que se incluía na exceção à regra.

– Malditos insetos! – disse enquanto esbofeteou o rosto tentando, em vão, matar um pernilongo que pretendia roubar-lhe o sangue. Não adiantou passar litros de creme repelente, aqueles insetos amaldiçoados persistiam em seu objetivo de deixar o jovem dragão vermelho louco.

– Se acalme, meu chocolate com pimenta. – Bolt, como sempre, conseguia tornar a situação ainda pior, agora fumaça negra era expelida pelas narinas de Leonard.

– Sem apelidos sobre comida! Eu já tinha avisado! – Contudo a sua fúria fora direcionada a mais um inseto que voava próximo, soltou um jato de fogo... Se o pequeno ser vivo fora eliminado ou não, nunca se poderá saber, ao menos que alguém fosse catar cinzas de inseto.

O dragão purpura deu os ombros e apenas sorriu, parecia não se impressionar com a demonstração de poder do seu quase namorado (ainda estavam no processo de "corte", uma burocracia dragoniana, como fosse um pre-namoro).

– Muffin querido, acho que você está exagerando...

– Exagerando? Eu exagerando? Estou ao ponto de ser drenado de todo meu sangue por esses artrópodes vampiros voadores! – Apontou para o espaço a sua volta, apesar dos pernilongos não serem visíveis podia jurar ouvir o seu eterno e irritante zumbindo – E quer parar de usar esses apelidos toscos relacionados com alimentos?! O que tem de romântico em chamar o seu "possível" namorado de alguma comida!? – Leonard fez questão de enfatizar nas aspas, expressando as mesmas com os dedos.

– Eu pensei que você fosse inteligente, meu cupcake... Qual seria a minha intenção te apelidando com as minhas comidas preferidas, hummm? O que fazemos com as comidas?

– Ora, nós a comemos e... AH?! Você por acaso quer praticar o canibalismo comigo? – Rosnou Leo.

– Bem, de fato quero te comer, mas não no sentido literal da palavra, entende?

– Como ass... – Leonard emudeceu de imediato enquanto finalmente entendia o que o outro estava querendo dizer com sentindo de "comer". Demorou apenas segundos para que o rapaz desse uma resposta à altura, lançando um soco no rosto sorridente de Bolt que desviou com destreza.

– Eles são tão fofos, eu já os shippo! – comentou Felix contendo o riso, estava adorando aquele show, era raro Leonard perder a sua compostura daquela maneira, talvez, Bolt seja mesmo um companheiro perfeito.

– Não sei se gosto muito de ouvir sobre a futura vida sexual do meu irmão desta maneira. – resmungou Pablo, pelo visto, a onda inicial de provocação que o líder dos dragões vermelhos em relação ao Leo fora substituído pelo o seu desejo de super-proteger.

– Olha, eu sei que Leo vai saber se cuidar, Bolt não parece ser um cara ruim.

– Mesmo assim... – agora era a vez de Pablo emitir fumaça pelas narinas, encarando o dragão púrpura com perigosa intensidade.

– Nem todos são românticos como você. Se eu me lembro bem, quando você iniciou a me cortejar... Ganhei buquê de flores, chocolates, jantares românticos. Só nos beijamos no vigésimo segundo encontro! Antes, o máximo que fazíamos era segurar a mão.

Aquilo fora suficiente para despertar o líder dragão do seu estado protetor, agora o rubor se alastrava por seu rosto.

– Felix! – exclamou se engasgando nas próprias palavras – Eu só... Bem... Queria ser respeitoso. Tipo...Queria mostrar o quanto você era importante para mim...E... Quer saber? Esquece?

Cada palavra dita, mais envergonhado Pablo ficava. Felix não se conteve e se lançou sobre o outro, entrelaçando seus braços no pescoço do dragão vermelho, não dando tempo para que esse se libertasse ou soltasse mais uma reclamação, isso por que o dragão negro o tinha beijado. Fora um longo e carinhoso beijo. Se Pablo já estava rubro antes, agora estava da mesma cor da larva fumegante de um vulcão em erupção.

Felix se afastou com um sorriso convencido nos lábios.

– Eu amo esse seu jeito cortês de ser. – revelou dando um leve peteleco no nariz do outro dragão – Também amo o quão facilmente embaraçado você fica.

– E-eu... Eu não estou embaraçado. – resmungou (ainda mais envergonhado).

Alguém pigarreou ao fundo, outra pessoa fizera um grunhido/gemido como se fosse vomitar.

– Jovens, não creio que esse seja o momento ideal para vocês... Enfim... Se controlem, sim? Não esqueçam que estamos em missão e não a passeio. – Arthur os tinha flagrado, parecia meio atrapalhado em dar uma bronca em seu sobrinho.

– Eles devem estar no cio. – concluiu Erich apontando não só para Pablo e Felix e depois para Bolt e Leonard.

Arthur deu uma cotovelada de leve em seu irmão, mas esse apenas deu os ombros sem entender o que tinha falado de errado.

– Ver meus dois irmãos mais velhos se pegando? Só pode ser castigo divino. – reclamava Tales com uma tremenda careta de enjoo no rosto.

– Castigo divino foi você ter nascido. – provocou Alex exibindo um meio sorriso convencido.

– Hã? Como é? Repita lagartixa metida a Merlin! Repita se tiver coragem? – fumaça negra escapa pelas narinas do adolescente. Alex não parecia incomodado, na verdade, até murmurava algo, um feitiço?

– Estou cercada por um bando de dragões estúpidos... – Scarlet balançou a cabeça em um sinal de indignação com aquela estranha situação a qual fazia parte. Deveria ter optado ter permanecido na mansão dos dragões vermelhos? Não, se negava a se ver excluída, não era como a humana que erroneamente quis se meter em assuntos que eram muito além de sua capacidade, devia se colocar em seu devido lugar, ou seja, ser uma inútil. Algo que Scarlet não era!

– Já chega! – comandou Pablo com a sua voz de "eu sou o chefe aqui, me obedeçam!", talvez essa tática funcionasse com o seu clã, mas com os membros de sua família (principalmente os seus irmãos) parecia que seu título de líder era apenas um mero acessório.

– Deixe que eu tente, sim? – interveio, com educação, Arthur que bateu palmas e murmurou umas frases na língua antiga.

Alex e Tales, que estavam prestes a se atracarem, sentiram seu corpo ficar pesado até que foram impelidos de encontro ao chão, era como se em poucos segundos a gravidade tivesse aumentado extraordinariamente!

– Escutem, todos você. – falou com calma o dragão negro – Não devemos esquecer o que viemos fazer aqui. Cada minuto perdido é uma vantagem para o inimigo. Querem que outros dragões inocentes, como Sion, sofram por nosso descaso? Temos uma responsabilidade em nossas costas, devemos fazer jus a ela.

Aquelas palavras foram o suficiente para causar uma onda de culpa e embaraço nos jovens dragões. Bem, quase todos...

– Pois é, tirou as palavras da minha boca! Era exatamente o discurso motivacional que tinha em mente! – anunciou Bolt com um sorriso divertido no rosto, ganhou, entretanto, um soco no ombro dado por seu "quase" namorado.

– Estamos perto do local de descanso do dragão marrom? – questionou Arthur, tentando ser complacente com o jeito excêntrico do suposto guia.

– Oh! Estamos sim. Acho. – Bolt farejava o ar e depois mirava a copa das árvores como que buscasse algo. Se era a montanha, não era tão difícil de se ver, pois a grande massa de rochas se erguia logo acima deles.

– Acha? – a pergunta de Leonard estava impregnada de indignação.

– Eu sinto cheiro, meu docinho de coco. Já disse para confiar no meu nariz, não é?

– Seu nariz já me causou muitos problemas, isso inclui a multa de trânsito que recebi hoje cedo e a minha necessidade de um carro novo! Aliás, devo enfatizar que foram multassss! –fez questão de ressaltar o "s" da palavra final.

Como resposta Bolt apenas deu um leve peteleco no nariz de Leo.

– Olha, vejam só... Já somos tão íntimos que até estamos dividindo a responsabilidade de pagar as contas.

– Dividir? Não, seu idiota! Você que vai pagar o prejuízo, sozinho! – Rosnou o dragão vermelho quase cuspindo fogo enquanto falava.

– Bem, vejamos... Meu nariz diz que devemos ir por ali! – O dragão púrpura o ignorou o que resultou no aumento do grau de fúria o hacker a níveis alarmantes o que obrigou Felix a intervir fazendo uma massagem nos ombros extremamente tensos do seu melhor amigo e sussurrando palavras animadores, afinal, ninguém queria que o guia fosse transformado em churrasco.

Pablo inspirou fundo, tentando captar alguma fragrância ou essência no ar, mas só conseguia discernir os cheiros oriundos da natureza e dos seus companheiros. Dragões tinham um olfato super-desenvolvido, isso era verdade, mas os púrpuras tinham aquele sentindo ainda mais sensível, por isso eram apelidados de "cães farejadores". Devia confiar em Bolt, mesmo que seu modo de se comportar não fosse lá muito profissional, não podia esquecer nunca que fora ele que salvara Felix e outros das garras mortíferas do dragão verde, de certa forma, Pablo estava em dívida com aquele rapaz de aparência de motoqueiro badboy, mas com uma personalidade totalmente destoante.

– Er... Pai? – chamou Alex que ainda estava sendo esmagado que nem uma panqueca por uma força invisível. Tales era teimoso demais por clamar por ajuda, logo era Alex que devia pedir socorro.

– Não sei não... Acho que eles ficam até bons assim. – comentou Erich para o irmão – Nunca os vi tão comportados.

Arthur sorriu.

– Nisso você tem razão, mas infelizmente não podemos deixar eles para trás. – nisso estalou os dedos liberando os garotos da magia ancestral. Tales e Alex se levaram, cambaleantes, cruzam os olhares por alguns segundos e acabaram por formar um tratado de cessar fogo temporário. Era um tratado forjado silenciosamente, nenhum dos orgulhosos garotos iriam admitir que temiam futuras represarias dadas por Arthur.

– Vamos, pessoal! – dizia, animado, Bolt já caminhando animadamente na dianteira do grupo – Tenho certeza que já devemos estar bem perto!

~~**~~**~~

Amélia admitiu que talvez não tivesse muito em forma para caminhas longas em um terreno irregular, sob a quentura do meio do dia, sem contar a alta umidade ar que a fazia transbordar em suor. Sobre essa pressão ambiental e física, sua mente a questionava o motivo de formulado aquele plano sem dosar as consequências... Mas, a sua teimosia e curiosidade (até o momento) estavam ganhando e davam-lhe forças para continuar a jornada.

Sabe o que mais a irritava? O fato de Sion e Pietro estarem tão bem! Os dois pequenos dragões avançavam na trilha como se estivessem fazendo um passeio tranquilo em algum dia de domingo. Nem estavam suando!

– Você não quer mesmo que eu te carregue? – ofereceu Pietro.

– Não, eu estou bem... – arfou Amélia que forçou um sorriso.

"Não vou deixar que uma criança me carrega, mesmo que essa mesma criança seja um dragão super mega ultra forte!" pensou resoluta. Ela que devia estar tomando conta deles e não o contrário!

– Tem certeza que estamos em uma distância segura? Não seria legal que eles nos farejassem. – a adolescente mudou de assunto para algo mais importante, a manutenção do estado "invisível" deles. Não seria legal que o trio fosse descoberto pelo o outro grupo... Se Amélia já estava de castigo agora, o próximo estágio seria o que? Prisão domiciliar? Trabalhos forçados? Nem queria imaginar o futuro obscuro que a esperava...

– Aham! – assentiu o dragão vermelho, balançando a cabeça em sinal afirmativo com tamanha intensidade que Amélia temeu que algo ocorresse com o seu pescoço – Eu disse que nos sujarmos com terra iria inibir nosso odor! Não é, Sion?

O dragão braço corou ao ser questionado.

– S-sim. Nós estamos fedendo... Digo, não que seja algo ruim... Sinto cheiro de terra úmida, folhas secas, algumas minhocas e outros insetos e ...

– Minhocas?! – Amélia mirou a sua roupa suja de terra com receio e nojo – Outros insetos?

– Aham! – novamente Pietro assentiu e ainda mais estufou o peito – Estamos disfarçados e ainda estamos nos locomovendo abaixo deles e a favor do vento, desta forma nosso cheiro dificilmente irá chegar nas narinas deles!

A garota tentou não pensar muito na fauna de seres que poderia estar vivendo em suas roupas sujas para se impressionar com a tática do dragão vermelho caçula da família, seus irmãos o subestimavam, Pietro era muito inteligente para sua idade.

– Só espero que estejamos perto do dragão marrom... – comentou Sion.

Amélia suspirou, era algo que também a estava preocupando. Quanto mais teriam que andar para encontrar esse tal dragão marrom? Já estavam no sopé da montanha!

Pareciam até que estavam andando em...

~~**~~**~~

– ...Circulos? – questionou Leonard em um sussurro.

– Como é, minha pizza de frango com catupiry? – Leo tentou ignorar aquele estranho apelido e perguntou novamente.

– Estamos andando em círculos, não é?

Bolt lançou mais um dos seus sorrisos enigmáticos.

– Estamos e não estamos. – respondeu.

– Você disse que sabia aonde se encontrava o dragão marrom!

– E sei.

– Então, por que estamos andando em círculos?! – não conteve mais a sua voz, acabando por aumentar o volume desta atraindo atenção dos outros membros do grupo.

– Estamos perdidos? – agora era a vez de Pablo perguntar – Você perdeu o rastro, Bolt?

O dragão púrpura negou com a cabeça.

– Na verdade, já chegamos no local aonde mestre Cezar está adormecido já faz algum tempo. – revelou Scarlet.

– Sério? Então... O que estamos fazendo? – Felix estava confuso, ora olhava para Scarlet e ora para Bolt buscando uma explicação que fizesse sentindo.

– Vocês acham mesmo que alguém importante como Cezar iria ficar sem proteção? – falou Bolt calmamente – Não pensem que tentei engana-los ou fazê-los de bobos... Era preciso enrolar um pouco, para que ele visse que não éramos uma ameaça.

– Ele? Ele quem? – Pablo franziu o cenho.

– O guardião. Ou seja, eu. – a resposta veio do alto de uma árvore, mas ninguém via quem tinha falado, afinal, não havia nada ali.

– Camuflagem. – concluiu Arthur rapidamente recordando um dos poderes dos dragões marrons de se mesclarem no ambiente com perfeição, até dissimulando o cheiro, já que nenhum dos dragões ali presente, fora os púrpuras, parecia ter percebido a presença desse desconhecido – Estávamos sendo vigiados.

– Assim você me faz parecer um stalker. O que fiz foi avalia-los, tão somente. Afinal, vocês adentraram no meu território. – continuou a falar a voz do suposto guardião.

– Seu território? Estamos no território dos dragões vermelhos! Do meu clã! – rosnou Tales furioso com a audácia do outro dragão.

– Receio que não. Quando um membro da minha raça escolhe um local para hibernar, o perímetro em seu entorno se torna automaticamente território dos dragões marrons, está em nosso livro de leis.

– Ele está certo. – disse Pablo (que além de líder, estava conseguindo sua formação em direito) – Existe um artigo referente a isso... Se não me engano está no capítulo 13, título I Dos princípios que regem os territórios, artigo...

– Pois muito bem. Passamos no seu teste ou o que? – cortou Felix antes que seu namorado descrevesse toda a maldita lei, palavra por palavra.

– Eu prefiro discutir tudo isso quando todos os membros do seu grupo estiverem presente.

– Todos os membros? Mas... Já estamos todos aqui! – Leonard olhou em volta, ninguém está faltando.

– Na verdade, existem mais três...

Alex não precisou ouvir mais nada, pelo visto, já presumiu a identidade de pelo menos um dos penetras.

Amélia.


~~** Palavras da autora **~~

Amélia se lascou... De novo!

Agora teremos mais uma nova raça apresentada! Os dragões Marrons!

Eu faço uma pergunta, quais dos tipos de dragões vocês optariam por ser?

No meu caso, prefiro ser um dragão negro!! Magia!


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