Infinito Amor (DEGUSTAÇÃO.DIS...

By JoselytaAlecrim

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Esta obra está registrada na Biblioteca Nacional... Sinopse Um encontro casual. Alguns reencontros inesperado... More

Apresentação
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Book Trailer
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Capítulo Quatro

711 129 38
By JoselytaAlecrim

Como prometido dia de segunda tem capítulo novo.

Estou super feliz com as leituras, os comentários, as estrelinhas...

Espero que gostem! E no próximo, vocês irão conhecer o ponto de vista do Enzo.

Preparadas pra descobrir os pensamentos dele?


Nós não nos falamos pelo resto da noite. A todo instante eu sentia os olhos dele em mim, mas ele não se aproximou. Como a noite era dele e eu já tinha terminado o meu trabalho, resolvi ir embora sem me despedir. Eu sei que foi mal educado da minha parte, mas ele estava em um papo muito animado com Michele da contabilidade, que sorria e passava as mãos pelos cabelos mais vezes que o necessário e eu não quis interromper. Vaca!

Na manhã seguinte, eu chego ao escritório muito cedo. O prédio ainda está completamente vazio, mas eu precisava passar no arquivo e pegar algumas pastas antes de começar a trabalhar.

As luzes do corredor vão acendendo à medida que eu me aproximo da porta que dá acesso ao arquivo. Assim que eu pego as pastas que eu preciso no armário, eu ouço uma porta sendo fechada e trancada atrás de mim. Assustada, eu me viro rapidamente, e dou de cara com Enzo.

— Desculpe, eu não queria assustá-la. — Ele diz caminhando em minha direção.

— Você precisa de alguma coisa? — eu questiono enquanto o observo diminuir o espaço.

— Preciso... Eu preciso muito falar com você, Eva.

— Você não poderia esperar até que eu chegasse à minha sala?

— Você sabe que não.

— Não, eu não sei. — Uma pequena mentira.

Muito próximo.

— Se você gostou tanto quanto eu gostei daquele beijo no sábado, eu aposto que você não vê a hora de repetir. Porque eu não paro de pensar nele, desde que você deixou aquela boate.

Eu engulo em seco.

— Olha... Sábado, não tínhamos ideia de quem nós dois éramos. Eu gostei de beijar você, aliás, eu adorei cada toque naquele corredor. Ninguém tem me tocado em um longo tempo — ele franze o cenho — Eu sei é patético, você deve está se perguntando em que mundo eu vivo. — eu encaro os meus pés, e de canto de olho, eu vejo que ele está balançando a cabeça na horizontal e sorrindo. O sorriso mais lindo que eu já vi.

Ele segura o meu queixo e levanta a minha cabeça.

— Deus... Onde você estava? Saber disso, só me deixa ainda mais louco por você. Mas eu não vou te tocar ainda, não aqui, correndo o risco de alguém tentar abrir aquela porta. Você me quer, Eva?

— Eu não posso querer...

— Porque não?

— Você é o meu chefe, e isso pra mim já é motivo suficiente. — Eu suspiro.

Escovando o meu lábio inferior com o polegar, ele ignora o meu comentário.

— Você acha que eu vou conseguir olhar o dia inteiro pra essa sua boca e ficar longe dela? Que se foda o que os outros vão dizer. Eu não era o CEO desta empresa quando nós nos encontramos no sábado. — Ele passa as mãos pelo cabelo.

Em um gesto nervoso eu me afasto e caminho em direção a saída. Ele se aproxima um pouco, coloca as mãos no bolso e aguarda que eu diga alguma coisa.

— Olha, eu realmente não sei mesmo o que dizer, nós poderíamos conversar em outro momento talvez, mas agora eu não quero ter que discutir sobre isso.

Ele balança a cabeça e pressiona os lábios juntos, então eu percebo que a minha dificuldade em ficar longe é semelhante à dele.

Antes de girar a maçaneta eu tenho um estalo e me viro para ele.

— Se não se importa, eu gostaria que você saísse primeiro, e eu vou esperar dez minutos e sair também. — Ele suspira impaciente, mas faz o que eu pedi.

— Ok, Eva. Como você quiser, mas eu ainda vou conseguir te convencer que isso é uma grande bobagem. Eu vou estar fora durante toda a manhã, mas eu gostaria que você fosse até a minha sala, assim que você retornar do almoço.

Eu aquiesço, e ele sai batendo a porta atrás de si.

Durante toda a manhã eu seleciono os clientes que Enzo fará pessoalmente uma visita às empresas. Próximo ao meio dia Alice entra na minha sala.

— Livre para o almoço? — Ela pergunta assim que se senta em frente à minha mesa.

— Estou sim, me deixa só salvar esse arquivo, e nós já vamos.

Eu termino de salvar, fecho o arquivo e nós nos dirigimos para o nosso restaurante preferido, que fica a cinco minutos da empresa.

O lugar ainda não está cheio e nós escolhemos a mesa de sempre, ao lado de uma janela que tem uma vista maravilhosa para o jardim externo.

Quando o garçom se aproxima eu já sei o que eu vou pedir.

— A Pasta ao molho de camarão, por favor! — Digo me virando para ele, e Alice pede a mesma coisa.

— Eva, eu sei que nós ainda não conversamos sobre o que aconteceu na sexta feira, mas eu acho que você deveria se permitir viver isso. Já faz muito tempo, deixe acontecer

Eu sei que ela tem razão, dois anos foi tempo suficiente para reorganizar a minha vida, eu só não sei se eu consigo deixar as coisas mais fáceis como a minha amiga faz.

— Eu já superei, de verdade, Alice. Mas entenda, eu fiquei a minha vida inteira ao lado de um único homem. Tudo que eu sei, nós aprendemos juntos e eu não sei se fomos bons nisso. — Ela me olha sem entender, mas eu percebo o momento em que ela compreende o que quero dizer.

— Eu sei o que você está fazendo. Eu conheço um homem de pegada, e o nosso chefe, doce Jesus! Tem pra dar e vender. E você acha que não é o suficiente pra ele, não é? Mas olha só pra você. Uma mulher linda, sexy... Os homens devem olhar pra você e achar que você arrasa na cama. E eu acho que você pode deixar um homem de quatro mesmo, eu concordo com eles.

— Para Alice, você só está dizendo isso porque é minha amiga. — Ela mexe na garrafa de água sobre a mesa e continua.

— Você conhece o seu corpo, Eva? — E o garçom que se aproxima da mesa com o nosso almoço, quase ouviu a pergunta.

— Em que sentido Alice?

— No sentido sexual. Você conhece as partes do seu corpo que mais te propiciam prazer? — Eu apoio os cotovelos sobre a mesa e entrelaço as minhas mãos antes de responder.

— Um pouco... E talvez. — Eu respondo frustrada.

— Pelo que te conheço, eu arriscaria... Muito pouco. Sabe Eva, o mundo não trata homens e mulheres da mesma forma, embora essa nossa reivindicação seja remota. Os meninos se masturbarem, — ela balança a cabeça — Tudo bem, faz parte. Mas ninguém ensina as meninas que elas precisam aprender a se dar prazer primeiro, pra que elas possam guiar os homens delas. — Eu compreendo aonde ela quer chegar.

— Eu sei. Minha vida sexual nunca foi grande coisa, tanto eu quanto o Caio, só tivemos uma única experiência, acho que ele sempre me viu como a amiguinha de infância. Muito frágil para fazer certas coisas e muito puritana para fazer outras. — Eu digo pensativa.

— Aposto que ele nunca te perguntou como você queria, nem você nunca disse como gostaria que o sexo fosse. — Eu balanço a cabeça confirmando.

— Você já se imaginou de um jeito mais íntimo com o nosso lindo chefe? — Ela pergunta despretensiosa.

— Ai Alice, eu tenho mesmo que responder? — Eu retruco envergonhada.

— Não, porque eu já sei a resposta. É claro que pensou. — Ela me analisa. — E tudo bem, Eva. Nós mulheres temos todo o direito de sentir tesão por um homem. E não tem nada demais enquanto estamos sozinhas, fechar os olhos, imaginar esse homem, e deixar que as nossas mãos reconheçam o nosso corpo.

Eu suspiro.

— Você já viu como ele é alto e lindo? Agora imagina uma parede de músculos tonificados te imprensando contra uma parede... — Eu digo relembrando.

Ela fecha os olhos e geme.

— Hummm... Imaginei... Mas como eu não sou fura olho, eu já apaguei da memória.

Nós sorrimos.

— Você gostou de ter estado com ele, mesmo que por alguns instantes?

— Seria estranho se eu dissesse que eu nunca me senti tão bem? — Eu respondo com outra pergunta.

Ela ri satisfeita.

— Claro que não, eu acho que foi um grande começo. Um começo lindo, sexy e de voz rouca e profunda. — Nós gargalhamos. — Agora só falta você se soltar mais, deixar rolar entendeu? Ele não parou de te olhar a noite inteira ontem, então eu não acho que ele te vê apenas como uma funcionária da empresa.

— Será? — Eu pergunto em dúvida — Agora você fala de mim, mas eu não vejo você com ninguém. — Ela me observa antes de responder.

— Realmente? Namorar não faz muito o meu estilo, você sabe. — Ela dá de ombros e muda de assunto.

— Eu preciso comprar uma coisa para o meu estagiário, é o aniversário dele e eu prometi dar uma camisa bacana pra ele. Eu vou aproveitar o que ainda resta do meu horário de almoço e vou rapidinho em uma loja no shopping aqui em frente, vamos?

Eu aceito fazer companhia para ela e assim que pagamos a conta, nós vamos ao shopping.

A loja é exclusivamente masculina e Alice se dirige a uma arara próximo aos provadores. Enquanto ela escolhe alguns modelos, ela retoma a nossa conversa do almoço.

— Você topa ir a um lugar comigo no sábado? — Ela pergunta sem tirar os olhos das camisas.

— Que lugar Alice? — Eu desconfio da proposta.

— Um clube das mulheres.

— Onde? — Eu pergunto incrédula.

— Um lugar onde nós vamos beber uns drinques, enquanto nós assistimos homens lindos e sarados se movimentarem no palco, tipo Magic Mike, entendeu. — Ela fala como se fosse a coisa mais comum do mundo.

— Ah não!

— Ah sim. E eu ainda não te contei a melhor parte. Depois do show, os rapazes entram em uma espécie de leilão. A mulher que der o maior lance, ganha o direito de levá-lo para uma cabine escura. Não existe sexo lá dentro, você não vai ouvir uma única palavra dele, pra que a voz não seja associada a um nome ou rosto. Só beijos ardentes e mãos por todo o corpo.

Eu balanço a cabeça sem acreditar.

De jeito nenhum eu vou fazer uma coisa dessas.

***

Quando chegamos à empresa, Alice vai para a sala dela no 5º andar, e eu me dirijo para a minha no 8º. Eu deixo minha bolsa no armário, e vou conferir se Enzo está disponível para seja lá o que for que ele precisa conversar.

Eu bato na porta, e ele pede que eu entre.

— Boa tarde, eu acabei de chegar do almoço. — Eu falo e ele continua olhando para uns papéis e sem olhar pra mim, pede que eu me sente.

Um minuto se passou e eu continuo sentada. Quando eu já estou ficando nervosa com o silêncio constrangedor, ele finalmente olha para mim.

— Você teve um bom almoço? — Ele está estranho.

— Sim, almoçar com Alice é sempre muito bom.

— Eu imagino que seja. — Ele diz frio.

E é justamente esse o meu medo. Sexta ele foi tentadoramente intenso, hoje pela manhã, ele parecia me querer independente da opinião alheia, e agora ele me trata como se eu fosse apenas a responsável pela carteira de grandes clientes.

— Meu pai gosta muito de você, aliás, ele sempre mencionou uma jovem estagiária prodígio, que apresentou um estudo de caso fantástico na faculdade, e que depois interrompeu uma conversa entre ele e o reitor e pediu uma vaga no programa de estágio. Impressionante, Eva.

— Ele falou de mim naquela época? — Eu pergunto orgulhosa e surpresa. — Ele assente. — Seu pai meio que me adotou. E sua mãe não fez diferente. Acho que eles sentem falta da sua irmã, não sei.

— É verdade, perder um filho é um golpe muito grande para os pais. E você se parece um pouco com ela — ele dá um sorriso triste — Eu estou admirado que você tenha uma ligação tão grande com minha família, e nós nunca nos falamos antes. Talvez por que grande parte da minha graduação eu fiz fora, e depois acabei indo trabalhar lá também.

— Alguns atalhos trazem encontros e desencontros. — Eu digo, desejando saber o que teria acontecido se nós tivéssemos nos encontrado em alguns deles.

— Talvez enquanto você pegava o atalho, eu me movia pela estrada principal. E quando você estava nela, era a minha vez de pegar o atalho.

Silêncio.

Porque ele disse isso? E porque faz tanto sentido?

Ele quebra o silêncio desconfortável.

— Agora me diga por que uma garota da comunicação social escolheu o mundo da informática? — Ele assume uma postura ereta na cadeira, mantendo as mãos presas em cada lado da sua cadeira imponente.

— Na verdade não foi o mundo da informática que me fascinou, mas a capacidade de uma empresa nacional de se tornar grande a cada dia, levando em consideração os aspectos negativos e positivos da tecnologia da informação. Se por um lado, nós vemos postos de trabalhos se tornarem obsoletos em virtude das inovações tecnológicas, por outro, promove o crescimento de novos mercados, aumentando o comércio e os investimentos internacionais das empresas. É isso que vocês oferecem. Eu queria estar em um lugar que fizesse a diferença. Sem contar que eu me identifico com o projeto social criado por vocês.

Eu vejo que ele está impressionado com o que eu disse. Ele arrasta a cadeira, colando-se à mesa, ficando mais próximo de mim.

— Eu queria ser a Relações Públicas da Dellanney. Eu sempre gostei de trabalhar com pessoas. Você vê, a fusão poderia ter substituído muitos postos de trabalho, mas ao invés disso, a empresa vinculou o negócio à manutenção dos empregos e ainda criou novos. Eu queria fazer parte da filosofia desta empresa.

— Agora eu sei de onde sempre vieram os elogios de meu pai a você. E por falar nele, ele me disse que você foi sua assistente durante muito tempo, e que nunca encontrou uma a sua altura. — Eu sorrio em agradecimento e ele continua — Eu sei que não é obrigação sua, mas eu gostaria de contar com o seu auxílio enquanto eu não tenho a minha própria assistente. Como ela é brasileira, e gostaria de voltar, a Prime permitiu que ela me acompanhasse. Ela deve está chegando dentro de trinta dias.

É claro que vou dizer sim, mas eu não deixo de sentir uma pontada de ciúmes da mulher que estará ao lado dele o tempo todo. E eu me pergunto se eles já tiveram alguma coisa, ou se ainda têm. Eu afasto os pensamentos inoportunos e me concentro nele.

— É claro, mas eu faço algumas visitas a clientes, ao projeto social, então eu não vou estar disponível o tempo todo. — Ele folga a gravata cinza que ele está usando sem tirar os olhos mim, e eu admiro este homem de uma beleza capaz de fazer qualquer mulher suspirar.

— Não tem problema, eu vou deixar você saber os clientes que eu preciso que você me acompanhe durante as visitas. Isso é tudo por enquanto.

Eu agradeço ficando de pé e quando eu já estou alcançando a porta eu ouço o meu nome.

— Eva! Quando eu te vi a primeira vez, de alguma forma eu sabia que você era uma mulher muito inteligente, e eu não me enganei em meu julgamento. Acho que é muita sorte minha ter duas mulheres em uma só.

Eu olho para ele atônita pela declaração. Sem dizer nada, eu abro a porta e saio.

Quem disse que ele me tem?

Gente, vocês não têm noção do que vai rolar nesse Clube das Mulheres.

Eu só digo uma coisa, vocês vão amar!

Obrigada por acompanharem esta história.

E encham o meu céu de estrelas!!

Beijos! E até o próximo capítulo.

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