O Príncipe e o Servo

By Lupumpkin

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Uma flecha. Uma flecha foi o que bastou para que o Príncipe Herdeiro da dinastia Xi escrevesse o desenrolar d... More

01.Uma Flecha do Destino
02. Um Toque
03. Um sentimento
04. Um beijo

05. Uma despedida

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By Lupumpkin


Depois do momento em que finalmente os sentimentos de LuHan e SeHun foram expostos um para o outro naquele passeio até a ponte norte, as coisas mudaram entre eles. Pelo menos entre quatro paredes. É claro que estando dentro do palácio, os dois sabiam que havia certo limite que não deveria ser ultrapassada, nem mesmo quando estavam sozinhos.

Quando LuHan dava aulas para SeHun, o maior dos dois costumava deixar o braço atrás do corpo do menor pra que ele pudesse se encostar e assim ficar mais confortável. Às vezes eles ficavam de mãos dadas, e isso era uma das coisas que LuHan mais adorava fazer. Ele adorava sentir o calor das mãos de SeHun e seus carinhos suaves.

Outra coisa que LuHan gostava, era quando acordava de madrugada após um pesadelo e SeHun aparecia logo em seguida. Ele o envolvia com seus braços o fazendo se sentir seguro e amado. Seus carinhos nos cabelos do príncipe eram tão cuidadosos e agradáveis. SeHun se sentava ao lado da cama do príncipe e enquanto segurava sua mão, lhe contava histórias, histórias sobre princesas ganhando o coração de seus príncipes e vivendo felizes para sempre, ou histórias de dragões e cavaleiros que travavam batalhas grandiosas. LuHan amava cada história. Ele também amava os beijos que recebia depois de cada história. Um na testa, outro nos lábios. Eram beijos suaves e rápidos, mas ainda assim LuHan lembrava de cada um deles e os guardava com carinho no coração.

Um novo ano se passou. Era então o terceiro ano em que SeHun estava no palácio servindo o príncipe. Servindo não por obrigação, mas por puro amor. A cada dia que passava, o amor entre os dois aumentava e se enraizava cada vez mais em seus corações.

Novamente o aniversário do príncipe se aproximava e nessa noite, o Imperador, por pedido da Esposa Yang, entregou a LuHan uma nova serva. O jovem recebeu a nova serva de sua forma amigável e gentil, sem perceber que a moça que recebera como mais uma pessoa para seu grupo de amigos, iria trazer ruína a ele e seu amado.

Alguns dias se passaram e por causa da nova moça, SeHun e LuHan tiveram que se manter ainda mais em segredo. Mas mesmo assim, algumas coisas não escapavam do olhar da serva. Ruyi estava preocupada com a situação e por isso tentava manter a moça sempre atarefada pra que a interação entre o Príncipe e o servo pudesse passar despercebida.

O que eles não sabiam, era que a moça passava cada detalhe do que via para a Esposa Yang. A mulher havia pedido que o imperador não contasse ao príncipe que ela havia mandado a moça, então, aos olhos de LuHan, seu pai havia escolhido alguém de confiança e que fosse como Ruyi e SeHun eram pra ele. Como família. Mas mesmo em meio a família, existem coisas que devem ser mantidas em segredo. Coisas como os sentimentos que os dois rapazes mantinham um pelo outro.

Enquanto o tempo passava, mais e mais cartas eram enviadas ao imperador sobre o estanho afeto que o príncipe tinha para com seu servo. O imperador ignorava as cartas se mantendo firme em sua confiança ao filho que tanto amava. Infelizmente, até um pai é capaz de perder o amor para com seu filho.

LuHan sempre foi um bom menino. O garoto que todo homem gostaria de ter como filho. Era educado, inteligente, talentoso e gentil. Não reclamava, era obediente, fazia suas tarefas com dedicação e sabia ser respeitoso com todos. LuHan sempre foi inocente. Uma virtude que se tornou um problema para ele. Ele não via maldade no mundo, costumava pensar que as pessoas eram boas até que se provasse o contrário, e que todos eram dignos de confiança. Com esse pensamento, foi impossível notar a maldade que estava acontecendo em frente aos seus próprios olhos.

Enquanto ele passava seus dias aproveitando cada segundo com a pessoa que amava, dando e recebendo carinho, a Esposa Yang se preparava para o momento em que iria usar tudo o que sabia ao seu favor.

Algum tempo depois, em certa noite, LuHan acordou de madrugada, não por um pesadelo, mas de certa forma se sentia só. O príncipe se levantou de sua cama e vestindo uma de suas vestes, saiu de seu quarto e parou na frente dos aposentos de seu servo. LuHan queria vê-lo, queria sentir seus carinhos. Sem pensar muito, ele entrou no quarto de SeHun em silêncio fechando a porta logo atrás de si.

SeHun dormia de forma serena, era tão lindo. Seus lábios rosados entrebertos, seu peito subindo e descendo levemente devido a sua respiração. LuHan se aproximou mais dele pouco a pouco e então se ajoelhou ao lado de sua cama o olhando dormir. Ele estendeu a mão tocando com carinho nos cabelos do maior e viu quando seus olhos se abriram e o fitaram.

-LuHan? – SeHun sussurrou. Ele estava um pouco confuso, será que o príncipe tivera um sonho ruim e ele não acordou pra ir o acalmar?

-Shh... –LuHan colocou o dedo sobre os lábios de SeHun o silenciando. Sabia que quando estavam juntos deviam ser o mais discretos possível. SeHun viu LuHan mover os lábios formando a palavra "posso" e então apontou para a cama fazendo o maior concordar com a cabeça e dar espaço para o príncipe. SeHun achou aquilo estranho. LuHan nunca havia pedido algo parecido.

O príncipe então se deitou ao lado do servo cobrindo seu corpo com as cobertas. Ele não tirava os olhos de SeHun, estava sentindo algo novo. Queria o tocar, o beijar e ser tocado por ele. E estranhamente, era o que Sehun estava pensando também. De forma suave, o maior envolveu o menor pela cintura o trazendo pra mais perto, ele sentiu LuHan se aninhar em seus braços sem nem mesmo desviar o olhar do seu. Isso o estava deixando curioso. O que o príncipe estaria pensando naquele momento?

Eles passaram alguns minutos apenas daquela forma, apreciando a presença um do outro, trocando olhares e carinhos suaves, até que então SeHun se aproximou mais, tomando assim os lábios do príncipe em um beijo intenso e profundo. Foi essa a primeira vez que eles trocaram um beijo mais íntimo, dividindo carícias com suas línguas quentes que faziam seus corpos reagirem de forma diferente.

Pouco a pouco, estavam se sentindo mais entregues naquele momento, as carícias mudaram de suaves para urgentes, e logo estavam se despindo um ao outro. Precisavam de mais contato. Mais.

Quando notaram o estado em que se encontravam, pararam apenas para apreciarem um ao outro daquela forma. LuHan observava cada detalhe do corpo do maior como se fosse a coisa mais maravilhosa que já havia visto na vida, seus dedos tímidos corriam suaves pelo peito de SeHun e pelas linhas de seu abdômen.

SeHun adorava a sensação que aquilo o causava. Os dedos frios de seu amado contornando seu corpo. O servo estava completamente encantado por tamanha beleza que o príncipe possuía. Era delicado. Cada detalhe parecia tão frágil, como as pétalas de uma flor, que se fosse mal manuseada acabaria danificada. SeHun tomou em consideração essa observação quando enfim prosseguiu em beijar o menor. Dessa vez não se manteve apenas nos lábios do príncipe, mas explorou seu pescoço, seu peito, seus ombros e um ponto atrás de sua orelha que o fez dar um leve riso que de alguma forma aqueceu o coração do servo. Ele amava LuHan. O amava de corpo e alma. Sua alma ele já havia entregado ao príncipe, e hoje seria seu corpo a ser entregue. E o mesmo acontecia com LuHan.

Cada toque do maior em seu corpo, cada beijo, sentir a respiração de SeHun rente á sua pele sensível, apenas o deixava mais e mais ansioso pelo o que viria a acontecer. LuHan queria ser de SeHun. Ele queria ser seu para sempre. E com esse pensamento, ele se entregou ao seu amado.

Foi suave, repleto de carinho e beijos doces carregando promessas eternas. Eles o fizeram em silêncio, apenas o som de sua respiração podia ser ouvido. Daquela forma tão íntima, eles sentiram fisicamente o que era amar. E era lindo, era puro, perfeito.

Quando ambos atingiram o clímax em sua relação, SeHun envolveu o príncipe em seus braços de forma protetora e LuHan se aninhou junto ao seu corpo nu como uma criança se aninha nos braços da mãe. SeHun distribuía carícias no corpo frágil de seu amante e pela primeira vez, sentiu calor emanando do corpo do príncipe. Nesse momento, SeHun entendeu que LuHan tinha tudo, menos amor, amor verdadeiro, puro, que suprisse suas necessidades e fosse sincero ao ponto de abrir mão de posição, poder, e nome. SeHun entendeu que LuHan necessitava de algo que ele poderia lhe dar. E ele estava disposto a sobrevir qualquer dificuldade para poder amar LuHan com todo o seu ser, assim como o havia feito naquela noite.

-Eu te amo. –SeHun sussurrou no ouvido do príncipe pela primeira vez e viu quando um sorriso foi exposto nos lábios do menor.

-Eu também te amo... –LuHan respondeu no mesmo tom silencioso. E depois disso ele propôs. –Fuja comigo amanhã. Vamos sair desse lugar. Eu não quero ser imperador. Eu quero ser seu. Eu quero viver em paz com você.

-Vamos. Eu quero estar com você pra sempre. – Foi a resposta do servo. E foi uma resposta sincera. SeHun iria até o fim do mundo para ficar com o príncipe.

Depois de mais algumas carícias e beijos trocados, ambos caíram no sono. O que eles não sabiam era que alguém havia ouvido cada palavra do que disseram.

Na manhã seguinte, LuHan acordou assustado quando foi arrancado dos braços de SeHun ouvindo gritos violentos. Quando ele conseguiu perceber o que acontecia, viu que seu pai era quem o estava tirando de perto de seu amado.

- Eu achava que você era a pessoa certa pra herdar o império, Xi LuHan! – o príncipe ouviu seu pai gritar com a voz carregada de desprezo. O aperto em seu braço machucava e as palavras eram rudes. Se apenas ele pudesse explicar. Se apenas pudesse provar que o que sentia era genuíno. – Você trouxe desgraça para o reinado. Achava que era sensato mas vendo isso eu tenho certeza que é uma aberração. Você não tem vergonha? Além de ele ser um servo, LuHan, é um homem! Sabe o quão sujo é isso? –LuHan desviou o olhar do pai pra procurar seu amado o encontrando preso por dois homens. Seu coração doía ao ver quem ele amava tanto estar sendo tão humilhado. –E você ainda procura por ele! Você não tem respeito nenhum? –LuHan sentiu o peso da mão do pai em seu rosto e logo depois a ardência do tapa que ganhou.

-NÃO TOQUE NELE! –SeHun gritou se soltando dos homens que o seguravam e indo até o príncipe que estava caído no chão, nu e ferido. Ele puxou o cobertor de sua cama cobrindo o corpo do amado e segurando seu rosto vendo que o tapa que havia lhe sido desferido havia acabado cortando o lábio inferior do príncipe devido a um dos anéis que o imperador usava ter atingido o local. – Ah LuHan. –Doía ver seu amado daquela forma.

- Mas o que é isso? Eu estava pensando em poupar sua vida garoto. Mas você é rude. Não sabe se colocar em seu lugar. Você é um escravo. Não é mais do que mais um garoto sem família. Você é menos que pó! Sua vida não faz diferença pra mim. Levem-no! –o imperador ordenou e as palavras arrancaram um grito de desespero do príncipe que tentou a todo custo afastar os guardas que vieram pra levar SeHun. E o pior era que o príncipe sabia que não haveria uma segunda chance para SeHun. Ele havia trazido a morte para seu amado.

LuHan foi arrancado de perto de SeHun que tentava fugir para ficar com o príncipe em vão. LuHan implorou de joelhos ao pai que poupasse a vida de SeHun e tomasse a sua no lugar. Mas agora o príncipe não tinha mais um lugar no coração do pai. O imperador não via LuHan mais como filho. Ele era uma desgraça. Uma vergonha.

SeHun foi levado para o pátio do palácio onde foi posto de joelhos no chão. As pessoas se aproximavam para ver o que estava acontecendo. SeHun estava com medo, não de morrer, mas de não poder mais estar ao lado de LuHan.

LuHan por sua vez, tinha perdido qualquer receio. Vestiu sua capa, pegou uma adaga e correu até a praça onde SeHun seria executado publicamente. Seu rosto coberto por lágrimas e o coração pesado em seu peito. Quando ele viu SeHun no meio do pátio, correu até ele e ficou grato por o imperador permitir que ele o fizesse pois ele queria poder ter a chance de estar com o amado pelo menos uma última vez.

As pessoas se juntavam para ver a comoção, mas LuHan não tinha o que esconder. Ele se ajoelhou na frente do amado segurando seu rosto. Não conseguia conter as lágrimas que caíam. Ele estava arrependido de ter sido tão egoísta ao ponto de colocar quem mais amava em perigo.

-SeHun, me perdoe. –ele pediu enquanto afagava o rosto do amado.

-Não tenho porque lhe perdoar. Eu não me arrependo de nada.

-Não se vá. Por favor. –LuHan se virou para o pai visivelmente abalado. – POR FAVOR! –ele gritou em prantos mas o homem estava decidido.

-Oh ShiXun. Condenado por trazer ruína ao nome da dinastia, seduzir e desvirtuar o príncipe herdeiro.

- NÃO! - os gritos de LuHan podiam ser ouvidos ao longe. – Não, não.

O príncipe voltou a se ajoelhar em frente ao amado o abraçando pelo pescoço e chorando. Ele implorava para que não o tirassem dele. Até para quem olhava a cena era de partir o coração. O príncipe demonstrava sentimentos sinceros e profundos para com o condenado.

-Eu te amo. Não me deixe. Não me deixe, por favor.

-Eu prometi que não te deixaria nem mesmo depois de morrer LuHan. Eu vou te esperar pra sempre. Não importa quanto tempo demore para eu te ter novamente, eu vou te esperar.

-Você tem direito á um ultimo pedido. Qual será? Espero que peça perdão por seus erros. –A voz do imperador soou. Todos podiam ver a Esposa Wei tentando acalmar o imperador e pedir que revesse sua decisão mas ele não estava disposto a isso.

SeHun olhou para LuHan com lágrimas nos olhos . Ele queria se lembrar do rosto do amado pra toda a eternidade.

-Eu gostaria de sentir seus lábios quando eu partir. –Ele pede para o amado. Era um pedido difícil. Seria doloroso para LuHan mas ele precisava daquilo. Os lábios do menor lhe traziam a paz. Era tudo o que ele precisava. Felizmente ele viu o príncipe concordar mesmo com a dor visível em seu olhar. Seus olhos não brilhavam mais como antes. Ele estava machucado, por fora e por dentro.

Ao sinal do imperador, LuHan se inclinou segurando o rosto do amado e em meio a soluços declamou as últimas palavras que falaria em toda sua vida.

-Estaremos juntos novamente. Eu te amo. Espere por mim. Espere por mim Oh SeHun.

Após as palavras carregadas de sentimento e sinceridade, LuHan tomou os lábios de SeHun em um beijo simples mas cheio de amor. Queria que fosse o último sentimento de SeHun, o sentimento de ser amado completamente.

Não demorou muito para que o som de algo sendo corado enchesse o ambiente e LuHan sentiu que a única coisa que apoiava a cabeça de SeHun no lugar eram suas mãos. Ele se afastou vendo que segurava em suas mãos a cabeça decapitada do amado lhe fazendo sentir uma dor enorme por todo o corpo. Aquele a quem havia amado de forma tão plena, havia sido tirado dele.

LuHan encostou a cabeça do amado ao seu peito não se importando com o sangue que lhe cobria as vestes e então andou na direção do trono do pai o olhando sem expressão. A dor que sentia era tanta que seus passos falhavam. Assim que ele chegou mais próximo ao pai, olhou para as pessoas que tinha como família. A Esposa Wei que havia se tornado como uma mãe pra ele, e Ruyi que fora sua confidente por tantos anos. Aquele olhar foi apenas uma despedida silenciosa da parte do príncipe.

Ele então tirou a adaga do meio de suas vestes e abaixou o olhar para a cabeça do amado em seus braços, se inclinou para selar a testa do que antes era a razão de seus sorrisos e em um movimento preciso e firme, LuHan cravou a adaga em seu peito, no exato local onde estava seu coração.

Quando o pai viu o que causou se arrependeu profundamente. LuHan havia sido o filho perfeito desde criança. Nunca havia lhe causado problemas e era amável para com ele. Ele percebeu que de forma tão patética, arrancou do filho a única coisa que ele o pedira, e nisso, havia perdido o próprio filho.

Como uma forma de se redimir por seu erro irreparável, o imperador enterrou o corpo do filho ao lado do corpo de seu amante para que assim pudessem se unir novamente em outra vida.

Pouco tempo se passou e o imperador se afundou no arrependimento pelo o que havia feito. Ele havia nomeado o filho da Esposa Yang como príncipe herdeiro no lugar de LuHan. O plano da mulher estava se concretizando. Logo, ela envenenou o imperador, deixando então que seu filho reinasse em seu lugar. O que não durou muito tempo pois, um ataque aconteceu ao palácio e o trono foi tomado do atual imperador.


A história do príncipe que tirou a própria vida após a execução de seu amante foi apagada completamente. Nunca se ouviu o nome do herdeiro do império Xi e ele foi esquecido, assim como o império que caiu em ruína.

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Em meados de 2016 d.C, um rapaz de cabelos castanhos e olhos mais brilhantes que as estrelas andava pelas ruas de Beijing ouvindo uma música em seus fones de ouvido quando foi derrubado por algum moleque que passou correndo na rua.

Quando ele se sentou e começou a ajuntar suas coisas, uma mão apareceu em frente aos seus olhos o fazendo olhar pra cima dando de cara com os mais belos olhos negros que já havia visto, e que de alguma forma lhe pareciam tão familiares.

-Deixe-me lhe ajudar.

Foram as palavras que o rapaz de cabelos tão negros quanto os próprios olhos falou. E LuHan aceitou a ajuda segurando na mão do estranho sentindo um toque suave que parecia lhe lembrar de um sonho que tinha ás vezes. A mão dele era quente e parecia envolver a sua como se fossem feitas para estarem juntas.

-Desculpe mas, nos conhecemos? –o estranho perguntou fazendo LuHan achar ainda mais estranho que o outro parecia o conhecer também

-Quem sabe em outra vida. –foi a resposta do menor.

E assim, duas almas separadas tão cruelmente foram unidas novamente.

Mas dessa vez...

Não seriam separadas nunca mais.


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