A ARMADILHA DO CEO - De repen...

By sdmarinho

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Ethan Jones é um CEO arrogante e controlador que não está acostumado a ter as suas ordens questionadas, e, po... More

Sinopse
Sobre
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Epílogo

Capítulo 10

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By sdmarinho

ETHAN

Estou indo na direção certa, tenho certeza. Os rastros pela estrada de terra confirmam. Só não consigo imaginar o que foi que passou pela cabeça dela para fazer isso. Ela corre perigo por esses lados.

Lembrando-me disso, começo a galopar mais rápido ainda.

Hoje mesmo vamos nos mudar para um dos quartos do andar de cima. Aí quero vê-la pular a janela.

Mas, para começo de conversa: por que fugir de mim?

Essa é nova: uma mulher fugir de mim.

***

EMMA

Meu Deus! Será que não existe civilização por aqui? Tudo o que avisto são as cercas do meu cativeiro. Cativante e tentador, porém um cativeiro.

Meus passos já não são rápidos, apesar de eu ter tirado meu par de sapatos para poder correr melhor. O que não ajudou muito, pois a estrada é de chão e as pedras estão cortando meus pés.

***

Sento-me na sombra de uma árvore que está do lado de dentro da fazenda do Ethan. Não posso continuar, no entanto, não posso parar. Se pelo menos passasse alguém por aqui, eu poderia conseguir uma carona.

Ouço barulhos de cascos de cavalo e fico aliviada com a possibilidade de uma ajuda. Contudo, reconheço a silhueta de Ethan.

Levanto-me, cheia de forças para correr. Não sei de onde ela surgiu, mas minha corrida termina no sétimo passo, pois tropeço e caio com a cara no chão.

— Você está bem? — Levanto o meu rosto contorcido de dor e me deparo com Ethan descendo de seu cavalo, parecendo preocupado. — Emma, você se machucou?

— Me deixe ir! — grito para o doido. — Me deixe em paz, seu psicopata maluco!

Ele se aproxima de mim e puxa o meu braço, ajudando-me a levantar.

— Vejo que já está muito bem. — Ele me põe em cima do seu cavalo.

— Ethan, por favor, não faça nada comigo. Sou muito nova ainda e tenho tanto o que viver. Pense bem. No fundo, eu sei que você é um ser humano normal e bom. Eu sei que...

— Não diga besteira, Emma. Eu não te faria nenhum mal fisicamente. A louca aqui é você, que saiu perambulando por estradas perigosas, sozinha. — Ele sobe no cavalo atrás de mim e me deixa entre seus braços, roçando seus pelos em minha pele. O que me lembra de que eu sou, perturbadoramente, fã dessas mãos fortes.

Estou muito cansada para continuar a protestar. Não sei por quanto tempo andei, mas estou quase desmaiando. E tirando a parte que estou voltando para o perigo e que não gosto do Ethan, até que estou confortável sentada aqui com ele.

Estranho. Por que me sinto confortável?

Acho que estou mais cansada do que pensei.

***

ETHAN

Pensando bem pensado, Emma tinha razão em fugir de mim. Eu ainda não lhe expliquei direito sobre o nosso casamento, e ela nem acredita nele.

Mas por agora quero apenas que ela se sinta segura. Não sou nenhum maluco.

— Emma, acredite quando eu digo que você está segura comigo. — Ela continua em silêncio. — Quando chegarmos, vou explicar tudo direito e provar para você. A única coisa que vai sentir é raiva de mim, e aí vai estar tudo bem.

— É só o que você sabe fazer, né, Ethan? — Ela virou o rosto para trás para dizer essas palavras e eu senti seu hálito quente tocar em meu pescoço, aquecendo-me da cabeça até as pontas dos pés.

Galopo mais rápido ainda.

Chegando em casa, encontro os homens num alvoroço só. Alguns deles nem chegaram ainda.

— Não diga nada a ninguém sobre o motivo da sua fuga — peço ao abaixar a boca até o ouvido dela, fazendo-a se encolher. Isso me deixa um pouco irritado.

— Senão o quê? — Ela me encara com um olhar desafiador.

— Vai parecer uma louca se disser o verdadeiro motivo, Emma. Diga apenas que se irritou comigo e que quis me dar uma lição.

Nós chegamos à porta da casa e Rômulo vem segurar Safira. — Desnecessário, mas deixa para lá.

Desço em uma agilidade que me orgulha.

— Ela está bem?

— Está sim, Rômulo. Sabe como são as mulheres.

— Eu estou bem aqui. Pode perguntar para mim mesma, Rômulo. — Ela desce da Safira numa velocidade de se admirar, apesar do aparente cansaço.

— Perdão, senhora.

— Não me chame de senhora. Fica estranho, considerando que você tem, aparentemente, quase a minha idade. — Emma dá um olhar questionador para Rômulo.

— Tenho 26.

— Sério? Realmente, não parece.

Chamo a atenção do imbecil com um olhar furioso. Ele logo entende o recado e leva a Safira para o cocheiro tão rápido quanto apareceu.

Puxo Emma pelos braços até o nosso quarto.

— Senta, Emma, se acalma e presta atenção em cada palavra que vou dizer.

***

EMMA

Estou na expectativa. Como meu suposto marido vai fazer para me convencer de que estamos casados? Considerando que isso é impossível, ele vai ter muito trabalho.

Ele fica em pé ao meu lado, com um papel enrolado na mão, olha-me muito sério e começa o discurso.

— Quando meu pai disse que você seria minha secretária, eu soube que teríamos problemas, e quando vi sua mesa na minha sala, soube que seriam muitos problemas. Mas eu não poderia te deixar no corredor e estava enganado: você se mostrou muito competente e profissional. E apesar de sempre conseguir alguma coisa para discutir comigo, nosso trabalho andava muito bem. Na verdade, somos uma dupla implacável no trabalho, Emma...

Ele está falando muito bem, mas o que isso tem a ver com o nosso suposto casamento? Fico observando-o e o esperando continuar.

— Até que você inventou de querer se casar com aquele cara que nem me lembro do nome.

— É Sérgio!

— Não importa. Então, eu fiquei furioso com a possibilidade de você se casar e começar a dar foras em mim. Eu não seria seu chefe mais e você não me respeitaria por completo. Haveria sempre um "verei com o Sérgio..."

— Consegue perceber o quanto isso soa sem noção?

Será que Ethan está falando sério?

— Eu te disse que não era para se casar tão cedo, e você riu da minha cara. Ninguém ri da minha cara, Emma. Logo vai aprender isso. Então, marquei uma suposta reunião na qual o juiz, o escrivão e os nossos padrinhos estavam disfarçados de empresários e conversamos sobre negócios. Foi fácil te fazer assinar este papel, entre outros. — Ethan me mostra o papel e eu me levanto para tentar pegá-lo, só que ele não deixa. — Se rasgá-lo, vai demorar mais ainda para nos divorciarmos. Sem falar que tenho uma cópia. Então, não vai adiantar rasgar nem queimar. — Entrega-me o papel.

Pego-o, tremendo, com uma mistura de ansiedade e raiva.

República Federativa do Brasil

Registro Civil das Pessoas Naturais

Certidão de Casamento

Nomes:

Ethan Vincenzo Jones

Emma Branco

Matrícula...

Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá...

Nascido...

Blá, blá, blá...

União obrigatória de bens...

— Ethan, isso aqui é original mesmo? Porque eu não estou acreditando. Você não podia. Paul sabe disso?

— É original. Eu pude, e meu pai sabe.

— O quê? — minha voz quase falha.

— Ele não sabe a parte em que você não sabia, mas sabia a parte em que nós iríamos nos casar...

— Você tem noção do que fez, Ethan?! Vai magoar profundamente o Paul quando ele souber da sua palhaçada!

— Emma, se acalme. Eu ainda não terminei de lhe explicar.

— Ah! Ainda tem mais? Vai me dizer que já me engravidou sem eu saber também? Só falta isso mesmo.

Sento-me novamente na cama. Parece que estou anestesiada, porque tudo está tão estranho!

— Amanhã seremos a capa de vários jornais e de três revistas, sendo uma delas mundialmente famosa. Sabe o nosso abraço antes de embarcarmos e toda aquela cena de casal ao desembarcarmos? Eu os queria fotografando. Dei a notícia no dia anterior; dei os detalhes, as horas. Eles ficaram muito felizes de dar essa notícia em primeira mão ao mundo. Então, é isso, Emma. Estamos na nossa lua de mel na minha mais bela fazenda, Império das Fadas, e o mundo todo está sabendo disso.

***

ETHAN

Ela me encara com um olhar sombrio.

— Você é um louco! Doente! Tem que fazer um exame nessa sua cabeça!

— Não é para tanto — tento argumentar.

— Isso não vai ficar assim. — Emma sorri de um jeito mortal, e então sai do quarto.

Entro no banheiro, tiro as roupas e ligo o chuveiro para tentar fugir disso tudo, tentar afogar este sentimento nauseante dentro de mim. Pelo menos ela não está assustada mais, só está com raiva. 

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