Armadilhas Da Vida

By Brumy_

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O caminho da vida pode ser difícil pra quem tem dinheiro ? Claro que sim. Mas Ayla Magalhães não se importa... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capitulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Epilogo
Agradecimentos

Capítulo 30

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By Brumy_

Ayla:

- Ayla! Eles ainda estão acordados! - Henrique cochicha me repreendendo enquanto me puxa bruscamente o que nos deixa bem próximos.

- Aaaii! Assim você não ajuda.

- Claro! Cê ia dar mancada!

- E agora?

- E agora a gente espera uai.

- Ai eu sou muito anciosa sabe? Eu fico nervosa, você ta muito perto de mim sai! N.. - Sou interrompida com uma mão sob minha boca me fazendo calar.

- Xiii! Fala baixo criatura! Parece que nunca brincou de detetive, não teve infância. - Henrique gargalha baixinho e eu reviro os olhos.

- Sai! Eu tive infância sim! E foi ótima, já a sua...

- Você estragou.

- Não começa! Já falei pra se afastar Henrique.

- E se eu não quiser? - Me puxa novamente colando mais nossos corpos.

- Vai te catar Henrique! Também não te ajudo mais seu atrevido! - O empurro me afastando e saio andando, mas ele me puxa novamente.

- Ta bom! Eu me comporto. - Sorri - Vou ficar na varanda, quando estiver tudo certo você vai lá e me chama.

- Ta ta! - Digo e ele sai. Eu volto para o quarto.

Nossa, estou muito nervosa, que ansiedade! Amanhã sera o torneio, não vejo a hora de estar naquela pista, de ser campeã! Vai dar tudo certo.

Perdi muito tempo pensando, vejo se a Duda realmente estava dormindo, e sim, dormia feito uma pedra. Fiz o mesmo com meus pais, e eles dormiam tranquilamente. Então desço e vou até a varanda chamar o Henrique. Me aproximo lentamente, ele está de costa, tocando violão, ele canta muito bem... Canta lindamente, antes de chamá-lo, observo ele cantar.

" - Queria te dizer não, não ser tão dependente assim, ah se eu mandasse no meu coração, te esqueceria de uma vez, mas estou face a face com você amor, eu vou pros seus braços sem pensar eu vou."

- Adoro essa música, atrevido. - Digo encostada na porta com os braços cruzados.

- Está ai desde quando? - Pergunta me olhando da cabeça aos pés e vice-versa.

- Deixa pra lá, precisamos ir.

- Verdade. - Põe o violão sobre a mesinha e me segue em direção ao escritório.

Caminhamos lentamente em passos leves, entramos e fechamos a porta.

- E se a Duda acordar e não te ver lá? E se alguém pegar a gente aqui?

- Não me deixa mais nervosa, por favor Henrique?! Obrigada, por nada.

- São possibilidades.

- Você se esconde e pronto. Agora vai vigiar a porta, anda! - Digo e ele sai suspirando.

Vasculho praticamente tudo, já faz quase uma hora que estou fuçando as coisas do meu pai, mexo em gavetas, pastas, documentos, um monte de coisa e não encontrei nada de interessante.

- E ai? - Henrique abri a porta adentrando, vejo ele visivelmente apreensivo e ancioso por algo que não consigo encontrar.

- Nada ainda. - Falo me sentindo um pouco frustrada por não conseguir.

- Vigia enquanto eu procuro então!

- Claro. - Mal digo e ele já vem em minha direção. - Que não! Acha que eu vou deixar você mexer nas coisas da minha família?

- Ai meu pai, ainda mais essa. Larga de besteira uai - Ele diz e continua vindo em minha direção.

- Para! - Jogo uma pasta nele, que estava entre algumas que eu ainda não havia revistado.

A pasta cai juntamente com algumas fotos. Logo presto atenção nelas.

- Ai! Isso doeu! - Henrique resmunga enquanto ainda observo a distância as fotos. - Ei! - Olho para ele e vou até as fotos, me sento no chão e começo a revista-las.

Vejo varias fotos, algumas de quando eu ainda era um bebê, outras do Henrique criança... E encontro uma foto de alguém que não conheço com o Henrique nos braços. Separo a foto sem dizer nada ao Henrique e continuo procurando.

- O que foi? Quer que tem ai?

Encontro outra foto e comparo com a que separei. O mesmo homem está na outra foto com uma outra mulher que não conheço e meus pais.

- Me diz! O que tem nas fotos?! - Henrique se altera e me sinto nervosa. Levanto a cabeça olhando para ele.

- Encontrei!

- O que? - Ele também senta no chão ao meu lado.

- Essas fotos! Essas duas fotos, olha! - Entrego as fotos ao Henrique, ele as encara por minutos. - Esse é você! Essas são as únicas fotos dessas duas pessoas, e essa esse homem esta com você quando ainda era criança.

- Eu não me lembro deles. - Percebo sua frustração. Me sinto nervosa mas isso me causa uma certa piedade, ele deixa escapar uma lágrima e logo a enxuga.

- E agora? - Pergunto.

- Agora a gente guarda tudo e fica com isso, pode nos ajudar.

- Verdade. Sabe? Eu não sei se devia te falar isso, não sei porque você confiou em mim.

- Cê ta me ajudando agora não ta?

- Sim, mas sei lá. Eu ouvi uma conversa dos meus pais no dia que cheguei daquela festa.

- Que conversa?

- Estamos com problemas financeiros não estamos?

- Sim.

- Eles conversavam sobre isso e sobre uma possível ajuda de alguém, mas você não poderia saber desse alguém.

- O que? Por que?

- Isso que eu não entendi.

- E o que mais?

- Não lembro.

- Ta, isso já é um avanço, agora vamos ajeitar tudo e ir deitar.

- Eu pensei em outra coisa. Que tal bagunçar mais isso aqui? - Proponho com um sorriso malicioso.

Eu estava focada em achar alguma coisa, mas também estava desejando bastante algo. A minha brincadeira predileta.

- Bagunçar mais? Pra que? Ta doida?

- Aham, doidinha.

Deito ele ficando por cima e dou vários selinhos enquanto subo sua camisa.

- Em uma situação dessa cê pensa nisso?! Para! Podem ver a gente!

- Xiiiu! - Ponho meu dedo indicador em sua boca e ele encara meus olhos. - Não faça barulho.

Ele apenas me puxa pela nuca para um beijo, nos beijamos intensamente e logo termino de tirar sua camisa, ele levanta me fazendo ficar sentada em seu colo, tira meu vestido, puxa meus cabelos com uma mão enquanto a outra passa por minha cintura, me observando. Nos beijamos novamente e então ele se afasta imediatamente e levanta.

- Não! Não podemos! - Diz ofegante. Não acredito que ele vai me dispensar desse jeito que estou.

- O que?! Claro que podemos. - Levanto e vou até ele novamente o abraçando por trás, beijo suas costas passando as mãos em seu abdômen. Ele respira fundo como se tentasse resistir.

- Não Ayla! Seria falta de respeito! Se veste logo. - Diz enquanto se afasta e veste a camisa.

- Nossa! Que legal Henrique! - Digo ironicamente. Você é muito certinho pro meu gosto! - Digo vestindo meu vestido.

- Eu certinho? Que nada! Cê que é maluca.

- Você bem gosta ne? Só que não toca mais um dedo enquanto eu não quiser! Ah vá! - Digo saindo do escritório. Ele vem atrás, me puxa pelo braço e dá uma "arrochada", me agarra, pra ser mais clara, e me beija.

- Boa noite! - Sorri esperto e me solta indo embora.

Ah esse sorriso, vai me dar trabalho. Não posso me deixar levar, que droga! Só preciso iludir, apenas iludir. Antes de dormir, mando mensagem para o Douglas que estarei esperando ele amanhã cedo, ele responde e então durmo.

Henrique:

Amanheceu em um clima tão bom que da dó de levantar da cama mas preciso ir fazer umas coisas. Levanto, faço o que tenho pra fazer, tomo café e quando vou saindo vejo a Ayla saindo também, só que está saindo da fazenda. Tento alcança-la e não consigo. Por que ela está saindo tão cedo? Ela nem acorda essa hora... Uai, ta saindo de moto?! Pra onde?... Vou até a casa dela e pego a chave de um dos carros e digo ao Mário que vou a um comércio decidido a segui-la.

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