O resto da semana foi normal, tirando as aulas de Inglês em que o Louis gostava de meter as suas mãos onde não devia. Era terça-feira e eu tinha acabado de chegar ao dormitório sentando-me na cama como se tivesse acabado de levar uma sova de 30 jogadores de hóquei.
Kahlan sentou ao meu lado na cama com um sorriso demasiado grande nos lábios que só podia significar uma coisa: ela ia sair com o Caleb.
- Já sei, vais sair com o Caleb. - Disse e ela sorriu.
- Ficas bem?
- Claro que fico bem, agora vai e pára de agires como minha mãe.
Ela levantou-se e saiu depois de parar à porta e meter-me a língua de fora. Soltei um suspiro e deixei-me cair na cama deslizando a página no Tumblr, porque eu tinha um vicio nada saudável por aquele site.
Ouvi o meu telemóvel a vibrar, uma mensagem de um número que eu não conhecia.
"Acabei de ver a Kahlan a sair, eu vou aí ao teu dormitório, é bom que abras a porta ou eu vou metê-la abaixo.
Kyle x"
Arregalei os olhos. Como é que ele tinha o meu número e como é que ele sabia onde é que era o meu dormitório? Oh meu Deus! Eu tinha que sair dali.
Levantei-me num pulo e vesti um casaco preto com um carapuço grande o suficiente para me tapar quase toda a cara. Espreitei pela porta e vi um monte de gente, estava a chover, por isso é que não andava ninguém no exterior. Não vi qualquer sinal de Kyle, aproveitei para sair e foi aí que o vi a cruzar a esquina do corredor.
O meu coração parou no momento em que passei por ele, mas ele não reparou que era eu. Suspirei de alívio e comecei a correr.
- Hey! - A sua voz gritou, olhei para trás e vi que ele vinha a correr atrás de mim. - Emily, pára já aí.
Comecei a correr ainda mais, tentando aumentar a distância entre mim e ele e empurrando as pessoas que me davam olhares confusos ou chateados e reclamavam comigo.
- EMILY! - A sua voz soou, fazendo com que todos olhassem para ele.
Continuei a correr, até que saí da universidade onde a chuva começou a cair no meu rosto, mas não parei nem um pouco, muito pelo contrário, comecei a correr ainda mais, mesmo depois de já não o ouvir.
Quando me cansei, parei, olhei à minha volta, mas nem sinal de Kyle. Será que ele tinha desistido? Será que devia voltar ou ele ia estar à minha espera à porta do meu dormitório? Oh meu Deus! O que é que eu ia fazer?
- Emily? - Uma voz demasiado familiar soou atrás de mim, enquanto eu estava parada no meio da rua. Bolas!
- Louis. - Eu disse o seu nome como se fosse uma derrota.
- O que é que estás aqui a fazer? - Virei-me para ele e vi que ele tinha um saco de plástico branco na mão e um guarda-chuva na outra.
- N-nada. - Disse, com um arrepio a subir-me à espinha por causa da chuva fria que não parava de cair.
- Anda. Vamos. - Ele disse.
- Onde?
- Secar-te, antes que fiques constipada.
- Onde?
- Em minha casa, fica mais perto do que a universidade.
Não lhe respondi, então ele passou o saco para a mão que segurava o guarda-chuva e agarrou-me na mão puxando-me para ele e metendo o braço à volta dos meus ombros, para que eu não ficasse à chuva.
Passado poucos minutos a andar, ele parou. Olhei á minha volta e vi que estávamos em frente em um prédio enorme de apartamentos que não tinha tão mau aspeto como aquilo que eu estava à espera. Na verdade, parecia um sítio onde eu viveria.
Ele abriu a porta e ficou à espera que eu entrasse, mas antes eu olhei para todo o lado para ver se ninguém me via a entrar para um apartamento com ele, o que fez com que ele se risse. Ele dirigiu-se ao elevador e carregou no botão, mas eu parei. Ele olhou para mim.
- O que foi? - Perguntou.
- Hm... eu não... eu tenho pavor de elevadores. Não... não podemos ir pelas escadas?
- Emily. - Ele respirou fundo. - São 13 andares, tens a certeza?
- Sim? - Aquilo soou como uma pergunta.
- Anda. - Ele estendeu-me a mão, mas eu abanei a cabeça negativamente. - Emily, é perfeitamente seguro, ele não vai cair, nem parar. Eu ando aqui montes de vezes.
Voltei a abanar a cabeça, então ele puxou-me para dentro. Soltei um gritinho, que fez com que ele se começasse a rir como se não houvesse amanhã. As portas fecharam-se e ele ia largar-me a mão, mas eu apertei-a com mais força.
Estávamos no 10º andar quando Louis começou a gritar dizendo que o elevador ia cair. Oh meu Deus! Era por isto que eu não andava de elevador! E agora? Ia morrer? Eu agarrei-me a ele num puro impulso assustada e fechei os olhos à espera do pior. Então, o elevador parou abrindo as portas no 13º andar.
- Tu enganaste-me! - Reclamei, não acreditando no que ele tinha acabado de fazer e afastando-me dele.
- Eu? - Ele abriu a boca e fez um ar inocente, mas depois não se conteve e riu-se e eu também contagia pela melodia linda que a sua voz fazia quando se ria.
- Não tem piada.
- Não, mas tu agarraste-te a mim e isso valeu qualquer esforço. - Disse, enquanto abria a porta do apartamento.
Senti as minhas bochechas ficarem cada vez mais quentes. Mas porque raios é que ele me fazia sempre isto? Ele fez sinal para que eu entrasse, eu olhei para os lado para ver se não havia ninguém e entrei.
Olhei à volta. O apartamento era mais ou menos espaçoso e estava arrumado, algo que eu não esperava de alguém como o Louis.
O que foi?
Ok, talvez eu seja um pouco julgadora.
Muito.
O Louis tirou o casaco e pousou-o em cima do sofá.
- Espera aí. - Disse desaparecendo pelo corredor adentro, deixando-me no meio da sala, encharcada e a morrer de frio, porque estávamos em Setembro e estava frio e eu tinha andado à chuva!
Senti um arrepio e abracei-me a mim mesma, como se isso impedisse o frio de me atingir. Louis apareceu do nada passados uns 2 minutos e atirou-me com duas peças de roupa negras que eu apanhei antes de me acertarem na cara.
- Veste isso.
- Hm... onde é que fica a casa de banho?
- Fundo do corredor, a porta que está mesmo à tua frente. - Explicou.
Assenti com a cabeça e segui as suas instruções encontrando a casa de banho branca e castanha. Pousei a roupa em cima do móvel do lavatório e comecei a tirar a camisola, mas parei a meio para trancar a porta.
A minha roupa estava toda encharcada à exceção do meu soutien. Boa! Tirei o resto da minha roupa e vesti os boxers pretos e justos do Louis e a camisola também preta dele. Era dos The Killers e chegava-me até meio da coxa.
Destranquei a porta da casa de banho e fui até à sala sempre a puxar a camisola para baixo, mas Louis não estava lá. Entrei noutra divisão e encontrei-o na cozinha... a cozinhar. Ele sabia cozinhar?
- Tu cozinhas? - As palavras saíram-me da boca como se as estivesse a vomitar. Eu acabei de dizer isto?
- Como é que achas que eu tenho sobrevivido? - Hm... bem pensado. Ele virou-se para mim e olhou-me de alto abaixo, mordendo o lábio. Bolas, ele tinha mesmo que fazer aquilo? - Mete a roupa ali, amanhã já deve de estar boa. - Ele apontou para a máquina de lavar e voltou a virar-se para o fogão onde estava a fazer qualquer coisa que estava a cheirar bem.
- Isso quer dizer que eu vou ter que dormir aqui? - Perguntei chocada, enquanto metia a roupa na máquina.
- A não ser que queiras ir assim para a escola, princesa. Senta-te. - Respondeu e eu tinha a certeza que ele estava a rir.
- Não e não me chames isso. - Respondi maldisposta, sentando-me.
Ele riu-se, abriu a porta de um armário e tirou dois pratos. Pretos. Ele sentou-se e tirou comida para o meu prato, mas eu não vi o que era, estava distraída a pensar em como é que eu ia dormir na casa dele. Ou pior, o que é que ele me poderia ou não fazer durante a noite.
Oh meu Deus!
- Vais comer, ou vais ficar a olhar? - Perguntou Louis, acordando-me dos meus pensamentos. - A não ser que queiras comer outra coisa. - Ele aproximou-se e olhou para mim com um ar perverso lambendo os lábios.
- Não! - Disse, quase gritando.
Olhei para o prato e vi que ele tinha feito esparguete à bolonhesa. Tinha bom aspeto. Peguei no garfo e enrolei um bocado levando-o à boca e saboreando.
Oh meu Deus, está tão bom!
- Está bom? - Ele perguntou.
- Já comi pior. - Menti e ele riu-se.
No fim do jantar ele levantou-se e tirou os pratos da mesa e foi lavá-los e eu levantei-me e fui ajudá-lo, secando-os. Enquanto eu secava o último prato ele encostou-se à mesa. Conseguia sentir o seu olhar em mim e isso estava a incomodar-me.
- Anda. - Ele disse.
Pousei o pano em cima da mesa e segui-o até ao que me parecia ser o seu quarto. Encostei-me à moldura da porta. O quarto estava arrumado. Tinha as paredes pretas, uma cama enorme e escura e apenas uma lâmpada como iluminação.
- Tu dormes aqui.
- E tu?
- Aqui.
- O quê?
- Estou a brincar, eu vou dormir na sala. - Ele disse, tentando controlar o riso.
- Não, eu durmo na sala e tu aqui.
- Não, tu dormes aqui.
- Ma-
- Boa noite, Emily! - Disse já no corredor.
Suspirei e entrei no quarto. Aproximei-me da cama e arredei os cobertores para trás, para me deitar, mas quando estava prestes a fazê-lo, lembrei-me de algo. Caminhei de novo até à porta e tranquei-a, voltando para a cama.
Respirei fundo sentindo o cheiro dos lençóis. Cheiravam tão bem, cheiravam a Louis.
Wow, Emily, tu precisas mesmo de dormir.
Mas que raios?
Depois de me espancar mentalmente, os meus olhos fecharam e adormeci.
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oook este capítulo é maior, porque eu posso demorar algum tempo a actualizar já que a escola vai começar a amanhã e OMG EU DEVIA DE ESTAR A DORMIR NESTE PRECISO MOMENTOOOOOOOOOO
ok, eu estou bem haha
então, estão a gostar? eu espero que sim porque esta fic está no 79º lugar na categoria de Romance e no 121º lugar na categoria de FanFiction e pode não parecer muito mas eu estou asdfghjklç
espero que gostem e votem e continuem a comentar, porque eu adoooro quando fazem isso :3
- Clau :)