Lady Charlotte

By lavsmiranda

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Livro 1 da trilogia "Irmãs Harrison". Charlotte Harrison, a filha caçula do duque de Cambridge, vai fazer dez... More

Dedicatória
Prólogo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXIX
Epílogo
Agradecimentos

XIV

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By lavsmiranda

Charlotte sentiu algo diferente surgir dentro dela. Ela não sabia explicar aquela sensação, pois nunca havia sentido antes. Ela tinha noção que não tinha nada com George, mas o que havia sido aquele beijo? Nada? Apenas uma brincadeira de mau gosto com ela? Mais uma para sua lista de garotas? Sentiu uma mão apertar a sua, era a mão de Millie. Millie tinha uma expressão fechada e seus olhos transmitiam uma raiva bastante notável.

— Vejo que não ensinaram bons modos aos pombinhos. — Millie disse sarcasticamente.

— Não é nada disso que você está pensando, Millie. — George respondeu olhando para Charlotte.

— Eu sei que vocês namoram George. Você quer enganar a quem? — Millie cruzou os braços.

— Eu não a namoro. — respondeu frustrado.

— Como? — Jade semicerrou os olhos.

— Jade, por favor, saia daqui. — George falou baixo, moderando cada palavra. — Conversaremos depois, se eu conseguir.

Jade que antes possuía uma expressão de triunfo no rosto, logo assumiu uma de raiva ao ouvir palavras de George. Levantou a saia do vestido e saiu batendo o pé enfurecida.

— Não a suporto. Como pôde gostar dela, meu irmão? — indicou Jade com a cabeça.

— Quer mesmo discutir isso na frente de sua convidada? — ele respirou fundo.

Millie limitou-se apenas em revirar os olhos.

— Senhorita Harrison...

— Cale-se, Alteza. — Charlotte falou pela primeira vez. — E Millie, vamos para onde você queria me levar?

— Sabe Lottie, estou sem clima para música agora. — ela olhou para o irmão com uma expressão séria. — Vou pegar um caderno no meu quarto, pode me esperar por alguns minutos? George seja cavalheiro.

— Mil... — Charlotte começou a protestar, mas Millie já andava apressada pelo corredor.

— Charlotte... — George começou a falar.

— Eu não quero ouvir. — fez um gesto de negação com a mão.

— Não é o que está pensando...

— E o que estou pensando? — Charlotte arqueou a sobrancelha e o encarou.

— Pode estar pensando mil besteiras. — agarrou os braços dela. — Não percebe que foi ela que me beijou?

— Não sei. Foi? Você gostava dela, George. — Charlotte riu sem graça. — Nem sei por que estou tão irritada. — soltou-se dele irritada.

— Porque gosta de mim. — colocou a mão no rosto dela e a acariciou. — E eu gosto de você também.

— Você é meu amigo, eu tenho que no mínimo gostar, não é mesmo?

— Eu não digo amizade, e não se faça de idiota. Você entendeu muito bem. — George tirou as mãos do rosto de Charlotte.

— Eu preciso de um tempo para isso tudo. Um tempo de você. Eu vim aqui para ensinar para sua irmã piano, mas eu não quero me esbarrar com você toda vez que eu vier aqui.

— Por que está dizendo coisas tão absurdas, Charlotte?

— Porque...

— Sim, continue.

— Eu não posso continuar.

— Pode, e vai. — George colocou as duas mãos no rosto de Charlotte e encarou seus belos olhos azuis.

— Eu estou apaixonada por você. — abaixou a cabeça. — Isso é tão estúpido e idiota. Como posso me apaixonar alguém tão rapidamente? Isso é tão errado. E você é um príncipe!

— E você é filha de um duque importante.

— Isso está errado. Eu preciso ir embora.

— Mas...

— Diga a sua irmã que eu não me senti bem e preferi voltar para casa.

— Não pode fugir desse assunto.

— Eu não estou fugindo, só não me sinto bem.

— Você está mentindo. Não consegue olhar nos meus olhos. Uma péssima mentirosa deve admitir.

— Eu sou mesmo uma péssima mentirosa. — revirou os olhos. — Mas isso não é uma conversa para se ter no corredor.

— Então você vai continuar a conversa? Não vai fugir?

— Vamos logo, antes que eu me arrependa.

George segurou a mão dela e começou andar pelo extenso corredor. Ela começou a reconhecer o caminho e desconfiou que ele estivesse a levando para a biblioteca. Mas ela se enganou, ele a estava levando para a sala de música. Abriu a porta, e fez o gesto para que ela entrasse, e assim ela fez. Quando ele entrou, fechou a porta, e andou em direção das cortinas vermelhas aveludadas e as abriu. O ambiente se iluminou belamente, como ela se lembrava. Ele voltou para perto dela e a puxou para se sentar no sofá.

— Por que trancou a porta?

— Quero privacidade. — deu de ombros.

— Podem pensar algo de nós.

— Não me importo. — cruzou os braços.

— Mas eu sim! Minha honra pode ficar manchada por sua causa.

— Eu casaria com você sem pensar duas vezes, se isso a deixa preocupada.

— Eu não quero me casar.

— Será mesmo? — George se aproximou dela. — Pensei que já tivesse mudado de ideia.

— E por quais motivos eu teria mudado de ideia? — apoiou a cabeça na mão.

— Por mim.

— Não seja tão convencido, Alteza. — respondeu debochadamente.

— Não é questão de convencimento, e sim, fatos.

— E quais são os fatos?

— Você está apaixonada por mim.

— Recordo de ter dito sobre a paixão, não sobre casamento.

— Não seja tão teimosa, Charlotte.

— Vai ficar querendo, Alteza.

— É sempre assim?

— Assim como? — deu uma risadinha.

— Pirracenta e difícil. — levantou-se e colocou as mãos para trás.

— Eu sou assim, não posso mudar. E convenhamos, não é nenhum anjo também.

— Eu nunca disse que era.

— Aposto que todos pensam que é um anjo.

— Temos uma exceção. — virou-se. — Você não me acha um anjo. Então não é todo mundo.

— Por que me trouxe para a sala de música? — Charlotte se levantou e foi em direção à janela. — Pensei que iríamos para biblioteca.

— Eu até pensei em ir para lá. — ele a seguiu e pousou suas mãos na cintura dela. — Sabe por que mudei de ideia?

Charlotte sentiu sua pele arrepiar toda quando ele a tocou, principalmente quando ele falou rouco e baixo em seu ouvido.

— Não. — gaguejou. — Por quê?

— Porque foi aqui que eu tive certeza que estava me apaixonando por você. — ele virou Charlotte para olhá-la nos olhos. — Você é tão bonita. Eu poderia ficar o dia inteiro admirando você. Seus olhos são como os céus tempestuosos, e belos ao mesmo tempo. Apesar de você ser bastante chata e terrivelmente grossa e desconfiada, eu estou amando você.

— George... — colocou seu dedo na boca dela, silenciando-a.

— Na sua cabeça deve passar a imagem de Jade, e o que disse naquele dia em Hyde Park. Mas as coisas mudaram. Você apareceu, e eu só consigo pensar em você. Eu estou morrendo de sono, mas eu prefiro ficar com você.

— Você deveria dormir.

— Não vai me dizer nada? — arqueou a sobrancelha.

— Deixou-me sem palavras. — Charlotte colocou sua mão na bochecha de George. — Eu também não consigo parar de pensar em você. Sky vive dizendo que estou no mundo da lua, culpa sua. Eu amo seus olhos. Desde daquele dia que me enviou o bilhete sobre as estrelas, bem, eu não consigo pensar em outra pessoa a não ser você quando eu as observo.

— Esqueço o quão você pode ser doce às vezes.

— Doce como um limão.

— Não estrague o clima de romance, Charlotte. — revirou os olhos.

— Eu estrago se eu quiser.

— Não vai estragar não. Eu não vou deixar.

— É mesmo? Como?

— Dessa maneira.

George colou os lábios na boca de Charlotte, que afundou as mãos nos cabelos loiros dele. Diferente do primeiro beijo, naquele ela havia se entregado muito mais, e havia mais desejo da parte dele por finalmente ter assumido seus sentimentos.

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