Depois de tudo que passei aqui esses dias, sim esses dias tem uma semana que venho vivendo no inferno, o rei continua suas perguntas sem nenhum fundamento, será que aquele maluco ainda não percebeu que eu não sei de porra nenhuma.
Meu único alívio é Kate ficamos uma mergulhada na dor da outra, ela me ajuda com meus ferimentos que já estão bem melhor mas para dormir continua um grande luta, nunca consigo dormir direito tenho medo de dormir e a qualquer momento Duarte aparecer aqui e fazer qualquer coisa comigo ou mesmo o maluco do rei, mas o incomodo das dores é ainda pior.
Por falar em Duarte ele agora tenta puxar assunto comigo, não faço questão de falar com ele.
Ele sempre pergunta como está meu machucando ou como estou, isso é patético.
Meus dias aqui se resume em ficar na sala da tortura com rei me enchendo de perguntas, voltar para cela para almoçar aquela comida maravilhosa ao contrario, conversar com Kate e tédio.
Eu e Kate temos muito em comum, gostamos da mesma música, comida e vários princípios iguais.
Sempre me pego pensando no Keelan filho da Kate o que será que essa pobre criança vem vivendo.
Acordo dos meus devaneios com Duarte me chamado.
- Vamos Ariel ? - Ele pergunta e ri.
- Já, mas seu amado rei não veio hoje me encher de perguntas tolas.
- Vossa Majestade não pode vim hoje teve uma reunião.
- Oh que pena - Fiz cara de drama.
Levanta da cadeira e espero ele tampar meus olhos até hoje tem essa palhaçada de tampar meus olhos com algo preto.
Caminhamos um pouco e ele para comigo, achei estranho.
Ele liberou meus olhos.
Vi uma árvore com algumas orquídeas roxas nela.
- Duarte nunca vi orquídea em árvore.
- É possível orquídea em árvore aqui tem vários tipos tanto nas arvores como em vasos em torno do castelo a rainha amava flores.
- Por que você me trouxe aqui ?
- Você precisa de um pouco de ar.
- Eu preciso de sossego e da minha casa.
Me lembrei do sossego do meu quarto, como sinto falta dele.
- Ariel venho tentando falar com você...
- Não é perigoso ficar aqui, o rei pode chegar e ver nós aqui.
- Ele não vai chegar agora.
- Tenho que voltar para minha cela Kate está sozinha lá.
- Ela é a única que você conversa.
- E eu tenho outro opção.
- Ariel quando eu vi você levar aquela surra eu...
- Não fez nada.
- Eu não poderia fazer nada, sou apenas um empregado.
- Você quer me fazer acreditar que se você pudesse teria me ajudado ?
- Sim, eu não aguentei aquilo e sai da sala, foi meu limite ver você tão pequena levando aquela surra mesmo que você roubou a...
- Eu não roubei porra nenhuma - Gritei.
- Fala baixo...ninguém pode ouvir nós aqui.
- Quem me levou para ala médica ?
- Eu levei e vários guardas também saíram da sala.
- Sei.
- Você é tão cabeça dura, teimosa e rebelde.
- Você quer o que comigo ?
- Que tente me entende, não sou tão ruim assim.
- Alguém que chega na casa das pessoas de madrugada e leva ela para outro país para mim é ruim sim.
- Eu também acho essa sua história completamente louca.
- Coloca na sua cabeça oca que eu não roubei nada.
- Se fosse de outra forma poderia ser minha amiga ?
- Não me faça ri.
- Por que ?
Me lembrei da Kate e o safado do Roger pai do filho dela.
- Já que você quer ser meu amigo então me responde algo ?
- Não sei.
- Roger trabalhar aqui ?
- Roger ? Como você conhece ele ?
Expliquei toda a história da Kate para ele.
- Ele é um safado Duarte.
- Roger agora é secretário do rei e dos príncipes.
- Ele recebe bem ?
- Sim, muito bem.
- E o filho dele agora pode está com fome, se eu ver esse homem...
Duarte dá uma gargalhada.
- Realmente eu ia adorar ser seu amigo.
- Eu não confio em ninguém.
- Só na Kate.
- Sim, ela está no mesmo barco furado que eu.
- Vamos caminhar um pouco e depois eu tampo seus olhos de novo.
- Melhor que nada.
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Caminhamos por várias árvores cheias de orquídeas de várias cores.
O lugar era todo de grama com banquinhos por toda a parte.
Assim como flores e vi um pequeno lago um pouco longe mais eu vi.
Aqui seria um lugar perfeito para relaxar mas não é meu caso.
Ouvi um barulho de choro ao longe.
Aquele choro era de angustia e dor.
Olhei para Duarte que assim como eu procurava de onde aquele barulho saia.
Andei apressada á procura da pessoa que chorava e Duarte veio atrás de mim.
Atrás de um arbusto e sentado no chão tinha um rapaz chorado.
Ele estava com um terno azul e as mãos no rosto.
Tentei chegar perto dele mas Duarte me puxou.
- Me solta Duarte.
- Nem pense em chegar perto dele.
- Coitado dele, olha só a dor dele.
- Não.
- Ninguém me ajudou aqui e não posso ver alguém sofrer e ir embora assim.
- Não se atreva.
Não vou dar ouvido para ele.
Voltei correndo para o arbusto e me sentei ao lado do rapaz.
Que levou um susto ao me ver.
- Quem é você ? - Ele gritou.
- Fica calmo, eu só ouvi seu choro e resolvi lhe ajudar.
- Me ajudar ?
- Sim, eu sei como é horrível senti dor e ninguém ajudar, você está perdido e se sentido sozinho assim como eu mas conversar ajuda muito, não sei o que seria de mim sem a Kate.
- Você está sentindo dor ?
- Sim no coração e na alma.
- O que houve ?
- Me trouxeram para cá a força e levei uma surra.
- Quem bateu em você ?
- O safado do rei.
Ele arregalou os olhos.
- Me diga como foi isso ?
Contei minha história e ele todo hora arregalavam os olhos.
Peguei na mão dele e ele olhou para nossa mão unidas.
- Me fala o que houve com você ?
- Minha mãe morreu e meu mundo desabou com isso.
- Sinto muito mas você pode contar comigo, eu quero ajudar você.
Duarte apareceu gritando comigo.
- Ariel se levanta e já para cela agora.
- Você é uma chato mesmo.
Ele olhou para minha mão unida com a do rapaz.
- Ariel já chega e se levanta agora.
Ele olhou para o rapaz e vi que eles trocaram um sinal que eu não entendi.
- Posso saber o que os dois estão fazendo com esse sinal ?
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