Sempre sua Luce (Concluído)

By Aliceakar

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Mesmo tendo um passado difícil e cheio de mistérios, Emma Smith cresceu confiante e certamente com muitos par... More

Nota da Autora // DEGUSTAÇÃO - livro na AMAZON
Chapter 1 : Perdendo-me
Chapter 2: Lar da decepção
Chapter 3: Cruelford
Chapter 4 : Emma Smith vs A melhor cafeteira do mundo
Chapter 5 : O estranho do 12º andar
Chapter 6: De carona com o perigo
Chapter 7 : Um erro muito bom
Chapter 8 : Sr. Riquinho que come lesma
Chapter 9 : O idiota do meu chefe
Chapter 10: Eu, você e o DogBurger.
Chapter 11: Eu, irresistível?
Chapter 12: Olhos de cigana
Chapter 13: A menina que cheira à flores
Chapter 14: Desempregada?
Chapter 15: De promoção á demissão
Chapter 16: A Louca dos Donuts
Chapter 17: Um pedido de desculpas...
Chapter 18: Voltando a sonhar
Chapter 20: Uma doce mentira
Chapter 21: Noite para comemorar
Chapter 22: Ficou no passado...
Chapter 23: Um banho bem quente
Chapter 24: Quase um flagra
Chapter 25: Tudo acaba em pizza
Chapter 26: Caindo de amor
Chapter 27: Advogado das galinhas
Chapter 28: Em apuros
AMAZON + SURPRESA!

Chapter 19: MadMuss, meu heroi

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By Aliceakar

Após Sean sair sento-me novamente. São tantas informações que preciso digerir que até fico sem ar por alguns instantes. Há mais ou menos uma hora atrás eu era uma simples secretária que mal recebia por seu trabalho e que não tinha dinheiro nem para comprar um salto alto novo. E agora?

Agora eu sou o que sempre quis ser.

Muitos vão achar que estou exagerando, mas essa é a minha realidade e qualquer benefício concedido é muito bem-vindo, mesmo que for apenas uns dólares a mais no final do mês, ou até mesmo algum reconhecimento sem nenhuma bonificação. Jason e eu aprendemos aproveitar e agradecer as pequenas coisas que a vida nos dá porque, em nossa experiência, ela nunca nos deu muito. Por isso confesso que bem no fundo, lá na pontinha do meu estômago, eu sinto um desconforto que me faz desconfiar de tudo, porém tento mandá-lo para longe. Chegou minha vez e eu, além de tudo, preciso acreditar em mim.

Ouço duas batidas em minha porta.

Sim, minha porta.

Da minha sala.

Nunca vou me cansar disso.

- Com licença. - Uma pequena moça negra de lindos cabelos cacheados aparece em minha porta.

- Claro, entre. – Digo extremamente alegre.

Uhu, minha primeira visita.

- Obrigada. – diz educada. – Meu nome é Mina Garrett. – Sorri e estende o braço para um aperto de mão. – Sou a assistente pessoal do senhor Clark. – Aperto sua mão e aceno com a cabeça mesmo não fazendo ideia de quem seja esse tal de Clark.

- Olá Mina, eu sou Emma Smith. Pode se sentar. – Indico a cadeira em minha frente.

- Com licença. – se senta – Só queria me apresentar à senhorita. O senhor Crawford disse que Daniel... – tosse – que o senhor Clark – fica com o rosto vermelho – Irá trabalhar com a senhorita de hoje em diante.

- Acho que sim. – dou uma risada leve – O senhor Knox disse que eu iria trabalhar com alguém chamado Daniel. Mas eu confesso que não conheço ninguém aqui, Mina. Você vai ter que me ajudar! – peço sorrindo.

- Senhor Knox? – questiona.

- É. – respondo confusa. Ela não conhece Sean? Tá, eu não fazia a menor ideia de quem ele era até ontem, eu sei, mas eu era apenas uma secretaria no departamento debaixo. Como eu iria saber? Mina me encarou por alguns segundos, totalmente perdida e quase dou risada de sua cara agora. Ela realmente não faz ideia de quem eu estou falando.

- Sean, ele me contou isso hoje. – tento explicar e nem percebo que acabei de chamar o dono da empresa, meu chefe e no caso o dela também, pelo primeiro nome.

- O senhor Crawford, você quis dizer? – questiona novamente.

Putz! Chamei o "senhor Crawford" de Sean, que merda.

- É isso aí o que eu quis dizer, - solto uma risada nervosa. Era só o que me faltava, mostrar que eu sou intima de Sean... Não que queira ser, porque eu não. Na verdade eu não sei. Mas também não quero... – o senhor Knox me disse. – Acrescento rapidamente.

Oh merda.

- Não, quero dizer que a senhorita deve ter se enganado... O nome dele é Sean Crawford... Como é nova aqui deve ter confundido os nomes. – Corrige atenciosa.

- Ah não! – Aleluia, pensei que Mina tivesse reparado que o chamei pelo primeiro nome. – Ele que me pediu para chamá-lo de senhor Knox, disse que não gosta desse outro sobrenome dele e tals. – Balanço a cabeça rindo um pouco – Na realidade eu nem entendi muito bem, mas também não perguntei nada.

- Ah, entendo. – Responde surpresa. – É que eu trabalho aqui há um tempo e nunca soube desse outro sobrenome do senhor Crawford, tudo bem que ele chegou há pouco tempo. Enfim, posso ajudá-la sim. Aliás, vim aqui para isso, irei auxiliá-la junto com o senhor Clark.

- Que ótimo! Muito obrigada, sério mesmo. Tô meio perdidona aqui, na real eu nem sei quem é quem, só conheço a senhorita e Sea-senhor Knox. – Vou ter que começar a praticar isso de chamar Sean de senhor Knox, porque não tá rolando.

- Não precisa agradecer. - Responde calma. – Qualquer dúvida é só me chamar, meu número é o 224. – Indica o telefone em minha mesa. - Mas a minha sala é ao lado, se quiser pode dar uma passadinha lá.

- Somos vizinhas então? – falo um pouco alegre demais. - Maravilha, porque eu não vou saber mexer nisso aqui por enquanto e como falei tô bem perdida ainda. – Sorrio.

Mina se levanta e eu a acompanho. – Sem problemas. – Acaba rindo da minha afobação. – Confesso que quando entrei aqui também estava totalmente confusa, não sabia nem onde era o toalete.

Solto uma risada alta e Mina não se contém e sorri também.

- Foi um prazer conhecê-la senhorita Smith. – Se despede.

- Obrigada e digo o mesmo.

Mila acena e já vai saindo da minha sala quando a chamo.

- Ah, só mais uma coisinha...

- Sim?

- Onde fica o toalete? – pergunto acanhada e Mila gargalha de tanto rir.

- Vem comigo. – Responde sorridente.

...

Depois de descobrir onde era o toalete feminino e o masculino, sim o masculino também (já errei de toalete muitas vezes, mais do que eu gostaria, então é bom saber onde os dois ficam), voltei a minha sala. Fiquei explorando ela por alguns minutos. Não tinha muita coisa, mas ela é tão linda!

Enquanto fuçava nas gavetas de um pequeno armário que havia no canto, achei um controle remoto. É um controle bem pequeno com apenas três botões, uma seta para cima e outra para baixo, e um botão de ligar. Fiquei extremamente curiosa porque não tinha nada eletrônico em minha sala, nenhum computador, televisor, impressora ou algo parecido para que esse controle fosse necessário. Porém não me aguentei e apertei o botão ligar, afinal o que poderia acontecer. E estava certa. O controle ligou, mas nada mudou, até olhei em volta para ver se havia alguma mudança.

Mas quando apertei a seta para baixo ouvi um barulho. Na realidade parecia que alguma coisa estava travada ou vibrando. Comecei a seguir o som pela sala e acabei chegando à parede de trás da minha mesa. Havia uma cortina bege enorme que a cobria toda e o barulho parecia que vinha de lá. Decidi apertar o outro botão com a seta indicando para cima e quase morri do coração, pois a cortina começou a se mexer, subindo. Continuei apertando o botão e a cortina continuou subindo. Só quando ela estava no meio que descobri o que ela escondia. Era uma enorme janela, parecida com a que havia na sala de Sean e a vista era de tirar o fôlego. Quase chorei, de novo, só por ver a incrível cidade de Manhattan da minha sala e sei que Sean tem algo a ver com isso. Quase derrubo o controle no chão quando o deixo em cima da minha mesa e decido ir falar com Sean novamente para agradecê-lo. Tá eu já agradeci demais. Mas quero agradecer de novo... Ou só tô querendo vê-lo novamente... Pra agradecer, é claro.

Quando saí depressa de minha sala acabo derrubando Rose, a secretária de Sean, no chão.

- Oh, desculpa! Foi sem querer... – me agacho para tentar ajudá-la, mas ela não aceita.

- Sem problemas. – Fala rápido se esquivando de mim. Ótimo, eu mal comecei e a mulher já me odeia.

- Er... Desculpa mesmo, eu não te vi. Estava apressada porque quero falar com o senhor Knox...

- Hmm, estou vendo que é sempre muito urgente falar com ele, não é mesmo? – indaga séria e desconfiada.

Solto uma risada nervosa e forçada, mas não respondo.

- Enfim, não é para isso que eu vim aqui. A senhorita conhece algum senhor Evans?

- Quê?! – pergunto confusa.

- Tem um senhor fazendo uma grande confusão na recepção, pois quer falar com a senhorita. – ela olha para um bloquinho de papel em sua mão. – Hmm, senhor Jason Evans.

- Jay! Mas ele já chegou?

- Então a senhorita o conhece?

- Claro, ele é meu irmão.

- Faz sentido... – fala baixo.

- O que?

- Nada senhorita. Ele está a esperando na recepção, não pude deixá-lo subir, pois este é um andar restrito.

- Tudo bem, eu já estou indo embora mesmo. Valeu! – Falo rapidamente e corro até o elevador.

Quando chego a recepção não encontro Jay em lugar nenhum.

- Gabe? – chamo quando vou a seu balcão. – Você viu o Jason? Me disseram que ele estava aqui.

- Seu irmão gostoso? Ele foi enxotado lá para fora querida. Ninguém te encontrava, também como eu ia saber que você foi promovida! - fala animado.

- Pois é, mas nem eu sabia... Tenho que ir Gabe, mas prometo te contar tudinho depois, okay?

- Só se você me der junto o telefone do seu irmãozinho, meu bem. – Sorri maliciosamente.

Balanço a cabeça em sorrindo em reprovação e vou de encontro a Jay.

...

Jason estava sentado em uma das bancadas de pedra que decoravam a frente da empresa, é uma espécie de mureta de mármore escuro onde ficam os corrimãos. Sei que está nervoso e desconfortável de longe, pois está balançando os braços para frente e para trás e algumas vezes passava as mãos rapidamente em sua camiseta, como se estivesse as limpando. Só de vê-lo eu já começo a sorrir, é inevitável. Jason é minha família, meu tudo, e agora nós dois teremos uma chance. Enfim poderemos sair daquele lar e teremos nosso cantinho, mesmo que nem caibam nossas camas lá, isso realmente não importa porque nós enfim teremos uma casa.

Na nossa casa.

Agora me lembro dos momentos escuros de nossas vidas. Infelizmente tivemos mais do que gostaríamos, mas acho que o pior deles foi quando quase perdi Jason. Na época em que tranquei a faculdade fiquei extremamente triste, sem esperanças, e para piorar estava quase sendo enxotada do lar por não ter como pagar as despesas, e até mesmo não tendo o que comer. O problema disso tudo é que Jason começou a chegar com pilhas de dinheiro, cada semana era mais e mais. Comprava roupas novas para mim, doces, perfumes e flores sem motivo algum, apenas dizia que eu merecia, que iria sempre cuidar de sua garota.

E quando penso nisso me envergonho tanto, porque admito que de início não queria saber de onde ele tirava tanto dinheiro, ou o que ele estava fazendo para consegui-lo. Apenas me contentava com alguns dólares e muitos presentes. Minha autoestima voltou, me sentia cada vez melhor, porque Jay fazia isso comigo e na realidade ele sempre fez, mesmo que isso fosse destruí-lo. Depois de um tempo Jason me entregou um bolo de dinheiro, somente notas altas, e me disse que isso era para pagar alguns cursos para mim.

- Sei que não é muito ao ponto de você voltar à faculdade flor, mas você pode fazer alguns cursos por enquanto. Com eles pode encontrar um emprego bom, melhor do que na venda do seu Francesco. – brinca.

- Jay, isso é demais! – o abraço forte. – Mas e você? Aqui tem dinheiro o suficiente para nós dois.

- Não se preocupe comigo, flor.

E eu não me preocupei.

Até hoje me arrependo amargamente de ter feito isso, pois foi meu pior erro. Fiz alguns cursos, todos bancados por Jay, e ganhei meus certificados com excelência. Depois disso ficou um pouco mais fácil de conseguir algumas oportunidades relacionadas a minha área. Um dia, depois de longas entrevistas de emprego mal sucedidas, acabei voltando para casa cedo. Entrei em meu dormitório encontrei Nina, pelada, tão enrolada em um cara que mal dava para saber o que era ela e o era ele. Assustei-me com aquilo (além de quase vomitar com a cena) e fui ao dormitório de Jason. Ele nunca chegava em casa cedo e por diversas vezes passada a noite fora dizendo que estava dormindo na casa de "uma amiga".

E eu como sempre nunca duvidei, até este dia. Quando entrei em seu dormitório tudo estava apagado, tropecei em algumas caixas que estavam na porta tentando acender a luz e quando o fiz quase morri ali mesmo. Jason estava deitado no meio do chão com a camiseta toda rasgada e cheia de sangue. Foi neste dia que eu descobri de onde Jay tirava tanto dinheiro e que quando sumia não era porque estava na casa de uma de suas "amigas", e sim porque estava se escondendo de mim, para que eu não visse seu estado.

Jason estava participando de lutas de vale tudo, dessas bem violentas mesmo. Era um dos melhores lutadores e permaneceu invicto durante diversas delas. É conhecido como o grande MadMuss, porque era assim que ele deixava seus oponentes no final da luta, uma louca bagunça. Infelizmente já vi Jason nesses momentos e confesso que não o conheci, apenas via os olhos sedentos por sangue de MadMuss. Mas o pior não foi descobrir isso e sim fazê-lo parar.

- Jason você não pode mais fazer isso, nunca mais! Por favor, promete para mim. – imploro aos soluços.

- E como vamos nos sustentar flor?! Hein, me diz! Porque eu não sei. – Fala andando de um lado para o outro, nervoso.

- Mas eu já fiz alguns cursos, posso encontrar alguma coisa...

- Não! Você não vai me sustentar? Nunca. – Para e me olha indignado.

- E você me sustentar pode?! – berro. – Isso é tão injusto! Ridículo!

- O problema Emma, é que eu não sou que nem você que nasceu para a grandeza... Isso – aponta para seu rosto inchado, completamente machucado. – é a única coisa que eu sei fazer e que faço bem, ou você não reparou no dinheiro que eu trago para você? Eu sou bom flor.

- Não se estiver morto! Porque se continuar assim você vai morrer Jason. Você tem que parar com isso agora. – Corro e o abraço forte tentando fazê-lo mudar de ideia.

Jason suspira pesadamente e começa a fazer carinho em minhas costas, como sempre fez. - Emma, eu te amo. Mas isso não é algo que você irá decidir. Me desculpa, eu... Não posso parar. – Confessa baixinho e nesse momento eu chorei em seus braços.

Chorei por Jason. Chorei por nós. Chorei pelo passado e pelo presente. Chorei por ter sido tão burra e cega ao ponto de não enxergar o que estava na minha cara há tanto tempo. Chorei por não poder fazer com que Jason parasse. E enquanto chorava, essa foi à primeira vez em minha vida que eu pedi, até mesmo implorei, para que nós, pelo uma vez, tivéssemos um pequena chance ou oportunidade por menor que ela fosse. Porque só isso podia salvar Jason dele mesmo.

Só isso traria JayJay de volta para mim.

E agora que essa chance chegou eu vou agarrá-la que nem eu agarrei Sean noite passada. Claro que sem toda a parte da pegação, dos beijos e etc.

Quando olho para Jay me esperando reparo no cenário a nossa volta. Diversos engravatados com suas pastas e smartphones nas mãos, ou em carros importados passando na rua, enquanto Jason está com uma camiseta simples cinza e calça jeans surrada. Essa visão me faz rir em meio às lágrimas que nem reparei que estavam caindo. Corro em sua direção e quando ele finalmente me nota parece preocupado, também devo ter assustado o pobre coitado. Meu rosto deve estar todo vermelho e completamente inchado. Jogo-me em seus braços e no mesmo instante Jay me abraça forte, tirando meus pés do chão.

- Jay! – falo entusiasmada e começo a depositar pequenos beijinhos em suas bochechas.

Jason começa a rir e sem me soltar olha para meu rosto. – Essa felicidade toda é por mim ou pelos milhões de doces que vamos comer hoje?

Solto uma gargalhada e beijo seu rosto novamente. – Eu nem me lembrava disso, mas agora que você disse...

- É definitivamente pelos doces então?

- Sim! – brinco e Jay sorri ainda mais, porém para.

- Mas o que foi que aconteceu? - pergunta realmente preocupado, limpando as lágrimas em minha bochecha.

- Você tava certo Jay, sempre esteve! E agora eu deixo você gritar na minha orelha isso. – Digo alegre e rápido demais.

- Calma, flor. Sobre o que eu estava certo?

- Sobre tudo! Hoje eu fui promovida e não foi uma promoção pequena. Eles vão pagar meu curso todo, vão arcar com todas as despesas. – respiro fundo, tentando respirar. - Eu vou voltar para a faculdade Jay! – exclamo voltando a chorar.

- É sério isso? – fala impressionado me soltando de seu abraço.

- Sim, eu tenho uma sala só minha. Tem até uma plaquinha com meu nome Jason! Tá escrito Emma Smith lá.

- Isso é incrível! – me abraça novamente. - Eu te disse que você iria conseguir, minha flor, tá conseguindo o que é seu por direito. Eu... Estou tão orgulhoso de você! – quando me solta vejo que seus olhos estão vermelhos de emoção tanto quanto os meus.

- Eu prometo a você, Jay, que a partir de hoje tudo vai ser diferente.

- Tenho certeza disso, minha flor. Você só precisava de uma oportunidade, agora que tem ninguém vai te segurar. Nem mesmo o céu será o seu limite. – brinca.

- Estou falando sério Jason. – Bato em seu braço.

- Eu sei minha flor. – beija meu rosto. - Agora pare de chorar, precisamos comemorar.

- Precisamos é?

- Claro, e vamos fazer isso da melhor forma.

- E como seria isso?

- Te empanturrando de doces, e depois vamos sair para dançar! Você vai rebolar esse seu bundão a noite inteira, então se prepare.

- Jason, eu não posso. Amanhã tenho que trabalhar e não...

- E hoje você vai comemorar, curtir e aproveitar tudo. Para de ser tão chata, antes eu até entendia, mas agora que conseguiu virar empresária tem que parar de ser sistemática. Hoje a gente vai dançar nem que eu tenha que te levar nas costas.

- Eu não virei empresária. – nego rindo de sua confusão. Jason nunca entendeu muito bem o que eu fazia na empresa.

- Shiiu, não quero ouvir mais nada milady. Vamos comer! E eu tenho uma novidade também.

- Hmm, e o que é? – pergunto curiosa.

- Você vai ver. – Fala misterioso.

Eeu não sei por que isso me deu um forte aperto no coração.Emma

Após Sean sair sento-me novamente. São tantas informações que preciso digerir que até fico sem ar por alguns instantes. Há mais ou menos uma hora atrás eu era uma simples secretária que mal recebia por seu trabalho e que não tinha dinheiro nem para comprar um salto alto novo. E agora?

Agora eu sou o que sempre quis ser.

Muitos vão achar que estou exagerando, mas essa é a minha realidade e qualquer benefício concedido é muito bem vindo, mesmo que for apenas uns dólares a mais no final do mês, ou até mesmo algum reconhecimento sem nenhuma bonificação. Jason e eu aprendemos aproveitar e agradecer as pequenas coisas que a vida nos dá porque, em nossa experiência, ela nunca nos deu muito. Por isso confesso que bem no fundo, lá na pontinha do meu estômago, eu sinto um desconforto que me faz desconfiar de tudo, porém tento manda-lo para longe. Chegou minha vez e eu, além de tudo, preciso acreditar em mim.

Ouço duas batidas em minha porta.

Sim, minha porta.

Da minha sala.

Nunca vou me cansar disso.

- Com licença. - uma pequena moça negra de lindos cabelos cacheados aparece em minha porta. – Posso entrar?

- Claro, entre. – digo extremamente alegre.

Uhu, minha primeira visita.

- Obrigada. – diz educada. – Meu nome é Mina Garrett. – sorri e estende o braço para um aperto de mão. – Sou a assistente pessoal do senhor Clark. – aperto sua mão e aceno com a cabeça mesmo não fazendo ideia de quem seja esse tal de Clark...

- Olá Mina, eu sou Emma Smith. Pode se sentar. – indico a cadeira em minha frente.

- Com licença. – ela se senta. – Só queria me apresentar à senhorita. O senhor Crawford disse que Daniel... – tosse. – que o senhor Clark – fica com o rosto vermelho. – irá trabalhar com a senhorita de hoje em diante.

- Acho que sim. – dou uma risada leve. – O senhor Knox disse que eu iria trabalhar com alguém chamado Daniel. Mas eu confesso que não conheço ninguém aqui Mina. Você vai ter que me ajudar! – peço.

- Senhor Knox? – questiona.

- É. – respondo confusa. Ela não conhece Sean? Como alguém pode trabalhar aqui, nesse andar, e não conhecê-lo? Tá, eu não fazia a menor ideia de quem ele era até ontem, eu sei, mas eu era apenas uma secretaria no departamento debaixo. Como eu iria saber?

Mina me encarou por alguns segundos, totalmente perdida, e eu quase dou risada de sua cara agora. Ela realmente não faz ideia de quem eu estou falando.

- Sean. Ele me contou isso hoje... – tento explicar e nem percebo que acabei de chamar o dono da empresa, meu chefe e no caso o dela também, pelo primeiro nome.

- O senhor Crawford, você quis dizer? – questiona novamente.

Putz! Chamei o "senhor Crawford" de Sean, que merda.

- É isso aí o que eu quis dizer, - solto uma risada nervosa. Era só o que me faltava, mostrar que eu sou intima de Sean... Não que queira ser, porque eu não... Na verdade eu não sei... mas também não quero... – o senhor Knox me disse. – acrescento rapidamente.

Oh merda.

- Não, quero dizer que a senhorita deve ter se enganado... O nome dele é Sean Crawford... Como é nova aqui deve ter confundido os nomes...

- Ah não! – Aleluia, pensei que Mina tivesse reparado que o chamei pelo primeiro nome. – Ele que me pediu para chama-lo de senhor Knox, disse que não gosta desse outro sobrenome dele e tals. – balanço a cabeça rindo um pouco. – Na realidade eu nem entendi muito bem, mas também não perguntei nada.

- Ah, entendo. – responde surpresa. – É que eu trabalho aqui há um tempo e nunca soube desse outro sobrenome do senhor Crawford, tudo bem que ele chegou há pouco tempo... Enfim, posso ajuda-la sim. Aliás, vim aqui para isso, irei auxilia-la junto com o senhor Clark.

- Que ótimo! Muito obrigada, sério mesmo. Tô meio perdidona aqui, na real eu nem sei quem é quem, só conheço a senhorita e Sea-enhor Knox. – Vou ter que começar a praticar isso de chamar Sean de senhor Knox, porque não tá rolando...

- Não precisa agradecer. - responde calma. – Qualquer dúvida é só me chamar, meu número é o 224. – indica o telefone em minha mesa. - Mas a minha sala é ao lado, se quiser pode dar uma passadinha lá.

- Somos vizinhas então? – falo um pouco alegre demais. - Maravilha, porque eu não vou saber mexer nisso aqui por enquanto e como falei tô bem perdida ainda. – sorrio.

Mina se levanta e eu a acompanho. – Sem problemas. – acaba rindo da minha afobação. – Confesso que quando entrei aqui também estava totalmente confusa, não sabia nem onde era o toalete.

Solto uma risada alta e Mina não se contém e sorri também.

- Foi um prazer conhece-la senhorita Smith. – se despede.

- Obrigada e digo o mesmo.

Mila acena e já vai saindo da minha sala quando a chamo.

- Ah, só mais uma coisinha...

- Sim?

- É... Onde fica o toalete? – pergunto acanhada e Mila gargalha de tanto rir.

- Vem comigo. – responde sorridente.

(...)

Depois de descobrir onde era o toalete feminino e o masculino, sim o masculino também (já errei de toalete muitas vezes, mais do que eu gostaria, então é bom saber onde os dois ficam), voltei a minha sala. Fiquei explorando ela por alguns minutos. Não tinha muita coisa, mas ela é tão linda!

Enquanto fuçava nas gavetas de um pequeno armário que havia no canto, achei um controle remoto. É um controle bem pequeno com apenas três botões, uma seta para cima e outra para baixo, e um botão de ligar. Fiquei extremamente curiosa porque não tinha nada eletrônico em minha sala, nenhum computador, televisor, impressora ou algo parecido para que esse controle fosse necessário. Porém não me aguentei e apertei o botão ligar, afinal o que poderia acontecer. E estava certa. O controle ligou, mas nada mudou, até olhei em volta para ver se havia alguma mudança.

Mas quando apertei a seta para baixo ouvi um barulho. Na realidade parecia que alguma coisa estava travada ou vibrando. Comecei a seguir o som pela sala e acabei chegando à parede de trás da minha mesa. Havia uma cortina bege enorme que a cobria toda e o barulho parecia que vinha de lá. Decidi apertar o outro botão com a seta indicando para cima e quase morri do coração, pois a cortina começou a se mexer, subindo. Continuei apertando o botão e a cortina continuou subindo. Só quando ela estava no meio que descobri o que ela escondia. Era uma enorme janela, parecida com a que havia na sala de Sean e a vista era de tirar o fôlego. Quase chorei, de novo, só por ver a incrível cidade de Manhattan da minha sala e sei que Sean tem algo a ver com isso. Quase derrubo o controle no chão quando o deixo em cima da minha mesa e decido ir falar com Sean novamente para agradecê-lo... Tá eu já agradeci demais... Mas quero agradecer de novo... Ou só tô querendo vê-lo novamente... Pra agradecer, é claro...

Quando saí depressa de minha sala acabo derrubando Rosa, a secretária de Sean, no chão.

- Oh, desculpa! Foi sem querer... – me agacho para tentar ajuda-la, mas ela não aceita.

- Sem problemas. – fala rápido se esquivando de mim. Ótimo, eu mal comecei e a mulher já me odeia.

- Er... Desculpa mesmo, eu não te vi. Estava apressada porque quero falar com o senhor Knox...

- Hmm, estou vendo que é sempre muito urgente falar com ele, não é mesmo? – indaga séria e desconfiada.

Solto uma risada nervosa e forçada, mas não respondo.

- Enfim, não é para isso que eu vim aqui. A senhorita conhece algum senhor Evan?

- Quê?! – pergunto confusa.

- Tem um senhor fazendo uma grande confusão na recepção, pois quer falar com a senhorita. – ela olha para um bloquinho de papel em sua mão. – Hmm... Senhor Jason Evans.

- Jay! Mas ele já chegou?

- Então a senhorita o conhece?

- Claro, ele é meu irmão.

- Faz sentido... – fala baixo.

- O que?!

- Nada senhorita. Ele está a esperando na recepção, não pude deixa-lo subir, pois este é um andar restrito.

- Tudo bem, eu já estou indo embora mesmo. Obrigada. – falo rapidamente e corro até o elevador.

Quando chego á recepção não encontro Jay em lugar nenhum.

- Gabe? – chamo quando vou a seu balcão. – Você viu o Jason? Me disseram que ele estava aqui...

- Seu irmão gostoso? Ele foi enxotado lá para fora querida. Ninguém te encontrava, também como eu ia saber que você foi promovida! - fala animado.

- Pois é, mas nem eu sabia... Tenho que ir Gabe, mas prometo te contar tudinho depois, okay?

- Só se você me der junto o telefone do seu irmãozinho querida. – sorri maliciosamente.

Balanço a cabeça em reprovação e vou de encontro a Jay.

(...)

Quando sai fiquei por alguns segundos tentando encontra-lo, até que o vi. Jason estava sentado em uma das bancadas de pedra que decoravam a frente da empresa, é uma espécie de mureta de mármore escuro onde ficam os corrimãos. Sei que está nervoso e desconfortável de longe, pois está balançando os braços para frente e para trás e algumas vezes passava as mãos rapidamente em sua camiseta, como se estivesse as limpando. Só de vê-lo eu já começo a sorrir, é inevitável. Jason é minha família, meu tudo, e agora nós dois teremos uma chance. Enfim poderemos sair daquele lar e teremos nosso cantinho, mesmo que nem caibam nossas camas lá, isso realmente não importa porque nós enfim estaremos em casa.

Na nossa casa.

Agora me lembro dos momentos escuros de nossas vidas. Infelizmente tivemos mais do que gostaríamos de revelar, mas acho que o pior deles foi quando quase perdi Jason. Na época em que tranquei a faculdade fiquei extremamente triste, sem esperanças, e para piorar estava quase sendo enxotada do lar por não ter como pagar as despesas, e até mesmo não tendo o que comer. O problema disso tudo é que Jason começou a chegar com pilhas de dinheiro, cada semana era mais e mais. Comprava roupas novas para mim, doces, perfumes e flores sem motivo algum, apenas dizia que eu merecia, que iria sempre cuidar de sua garota. E quando penso nisso me envergonho tanto, porque admito que de início não queria saber de onde ele tirava tanto dinheiro, ou o que ele estava fazendo para consegui-lo. Apenas me contentava com alguns dólares e muitos presentes. Minha alto estima voltou, me sentia cada vez melhor, porque Jay fazia isso comigo e na realidade ele sempre fez, mesmo que isso fosse destruí-lo. Depois de um tempo Jason me entregou um bolo de dinheiro, somente notas altas, e me disse que isso era para pagar alguns cursos para mim...

- Sei que não é muito ao ponto de você voltar à faculdade flor, mas você pode fazer alguns cursos por enquanto. Com eles pode encontrar um emprego bom, melhor do que na venda do senhor Francesco. – brinca.

- Jay, isso é demais! – o abraço forte. – Mas e você? Aqui tem dinheiro o suficiente para nós dois.

- Não se preocupe comigo.

E eu não me preocupei.

Até hoje me arrependo amargamente de ter feito isso, pois foi meu pior erro. Fiz alguns cursos, todos bancados por Jay, e ganhei meus certificados com excelência. Depois disso ficou um pouco mais fácil de conseguir um emprego em uma empresa ou algo relacionado á área de secretariado. Um dia, depois de longas entrevistas de emprego mal sucedidas, acabei voltando para casa cedo. Quando entrei em meu dormitório encontrei Nina, pelada, tão enrolada em um cara que mal dava para saber o que era ela e o era ele. Assustei-me com aquilo (além de quase vomitar com a cena) e fui ao dormitório de Jason. Ele nunca chegava em casa cedo e por diversas vezes passada a noite fora dizendo que estava dormindo na casa de "uma amiga". 

E eu como sempre nunca duvidei, até este dia. Quando entrei em seu dormitório tudo estava apagado, tropecei em algumas caixas que estavam na porta tentando acender a luz e quando o fiz quase morri ali mesmo. Jason estava desmaiado no meio do chão com a camiseta toda rasgada e cheia de sangue. Foi neste dia que eu descobri de onde Jay tirava tanto dinheiro e que quando sumia não era porque estava na casa de uma de suas "amigas", e sim porque estava se escondendo de mim, para que eu não visse seu estado. Jason estava participando de lutas de vale tudo, dessas bem violentas mesmo. Era um dos melhores lutadores e permaneceu invicto durante diversas delas. É conhecido como o grande MadMuss, porque era assim que ele deixava seus oponentes no final da luta, uma louca bagunça. Infelizmente já vi Jason nesses momentos e confesso que não o conheci, apenas via os olhos sedentos por sangue de MadMuss. 

Mas o pior não foi descobrir isso e sim fazê-lo parar.

- Jason você não pode mais fazer isso, nunca mais! Por favor, promete para mim... – imploro aos soluços.

- E como vamos nos sustentar flor?! Hein, me diz! Porque eu não sei. – fala andando de um lado para o outro.

- Mas eu já fiz alguns cursos, posso encontrar alguma coisa...

- Não! Você não vai me sustentar? Nunca. – fala indignado.

- E você me sustentar pode?! – berro. – Isso é tão injusto! Ridículo!

- O problema Emma, é que eu não sou que nem você que nasceu para a grandeza... Isso – aponta para seu rosto inchado, completamente machucado. – é a única coisa que eu sei fazer e que faço bem, ou você não reparou no dinheiro que eu trago para você? Eu sou bom flor...

- Não se estiver morto! Porque se continuar assim você vai morrer Jason. Você tem que parar com isso agora! – corro e o abraço forte tentando fazê-lo mudar de ideia.

Jason suspira pesadamente e começa a fazer carinho em minhas costas, como sempre fez. - Emma, eu te amo... Mas isso não é algo que você irá decidir. Me desculpe... Eu... Não posso parar. – confessa baixinho e nesse momento eu chorei em seus braços.

Chorei por Jason. Chorei por nós. Chorei pelo passado e pelo presente. Chorei por te sido tão burra e cega ao ponto de não enxergar o que estava na minha cara há tanto tempo. Chorei por não poder fazer com que Jason parasse. E enquanto chorava, essa foi à primeira vez em minha vida que eu pedi, até mesmo implorei, para que nós, pelo uma vez, tivéssemos um pequena chance ou oportunidade por menor que ela fosse. Porque só isso podia salvar Jason dele mesmo.

Só isso traria meu Jay de volta para mim.

E agora que essa chance chegou eu vou agarra-la que nem eu agarrei Sean noite passada. Claro que sem toda a parte da pegação, dos beijos e etc.

Quando olho para Jay me esperando reparo no cenário a nossa volta. Diversos engravatados com suas pastas e smartphones nas mãos, ou em carros importados passando na rua, enquanto Jason está com uma camiseta simples cinza e calça jeans surrada. Essa visão me faz rir em meio às lágrimas que nem reparei que estavam caindo. Corro em sua direção e quando ele finalmente me nota parece preocupado, também devo ter assustado o pobre coitado. Meu rosto deve estar todo vermelho e completamente inchado. Jogo-me em seus braços e no mesmo instante Jay me abraça forte, tirando meus pés do chão.

- Jay! – falo entusiasmada e começo a depositar pequenos beijinhos em suas bochechas.

Jason começa a rir e sem me soltar olha para meu rosto. – Essa felicidade toda é por mim ou pelos milhões de doces que vamos comer hoje?

Solto uma gargalhada e beijo seu rosto novamente. – Eu nem me lembrava disso, mas agora que você disse...

- É definitivamente pelos doces então?

- Sim! – brinco e Jay sorri ainda mais, porém para.

- Mas o que foi que aconteceu? Você estava chorando? - pergunta um pouco irritando e começa a limpar as lágrimas em minha bochecha.

- Você tava certo Jay, sempre esteve! E agora eu deixo você gritar na minha orelha isso. – digo alegre e rápido demais.

- Calma flor. Sobre o que eu estava certo?

- Sobre tudo! Hoje eu fui promovida e não foi uma promoção pequena. Eles vão pagar meu curso todo, vão arcar com todas as despesas... – respiro fundo. - Eu vou voltar para a faculdade Jay! – exclamo voltando a chorar.

- É sério isso? – fala impressionado me soltando de seu abraço.

- Sim, eu tenho uma sala só minha. Tem até uma plaquinha com meu nome Jason! Tá escrito Emma Smith lá.

- Isso... Isso é incrível! – me abraça novamente. - Eu te disse que você iria conseguir minha flor, apenas tá conseguindo o que é seu por direito. Eu... Estou tão orgulhoso de você! – quando me solta vejo que seus olhos estão vermelhos de emoção tanto quanto os meus.

- Eu prometo a você, Jay, que a partir de hoje tudo será diferente.

- Tenho certeza disso minha flor. Você só precisava de uma oportunidade, agora que a tem ninguém ira segura-la. Nem mesmo o céu será o seu limite. – brinca.

- Estou falando sério Jason. – bato em seu braço.

- Eu sei minha flor. – beija meu rosto. - Agora pare de chorar, precisamos comemorar.

- Precisamos é?

- Claro, e vamos fazer isso da melhor forma.

- E como seria isso?

- Te empanturrando de doces, minha flor, e depois vamos sair para dançar! Você vai rebolar esse seu bundão a noite inteira, então se prepare.

- Jason, eu não posso. Amanhã tenho que trabalhar e não...

- E hoje você vai comemorar, curtir e aproveitar tudo. Para de ser tão chata, antes eu até entendia, mas agora que conseguiu virar empresária tem que parar de ser sistemática. Hoje a gente vai dançar nem que eu tenha que te levar nas costas.

- Eu não virei empresária... – nego rindo de sua confusão. Jason nunca entendeu muito bem o que eu fazia na empresa.

- Shiu, não quero ouvir mais nada milady. Vamos comer! E eu tenho uma novidade também...

- Hmm, e o que é? – pergunto curiosa.

- Você vai ver... – fala misterioso.

E eu não sei por que isso me deu um forte aperto no coração.

A história que vou indicar hoje é a "Minha LIBERTAÇÃO" da MayRangell ! Leiam, eu amo essa história demais e está bem no finalzinho então vocês terão muuitos capítulos para ler <3 

E o chapter é dedicado a leitora StefanyTeodoro6, muito obrigada!

E essa semana vai ter capítulo bônus!!!!!



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