Marjorie e os 12 Porquês

By paulalampiasi

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Marjorie Summers tinha 12 em tudo: 12 músicas favoritas, 12 degraus para o seu quarto, 12 anos quando descobr... More

Capítulo 1 - Seja legal
Capítulo 2 - A garota dos olhos castanhos
Capítulo 3 - Dente-de-leão
Capítulo 4 - Coleções
Capítulo 5 - Fósforos
Capítulo 6 - Cidades e mais cidades
Capítulo 7 - A ampulheta
Capítulo 8 - Garota-Estrela
Capítulo 9 - Para um pessimista, eu estou bem otimista
Capítulo 10 - A noite em que fugimos
Capítulo 11 - Eu Quero Acreditar
Capítulo 12 - Diferenças e Desavenças
Capítulo 13 - O que o coração não vê um fantasma te conta
Capítulo 14 - Os Extraordinários Contadores de Histórias chegam a Nova Iorque
Capítulo 16: Forasteiros
Capítulo 17 - Quanto mais perdidos, melhor
Capítulo 18 - A inexplicável virtude da imprevisibilidade, por Marjorie Summers
Capítulo 19 - Diferenças e Desavenças, parte II
Capítulo 20 - Um dia ruim
Capítulo 21 - A melhor parte de Nova Iorque
Capítulo 22 - Outono
Capítulo 23 - Marjorie vai para a Flórida
Capítulo 24 - Doze
Epílogo

Capítulo 15 - A Mentirosa e o Pessimista Contra o Mundo

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By paulalampiasi


 Quando Marjorie, eu e Susan chegamos ao local do festival tudo parecia mais uma bagunça de pessoas e carros e barulho do que antes, o que meio que coincidia com as minhas expectativas do que seria um show de música em Nova Iorque.

 O que realmente me surpreendeu, na verdade, foi quando, depois de alguns minutos procurando, conseguimos localizar o filho de Susan.

 Bem, vocês sabem... conheci Martin, o hacker, Chuck, o cara que viajava por aí caçando aliens em um trailer e é claro, Susan, que com certeza era a vozinha mais exótica e diferente que eu já tinha conhecido. Então é claro que nós podemos perceber um padrão para os amigos da Marjorie: isso é, são todos estranhos.

 Andy não chegava nesse padrão.

 Ele era o cara mais normal que eu já tinha visto – e eu olho para minha cara no espelho todos os dias. Por um segundo me perguntei se elas não estavam se enganando, porque qual é, eu estava totalmente esperando um cara de dreads e calças estampadas ou um garoto vestido de ninja. Mas ele estava parado ao lado da cerca de ferro com uma calça jeans e camiseta do The Plain Stalkers, afastado das pessoas, e eu senti algo dentro de mim que queria gritar "FINALMENTE UMA PESSOA NORMAL EM TANTOS DIAS DE ESQUISITICE'.

 Ver uma pessoa tão comum me fez sentir bem, mais real. Meio que me fez perceber que tudo aquilo realmente estava acontecendo, que não era um sonho louco ou um filme – era minha vida, bem ali. Me fez lembrar que depois de tudo aquilo eu ainda voltaria para a simplicidade de viver uma vida cotidiana normal em Ohio. E também que teria que dar muitas, muitas explicações para minha mãe, mas como todas as outras vezes, tentei ignorar o pensamento.

 Marjorie o cumprimentou e eu esperei até que Susan nos apresentasse. O garoto parecia ser só alguns anos mais velho que nós e eu não tinha a mínima ideia de como ele conseguiria nos infiltrar dentro do festival.

 Incrivelmente, foi mais fácil do que pensei.

 – Vocês devem estar com fome. Estou esperando aqui há um tempão – Ele exclamou, sentando-se no chão. Pegou uma mochila preta que estava ao lado e começou a fuçar dentro dela. – Comprei uns hambúrgueres, espero que não tenha amassado...

 Marjorie olhou para mim, parecendo um pouco nervosa. Susan havia se despedido com um abraço e um "boa sorte! " E agora ela parecia um pouco perdida. Quase como se a normalidade a deixasse desconfortável. O que era estranho, porque ela estava saindo bastante comigo nos últimos dias.

 Nós o seguimos e sentamos no chão enquanto ele passava um sanduíche para cada um, e minha barriga fez um som estranho. Percebi que estava morrendo de fome, agora que meu estômago não estava mais iludido pelos biscoitos de Susan.

 Olhei ao redor: estávamos sentados um pouco afastados da fila enorme do show, embora ela estivesse dando várias voltas e parecesse mais com uma plateia do que com uma fila normal. Tinha algumas rodinhas sentadas como a gente em vários lugares, banheiros químicos encostados em um lado da cerca. Lembrei da história sobre se esconder em um desses e me desanimei um pouco.

– Então – Comecei. – Sua mãe disse que você é profissional em... entrar em festivais.

 Andy sorriu para mim, então olhou para seu hambúrguer timidamente, fazendo um gesto com a mão como se dissesse "ah, para! ".

– Bem, vocês sabem... algumas pessoas cantam bem, alguns são muito bons em matemática. Eu entro em festivais escondido.

– Marjorie é uma ótima mentirosa. – Comentei, como se fosse seu maior talento, e ela olhou para mim com uma mão no coração, fingindo que estava ofendida.

– Finn é um pessimista profissional – Ela rebateu, e eu ri, mas não consegui discordar. Era verdade demais.

– Vocês são tipo, uh, um casal? – Andy perguntou, parecendo um pouco desconfortável.

 Nós fizemos uma careta e começamos a rir descontroladamente. Eu não sabia se realmente achávamos aquela ideia engraçada ou se só estávamos tão desconfortáveis quanto eles. De qualquer jeito, em certo ponto cutuquei a cintura de Marjorie com o cotovelo e ela pareceu lembrar sobre as histórias que tínhamos contado para Susan, a mãe de Andy.

– Sim – Respondemos em uníssono, mudando drasticamente nossas expressões faciais de "essa é a coisa mais engraçada que já ouvi" para "somos comprometidos e estamos juntos em um relacionamento sério" em menos de um segundo.

 Andy acenou com a cabeça, embora sua expressão parecesse confusa e levemente suspeita. Passei um braço pelos ombros de Marjorie, puxando-a para mais perto, e esperei que isso o convencesse. Seria difícil ter que agir como se estivéssemos namorando o tempo inteiro perto de Andy, mas talvez, por sorte, nós iriamos conseguir nos perder um pouco.

 Marjorie fuçou em sua mochila até encontrar o instrumento alienígena dos anos 90 – o walkie-talkie que Susan tinha nos oferecido. Ela o mostrou para Andy, que segurou uma risada, balançando seu próprio walkie talkie em mãos.

– Antes de qualquer pergunta, sim, eles são necessários – Ele riu. – Caso algo aconteça, é muito mais fácil do que ligar por um telefone. E meu celular está sem bateria há quase 6 semanas agora.

– Porque não coloca ele para carregar? – Perguntei.

– Tenho preguiça.

– Ah.

 Marjorie olhou para Andy, e então para mim, e então para Andy de novo, como se estivesse em um desenho animado, e começou a rir. Não, a rir não, a gargalhar. Em certo momento, ela tinha os braços apertados em volta da barriga, como se estivesse doendo, e tinha deitado no chão de grama, atraindo alguns olhares curiosos. Andy só encarou a cena com a mesma expressão confusa de sempre e olhou para mim, procurando por uma explicação.

 Como sempre, eu não tinha explicação nenhuma. Só estava acostumado demais com a Marjorie para achar aquilo levemente estranho.

– Vocês dois são tão incrivelmente convencionais que chega a ser esquisito – Ela disse, simplesmente, o sorriso ainda no rosto. Então deu um tapinha em nossos ombros com cada mão. – Tudo bem, meninos. Como vamos entrar no festival?

Xxx

 Andy nos explicou seu plano e nos deu pulseirinhas laranjas de festivais antigos, dizendo que se algum segurança nos pegasse, teria uma chance maior de nos livrarmos dele se ele acreditasse que aquela pulseirinha pudesse ser dali. E então ele explicou de novo, e de novo, porque eu queria ter certeza de que não iria bagunçar as coisas e destruir tudo. Toda aquela viagem, as horas e horas em que Marjorie tentara me convencer a fazer aquilo – esse era o clímax. Se eu estragasse as coisas, tudo aquilo teria sido por nada.

 Eu estava soando frio, enquanto Andy parecia algum tipo de chefe do FBI e nos explicava detalhadamente o que teríamos que fazer, parecendo tão sério que me dava vontade de fazer xixi (na verdade a vontade já estava lá desde o começo da viagem com Susan, mas a ansiedade era uma boa desculpa para usar o banheiro químico de 2 em 2 minutos). Eu estava soando frio.

 Marjorie, como sempre, parecia irritantemente calma.

– Okay, então vamos esperar os portões abrirem, pular a cerca pelo lado do backstage passando pelo segurança do portão, nos arrastar por debaixo dos ônibus, passar pelo segurança do outro portão e nos infiltrar na multidão – Ela repetiu, listando as ações nos dedos. Então abriu um de seus típicos sorrisos. – Fácil.

– Fácil – Eu resmunguei, sarcástico. – Como roubar doce de um lutador de UFC de 120 kilos.

 Marjorie revirou os olhos, embora o sorriso no seu rosto não tivesse desaparecido.

– Você sabe que essa não é o peso ideal para um lutador de UFC, né? – Ela sussurrou.

– É uma metáfora – Resmunguei novamente, como uma criança. – E eu não sei nada sobre UFC.

 Ela riu, o que, por incrível que pareça, me acalmou. O som era alto e limpo, como se ela não tivesse uma preocupação se quer no mundo. Vamos ver, imagine que você está na praia durante as férias. É fim de tarde. Crianças brincam na areia, algumas pessoas nadam no mar. O sol está quase se pondo, tudo está um pouco silencioso e um a única coisa que você escuta é o sons dos pássaros e das ondas quebrando.

 Okay, isso foi um pouco gay. E lindo. Mas enfim, é assim que é sua risada, se é que isso fez algum sentido. Como se ela estivesse sempre confortável. Como se pássaros e ratinhos lavassem suas roupas e fizessem vestidos para ela. Como se flores crescessem por onde ela pisa enquanto borboletas pousam alegremente em seu cabelo.

 De novo. Okay, dessa vez eu vou me controlar. Mas eu não tinha certeza porque ela conseguia me trazer tanta calma – desde que tinha conhecido Marjorie, minha vida tinha sido bem diferente de calma e pacifica. Ainda assim, as coisas pareciam sempre dar certo para ela. Como se o universo estivesse sempre a seu favor.

 O que era irônico, considerando que ela estava morrendo. Droga, parece que eu sempre esqueço essa parte da história – o lado esquerdo, o lado triste e real de qualquer conto de fadas.

 A risada de Marjorie me tirou dos meus pensamentos novamente, me puxando de volta a realidade como se batesse na minha cara.

– Tudo bem, quando Finn não está dormindo fisicamente, está dormindo mentalmente – Ela explicou, e eu percebi que eles deviam estar falando de mim há um tempo.

– Haha – Ri sarcasticamente, embora eu não conseguisse tirar o sorriso idiota do meu rosto. – Muito engraçado, mas já é quase meio dia. Eles vão abrir os portões.

– Então acho que é hora de irmos – Andy levantou, ajudando-me a levantar. Eu ajudei Marjorie enquanto ela pegava suas coisas. – Mantenham seus walkie talkies por perto, tentem lembrar do plano e o mais importante: não se desesperem.

 Ele nos segurou pelos ombros, e nós olhamos para ele como se fosse algum tipo de monge que nos  abençoaria com sua graça e sua sabedoria. Ele apertou os olhos esverdeados enquanto sorria.

– Vamos lá, meus pequenos ninjas. Vamos entrar em missão.

XXX

 Nós corremos – o mais discretamente possível – até a parte de trás da cerca, onde conseguíamos ver as pessoas entrando pelo outro lado, os seguranças em cada um dos portões e todos os ônibus de turnê das bandas, além de – uau, que surpresa – mais banheiros químicos.

 A primeira parte do plano é que teríamos que entrar nesse lugar, então teríamos que:

1. Pular a cerca.

Ou

2. Cavar um buraco por baixo da cerca.

 A opção 2 podia até parecer mais segura e divertida, mas infelizmente, era fisicamente e espiritualmente impossível – seja lá o que isso significa – então ficamos com a ideia brilhante de pular a cerca, o que seria fácil se eu:

1. Fosse uma pessoa saudável que pratica esportes e está acostumada a fazer exercícios físicos.

Ou

2. Fosse o Homem-Aranha.

 Como eu não era nenhum dos dois – eu só tinha uma certeza sobre esse plano: Eu vou morrer. Ou pelo menos vou quebrar uns ossos aqui e ali, mas de um jeito ou de outro, vai ser dolorido. Andy tentava nos convencer de que ele já tinha feito isso antes e de que não era tão difícil quanto parecia. Marjorie parecia incerta, mas ainda considerava a ideia. Eu olhava para Andy como se fosse louco.

– Podemos subir em cima daquele banheiro químico – Marjorie disse, apontando para a caixa azul a alguns metros de distância. – Talvez seja mais fácil para pular para o outro lado.

 Andy olhou para o banheiro como se estivesse olhando para uma ilha em terra firme depois de anos viajando num barco. Então deu de ombros, como se fosse uma ideia um pouco patética.

– Eu posso ir primeiro por aqui e encontro com vocês ali. Seria mais fácil para puxar vocês dois depois.

 Marjorie concordou, e eu só assistia enquanto eles tomavam as decisões, porque eu realmente não tinha uma ideia melhor e mesmo que tivesse, ainda estava com medo de estragar o plano.

 Eles concordaram com o que iriamos fazer e Andy acenou, começando a escalar a cerca como algum tipo de artista de circo. Okay, eu retiro o que disse sobre Andy. Ele não era só um cara normal. Ele era um cara normal muito bom em escalar cercas para entrar em festivais de modo ilegal.

 Marjorie olhou para mim como se eu estivesse carregando o mundo nas minhas costas e acenou com a cabeça, pegando minha mão enquanto corríamos para o banheiro azul. Okay, eu não entendo como aquilo podia estar cheirando tão mal se o festival tinha acabado de começar, mas estava, então tudo o que eu queria era acabar logo com aquele pesadelo.

 Juntei as duas mãos próximas ao chão para que Marjorie pudesse subir, mas ela achou que seria um plano melhor se ela pulasse das minhas costas e escalasse até o topo da caixa. Tudo bem, talvez aquilo fosse bom também.

– Ai, ai, ai! Marjorie, você tá louca! – Reclamei, enquanto ela tentava achar algum apoio para seu pé, as duas mãos agarradas ao topo do banheiro, quase chegando. Felizmente ela encontrou um apoio para seu pé – infelizmente esse apoio era meu rosto. Bem, não se pode ganhar sempre.

 Ela conseguiu subir, olhando ao redor. Marjorie sorriu como uma criança que acabara de fazer algo errado, e eu provavelmente parecia um ser insignificante olhando dali de baixo com meu cabelo bagunçado e meu rosto sujo de terra com a marca de seu sapato, olhando para ela como se ela fosse algum tipo de heróina na terra.

– Dá pra ver tudo daqui de cima – Ela comentou, rindo para si mesma. Então virou se para mim, estendendo suas duas mãos enquanto Andy agarrava seus pés do outro lado da cerca. – Vamos lá, Johnston!

 Eu hesitei por um momento, então dei um impulso e agarrei as mãos de Marjorie, que começou a me puxar com força. Eu empurrava o banheiro químico com os pés para não colocar todo meu peso sobre os bracinhos de Marjorie, mas ela parecia estar me aguentando bem (não sou lá um cara tão forte assim, mas isso me deixou meio mal).

 O único problema foi quando o banheiro tremeu e ameaçou cair, e eu olhei para Marjorie com os olhos tão arregalados que podiam saltar para fora. Ela parecia tão assustada quanto eu, mas continuou.

– Vamos lá, só mais um pouco! Agarra firme, Johnston! – Ela gemeu, tentando me puxar com mais força. – Ugh, você não devia ter comido aqueles hambúrgueres!

– Ah, cale a...

 Minha frase foi interrompida por um cara grande – e eu estou dizendo grande mesmo – que abriu a porta do banheiro e saiu de lá de dentro, olhando ao redor procurando pelo som – parecia pronto para esmagar nossas cabeças com suas grandes mãos másculas.

– Me puxa, me puxa, me puxa! – Exclamei para Marjorie em desespero, o que chamou a atenção do cara grandão. – Rápido!

 Andy caiu do outro lado da cerca novamente, puxando os pés de Marjorie com ele, que também caiu, puxando meus braços com ela. Por um momento achei que meus braços tinham se separado do meu corpo, o que seria um pouco incômodo, já que preciso deles para muitas coisas, mas antes que pudesse me preocupar muito eu estava do outro lado da cerca, em baixo de mim estava Marjorie.

 Meu rosto estava a centímetros do dela. Por um momento, me esqueci da dor nos meus braços, que agora estavam apoiados um em cada lado de sua cabeça. Seus olhos castanhos me fitavam com curiosidade, embora sua expressão facial nunca desistia de me fazer sentir como se ela estivesse me desafiado a fazer alguma coisa. Seu cabelo castanho estava espalhado pela grama em volta de sua cabeça, algumas folhas em meio das ondas bagunçadas, e eu tive a certeza de que Marjorie nunca parecera tão bonita.

 Eu conseguia sentir sua respiração batendo levemente em meu rosto e meu próprio coração batendo violentamente como se fosse explodir a qualquer momento.

– Ah, minha bunda! – Grunhiu Andy, levantando-se e massageando seu traseiro. – Vocês dois são pesados, hein?

 Eu senti meu rosto esquentar violentamente e Marjorie me empurrou para o lado, rindo, como se tudo aquilo fosse casual. Eu não sabia o que tinha acabado de acontecer, mas com certeza não tinha muito tempo para pensar.

 Me levantei, ajudando Marjorie, embora eu ainda estivesse meio tonto. Meus braços tinham voltado a doer. Eu ia dizer alguma coisa quando ouvimos uma voz atrás da gente.

– Ei, vocês! Parados! – O cara grandão de antes estava do outro lado da cerca, apontando para nós. Ele não parecia um segurança, só parecia interessado em manter a segurança do festival intacta. – Ei! Alguém ajude!

 Quando ele começou a escalar a grade como Andy tinha feito mais cedo, Marjorie agarrou minha mão e a de Andy e começamos a correr o mais rápido que conseguíamos. 

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