How to save a life ~ ABO ~ l.s

By lourrystt

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Amelia e Louis tiveram uma ligação instantânea, imediata. Ninguém saberia dizer porque, mas, o que importava... More

Meet Amelia
It feels like fate
Taking care of you
The A Team
The Magic Song
Brotherhood
The death of the past and a new life
The Solution
Trip routine
Jealous
First touch, first kiss
Meet Baby Bear
Only Angel
Date night
Naked
For I can't help falling in love with you
Intensity
Heaven
The One
Changing
Arlo
Meet Richard Alexander Payne
Soulbond
Falling apart
Protection
He's gone
Finding Louis
Pain
Strong
Family love
Epílogo: Meet Violet, Aaron and Morgan
Agradecimentos, notas e rasgação de seda

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By lourrystt

N/A

Eu disse que não ia acontecer nada.

Enjoy <3

***

O ômega, ao ouvir o grito desesperado de Harry, assustou-se, virando-se e arregalando os olhos para a pequena Amelia que estava de frente a uma caminhonete enorme, o veículo parou a centímetros da garotinha que havia começado a chorar com o susto. Em um ato reflexo correu até onde ela estava, agarrando-a pelo tronco e puxando-a para longe da caminhonete. Ambos acabaram caindo no chão, Amelia agarrou-se ao pescoço de Louis, enquanto ele a protegia em um abraço apertado.

- Ame... Ame... - Louis sussurrou, enquanto erguia o rosto e pequeno e tirava os cachos encharcados dali. - Ame... Por favor... Ame... Você está bem?

- Ursinha... Filha... - Harry se aproximava correndo e ajoelhou-se ao lado de Louis - EU PRECISO DE UMA MACA! - berrou, virando-se para a porta do hospital onde Niall e Liam estavam.

O ômega ergueu o tronco do chão, sentando-se com Amelia nos braços, virando-a para o pai. A garotinha estava tremendo e muito assustada. Agarrava-se ao corpo de Louis como se pudesse cair a qualquer momento, ou como se fossem tira-lo do seu aperto no minuto seguinte e ela, definitivamente, não queria se afastar.

- Ela está bem? Ela está bem? - o ômega perguntou em agonia, enquanto encarava a garotinha.

- Amelia, filha... - segurou o rosto e encarou os olhinhos vermelhos pelas lágrimas. - Vem aqui, eu preciso levar você pra dentro.

- Não papai, só vou se o Louis for. - a garotinha disse firme. Louis e Harry se encararam.

- Filha... - Harry ponderou, tentando argumentar, mas, foi interrompido por um grito estridente da garotinha.

- EU NÃO VOU PAPAI, NÃO VOU DEIXAR O LOUIS! - apertou o ômega em seu abraço e escondeu o rosto no peito encharcado. A chuva era muito forte.

- Ame, você tem que ir... - Louis começou, fazendo carinho nos cabelos encharcados, puxando seu rosto para fora do seu peito, fazendo-a olhá-lo novamente.

- Lou... - ela ergueu os olhinhos com dificuldade para o ômega, já que as fortes gotas de chuva impediam que ela o visse com clareza.

- O seu pai precisa ver se você não tem nenhum dodói... Você precisa entrar. - beijou a testa da menina e sorriu reconfortante, precisava convencê-la a entrar, ou a garotinha poderia pegar uma pneumonia com aquela chuva toda.

- Você não vem comigo? - ela perguntou fazendo beicinho.

- Ele vai sim amor. - Harry apressou-se em falar. - Vem, vamos.

O ômega o encarou com os olhos arregalados, nesse momento, Niall se aproximou com uma quantidade razoável de enfermeiros, que o ajudaram a afastar alfa e ômega da garotinha, que voltou a chorar copiosamente enquanto chamava pelo pai. Harry e Louis correram logo atrás, mas, foram impedidos de acompanha-la até a sala de exames.

- É A MINHA FILHA! - Harry rosnou transtornado, insistindo em acompanhar o amigo.

- POR ISSO MESMO. FIQUE AQUI E ESPERE. - Niall disse firme.

Enquanto a maca era levada, ouviam-se as lamúrias da garotinha que chamava o pai em meio ao choro agoniado. Niall sumiu pela porta deixando o alfa atônito. Louis se aproximou, um tanto apreensivo, parando ao lado de Harry.

Alfa e ômega continuaram de pé, em frente a porta da sala de exames, a espera de alguma notícia, de qualquer informação a respeito de Amelia. Alguns minutos depois, cerca de quarenta, o alfa irlandês surgiu, retirando a máscara, encarando os olhos avermelhados de Harry.

- Ela está bem... - sua voz continha um alívio absurdo e seus olhos marejaram por alguns instantes. - Está bastante assustada, mas, ela está bem. - Louis e Harry sorriram aliviados.

- Eu posso... Posso vê-la... Por favor? - o ômega perguntou aflito.

- Eu precisei seda-la, ela estava muito agitada, a qualquer momento ela vai pegar no sono, mas, podem ir vê-la sim. - Niall sorriu.

- Venha Louis... - a voz do cacheado foi ouvida e ele estendeu a mão, para que o menor segurasse.

Entraram juntos no quarto em que Amelia havia sido colocada. Ela estava deitada com os olhinhos verdes quase fechados. As roupas molhadas estavam estendidas em uma poltrona e ela já estava com o avental verde. O alfa se aproximou da cama e se sentou ao lado da pequena, o ômega continuou um pouco afastado, próximo a porta do quarto.

- Papai... - o rosto de Amelia entortou-se e ela grunhiu, chamando pelo pai em meio as lágrimas - Papai...

- Eu estou aqui amor... Eu estou aqui... - curvou-se, aproximando as mãos do rosto da filha, fazendo-a encara-lo com a expressão amedrontada.

- Papai, tá doendo... - ela reclamou, o choro agoniado e as lágrimas insistentes eram melhores do que perdê-la.

- Eu sei ursinha, eu sei... - aproximou os lábios da testa dela e beijou-a suavemente. - Mas já vai passar, sim? Já vai passar...

O ômega encarava o olhar reconfortante que o alfa dirigia à filha. Ele a amava tanto que saltava aos olhos de qualquer criatura. Sentiu uma ponta de inveja. Havia tanto amor naquele lugar, que, por consequência, ele sentia-se reconfortado também.

- Eu trouxe uma visita... - com a dificuldade proveniente da sedação, Amelia moveu o rosto, vendo o ômega parado ao seu lado.

- Oi Lou... - ela sorriu sonolenta.

- Você nos deu o maior susto, Ame... - o ômega se aproximou finalmente e segurou os frágeis dedinhos da mão direita com os seus.

- Eu estava... Eu queria falar com você... Mas, você já estava indo embora... - a pequena fez um beicinho como se estivesse prestes a chorar, mas, antes que pudesse completar a frase, acabou caindo em sono profundo no minuto seguinte.

- Está tudo bem agora... Ele não vai a lugar nenhum, filha. - beijou a testa de Amelia e virou-se para Louis.

- Perdão? - o ômega encarou Harry com a expressão confusa.

- Eu preciso de alguém pra cuidar da Amelia, você precisa de um emprego e um lugar pra ficar.

Os olhos do ômega marejaram instantaneamente. Ele levou as mãos aos lábios, tentando abafar o choro. Aquilo era inacreditável demais, coisas boas nunca aconteciam com ele, aquilo não podia ser verdade. Há algumas horas atrás ele não tinha para onde ir, provavelmente terminaria a noite na rua mais uma vez, e agora, bom, agora ele tinha para onde ir.

- Dr. Styles...

- Olha, a Amelia se apegou a você por alguma razão e ela deve ser boa. Eu vou contratar você como uma espécie de babá tudo bem? Até você conseguir dinheiro suficiente pra conseguir um lugar pra você e um outro emprego, algo melhor, pode ficar na minha casa.

O ômega abriu o maior sorriso que conseguiu, as ruguinhas em volta dos olhos e as bochechas erguidas, o rosto estava úmido, mas, pela primeira vez em muito tempo, as lágrimas eram de alegria. Sem pensar muito, Louis se aproximou do alfa, enrolando os braços em volta do tronco firme, abraçando-o apertado.

- Obrigado. Muito obrigado. O senhor não faz ideia do quanto está me ajudando, muito obrigado. - disse com os olhos fechados e o rosto encostado no peito ainda molhado de Harry.

- Não por isso. - o alfa respondeu rindo enquanto encarava os cabelos castanhos encharcados do ômega.

- Desculpe... - afastou-se rapidamente quando se deu conta de que estava agarrado à Harry, mas, ele não o abraçava de volta.

- Tudo bem. - o alfa sorriu sem graça - Eu vou levar as coisas que a Ame trouxe para o carro, você fica fazendo companhia à ela sim?

O ômega assentiu, sentando-se na cadeira ao lado da cama onde Amelia dormia profundamente. O alfa assentiu em resposta e deixou o quarto em direção à sua sala, onde a filha havia deixado uma quantidade incontável de livros, CDs e brinquedos, ela provavelmente surtaria se acordasse na manhã seguinte e eles não estivessem de volta em seu quarto.

***

- Você vai levar a Ame pra casa hoje? - Niall perguntou, encarando o amigo.

- Vou sim, quero deixa-la bem quentinha na cama dela essa noite, você ministrou os antibióticos? - perguntou, enquanto terminava de abotoar sua camisa.

- Claro, quer me ensinar a fazer meu trabalho? - entortou o nariz - Mesmo assim ela ainda pode ter complicações, você sabe disso, não sabe?

- Sei. Mas, prefiro ela em casa, comigo, posso cuidar dela, qualquer sinal de febre eu trago ela de volta, mas, não quero minha filha trancafiada nesse hospital.

- Eu sei, não precisa ficar nervoso.

O irlandês se aproximou o suficiente do amigo para tocar-lhe o ombro de forma carinhosa, fazendo o alfa relaxar quase instantaneamente. O cacheado suspirou pesadamente e caiu sentado num dos bancos de madeira do vestiário, as mãos cobrindo o rosto enquanto ele tentava conter o choro. Horan sentou-se ao lado dele mantendo-o em seu abraço.

- Vamos, fique calmo, o Alex levou anos pra manifestar a doença, a Ame é tão cheia de vida, nós já fizemos todos os testes e não há nada que indique que ela também tem.

- Você sabe que essa sua frase formou um paradoxo na minha mente, não sabe? O Alex levou anos pra manifestar a doença e a Ame ainda não manifestou.

- É uma doença genética, qualquer sinal da existência dela nós já teríamos visto, nós fazemos exames periódicos na Amelia, então, meu amigo... - segurou o rosto do cacheado entre as mãos - Fique tranquilo, sua filha é perfeita, em todos os sentidos! - sorriu sincero, sendo acompanhado por Harry.

- Ela é, não é?

- E você é um pai muito idiota que faz todas as vontades dela, essa menina só não é mimada porque os genes do Alex são bons. - o alfa cacheado aumentou o sorriso se aproveitando daquela conversa tranquila com seu melhor amigo.

- Obrigado por hoje. - disse finalmente, após alguns minutos em silêncio.

- Não precisa me agradecer, você, o Liam e a Ame são minha família e eu faço qualquer coisa por vocês. Até mesmo apoiar essa ideia estúpida de levar um completo estranho pra sua casa. - Harry rolou os olhos e se levantou, sabendo que uma ou outra o alfa irlandês iria falar disso.

- A Ame gosta dele. - ele disse, como se fosse razão suficiente para convencer o loiro.

- A Ame tem seis anos, ela gosta de todo mundo. - constatou, cruzando os braços.

- Não, ela não gostava do Nick. - virou-se para o amigo, com a sobrancelha erguida, lembrando-se da única vez que tentou um relacionamento depois de Alex e o quão desastroso havia sido.

- Ninguém gostava do Nick.

- Eu gostava.

- Porque é burro.

- Como eu ia saber que...

- Nem começa, todo mundo sabia que o Grimshaw não valia nada, mas, óbvio, você só enxerga o lado bom de todo mundo. Styles, esse ômega chegou aqui quase morto, não foi um acidente, ele foi espancado, alguém, que está solto por aí, odeia ele, só tome cuidado, você tem uma filha, sua obrigação é protegê-la, mesmo que ela não enxergue como proteção.

O nome do irlandês foi chamado nos alto falantes do hospital e ele deixou o cacheado absorto nos próprios pensamentos, por um lado, o irlandês estava certo, alguma coisa grave havia acontecido com Louis, mas, ele não acreditava que aquilo poderia afetar sua família. Afastou aquela ideia e voltou para onde Amelia estava. Assim que chegou no quarto, pôde ouvir a voz calma do ômega.

- And it's alright calling out for somebody to hold tonight. When you're lost, you'll find a way, I'll be your light. You'll never feel like you're alone, I'll make this feel like home... - assim que o alfa abriu a porta com cuidado, o ômega estava curvado sobre a cama, com o queixo apoiado no colchão, fazia um suave carinho nas mãos de Amelia com as pontas dos próprios dedos e cantava baixinho, enquanto a encarava com um sorriso.

Acabou sorrindo instantaneamente, alguma coisa dentro de si dizia que aquele ômega seria incapaz de fazer algo para ferir sua filha e isso confortou seu coração. Suspirou aliviado e entrou no quarto logo depois, decidindo guardar para si aquela imagem, mesmo porque, isso provavelmente deixaria Louis sem graça.

Assim que viu o alfa, Louis levantou-se imediatamente, achando que o homem que agora seria seu patrão ficaria bravo por vê-lo todo molhado, tão próximo da filha, mas, o cacheado sorriu simples e se aproximou da cama da garota que ainda dormia, pegando-a nos braços e embrulhando-a com o cobertor do hospital, estava um pouco frio para ela.

Caminhou até a porta, mas, o ômega não o seguiu, não sabia se deveria, nem se a proposta que ele havia feito enquanto Amelia estava oscilando entre dormindo e acordada ainda estava de pé, por um instante temeu que ele somente a tivesse feito porque a garotinha talvez pudesse ouvi-lo e enxota-lo agora que tinha oportunidade para fazê-lo.

Percebendo que o ômega não o acompanhou, Harry virou-se para encara-lo com as sobrancelhas juntas, suavizando a expressão assim que percebeu o que identificou como um pouco de medo nos olhos azuis.

- Pode abrir por favor? - Louis assentiu, caminhando rapidamente até a porta e abrindo-a para que o alfa passasse

Nesse momento, Amelia, que estava com o rosto escondido entre o ombro e o pescoço do alfa, abriu os olhos com dificuldade e encarou o ômega que ainda estava parado dentro do quarto, cochichou alguma coisa no ouvido do pai e ele cochichou algo de volta no ouvido dela, ela sorriu sonolenta e fechou os olhos, antes de pegar no sono novamente, disse baixo:

- Vamos pra casa, Lou.

***

N/A

No mais, perdão pela demora, pelos erros e o de sempre: mamãe ama vocês.

Beijos de LOUIS e até a próxima crianças <3

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