Amor & Obsessão

By Somethin_Great

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Liam Hunter é um homem maduro, divorciado e poderoso à procura da segunda oportunidade de amar. Victoria Ren... More

01| Dizem que são bons na cama.
02| É uma técnica de sedução?
03| "Como poderei retribuir o favor?"
04| O que faz ele aqui?
05| Tequila.
06| É a primeira vez.
07| Mulher estúpida.
08| Quem é ele?
09| Eu gostaria de puder beijá-la.
10| Cartas na mesa.
11| Tenho saudades tuas, bebé.
12| Despertar demónios.
13| Idade.
14| Rap Jumping.
15| Fazer o tempo parar.
16| Rowdy.
17| Amo-te.
19| Não aceitar de volta.
20| Apresentação.
21| "Estás melhor comigo."
22| Puta que pariu!
23| Preservativo.
24| Damas de honor.
25| Sementinhas.
26| Tu és somente minha.
27| Doente.
28| Flores de tempestade.
29| Devíamos afastar-nos.
30| A culpa é tua!
31| Anjo.
32| Refém em casa?
33| Surpresa!
34| Chave na mão.
35| 14 de fevereiro?
36| Quiseste engravidar para me segurar.
37| Qual é o destino?
38| O que estamos aqui a fazer, Liam?
39| Sim, aceito.
40| Vou desenhar-te nu.
41|"Tu tens o que é meu"
42| Uma pechincha?
43| Comprimidos azuis?
44| Pintar com os corpos.
45| "Surpreende-me até lá."
46| "Não foi acidente ao acaso?"
47| "Eu tenho super poderes."
Não é um capítulo.
48|Vick, bebé.
49| Amnésia dissociativa?
50| "O meu coração arde por ti"
51|Como se ela fosse uma droga.
52| Lento. Fundo. Intenso.

18| Até fechar os olhos.

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By Somethin_Great

Sigo para noroeste na Wellesley Rd/A212 em direção a Poplar Walk e utilizo a faixa do meio para virar à esquerda para St. Jame's Rd/A212 A222.

Ligo o rádio e ponho na Triple Hits e vou intercalando com a Kiss quando não gosto das músicas ou quando já estou saturada de as ouvir.

Depois de seguir pela 2° saída para Melfort, continuei até Norbury Cres. Viro em direção a Manor Farm e mais à frente viro à direita para London.

Continuo até Buckingham Palace pela A3214 e quando estou a chegar a Terminus Palace, viro à esquerda. A viagem demorou cerca de 50 minutos.

Estou cansada. Não gosto de conduzir à noite.

A fachada do Kings Gate apresenta um rosto confiante para Victoria Street, com impressionantes pilares de pedra calcária e balaustradas de bronze. A enorme altura do edifício ou dos edifícios dá uma grande presença e abre uma vista extraordinária, enquanto as vias pedonais ao longo da rua criam uma sensação de boas-vindas de espaço e luz. Cada elemento deste edifício foi cuidadosamente pensado e trabalhado.

Após passar pelo porteiro que informa o Liam de que estou ali, é-me permitido que suba até ao andar do meu namorado.

Ajeito a minha trança e verifico a minha imagem no espelho do elevador até as portas se abrirem e deparar-me com Liam à minha frente perfeitamente vestido com uma t-shirt branca lisa com uma camisa aberta azul aos quadrados por cima e umas jeans. Mesmo antes de ser envolvida nos seus braços e encostada ao seu peito, já sentia o perfume dele em mim.

Quando o moreno me abraça, ele cheira a gel de banho, a perfume e a ele. É tão inebriante.

- Oi. - ele cumprimenta-me com um beijo nos lábios ao qual retribuo.

- Hey, babe. - eu penteio os seus cabelos de bicos de pés, visto estar sem saltos e ele ser mais alto do que eu.

- Fiz canelonis recheados com cogumelos para o jantar. - Liam comenta ao mesmo tempo que me leva para dentro, fechando a porta atrás de nós.

Ele retira a minha mala das mãos e abre o meu colete pendurando ambos nos cabides.

- Estás linda, amor. - o moreno diz ao meu ouvido conseguindo deixar-me corada.

Dou um "Obrigada" sem som. Rapidamente somos interrompidos por um ruído vindo de qualquer sítio que parece ser da cozinha.

O apartamento dispõe de uma rica variedade de materiais naturais, com refinados acabamentos bonitos para criar uma tela neutra. Estamos perto do Palácio de Buckingham e temos a visão do horizonte para além do centro de Londres. É um apartamento moderno porém com valores de design britânicos tradicionais. Liam vive no coração de uma grande cidade do mundo. Estou completamente rendida principalmente depois de passar por janelas que me dão todas essas certezas.

Vamos de mãos dadas até à cozinha.

- Dan, eu disse que fazia isso. - Liam repreende o rapaz que está a acabar de pôr a mesa.

- Eu sei, papá, mas eu quero ajudar. - responde o menino de cabelos curtos, encaracolados e loirinhos; de olhos castanhos; vestido de uma forma muito semelhante à de Liam e com características muito idênticas às dele.

Então a ficha cai. A pessoa que Liam me queria apresentar era o filho dele.
Só agora sinto o vazio que a mão de Liam deixou para ir fazer aquilo que a criança estava a fazer.

- Olá Vicky! - o menino de olhos castanhos cumprimenta-me esticando um dos seus braços para me dar uma pequena flor.

Abaixo-me para aceitar e agradecer ao rapaz, porém os meus olhos enchem-se de lágrimas quando este me abraça.

- Por que é que estás a chorar? - o rapaz pergunta preocupado inspecionando o meu rosto.

O meu moreno toma uma atitude e aproxima-se de nós.

- Daniel, por que não vais apagar a televisão da sala que deixaste ligada?

- Eu não percebo por que é que a Vicky está a chorar. Porquê papá? - Liam encolhe os ombros.

Agradeço pela flor com um pequeno beijinho na bochecha do pequeno e ele sai da cozinha para fazer o que o pai lhe pediu.

Levanto-me limpando as lágrimas com as costas da mão. Sou abraçada por ele de forma carinhosa como sempre.

- Estou bem. É só que... - ele não me permite continuar.

- Eu sei. - ele sabe! Ele compreende.

Ele esfrega as minhas costas de forma a me acalmar. E consegue.

Só de pensar que aquele bebé que perdi poderia vir a ser um menino tal como o de Liam, deixa-me angustiada.

- Por que não me contaste? - procuro saber.

Ele afasta-se ligeiramente e encara-me.

- Foi medo de não me aceitares. Tenho 38 anos, sou divorciado e sou pai... - pausa. - Tive medo que me rejeitasses, Vicky. - é a primeira vez que ele me chama assim.

O meu coração explode de amor por ele.  Como poderia rejeitar este homem?

- Eu amo-te, Liam! - declaro como se isso acabasse com os seus receios. E acabou.

- Amo-te mais. - afirma com um beijo na minha testa.

O meu namorado pede ao filho que vá lavar as mãos enquanto ele serve o jantar.

Levo a primeira garfada à boca e meu deus, como sabia bem. Estava sem dúvidas, muito saboroso. Delícioso. Daniel comeu sem que Liam lhe dissesse nada e não resmungou com nada.

Bom, acho que a minha mãe e o meu homem se vão dar bem na cozinha, visto gostarem ambos de cozinhar. Isso ou então vão discutir quem cozinha melhor.

- Vicky, o papá disse que tu sabes desenhar muito bem. Podias desenhar para mim? - a criança pede.

Eu já adoro este miúdo. É adorável, espontâneo, engraçado, falador, divertido.

Olho para Liam por estar a descobrir então que Dan sabia da minha existência e que falaram de mim. Tenho alguma pena que Liam não me tenha falado do pequeno, no entanto, eu compreendo o lado dele. Na verdade, também talvez fizesse o mesmo se estivesse na mesma situação. O Liam apaixonou-se novamente e teve medo que eu fugisse quando ele me contasse que afinal tinha um filho. De certa forma, o facto de Liam já ser pai deixa-me um pouco mais descansada por saber que o desejo de ser pai já se concretizou, não comigo, e é isso que me deixa desolada: saber que jamais serei capaz de concretizar esse desejo, tanto meu como do Liam. Talvez ele quisesse mais filhos?

- Claro. - respondo com um sorriso. - O que gostarias que eu desenhasse?

- Dragões. Sabes fazer dragões? - a criança quase dá pulos de alegria na cadeira.

- Dan, não sejas chato para a Victoria. - Liam impõe-se.

- Não, está tudo bem. Ele é tão amoroso. - alcanço a sua mão por baixo da mesa no joelho e entrelaço-a com a minha. - Talvez consiga, posso tentar.

- Boa! Boa! Boa! - o loirinho cantarola.

Continuamos a refeição calmamente. Liam coloca a sua mão por cima da minha coxa, provocando um raio de excitação entre nós.

Faz mais do que um mês que nos conhecemos e parece que já pertencemos um ao outro, e de alguma forma pertencemos. Eu confio neste homem, faz-me sentir feliz e amada. Não tenho medo, não mais.

- Quantos anos tens, Vicky? - o pequeno pergunta de cenho franzido o que me faz dar uma pequena gargalhada.

- Vinte e seis, e tu pequeno? - os seus olhos brilham mal o chamo pequeno. Os olhos dele são tão iguais aos de Liam.

Ele olha para os dedos e depois para Liam que lhe dá um aceno com a cabeça. Então a criança mostra-me a mão pequena dele toda esticada.

- Que número é esse, filho? - Liam pede.

- Cinco. Eu tenho cinco anos. - a criança responde energética.

Liam dá um sorriso orgulhoso, tal como o pai babado que é. Significa que Liam se separou da esposa quando o filho tinha dois anos.

- Posso comer mousse, papá? - o meu coração derrete como manteiga ao ouvi-lo tratar Liam por papá.

Liam termina de comer, limpa a boca com o guardanapo de pano e junta os nossos três pratos.

- Sim. Vamos lá buscar. - levanta-se e eu faço o mesmo para ajudar a levar a loiça para a cozinha, porém sou impedida pelas mãos grandes do moreno que me tira as coisas da mão.

- És a nossa convidada. - dá-me um pequeno beijo nos lábios e levanta a loiça da mesa colocando-a na pia.

Daniel solta um 'Aghhh' quando nos beijamos fazendo-nos dar uma risota.

- Queres mousse também? - Dan questiona colocando três colheres nos nossos lugares.

Liam coloca três taças na mesa, uma no lugar de cada um. Liam está demasiado calado desde que cheguei e isso é estranho porque ele é muito perturbador, num bom sentido, é óbvio.

- A mãe não me deixa comer doces. - o menino diz lambendo-se com o doce de chocolate.

- Porquê? - faço a pergunta sem pensar.

É a primeira vez que o rapaz faz referência à mãe desde que cheguei.

- Porque é má. - a criança diz inocentemente.

- Daniel, eu não gosto que fales mal da tua mãe! - a criança é advertida.

- Mas é verdade. - continua.

- Só estás com ela de quinze em quinze dias, então tens que fazer aquilo que ela te pede, garotão. - Liam diz ao filho de forma calma.

Percebo então que Liam tem a custódia do filho. Estou a descobrir mais coisas acerca do meu namorado numa noite do que durante todo o tempo desde que nos conhecemos. Acho que não sei sequer o seu segundo nome, bom ele também não sabe o meu e isso é bom, porque detesto o meu segundo nome.

Acho que Liam e a ex-mulher não devem ter uma relação muito amigável, e isso de uma certa forma, reconforta-me, mas por outro lado, sei que complica as coisas com o filho de ambos.

- Tens a guarda dele? - sussurro apenas para confirmar.

- Sim... - Liam suspira.

A sua mão alcança a minha por cima da mesa e aperta-a sem usar força. Daniel olha para nós e dá um grito de alegria. O menino é inteligente e parece saber mais do que aquilo que é esperado das crianças da mesma idade.

- Vais dormir aqui? - o menino questiona apanhando-me a mim e ao Liam de surpresa.

Olhamos um para o outro e eu encolho os ombros. Não fazia intenção de ficar, não sei que horas são mas sei que não tenho vontade de levar quase uma hora para chegar a casa, todavia, no dia seguinte ambos trabalhamos.

- Que mal tem a Vicky ficar, papá?

- Não tem mal nenhum, bebé. - Liam responde olhando para mim.

Então a seguir o miúdo consegue chocar-me.

- Eu sei como é que se fazem os bebés. - a criança fala entusiasmada e pronta a explicar.

O Liam fica sem jeito.

- Desculpa, ele normalmente não é assim. - esclarece-me.

Abano a cabeça em sinal de um "Está tudo bem".

- Papá! - resmunga Daniel fazendo-me rir.

- Não tem piada. - refila com um sorriso.

- É claro que tem. - brinco.

- Queres que explique, papá?

- Não!

- Por favor!?

Eu rio até a barriga me doer. Muito bom!

- Eu acho que a Vicky sabe como se fazem os bebés, Dan. - Liam diz levantando-se e levando as taças agora vazias e os talheres para a pia.

- Quando eu era bebé, dizias que eu tinha vindo por encomenda por uma cegonha. - Daniel argumenta contra Liam.

Oh deus. Eles são tão cómicos juntos.

- Sim, é verdade, mas agora que sabes como se fazem os bebés não tens que explicar a toda a gente. - arremata.

- Oh, está bem. Posso ir jogar PSP? - pede.

- Sim, mas... - o moreno olha para o filho. - Nada. Vai lá.

- Boa! Obrigado, pai. - o miúdo fita-me por instantes. - Queres jogar comigo? Tenho duas PSP's. - convida.

- Uhm... Já vou. - respondo com um sorriso.

- Está bem. - dá-me um beijo na bochecha e sai da cozinha.

Abraço o meu namorado pela cintura e deposito um beijo nas suas costas bem definidas.

- Desculpa. O Daniel não costuma ser assim tão falador e dizer tantos disparates. - desculpa-se.

Liam limpa as mãos a um pano seco e vira-se para mim, coloca as mãos na minha cintura para me puxar para ele e então deixa as mãos nos bolsos das minhas jeans.

- Estou tão feliz que aqui estejas. - confessa beijando os meus lábios.

- Eu também. - retribuo. - Mas estou preocupada.

- Com o quê, amor?

- Com o meu grande sedutor...

Ponho as minhas mãos atrás do seu pescoço o que o faz recuar até à bancada para se encostar.

- Com o teu grande sedutor?

Assinto levemente.

-Interessante chamares-me assim. - acaricia o meu rosto.

- Acho isso também. - digo.

Passo as mãos pelo seu cabelo fazendo-o fechar os olhos e inspirar fundo.

- Caramba, Victoria, não vou conseguir conter-me se me continuares a seduzir-me desta maneira. - ele dá um suspiro praticamente em forma de gemido.

Esboço um sorriso grande. Roço os meus lábios nos lábios dele ao mesmo tempo que desço as minhas mãos ao longo do seu peito. Deposito beijos no seu maxilar descendo a minha boca até ao pescoço dele, onde também faço a minha marca acompanhada por um beijo intenso. Ele segura-me firme nas ancas e faz uma respiração profunda.

- É melhor pararmos. - Liam pede mas nada convencido de que é isso que quer.

- Eu não quero parar. - declaro. - Não quero que te contenhas.

Ele inclina a cabeça para trás e suspira.

- Tenho que arrumar a cozinha e deitar o Daniel.

- Posso arrumar a cozinha!? - proponho-lhe.

Ele olha para mim em silêncio. Ele quer perguntar alguma coisa.

- O que é que se passa? - questiono.

Ele parece hesitar. Fecha os olhos, os seus lábios apertam-se numa linha firme e quando volta a abri-los vejo alguma insegurança espelhada neles.

- Vais mesmo ficar? - ele finalmente me pergunta.

- Sim, se tu quiseres mesmo que fique.

- Só Deus sabe como quero que fiques, Victoria. - ele responde.

- Então fico. - arrumo o assunto.

Dou-lhe uma palmada no rabo e mordisco a sua orelha.

- Au! - ele ruge fazendo-me cair na gargalhada.

- Mexe-te! Quero arrumar a cozinha e contigo aqui é impossível.

- Tu estás a mandar-me embora da minha própria cozinha?

Balanço a cabeça e ele abre um enorme sorriso.

- Eu posso fazer isso sabes? Não quero que sujes a tua roupa.

Sorrio com a preocupação dele absolutamente desnecessária.

- Daniel agora! - ordeno.

- Está bem, está bem! - ele resmunga mas acaba por aceitar e sai da cozinha à procura do filho.

Passo a loiça por água e coloco-a na máquina. Ponho o que sobrou do jantar no frigorífico, arrumo a mesa e está tudo no sítio.

Apago as luzes da zona da cozinha e desloco-me pela parte de baixo da cobertura. Estou totalmente rendida por este lugar. Descubro que há uma varanda e vou até lá. Mais uma vez tenho uma vista maravilhosa de uma cidade que adoro. Vejo todos os edifícios grandes do centro de Londres, as luzes brilham constantemente por todos os lados. É-me tão bem vindo o ar fresco de uma noite fria de outubro.

Dois braços envolvem a minha cintura gentilmente. Recebo dois beijos demorados na minha omoplata direita. O peito dele encosta-se às minhas costas e então coloco as minhas duas mãos por cima das dele na minha barriga.

- Pensei que te tivesses ido embora. - Liam profere.

- Eu disse que ficaria.

- Eu acho que te devo algumas explicações...

Sim. A razão dele ter desaparecido por uma semana.

- Mas vamos para dentro antes que fiques doente.

- Está bem. - concordo.

Ele leva-me para dentro, fecha a janela e encaminha-me para o sofá da salinha que tem acesso para a varanda.

Liam senta-se e deita a minha cabeça nas suas pernas e faz cafuné nos meus cabelos depois de desfazer a minha trança.

- Na segunda - feira passada à tarde recebi uma chamada da escola do Daniel a avisar que tinha havido um acidente e que ele estava a caminho do hospital. Eu fiquei tão cego de preocupação e de pânico que não tive como te avisar... - inicia a sua justicação.

Fiquei em silêncio à espera que ele continuasse.

- Então e depois o que aconteceu?

- Felizmente a minha mãe estava de serviço no hospital e foi logo saber o que tinha acontecido... - espero que ele desenvolva, mas não o faz.

- E o que tinha acontecido? - quero eu saber.

Olho para o teto e a sua mão procura a minha em cima do meu abdómen.

- Uns miúdos da turma do meu filho empurraram-no, fizeram-no cair, bater com a cabeça e ter um traumatismo.

Uau. Estou escandalizada. Como é que crianças pequenas já conseguem ser tão más umas com as outras?

- Mas ele ainda agora parecia bem...

- Sim, não foi nada de muito grave. Esteve dois dias no hospital e depois veio para casa.

Os seus olhos encaram as minhas piscinas azuis.

- Então e o que aconteceu aos tais miúdos?

- Eu fui na sexta-feira falar com a diretora para resolver essa situação. Acho que foram suspensos. - Liam encolhe os ombros.

- Então e como está Daniel? - pergunto preocupada.

- Ele está bem. Quero que ele fique em casa mais esta semana para recuperar totalmente antes de ir para a escola. Ele é uma criança inteligente e não se deixa afetar pelos outros idiotas que aquilo que têm falta é uma boa educação. - Liam diz sério.

- Obrigada por partilhares comigo, meu sedutor. - viro-me de lado para o conseguir encarar devidamente.

- Estou feliz por ter partilhado contigo, babe.

Ficamos assim sossegados e em silêncio por momentos. Tenho quase a certeza que éramos capazes de ouvir o coração um do outro.

- Ainda não me disseste a razão da tua preocupação comigo... - Liam quebra o silêncio.

- Estiveste calado praticamente a noite toda. - digo-lhe.

- Estava nervoso...- revela tímido.

O Liam tímido? Isso é novidade.

- Ainda estás?

Quero aninhar-me a ele, por isso levanto a cabeça do colo dele e quando percebe o que pretendo, facilita e deita-se no sofá comigo, a sentirmos o calor um do outro.

- Não tanto, mas ainda estou um pouco.

Estamos abraçados e enquanto falamos, encaramos o teto como se fosse o céu, o que de facto não é.

- Nunca trouxe nenhuma mulher aqui... É mais do que lógico que estou ansioso. Conheceres o Dan, estares deitada no meu sofá, nos meus braços, é novo para mim e faz-me pensar que poderá ser sempre assim.

A sua declaração leva-me a imaginar também o mesmo. Um dia será muito mais do que isto. Assim espero.

- Nunca amei alguém como te amo a ti. Nunca quis alguém como te quero a ti. - ele vira o rosto para mim e puxa o meu queixo para o lado para as nossas feições se encontrarem. - Eu sei que parece cedo para isto, mas sinto que nos conhecemos há tanto e que és tu a mulher com quem quero viver o resto da minha vida. - wow! A sua boca encontra a minha com ternura e eu fecho os olhos, abrindo-me sem reservas para os seus lábios, mas sem agitação.

Eu estou completamente apaixonada por este lindo homem por quem não tenho dúvidas que é com ele que vou ver todos os amanheceres e todos os pores-do-sol, enfrentar trovoadas, esperar que a chuva passe para encontrar o sol atrás da nuvem mais negra até um de nós fechar os olhos para sempre.

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