Estar Contigo [CORREÇÃO]

Autorstwa yuurixher

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Grandes amigos, sentimentos escondidos. Amigos de colégio, conhecem um ao outro morando juntos. Anos de passa... Więcej

Nova casa
A festa e um beijo
O que aconteceu?
Ex-namorado
Divididos
Sensações da neve
Especial SaiIno- Sem você, meu mundo não é o mesmo
Presentes
Pesadelo
Novo morador na casa
Traição
Just alone
Especial NejiTen - Nossos momentos de loucura
Noivado: nós novamente
Visitas do passado
Surpresas
Especial ShikaTema - Reclame, é o que eu amo
Lembranças
Desconfiança
Futuro
Especial NaruHina - Trabalho não é importante quanto o amor
Quinze anos depois
Reencontro
Sorrisos
Respostas
Reconciliação
Never alone
Problema
Jogada suja
Falso
Jamais te perder
Epílogo
nota

Comportamento

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Autorstwa yuurixher

Sakura pov's on

A conversa fluía, era até uma grande nostalgia. Me deixava contente de Sayuri estar com Itachi, porque pra mim, era uma ótima pessoa de se ficar.

O que me deixou certamente desconfortável era o Sasuke. Não entendi seu semblante durante o jantar, eu até entenderia já que queria um jantar a sós, mas eu não me importava com isso. Já que, quando Sasuke e eu rompemos, fiquei morando durante um mês com Itachi.

Em seu rosto, era notável, a perturbação em seu olhar.

Eu não sabia o que fazer. Me perguntava se era eu, ou se era o jantar que estávamos participando.

— Eu vou ao banheiro — disse ele, saindo da mesa. Quando escutei isso, logo levei meus olhos a Itachi, que retribuiu o olhar.

Dei um suspiro cansado, logo Sayuri puxava assunto sobre trabalho, e me entretia com ela. Mas após um momento, ela também foi ao banheiro.

Itachi concordou. Eu logo o olhei com um olhar inseguro.

— É Rosada — sorriu Itachi. — Não acho que seja algo relacionado a você.

Eu senti minhas bochechas queimarem, desviei o meu olhar. Itachi era o irmão mais velho de Sasuke, e o entendia melhor do que eu.

— O otouto-chan é assim, você sabe — me deu um sorriso. — Se bem que de manhã, ele estava bem, e até ansioso pelo o encontro. Ah... acho que fui eu a sua perturbação toda!

Contraí as sobrancelhas, e soltei um suspiro. Olhei para o lado.

— Não ligue para isso, imotou-chan. O Sasuke é assim, bem, comigo, com você, ele é outra pessoa.

Sorri a Itachi. Seu humor era sempre contagiante, me deixava feliz por Itachi estar sempre com seu bom humor.

— Arigatou, Itachi — agradeci baixinho.

— Não precisa! — riu. Sasuke e Sayuri voltaram no mesmo instante, e ainda pressenti a tensão no corpo de Sasuke. Sentando-se ao meu lado, sua mão gelada pegou a minha entrelaçando nossos dedos.

Não deixei de estar feliz por aquilo.

(...)

Seus olhos me mostravam apreensão. Mas eu me pergunta do quê.

Embora eu seja uma pessoa curiosa de nascença, eu ainda o conhecia, mesmo que esses quinze anos nos tenha separado.

— Sasuke — chamei. Ele me olhou, mesmo estando atento a estrada. — O que foi?

Ele comprimiu os lábios, desviando os olhos dos meus. Senti-me culpada.

— Eu irei te forçar a dizer — insisti. — Mas... eu percebo isso por seu olhar.

Senti o desconforto vindo dele. O que houve com o Sasuke que conversei horas atrás?

— Não se preocupe — me assegurou. Deixei meu olhar cair no buquê em minhas mãos. Lembraria de que amanhã conversasse com Ino sobre o significado dessas flores.

Na verdade, essas palavras não me asseguraram de nada. Eu fiquei culpada, e ao mesmo tempo preocupada.

Okay, era normal vê-lo sempre quieto dessa forma, mas me deixa preocupada quando ele não quer me contar.

Não o olhei até chegar no condomínio, onde provavelmente Sarada e Amate estão dormindo em segurança.

— Arigatou pelo jantar — agradeci contente. Afinal, mesmo que ele estivesse agindo estranhamente, eu adorei, é ainda a parte dócil dele que mostra por mim.

— Gomen se eu agi estranho com você — desculpou-se, tocando levemente o meu rosto.

Meus olhos buscaram os seus, a procura de respostas. Mas me senti encurralada de não encontrá-las, engoli em seco tendo de me sentir assim. Seus olhos escuros estavam opacos, estavam com uma névoa envolta onde eu não pudesse ver sua alma.

— Tudo bem — falei baixo, desviando meu olhar do seu. Comprimi meus lábios, sentindo falta ao menos do Sasuke que contava as coisas como sempre fazíamos.

Mas arquei com minhas consequências, o fato dele agir assim, foi pelo meu próprio ego, onde fizera com ele durante alguns meses no nosso noivado.

Por todavia, seu toque com os dedos, ainda eram reconfortantes. Me deixava com a esperança ainda que tinha o nós.

— Eu preciso ir, está tarde — me apressei. Ele assentiu, depositando um beijo carinhoso em meus lábios. Não deixei de derreter em seu beijo, correspondi com grande delicadeza. — Fique bem, Sasuke-kun...

— Vejo vocês amanhã — disse ele dando um beijo em minha testa, me desvencilhei de seus braços que contornavam minha cintura.

Acenei a ele quando parei no portão da portaria do condomínio. Sorri a ele, e ele também dando um aceno de cabeça em seguida.

O porteiro me concebeu a entrada(mais do que na hora), subi com o elevador, e logo cheguei ao meu andar. Abri a porta de casa, tracando-a em seguida.

Tirei os saltos que matavam meus pés, e deixei o buquê em cima da mesa da cozinha, fui para o meu quarto. Quando passei pelo de Sarada, seu quarto se encontrava escuro, com ela dormindo serenamente e junto de sua persa, que dormia ao seu lado.

Encostei no batente, segurando os saltos nas minhas mãos. Minha pequena Sarada, sempre tão linda... sempre tão o pai dela.

Eu ainda me pergunto se foi ainda a Sarada que me incentivou a não parar de amar o Sasuke. O que me deixou sorrindo por um segundo.

Deixei seu quarto, indo ao meu, troquei de roupa, tirei a maquiagem e voltei a cozinha. Colocando meu buquê em um vaso, enchendo-a de água. Deixei-o sobre a mesa de centro da sala de estar.

E fiquei observando as flores, e as toquei como se sentisse algo esperançoso me consumir em relação ao Sasuke.

Aliás, o que aconteceu com você, Sasuke-kun?

Sakura pov's off

Itachi pov's on

Entendi o que perturbava Sakura.

Estava na cara, estava estampado no rosto do meu irmão a sua irritação.

Sasuke não era o único em agir estranho, mas Sayuri também estava. Na verdade, não me admiro em dela estar assim, Sayuri e eu já passamos por momentos piores. Mas não questionei sua estranheza, o que de fato para mim, não me prejudicava, mas sim, a ela.

Fiquei concentrado na estrada, enquanto Sayuri, tamborilava os dedos nervosamente na perna.

O silêncio permanecia entre nós, eu ainda me pergunto do porque estou ainda com ela. Sayuri e eu, tínhamos apenas os desejos carnais, mas, nada, só isso. Não havia outra coisa além disso.

Comprimi os lábios, apertando meus dedos no volante.

— Sayuri, eu...

Senti seus olhos azuis intensos em mim. Percebi que havia aflição neles.

— Eu na verdade, queria entender, o que nós somos de verdade, entende? — indaguei, a olhando.

— Entendo — disse suavemente. Eu parei o carro na frente de sua casa, e me virei a ela.

— Sayuri, sinceramente, quero ser verdadeiro com você. Não podemos continuar juntos.

Seus olhos deram uma expressão de alívio. Não entendi seu olhar.

— Compreendo.

Passei a língua nos lábios, os umidecendo. A olhei, ela própria parecia perdida em seus pensamentos.

— Gomen...

— Tudo bem, Itachi — sorriu, e me direcionou um beijo nos lábios, se seria nosso último beijo, achei melhor corresponder.

Se de fato faria diferença, eu não estava me importando. Continuo a afirmar que mulheres trazem problema.

Acabando o nosso beijo de “despedida”, ela se despediu do seu jeito e foi embora, após isso me deu um beijo estalado.

Me pergunto, por que eu ainda fiquei com ela?

Itachi pov's off

Sasuke pov's on

Idiota. Agi feito idiota.

Sakura deve estar se sentindo culpada. Na verdade, isso nunca foi a minha intenção, mas... devo ter feito sem piedade. Itachi e ela perceberam, entretanto, nenhum deles precisavam saber o que eu estava sentindo.

Sakura até tentou. Não queria que ela soubesse, muito menos agora. Não sei o que deu em mim, me amaldiçoei por isso.

Só penso se Sakura pudesse me perdoar.

Desfazendo o nó da minha gravata, me descarreguei das roupas formais que vestia.

Fui logo para a minha cama, e me desfrutar de seu conforto, onde até hoje, conseguia sentir seu doce cheiro impregnado... me fazendo adormecer por ainda ter aquela sensação de carinho que ela me dava.

Sasuke pov's off

Sakura pov's on - Sábado

Ino veio nos visitar, acompanhada de Sai, e Inojin. Sempre à vontade, como Itachi havia vindo cedo, as crianças e os homens ficaram na sala, enquanto Ino e eu permanecemos na cozinha.

— É uma graça — comentou Ino. — É uma graça saber, que Sarada já é apaixonada por um certo Uzumaki.

Balancei as mãos na frente do rosto.

— Não ouse ficar contando isso, quando Sasuke-kun estiver aqui — falei, depois bebericando meu chá.

— Coitada da Sarada, tendo um pai tão ciumento! — comentou ela rindo, eu a acompanhei. — Falando em Sasuke-kun, e... como foi o encontro?

Mordi o lábio inferior, pensando no que dizer, quando minhas bochechas tomavam um tom rubro.

— Sasuke foi um fofo no começo, depois, ele começou a agir estranho, não entendi o que o incomodava — respondi baixando o olhar ao líquido verde e semitransparente.

Ela passou a mão no fios loiros.

— Tinha alguma coisa que o incomodou durante o encontro? — indagou Ino.

— Hã, aposto que quando Itachi e Sayuri nos viram no restaurante.

— Isso! — apontou. — Sayuri? Aquela garota que estudou conosco no Ensino Médio, e namorou o Sasuke? E depois terminaram um mês antes de acontecer a formatura?

Eu a olhei, abismada. Ino tinha uma memória boa.

— É, ela sim — confirmei. Tomei o restante de meu chá, e coloquei a xícara em seu pires, Ino fez o mesmo.

— Por que ela sairia com o Itachi? — ela questionou baixo, para que os outros da sala de estar não escutassem.

— Não sei. Mas já fazia uns dois anos — comentei. Quando Sarada e eu mudamos para Tokyo, Itachi já tinha alguns encontros com a Sayuri uma vez por mês, mas parece que ficou sério de uns dois anos para cá.

— Caramba, eu não sabia que era tanto tempo assim — disse ela. — Eu jurava que fosse pouco tempo.

— Desde quando Sarada e eu nos mudamos para cá — expliquei. — Eles pareciam tão bem. Até combinavam.

Ino olhou para o lado.

— É, mas Sakura, será que ela ainda gosta do Sasuke? Vai ver que ela está com Itachi só para aproximar do irmão dele.

Não deixei de mordiscar o lábio. Verdade, havia essa possibilidade.

— Cruz-credo, que isso não se concretize — disse ela batendo madeira da mesa. — Não escute o que eu estou dizendo, viu?

— Eu já comentei com você... que antes de acontecer o casamento do Neji e da Tenten, Sasuke encontrou Sayuri? — indaguei.

Os olhos azuis de Ino, brilharam.

— Não! — respondeu surpresa.

— Foi no mesmo dia quando Tenten foi escolher o vestido de noiva dela, e quando tinha encontrado o... Sasori — dito isso, coloquei a mecha rósea atrás da orelha.

— Você viu o Sasori?

— Pura coincidência — comentei. — Mas, não brigamos por isso. Sasuke tinha revelado a mim que não se lembrava direito da Sayuri. Então, para ele mesmo, não havia feito diferença dele tê-la visto ou não — gesticulei.

Ino estreitou os olhos, e suspirou.

— Se para ele não tem diferença, quem sou eu para contradizê-lo, não é mesmo? — disse ela sorrindo. Nós rimos.

Fui lavar as xícaras, e Ino as secou e as guardou também.

— Ei, mas aquelas azaléias vermelhas, quem te deu? — indagou Ino.

— Ah, foi o Sasuke. Ainda bem que você lembrou, eu ia te perguntar o que significava.

— “Aquele que ama há muito tempo” — respondeu com um ar amistoso. Eu sorri. — Com quem será que ele pegou essas flores?

— Não faço a mínima ideia, mas as aceitei de bom grado, aliás vejo o carinho nelas, o carinho dele por mim.

— Sakura, as flores, as linguagens das flores, já dizem isso por você — ótimo, Ino, você gosta de cortar o meu barato. — Óbvio que você ia recebê-las! São tão lindas.

Sim, são. Maravilhosas.

Sakura pov's off

Sarada pov's on

Passava a escova nos cabelos negros do meu padrinho, e fui trançando seus fios.

— Vê se não puxa tão forte, minha pele é sensível como meu couro cabeludo — advertiu ele.

— Tá bem — falei. Eu gostava de mexer no cabelo dele desde que era criança, este é um fato de eu deixar o meu comprido, mas do padrinho era com certeza mais sedoso do que o meu.

Inojin rabiscava no caderno enquanto tio Sai o ensinava a fazer um desenho melhor. Eu sinceramente, nunca vi alguém desenhar melhor do que o Inojin, mas acho que ambos desenham bem, porém em seus jeitos.

— Papai vai vim? — indaguei ao meu padrinho.

— Provável, não há um dia que não vem aqui para ver vocês duas — respondeu. — Mas acho que ele irá demorar.

— Acho que disso eu tenho certeza — comentei rindo.

— Sai, você não acha melhor colocá-lo em algum curso de desenho? — sugeriu Itachi.

— Ele não quer — respondeu tio Sai o olhando de volta. — Diz que é melhor assistir vídeo aulas.

— Essa geração, só pensa na tecnologia — comentou o meu padrinho. — Na minha época...

— Padrinho, você está tão ultrapassado — comentei.

— Eles, você quis dizer — disse Inojin desenhando animadamente.

— Éramos mais saudáveis — cochichou Itachi ao tio Sai, onde os dois sorriram. Eu puxei seus fios. — Morena! Assim você me machuca!

— Para de falar da gente, então! — disse-lhe.

Nós quatro rimos, embora não fosse tão engraçado assim.

Eu suspirei, e parei de trançar quando acabou, amarrei com seu elástico.

— Pronto?

— Se eu for na rua me vestir de mulher, arranjaria altos bofes — comentou Itachi me fazendo rir.

— Padrinho! — repreendi. Os três riram. — Mas... você saiu ontem com a Sayuri, certo?

— É saí, mas terminamos — disse ele, no tom de voz, não consegui entender o que sentia.

— Sinto muito.

— Na verdade, fui eu que terminei — sorriu. — Então, não precisa ficar assim.

Pelo seu tom, parecia feliz por ter terminado. Deixei um sorriso alegre escapar, gosto de ver o entusiasmo de meu padrinho.

— Mulheres só trazem problemas — comentou, eu puxei seu cabelo trançado. — Para com isso, Sarada! Está pior que sua mãe quando era mais jovem.

— Podem trazer problemas, mas, não conseguimos viver sem elas — comentou o tio Sai desenhando uma rosa, em tons de grafite.

Pisquei, e olhei para Inojin, que trocava o mesmo olhar que eu.

— Hum! — riram mamãe e tia Ino, ambas vinham radiante da cozinha.

— Sai-kun aprendeu isso sozinho! — comentou tia Ino ao sentar ao lado dele, entre o Inojin e Sai.

— Quase quatro meses sem ver você — mamãe disse sentando ao meu lado.

— Me arrependo até hoje — comentou tio Sai, olhando a Ino com grande carinho, onde essa sorriu.

— Boa trança, Sarada — disse mamãe ao meu lado vendo a trança feita no cabelo do meu padrinho.

— Estava conversando com eles, em me vestir se mulher, e sair na rua, talvez arranjasse vários bofes, hein? — indagou Itachi.

— Itachi — repreendeu.

— Tal mãe, tal filha. Só não puxe meu cabelo, isso machuca — avisou.

Todos nós rimos.

— Você não existe, Itachi — comentou mamãe rindo.

Sarada pov's off

Sasuke pov's on

Dirigi até lá, mesmo sentindo um arrepio passar pela minha espinha. Queria ter a sorte de não encontrá-la.

Chegando ao seu condomínio, o porteiro me liberou, e subi no elevador.

Fiquei minutos pensando se era ridículo ir na casa da Sakura dessa maneira. Aposto que a chateei, e não me desculparei por isso.

Chegando na porta do apartamento dela, toquei a campainha, sendo aberta pela Sarada com cara de sono.

— Yo, papai! — dito isso, ela bocejou.

— Vejo o sono que está sentindo — disse a ela, Sarada sorriu.

— O filme estava me dando sono — informou. Então, ela me abraçou como de costume. — E ele não era tão interessante assim — deu de ombros. — Pode entrar.

Adentrei ao apartamento, tirando meus sapatos. Acabei não encontrando aquela rosada no sofá.

— Mamãe está no quarto dela — disse Sarada adivinhando meus pensamentos. — Normalmente ela está lendo.

Sarada sentou-se no sofá e pegou o celular digitando algo. Me perguntei o que ela estaria digitando, já que digitava com tanta emoção.

Fui ao corredor, indo no último quarto deste. A porta estava aberta, e dei algumas batidas.

Ela me avistou um pouco surpresa, mostrando a arregalação de seus olhos verdes. Me lembrei do quanto eu gostava de incomodá-la quando essa ficava lendo.

Ela sempre estava vestida naquele short curto de flanela, e a regata folgada, e o livro em cima do colo. Mas ela estava adulta, sentada na cama, vestindo uma camisa vinho, e uma calça branca de moletom. E o cabelo comprido róseo preso em um rabo de cavalo.

— Sasuke-kun... — sorriu. Deixei um sorriso escapar. — Pode entrar.

Entrei no quarto, deixando a porta entreaberta.

— Pensei que você não iria vir — comentou. — Itachi havia ido embora algumas horas atrás.

Não é novidade saber que Itachi viera aqui.

— Sinto muito — pedi.

— Tudo bem — levantou-se em minha direção e pegou meu rosto com as mãos, depositando-me um beijo carinhoso em meus lábios. — Fico feliz que tenha vindo.

Meu coração se aquesceu. Sakura sempre faz isso para me deixar agradável, e fiquei confortável ao seu simples toque.

— Itachi mandou lembranças a você, mesmo sabendo que iria vê-lo na segunda-feira — sorria, me puxando para deitarmos na cama.

— Idiota — comentei, e ela riu docemente.

— Itachi foi sempre assim — afirmou assim que me deitei na cama com ela, quanto a última sentava nela, e eu fiquei deitado olhando-a.

“E será impossível ele mudar”

— Ino, Sai e Inojim vieram aqui — começou ela. — Ino também perguntou sobre você.

— Jura? — indaguei. Ela concordou.

Então, franzi o cenho. Lembrei-me na hora em que Sarada digitava no celular.

— Sakura, o que a Sarada digita tanto naquele celular? — indaguei.

Ela me olhou, com uma careta, porém o desfez em um sorriso.

— Você é tão chato! — exclamou, apertando minha bochecha em seguida. — Sasuke, e só amigos. Não tem nada demais.

Não me senti assegurado de suas palavras.

— Aliás, é a Sarada — sorria Sakura com certo carinho à morena, a qual era nossa filha.

— Tenho certeza que sim.

Ela me olhou, embicando os lábios. E soltou um riso.

— Teimoso — murmurou deitando ao meu lado, e se acomodando na cama, com um sorriso doce no rosto.

Eu franzi as sobrancelhas. Ela riu, tocando o meu rosto.

— Você sempre foi ciumento, não é?

Posso ter admitido que sou ciumento, mas eu nunca direi isso em voz alta.

— Lembro das suas caretas que fazia, quando sempre tocava no assunto Sasori.

Não pude deixar de contrair o rosto por ela ter dito esse nome.

— E faz até hoje — constatou. Meus olhos buscaram os seus, onde o brilho deles mostravam a alegria em me ver aqui. Apenas ainda por ser zombado por ela!

— Tsc — retruquei.

Ela deu um sorriso brincalhão. Me fazendo apaixonar por sua alegria, por sua simplicidade. Ela conseguia me fazer apaixonar por ela, por muitas vezes se quisesse.

— Você está tão pensativo, Sasuke-kun... — murmurou, tamborilando os dedos na minha clavícula. — Aconteceu alguma coisa?

Suas esmeraldas mostravam a preocupação. Deixava claro ali, apenas no brilho de seus olhos.

Por um momento engoli o que senti. Por causa de ontem, o que realmente eu fiz? Estava rejeitando o carinho e o amor da minha companheira. Uma que nunca deixou de amar.

Desviei meus olhos, fitando o nada.

“Você deixou claro para mim naquele dia. Eu não consigo te esquecer! Por mais que eu tente te superar, eu não consigo. Eu quero você”

Por que eu me faço lembrar disso?

— Sasuke.

Eu voltei a fitá-la. Seus lábios, numa linha reta sem expressão, e ao mesmo tempo convidativos. Me atiçavam.

— O que foi? Eu... não estou conseguindo te entender — disse ela, preocupada e também receosa.

— Gomen — murmurei.

Ela deu um suspiro.

— Eu estou aqui. Sempre estarei aqui para te ouvir — assegurou-me. — Entendeu?

— Entendi — disse a ela, passando a mão no seu pescoço, tocando com delicadeza a sua pele leitosa.

Ela abriu um sorriso franco.

— Arigatou — agradeci. Ela abraçou meu pescoço, e sorriu dando-me um de seus beijos de consolo.

O que restava no momento, era acolher sua ternura, beijando seus lábios delicados e rosados. Sorri muito por dentro, sentindo sua alegria no coração.

Queria de tudo para tê-la ao meu lado. Era gostoso sentir seu cheiro doce, me reconfortando em espírito e no coração.

— Aí, me deixa juntar nesse abraço também? — indagou a morena na porta, mexendo no óculos.

Dei um afirmativo de cabeça. Sarada viera saltitante até a cama, ficando entre nós. Onde a abraçamos.

Sorri a Sakura, e ela me devolveu um sorriso cúmplice. Sarada sorria igual a uma criança quando ganhava um doce.

Essas eram as duas mulheres da minha vida...

Sasuke pov's off

~ Flashback on ~

Sasuke estava desconfortável, olhando Sayuri, a morena que nunca olhou mais. Mas havia naquele olhar azul, um olhar de inveja. Os olhos azuis caíam sobre a pessoa dócil ao lado dele.

Sakura ria das piadas horríveis de Itachi, ria com graça. Os dedos dela se entrelaçavam aos deles, passando o calor entre esses.

Por que motivo ela estaria invejada de Sakura?

Itachi dizia algo para Sayuri que ria com doçura, quando ia a Sasuke, respondia apenas com monossílabas, e voltava a puxar assunto com Sakura.

Sasuke se tornou apreensivo diante a todos na mesa, e pediu para ir ao banheiro sem ninguém questionando.

Ao menos foi, mas não contava na saída com a presença daquela morena na porta.

— Sayuri?

— Gomen, Sasuke, mas eu não consigo.

Ele franziu o cenho.

— O quê?

— Quer saber, eu menti! Eu não gosto de você com ela, juntos, sabe? Eu não...

— Ah.

— Você me prometeu!

— Sayuri... eu não estou...

— Não precisa entender. Eu ainda gosto de você. Sou apaixonada por você.

Okay, isso não era exatamente o que Uchiha Sasuke esperava ouvir nesse dia. Nem em sonho, ele pensaria nisso.

— Você deixou claro para mim naquele dia. Eu não consigo te esquecer! Por mais que eu tente te superar, eu não consigo. Eu quero você — disse a morena.

Sasuke arregalou os olhos.

— Sayuri, eu não posso.

— Eu sei disso, você a ama. Ela é perfeita!

— Sakura tem seus defeitos, mas não é por isso que eu a amo.

— E eu? Não sou nada para você? Apenas uma namorada no passado?

Ele não respondeu. Comprimiu os lábios para as perguntas.

— Gomen, Sayuri. Mas eu não sinto o mesmo por você. Não sou o homem certo para te fazer feliz. Há outros que estão a sua espera, mas com certeza não sou eu.

Sasuke saiu do local, com a cabeça martelando com as palavras da Yamada, se dirigindo a mesa onde Sakura sorriu quando o viu voltar, embora soubesse o quão desconfortável o Uchiha estava.

Ele queria o conforto da rosada, por isso procurou por sua mão delicada e quente, entrelaçando os dedos, sentindo o calor dela misturar a sua pele fria. Ela deu um sorriso acolhedor e reconfortante ao moreno, que se sentiu feliz por a Haruno estar ali.

~ Flashback off ~

(Continua...)

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N/A: Olá leitores, desculpem a demora. Foi uma grande irresponsabilidade, e falta de respeito com vocês. Espero que me desculpem, e espero que tenham gostado do capítulo, hihi. Grande beijo, até o próximo! ♥♥

Czytaj Dalej

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