O preço da Felicidade // DEGU...

By MihBrandao

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Capa por: Stephanie Santos ( @AutoraSSantos ) #-# Aos 18 anos, Alexia não pensa em se comprometer com nada ma... More

Aviso
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Bienal 2022

Capítulo 7

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By MihBrandao

Stefan

- Nanda, pode tirar o dia de folga hoje - Eu disse quando a encontrei na cozinha, depois de um demorado banho quente.

- O quê? - Ela perguntou se voltando para mim.

- Vá para casa, faça compras, sei lá. Divirta-se, quero ficar sozinho.

- O que você está tramando, Stefan?

- Eu? - Coloquei a mão no peito fingindo estar ofendido. - Acha que eu faria qualquer coisa no mundo que pudesse prejudicar você?

- Eu não sei. Soube que seus pais levaram Thomas para a casa do lago hoje cedo, talvez você tenha ficado zangado e queira colocar fogo na casa.

Eu ri.

- Você me deu uma ótima ideia.

- Stefan - Ester me chamou ao entrar na cozinha - acabei de passar no seu quarto, sua televisão está quebrada.

- Você também, Ester - falei me virando para ela. - Arthur... e o motorista, onde ele está?

- Nós o que? - Ester perguntou.

- Tirem o dia de folga. Você, por exemplo, aproveite para dar uma passada no salão e hidratar seu cabelo.

Ela fez uma careta, mas antes que pudesse responder, o motorista entrou na cozinha pela porta de trás:

- Me chamou, Stefan?

Eu amo a competência deles. Pelo menos os empregados meu pai soube escolher.

- Sim. Não quero ninguém aqui hoje, voltem amanhã, às oito horas. Fiquem tranquilos que nada será descontado do salário de vocês.

Arthur deu um passo à frente, pela primeira vez abandonando sua posição dura.

- Senhor Diogo nos deu ordem de não deixar a casa.

- As ordens do Senhor Diogo não valem nada se ele não estiver aqui. Preciso sair agora, mas quero a casa vazia quando eu voltar, beleza?

- Stefan, não é por mal, mas não é você quem paga nosso salário - Nanda disse quase temerosa pela minha resposta.

Aproximei-me dela e coloquei as mãos em seus ombros.

- Fique tranquila, amor. Eu prometo que ninguém nunca vai saber que vocês desobedeceram à ordem do Poderoso Chefão. Confiem em mim - Dessa vez eu me dirigi a todos. - Cumpram minha ordem. Divirtam-se por hoje, então todo mundo sairá ganhando.

Eles se entreolharam, mas o silêncio foi total.

- Volto em algumas horas. Pelo bem de vocês, não estejam mais aqui. - Então eu saí.

- Vou dar uma festa lá em casa hoje - Eu disse enquanto dirigia em direção ao centro da cidade com Pedro ao meu lado no banco do passageiro e André e Fabrício, no banco de trás.

- Uma festa na casa de Stefan Strorck?! - André se animou. - Caraca, eu me perguntava quando ia ouvir isso.

- Mandem mensagem para todo mundo. Não, todo mundo menos a Julia. Não quero aquela garota na minha casa.

- Iiih, nem se casaram e já estão se separando?! - Pedro riu.

Revirei os olhos.

- Estou tomando nojo daquela menina. Quero carne fresca.

- Hoje então você vai conseguir muita carne fresca, meu amigo - André pegou seu celular no bolso. - Preciso do seu endereço.

- Vou mandar por mensagem para vocês três. Vocês convidam o povo e eu cuido do resto. Vamos começar às sete.

Digitei a mensagem sem parar de dirigir, dividindo a atenção entre a rua e as letras na tela do celular. Quando estacionei o carro na frente do salão, eles já tinham enviado mensagens para a faculdade inteira. Se não foi para a faculdade inteira, foi para metade dela que, com certeza, sairia espalhando. Então, de uma forma ou de outra, todos saberiam em menos de dez minutos.

- A cabeleireira é uma delícia, vocês vão gostar dela - André comentou ao sair do carro.

- Me deixe adivinhar... você se identificou porque ela também tem o cabelo vermelho?

André levantou o dedo do meio para Fabrício e todos riram. Menos eu.

- Vá zoar sua mãe, imbecil!

- Vamos lá, quero conhecer o piteuzinho - emitiu Pedro já entrando no salão.

Fabrício e André o acompanharam, mas eu permaneci do lado de fora. Provavelmente ninguém percebeu, mas a verdade é que nem mesmo eu estava absolutamente ciente das minhas ações. Ao invés disso, minha atenção estava totalmente focada na praça do outro lado da rua, onde uma garota de longos cabelos negros preso em um rabo de cavalo tentava se concentrar ao máximo em alguns livros que estavam em seu colo.

Louca. Com certeza agora eu sabia. Negou-me monitoria, chamou Julia de vaca, parou na faixa de pedestres em plenas duas horas da manhã, sendo que não vinha nenhum carro, e agora tentava estudar numa praça totalmente infestada de crianças. Só podia ser maluca.

Mesmo assim, por algum motivo, eu não consegui evitar. Sem saber explicar o porquê, meus pés se moveram quase automaticamente em direção à Alexia.

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Alexia

- Se não conseguia estudar por causa de uma festa, me admira que consiga cercada de crianças agitadas.

Uma onda de surpresa e raiva me atravessou quando ouvi a voz de Stefan atrás de mim. Virei-me de repente, dando de cara com sua imagem espetacular de playboy metido a besta.

- O que você está fazendo aqui?

Um canto da sua boca se ergueu em um sorriso torto enquanto ele se abaixava ao meu lado.

- Eu poderia te fazer a mesma pergunta.

- Eu não te devo satisfações da minha vida.

- Nem eu - Suas sobrancelhas se ergueram como se ele tivesse acabado de me dar xeque-mate.

Fiz careta e desviei os olhos, tentando fingir que sua presença não me afetava.

- Por que está estudando aqui? A "área de reunião dos nerds" está fechada?

- Não é da sua conta.

- Não acha que seria mais interessante se estivéssemos no meu quarto?

Quem esse garoto pensa que é?!

Eu o olhei com a sobrancelha erguida.

- Você se acha a última Coca-Cola do deserto, né? Você não é tudo isso.

- Os sinais que seu corpo transmite dizem que você está mentindo - Seus olhos pareciam mais escuros, e sua expressão me desafiava a discordar.

Bufei desviando os olhos. Que ridículo.

- Eu jamais entraria no seu quarto.

- Tem certeza? - Ele sussurrou no meu ouvido uma voz que varreu minha pele sensível suavemente, me fazendo arrepiar.

Afastei-me por impulso.

- Você está maluco? - Quase gritei.

Um sorriso travesso brincou em seus lábios.

- Você corou.

- Você é um idiota.

- E você é marrenta.

Olhei distraidamente para Alice. Ela estava na casinha do escorregador, brincando com um menino que talvez tivesse a mesma idade que ela. A menina que ela fez amizade anteriormente tinha ido embora, mas ela logo arrumou outro com quem brincar.

- Vou dar uma festa na minha casa hoje à noite - Stefan disse chamando minha atenção de novo. - Você quer ir?

Eu ri. O que leva esse babaca a acreditar que eu iria em qualquer lugar em que ele me convide?!

- Não.

- Por quê?

Olhei para ele indiferente.

- Porque eu não gosto de você. Você é sem noção, imaturo e atrevido. Esse seu jeitinho de dono do mundo me enoja.

Um canto do seu lábio se ergueu em um sorriso torto e ele desviou os olhos. Não parecia ter sido afetado pelas minhas palavras; aliás, se fosse para apostar, eu diria que estava se divertindo.

- Eu realmente estou curioso para saber por que escolheu o lugar mais barulhento da cidade para estudar - Ele disse depois de um momento, tranquilamente.

- Talvez eu já tivesse terminado, caso você e seus amiguinhos não tivessem molhado os livros que eu ia usar.

Ele comprimiu os lábios colocando um dedo na frente da boca e eu soube que estava tentando esconder um sorriso.

- Nós atrapalhamos seus planos, então?

Quase não consegui controlar o impulso de o esbofetear ao perceber que tudo não passava de uma piada para ele. Então era isso? Ele achava engraçado arruinar os livros que eu não tinha nenhuma ideia do preço, nem como conseguiria pagar?!

Mas que grande riquinho de merda!

- Sabe o que eu acho? - perguntei calmamente. - Que vocês pensam que podem tudo por causa do dinheiro que possuem. Precisam prejudicar e humilhar outras pessoas apenas para se sentir felizes. Acham que têm o mundo aos seus pés e isso basta, mas posso ser sincera, Stefan? Vocês não passam de seres completamente desprezíveis que não conhecem a real

beleza da vida e não sabem o que existe atrás do muro da fortuna. Pensam que são capazes de comprar o que não tem preço e que dinheiro é tudo. Ocupam-se tanto em manter perfeitas as aparências que nem percebem que a essência de vocês é podre - Balancei minha cabeça para os lados e suspirei. - Por dentro, vocês são todos vazios.

Ele não respondeu. Qualquer sombra de sorriso que existia em seu rosto havia desaparecido, e ele me olhava como se eu tivesse acabado de lhe jogar um balde de água fria.

Voltei-me para os livros tentando me concentrar, ciente de que o que precisava ser dito, já havia sido.

Mas minha concentração logo se dissipou quando, em meio aos gritos e risadas eufóricas das crianças, eu reconheci o choro desesperado da minha irmã:

- Mamãe!

Meu coração gelou e eu ergui os olhos de repente, me deparando com a garotinha correndo para mim com os bracinhos abertos e as lágrimas correndo fartas por seu rosto.

- Mamãe! - Ela soluçou novamente enquanto eu me levantava depressa. - O Gabiel pegou o meu Zozé!

Eu a peguei no colo, sem me importar com o olhar surpreso de Stefan.

Enquanto tentava acalmar minha irmã andando em direção à casinha do escorregador onde o menino estava brincando, eu não olhei para trás. É claro que eu o fiz devolver o urso preferido da minha irmã, mas quando voltei, Stefan havia ido embora.

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Stefan

Mãe. Aquela menininha chamou Alexia de mãe. Eu não estou doido... ou estou?

Okay, nossa conversa não foi nem de longe o que eu esperava que fosse, mas o fato é que eu não estava preparado para isso. Não mesmo.

PUTA QUE PARIU, ELA TEM UMA FILHA!!!

Eu não consegui me mexer imediatamente depois que ela saiu levando a garotinha chorando no colo. Não conseguia nem pensar direito, só me vinha à cabeça a imagem daquela menina correndo e chorando, chamando Alexia de mãe. Mamãe.

Fiquei a observando conversar com o pequeno menino que olhava para ela amedrontado. Sim, ela parecia a mamãe leoa protegendo seu filhotinho com unhas e dentes.

Pisquei algumas vezes sentindo meu cérebro voltar ao normal. Por que raios fiquei tão surpreso? Há muito tempo eu ouço dizer que as quietinhas são as piores, mas, mesmo assim, eu jamais imaginei que ela pudesse ter uma filha. Com quantos anos ela engravidou? Quatorze? Quinze? Caraca, minha mãe engravidou com dezessete e eu já acho isso cedo demais!

Levantei-me quase sem sentir o chão embaixo dos meus pés. Eu não estava fugindo, só não queria que ela voltasse e visse o quanto eu fiquei chocado com essa informação.

Okay, talvez eu estivesse fugindo sim.

- Stefan, o que houve? - Pedro perguntou quando entrei no salão. - Parece que viu um fantasma

- Nada. Só... - Pensei por alguns segundos antes de gesticular com a cabeça. - Deixa para lá.

- Pode falar, cara. Recebeu alguma ligação do banco?

Olhei em volta. Fabrício estava admirando a bunda da cabeleireira que pintava o cabelo de André. Os três estavam totalmente alheios a mim e ao Pedro.

Pensei mais um pouco. Eu confiava nele. Sabia que ele não sairia por aí espalhando, então acabei com o suspense:

- Ela tem uma filha.

- Quem?

- Alexia. A nerd que me negou monitoria. Ela tem uma filha de uns... dois ou três anos.

Pedro arregalou os olhos.

- Como você sabe?

- Eu vi.

- Bem, talvez você tenha visto errado. Sei lá, talvez seja irmã dela.

- Quantas crianças você conhece que chamam a irmã de mãe?

- Hum... - Ele olhou para cima tentando se recordar. - Nenhuma.

- Pois é, nem eu.

- Mas tem certeza de que foi isso o que você ouviu?

- Eu não estou surdo, Pedro. Ela chamou Alexia de mãe duas vezes na minha frente!

- Calma, cara, relaxa - Ele riu. - É nessas horas que a gente percebe o quanto estamos atrasados. Até uma nerd tem uma filha e nós não.

Fiz uma careta.

- E prefiro continuar assim.

- E vocês, gatinhos... - Nos viramos quando percebemos que a cabeleireira estava falando com a gente. - Querem retocar o visual?

- Não - Pedro riu. - Eu gosto do meu cabelo crespo, valeu.

- Você pode cortar meu cabelo? - perguntei.

- Faço o que você quiser, meu bem - E ali estava o sorriso safado que eu me acostumei a receber. - Venha, sente-se aqui.

Depois de deixar os meninos em casa, fui ao supermercado e comprei tudo o que iria precisar para essa noite. Mandei entregar as bebidas em casa, só levei no carro os alimentos - que não eram muitos. O problema é que, mesmo tentando preencher totalmente minha mente com essas tarefas, Alexia e aquela criança não saíam da minha cabeça.

Droga, o que há de errado comigo?! E daí que ela tem uma filha? Isso não é problema meu!

Quando cheguei em casa, a encontrei vazia, o que me fez sorrir. Eu estava me tornando mais autoritário do que meu pai ali dentro.

Guardei os alimentos na geladeira e nos armários e subi. Tranquei o quarto dos meus pais e até pensei em fazer o mesmo com o de Thomas, mas reconsiderei minha ideia e o deixei aberto. Se os outros seis quartos de hóspedes fossem ocupados, com certeza alguém iria querer usá-lo.

Olhei a piscina e fiquei satisfeito ao perceber que ela havia sido limpa recentemente. Acho que isso era tarefa do jardineiro que trabalhava em minha casa uma vez por semana, mas eu não tinha certeza.

Entrei conferindo a hora. Já se passava das cinco.

Depois de receber as bebidas e garantir que tudo estava preparado para a chegada dos convidados que eu nem conhecia, entrei no banheiro para tomar uma ducha. Os fios que eu já tinha me acostumado a sentir escorrendo pela minha testa na hora do banho não escorriam mais, mas eu gostei da minha imagem com cabelo estilo Joãozinho.

Enquanto a água escaldante caía sobre minha cabeça e escorria pelo meu corpo, meus pensamentos não paravam de viajar em Alexia.

Será que ela vai vir?

#-#

Será? Rufem os tambores... kkkkkk

Olá, minhas amorinhas e meus amorzinhos!!! Essa é basicamente a introdução de OPDF, uma amostra grátis pra saber o que aguarda vocês. Se desejarem ler o resto da história, tenho boas notícias: VOCÊS PODEM TER ESSA OBRA NA MÃO DE VOCÊS, PARA SENTIR A TEXTURA DO LIVRO FÍSICO E O CHEIRINHO DAS PÁGINAS NOVAS!

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PRONTO! Agora é esperar o correio chegar 🥰

Quando receberem, não se esqueçam de postar uma fotinha e me marcarem no insta! E quando terminarem de ler, eu vou amar saber sobre o feedback de vcs, então me contem o que acharam 🤭

Bjos no coração, minhas razões. Amo vocês ❤️

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