Coral - A Filha de Coraline

Da ElanePimentel1

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Coral Jones é filha de Coraline Jones, a antiga garotinha que enfrentou a Outra Mãe. Apesar de Coraline ter c... Altro

A Antiga Nova Casa
Sonhos Podem Matar
Os Vizinhos de Sempre part. 1
Os Vizinhos de Sempre part. 2
O Poço
Desejos podem se Tornar Realidade
As Paredes tem Ouvidos
A Outra Porta, O Outro Mundo, A Outra Mãe
A Historia da Outra Mãe?
Um Pouco da Verdade
Antes Do Amanhecer
Toby
A Verdade
Paralelamente para os leitores
Sombras do Corredor Part. I
Sombras do Corredor Part. II
As Almas Conhecidas
A Sala Colorida
O Labirinto das Almas Perdidas
O Gato, o Rato e o Caçador
O Sacrifício e o Fim
O Outro Sacrifício e o Outro Fim
Epílogo
A respeito de um comentário que recebi.
Prólogo - Coral Roses
Comentários fofos que recebo e 1 aviso *-*
CAPITULO NOVO!!!!!!
NOVIDADE!!!
OLÁÁ!! TEM ALGUEM AI???

Nas entranhas da Casa

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Da ElanePimentel1


A sala de visitas era a mesma do mundo real, só que bem mais bonita e organizada. Era agradável estar ali, para alguém que não conhecia a historia, mas para Coral, aquele lugar lhe causava calafrios. Ali onde estavam era quentinho e aconchegante, mas algo ruim emanava de todas as partes daquela casa, o frio percorria o corpo de cada um, mas o coração bondoso deles poderiam lhe aquecer até a alma.
Coral sem perceber encostou no braço de Rudy e se contraiu involuntariamente, o corpo dele parecia mais frio no Outro mundo.
— Parece que aqui fico mais morto do que já estou. – ele falou e sorriu, Coral agora percebia o quanto o sorriso daquele garoto-fantasma era lindo e aquele pensamento a fez ficar corada, ela também percebeu que seus olhos estavam mais verdes e mais brilhosos, mas não deu muita atenção para isso.

As duas Amanda's e Balt pareciam já estarem acostumados com aquele lugar e mesmo assim olhavam cautelosos para os lados. Coral já estivera ali, mas agora as coisas pareciam um pouco diferentes. Os quadros nas paredes pareciam assustadores, a luz da sala estava meio morta e o silencio total era perturbador.

— Esse lugar está diferente. – Coral sussurrou pra ela mesmo, todos olharam para ela.

— Sempre muda. – Balt falou olhando para todos os lados.

— É o moda dela confundir todos. – Amanda Forcible falou.

Coral começava a sentir um aperto no coração, seu irmãozinho estava ali em algum lugar e seus pais também, muitas coisas começaram a passar por sua cabeça. Toby já estava ali a muito tempo, será que ainda estava? A Outra Mãe ainda não tinha conseguido o que queria, ela tinha certeza disso. Tudo estava bem. Tudo ficaria bem.

O cristal parecia pulsar dentro de sua roupa, ela podia sentir o calor que emanava dele e todo aquele poder parecia assustador.

— Não podemos nos separar. – Rudy falou e olhou para o corredor a sua frente.

O corredor tinha uma luz amarelada bem fraca e as sombras pareciam se mover. Coral sabia que a casa estava viva, sabia que aquela casa era algo bem antigo e sombrio.

— Qual é o plano? – Coral perguntou.

— Não podemos falar aqui, Coral. – Amanda Spinck respondeu.

— Não estamos seguros aqui, entende? – Amanda Forcible olhou para ela fazendo sinal para toda a casa ao redor. Coral entendia, ali eles não poderiam planejar nada. A Outra Mãe sempre saberia.

— Então o que faremos agora? – Coral só conseguia pensar no que poderia estar acontecendo agora. Tudo estava tão silencioso, mas ela agora começava a lembrar de um detalhe: Eles acabaram de entrar pela pequena porta, mas seus pais haviam entrado pela porta da antiga Arvore, se algo estivesse acontecendo provavelmente era na floresta do lado de fora.

— Vamos. – Rudy falou, guiando eles para a entrada do corredor. – Vou mostrar um lugar seguro onde podemos planejar.

Todos estavam prestes a entrar no corredor, Balt estava entre as duas Amanda's enquanto Rudy estava um pouco à frente com Coral ao seu lado.

Rudy olhou para Coral, os olhos dele estavam mais vedes brilhantes ainda e a pele mais pálida e branca, parecia que cada minuto ali transformava ele. Coral sorriu para aquele garoto morto, ela nem notou que estava sorrindo, algo estranhamente estranho percorreu todo o seu corpo e aqueceu seu coração, ela sem nem ao menos perceber segurou a mão de Rudy que estava tão fria quanto gelo e soltou imediatamente ao perceber o que estava fazendo.

— Você pode segurar minha mão, prometo que vou lhe proteger. – Rudy falou de uma brincalhona, dando uma piscada e um sorrisinho de lado para Coral que ficou corada e ao mesmo tempo frustrada. Ela não entendia o que estava sentindo por aquele garoto, mas desde o primeiro dia que o viu em seus sonhos, sabia que ele era algo atrevido, metido, e que nunca seria o tipo de garoto que ela gostaria de ter como amigo.

— Eu posso me cuidar. – Coral falou soando claramente irritada. Rudy sorriu com a expressão no rosto dela.

— Então vamos lá. – Rudy olhou por sobre o ombro para os que estavam atrás. — Fiquem juntos e não... – antes que ele pudesse terminar a frase o corredor começou a sugá-los para dentro, puxando-os, eles não tinham o que fazer, foram pegos de surpresa.

O corredor tinha muitas portas e todas estavam abertas como bocas devoradoras esperando que todas as crianças caíssem dentro de uma delas. Balt e as Amanda's entraram por uma das portas, enquanto Coral e Rudy foram empurrados para outra.

A porta pela qual entraram dava para outro corredor, bem mais escuro e assustador que o outro. Esse corredor era mais gelado, a luz era tão fraca que Coral e Rudy quase não conseguiam distinguir nada a frente. As paredes pareciam se mover era como se muitas aranhas se movessem nas paredes. O odor que emanava naquele corredor era de algo podre e antigo, era como madeira podre de muitos anos atrás, e as paredes gemiam, era como se estivessem dentro de casulos pulsantes, e os gemidos pareciam de alguma criatura faminta e aprisionada. Coral nunca se sentiu tão assustada em toda sua vida.

— Onde estamos? – ela sussurrou para Rudy, segurando em seu braço, dessa vez ela não pretendia soltar.

— Não é um bom lugar, não é um bom lugar... – Rudy parecia estar perturbado, a pele cada segundo mais branca e fria, os olhos cada vez mais verdes brilhantes. Ele olhou para Coral, o medo percorria em seu olhar. — Caímos na porta errada. – ele sussurrou.

— O que você quer dizer com isso? – Coral apertou mais ainda seu braço na tentativa de fazê-lo voltar a si.

— Fala baixo. Temos que sair desse corredor o mais rápido possível. Aqui é onde minha... – ele parou, olhou para o lado e depois olhou para Coral, colocou o dedo indicador na frente dos lábios "shiii". Coral olhou na direção que ele havia olhado e pode distinguir uma porta, todos os pelo de seu corpo se arrepiaram, ela não viu nada, mas pode sentir. Algo muito ruim estava atrás daquela porta. Ela pode ver pela fresta da porta que algo pulsava lentamente lá dentro, e o barulho parecia um ronco suave de um motor, mas era tão assustador que ela podia sentir nos seus ossos.

Rudy empurrou Coral suavemente por outra direção, os dois agora estavam em outro corredor, esse estava pouco mais claro que o outro.

— O que era aquilo? – Coral perguntou, olhando por cima do ombro de Rudy, o corredor assustador que acabaram de sair ainda emanava sua escuridão fedorenta.

— É onde minha avó está dormindo. – ele falou, e deu uma leve olhada para trás. – E de maneira nenhuma devemos acordá-la.

Coral começou a imaginar o quão terrível era essa "avó", mas seus pensamentos sumiram subitamente quando Rudy foi sugado novamente para a sala aterrorizante e ela foi sugada na direção oposta, não teve tempo de reação, foi em um piscar de olhos e em seguida ela já estava em outra parte da casa. Era um corredor, a porta se fechou atrás dela e agora ela estava sozinha.

— Rudy! – Coral bateu na porta com toda sua força, mas sabia que estava muito distante dele. Ela virou de costa pra porta e quando olhou pra frente viu um espelho refletindo sua própria imagem, por um breve instante se assustou e então logo olhou ao redor. A sala era bem mais iluminada do que as anteriores, mas ainda assim era sombria e tinha um ar assustador.

— O que eu vou fazer? – Coral baixou a cabeça, estava com tanto medo. Ela olhou novamente para seu reflexo no espelho e então se aproximou para lhe encarar. — Vamos lá Coral! Você é fort... – algo se moveu em suas costas, parecia uma aranha, ela olhou subitamente para trás e bem em seus olhos surgiram grandes botões negros.

"Buh"
Coral caiu para trás, fechou os olhos preparada para se chocar contra o espelho, mas ela atravessou.

Ela abriu os olhos lentamente, mas não viu nada, tudo era escuro, nenhuma luz havia ali e então de repente ela começou a ouvir vozes surgindo de todas as partes:

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

"fique bem quietinha" "fique bem quietinha"

As vozes ecoavam em sua cabeça uma atrás da outra. As vozes pareciam sofrer. Coral tapou os ouvidos e então tudo ficou silencio novamente. Ela levantou a cabeça e então sentiu... Era a coisa mais assustadora que havia sentido. Lábios encostaram em seus ouvidos como sussurros e falaram ao mesmo tempo:

"— Pois a Bela Dama com certeza está nos ouvindo". 

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