love is a rebellious bird ➤ p...

Von louchopsuey

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AU em que os meninos ainda fazem música. Louis é o concertino da Orquestra Sinfônica de Londres, Harry é o no... Mehr

Chapter I
Chapter II
Chapter III
Chapter V
Chapter VI
Chapter VII
Chapter VIII
Chapter IX
Chapter X
Chapter XI
Chapter XII
Chapter XIII
Chapter XIV
Chapter XV
Chapter XVI
Chapter XVII
Chapter XVIII
Chapter XIX
Chapter XX
Chapter XXI
Epilogue
EXTRA
nova fic - vou deletar isso aqui

Chapter IV

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Von louchopsuey

e aí gente, me desculpem pela demora toda para postar esse cap mas está aqui, esse capítulo não acontece muita coisa mas é importante porque explica mais sobre o acampamento. porém, é partir do próximo capítulo mesmo que as coisas começam a acontecer.
desculpe se tiver algum erro, votem e comentem, yeah :)
*

O ensaio não durou muito tempo naquela tarde. Eles tocaram o desespero de Don Juan mais duas vezes  antes de Styles soltá-los. Ele tinha inclinado na direção da orquestra em uma leve reverência após seu primeiro círculo. "Muito melhor," ele tinha dito, gravemente. Então ele sorriu para eles, os olhos brilhando, enquanto ele ergueu seus braços para começar novamente. "Sem pressão ou qualquer coisa." E a risada que se seguiu aliviou o peso do humor no hall. A segunda passada rápida tinha sido melhor que a primeira.

Louis podia sentir em volta dele, este tipo de ressurgência maravilhosamente controlada de poder emocional que melhorou tudo, ressonando na única nota que foi concebida para transmitir a medida devastadora da desolação de Don. Ele ouviu o levantamento da música, mas ele sentiu removido dela, isolado por sua distração. Tudo o que ele podia pensar era a má interpretação de Harry por sua risada, como a decepção momentânea havia lavado o rosto dele e então derreteu-se lentamente em resignação, como se ele não deveria esperar coisa melhor de Louis em primeiro lugar. Como se rir daquela forma foi de alguma forma, de acordo com o caráter de Louis! Os dedos de Louis continuou a mover-se rapidamente e com precisão sobre o pescoço de seu violino, seu toque impecável como de costume, mas era de cor. Louis não conseguia relaxar na música. Ele não conseguia envolver-se nela, não com esse ridículo mal-entendido suspenso sobre sua cabeça. Ele precisa explicar.

Ele está aparentemente sob a impressão de que eu sou algum tipo de psicopata desalmado, Louis pensou enquanto colocava Trovão para longe depois do ensaio, afrouxando seu arco com dois fechos rápidos do pulso e puxando no zíper do protetor da case, talvez um pouco mais forte do que era estritamente necessário. Seus olhos estavam treinados em Harry, ainda de pé perto do pódio e rodeado por uma pequena multidão de pessoas que se reuniram para fazer perguntas. Estúpida Eleanor, Louis reclamou, determinado a esperar todos irem embora e esclarecer as coisas com Harry o mais rápido possível. Como pode alguém que tem sido parte do mundo das artes por todo esse tempo ainda ter um merda de um gaydar? Ele fingiu organizar suas pastas de música, enquanto as pessoas ao redor de Harry diminuíam. Uma vez que só era Gerald Courtenay faltando (provavelmente falando sobre como a seção de viola tinha sido menosprezada mais uma vez de alguma forma terrivelmente ofensiva ou de outra) Louis decidiu fazer sua jogada, pegando sua case e dando vários passos lentos na direção deles.

Ele saltou quase um pé no ar e definitivamente soltou um grito indignado quando sentiu alguém puxar fortemente sua manga.

"Perdão." O assistente de Styles (Liam Price? Liam Payne?) estava parado timidamente atrás dele. Ele estava com uma mão erguida como se achasse que Louis poderia atacar. "Não quis assustá-lo."

"Teria matado você dizer meu nome uma ou duas vezes antes de abordar minha pessoa?" Louis perguntou, irritado sobre seu plano ter sido interrompido.

O rosto de Liam, qualquer que seja seu último nome, ficou tenso com aborrecimento. "Eu disse seu nome seis vezes, tudo bem Tomlinson? Eu tenho algo a te dizer."

"Oh," Louis disse fracamente, olhando por cima de seu ombro para onde Gerald Courtenay tinha começado a gesticular animadamente a centímetros do rosto de Harry. Louis estava surpreso; Harry parecia mais divertido do que com medo. "Me desculpe... O quê? O que é isso?" Ele virou para Payne, piscando.

"Bem, eu sei como você está relutante para checar seu Outlook..."

Louis acenou com a cabeça, olhando para trás por cima de seu ombro enquanto esqueceu de Liam novamente. Ele xingou em voz baixa. Harry Styles havia colocado um braço em volta dos ombros de Courtenay e estava o guiando para a porta lateral da sala de ensaio, ambos rindo gostosamente.

"Merda," Louis sussurrou. Ele levantou um dedo para Liam enquanto trilhou atrás deles. "Eu - Eu já volto."

"Isso só vai demorar um segundo, Tommo! É sobre amanhã!" Liam gritou atrás dele. "Cheque seu Outlook, por favor..." foi a última coisa que Louis ouviu quando abriu fortemente a porta do Lobby Oeste.

Estava deserto, é claro.

"Porra." Ele virou em um círculo, procurando por pistas a respeito de caminhos que eles poderiam ter ido. Não havia nenhuma.

Meia hora depois ele estava caído em um assento no tubo, agarrando Trovão ao seu peito e estufando, desconfortável e infeliz. Ele checou o escritório de Styles em St. Luke's e então caminhou para o Barbican para checar lá também - absolutamente nenhum sinal dele nos dois lugares. Louis virou sua cabeça para a frente do trem, olhando para a janela enquanto tentava olhar através de seu reflexo e olhar para as paredes do túnel além dele.

Amanhã. Ele falaria com Styles sobre isso amanhã. Ele só tinha que esperar; era apenas uma noite.

Por que você está fazendo disso tanta questão? ele se perguntou, olhando para suas pupilas enquanto o trem passou em uma seção particularmente escura do tubo. O nó emaranhado de ansiedade em seu estômago embrulhou em resposta e uma série de imagens que ele estava tentando manter sob controle giravam em sua mente. Tantos pares de olhos decepcionados. Louis fechou os dele, rapidamente, com força. É sempre melhor não perguntar a si mesmo perguntas diretas, especialmente quando você sabe a resposta mas não quer admitir.

Porra. Ele apertou Trovão mais perto dele, como um urso de pelúcia em forma desajeitada. Não tenho nada para me sentir culpado, sério. Seus olhos abriram novamente e ele fez uma careta para a luz forte, que não faz jus do vagão. Sim, bom trabalho, Louis, como sempre. Apenas minta para você mesmo, esse é o jeito. Nada para se sentir culpado, não você. Uma sensação desconfortável familiar de auto-aversão tomou conta dele, fixando-se e fazendo-se em casa - o tipo onde ele desejava ter um cérebro completamente diferente, de uma pessoa totalmente diferente, que tinha memórias totalmente diferentes, porque eles tinham feito diferentes e melhores escolhas de vida. Porra. Talvez fosse apenas uma noite, mas provavelmente iria parecer como três semanas.

Ele estava certo, é claro. Chegou 01:00. Louis ainda tinha o mesmo cérebro, infelizmente, e não estava deixando-o dormir. Todas as memórias dentro dele estavam o mantendo acordado. Bem, era uma combinação de memórias, o ar quente-quente e seco-seco em seu quarto agora terrível, e seu pulso, que ele não conseguia escalar, não importa quantas vezes ele se virava. Independente da forma que ele posicionava a cabeça no travesseiro, lá estava batendo em seu ouvido: lub-dub, lub-dub, lub-dub. Harry Styles, Harry Styles, Harry Styles.

O rosto de Harry Styles no ensaio, com o rosto decepcionado. Ferido - essa é a palavra. Harry tinha sido ferido por Louis naquela tarde. Louis sabia disso. E deitado em sua cama com o rosto esmagado no travesseiro, seu incômodo de um batimento cardíaco vibrando em seus tímpanos, ele ainda não conseguia parar de pensar nisso. Mesmo que não fosse o que ele pretendia, ainda se sentia horrível. Certamente não tinha parado Harry de se sentir mal, e definitivamente não estava impedindo Louis de lembrar dos tempos em que era o que ele pretendia. Porque havia muitos desses. Memórias horríveis dentro de seu cérebro das vezes quando ele tinha machucado intencionalmente Harry Styles. Ele reconheceu aquele olhar esta tarde porque ele colocou lá antes, de propósito. Colocou em uma versão mais redonda, suave e completa. Harry era como um pêssego naquela época, tão doce. O estômago de Louis apertou com o pensamento, uma emoção ilícita correndo por ele contra sua vontade. Ele a sufocou rapidamente, com um grunhido miserável. Era a culpa que o estava mantendo acordado. Era isso, principalmente. Era isso completamente.

"Você foi para o Interlochen três verões inteiros?" Eleanor havia perguntado para ele em descrença horrorizada, seus olhos arregalados com medo, a cabeça balançando lentamente de um lado para o outro. Ele tinha chegado no cavalete de parceria deles, quando eles estavam apenas sentindo um ao outro. "Eu não consigo nem imaginar. Não consigo mesmo - Eu lidei com vários ambientes toxicamente competitivos na minha vida, obviamente, mas duas semanas lá e meu cabelo estava caindo em aglomerados." Ela estremeceu. "Eu ainda tenho uma reação negativa à pulseiras de amizade, Louis. É visceral; é uma coisa visceral."

Louis sorriu em seu travesseiro e revirou os olhos pelo pensamento. Eleanor. Ela poderia ser uma exagerada excessivamente dramática, mas pelo menos ela era principalmente divertida sobre isso. Eles tinham isso em comum. (Louis não queria viver em qualquer mundo chato existido sem hipérbole. Você prefere ser amigo com alguém que reclama que eles estavam presos na fila do correios por quarenta e cinco minutos ou quarenta e cinco meses? A resposta parecia clara.) Ela estava exagerando sobre Interlochen, mais ou menos. Ou ela estava ignorando a parte positiva dele. Foi emocionante, estar com o melhor dos melhores músicos de sua idade, já sendo bom e apenas ficando melhor é melhor, experimentando a pressa de dar uma performance verdadeiramente desempenhada. Mas a pressão, Deus. Não era para todos.

Era visceral, no entanto. Essa era a verdade. Louis só poderia lembrar de Interlochen com seu corpo inteiro, de uma só vez, e quase nunca de propósito. De pé em uma rua perto do Hyde Park no início da primavera, depois de ter pego o cheiro de um tipo muito específico de lama no ar, ele de repente se bateu de volta no tempo em uma cabana de prática na floresta depois de uma chuva (beijando Ally McKenna lá porque sabia que ele deveria querer e ficando entediado por isso.) Acendendo um sparkler na véspera do Ano Novo trouxe de volta o Quatro de Julho na América, o barulho reet-reet-ribbit dos sapos depois de escurecer para baixo do lago. Mosquitos e pés descalços, tornozelos sujos. Sentando-se em uma cadeira de gramado barata em uma festa de jardim, ele sentiria um assento do Anfiteatro Interlochen em vez disso, iria se lembrar de como o metal sempre deixava impressões na parte de trás das coxas de todos. Performances do solstício do verão; a voz de sua mãe ecoando em sua mente. "Quem era aquele jovem no violoncelo? Um som tão maduro... tão expressivo." Pior de tudo, o pior de tudo, foi aquela vez que ele tinha ouvido as linhas de abertura de Boléro em um concerto de caridade que ele não se preocupou em ver o programa. Ele sentiu suas palmas começarem a suar imediatamente enquanto ele se mexeu desconfortavelmente na cadeira, o peito contraindo. Boléro.

*

No momento em que Louis caminhou de volta para Cornus, sua camisa polo azul bebê emitida pelo regulamento do acampamento estava toda manchada de suor - na parte baixa de suas costas, debaixo de suas axilas, até mesmo um pouco de unidade à mostra através do tecido sobre seu plexo solar. Louis não durava muito com perspirex, como regra geral, mas estava tão quente e úmido nos últimos dias que a qualquer momento que ele saía de um lugar parecia como se estivesse usando o ar como um moletom com capuz úmido. Era mais do que um pouco desconfortável.

Louis sabia que não deveria estar surpreso. A mesma coisa tinha acontecido no verão anterior; um calor úmido opressivo tomou conta do acampamento por quase uma semana e meia em meados de julho antes de uma tempestade maciça finalmente cair e quebrar o calor. Ele só queria que estivesse lembrado quando ele estava empurrando Robbie Hahn para fora do caminho e lançando sua mochila clara para toda a Cabine Cornus para reivindicar o último beliche superior disponível no dia em que tinha chegado. Ele quase sufocou de calor até a morte nesse mesmo beliche na noite anterior, tão quente e cansado que sua perna esquerda manteve contraindo em seus lençóis emaranhados.

Calor sobe, gênio, ele repreendeu a si mesmo enquanto ele se arrastou aos passos da varanda da frente da cabine, palma grudenta no corrimão de pinhal áspero.

Não que qualquer outra pessoa da cabine estivesse realmente sido capaz de dormir adequadamente na noite passada também, beliche inferior ou não. Nope, não quando o calor parecia estar exacerbando o status de Robbie como um horrível respirador bucal para a temperatura que era. Robbie tinha um desvio de septo, então não era justo reclamar, mas é claro que Louis fez de qualquer maneira.

"Estou bastante certo de que seria considerado homicídio justificável neste ponto," ele finalmente gemeu, algum tempo depois de meia-noite quando a respiração rítmica enlouquecida de Robbie parecia estar ficando mais alta a cada expiração consecutiva. Todos riram em mísera solidariedade depois disso. Bem, todos exceto Robbie, que estava dormindo, obviamente.

Cornus. Louis iria ficar preso na cabine Cornus em seu último verão aqui. Mais afastada do campus, menor, uma cabine sem uma unidade de ar condicionado de janela. O único aspecto positivo da situação que Louis tinha conseguido identificar foi que ela lhe proporcionou a oportunidade de fazer piadas sobre ereções caninas quando quisesse. "Voltando para Red Rocket" é uma de suas favoritas.

"Ah, Louis. Bom!" Marcus disse, enquanto Louis deixou a porta de tela da cabine thwap fechar atrás dele. "Você é o último! Q-Time, lembra?"

Louis revirou os olhos. Ele estava esperando que eles começassem sem ele. Que talvez, o melhor cenário possível, eles teriam completamente terminado pelo tempo que ele foi da cabine de prática para o armazenamento de clima controlado de seu violino e, em seguida, todo o caminho de volta para Cornus. Desta forma, ele poderia ter simplesmente deitado em sua cama de cima desarrumada e fechado os olhos e visualizado seu solo Mendelssohn até que fosse a hora para o jantar. A dificuldade de Louis para dormir foi ficando ainda mais difícil do que o habitual para relaxar sobre sua apresentação no próximo final de semana. Isso e o fato de que sua mãe estaria lá.

"Você ainda tem meia hora livre antes do jantar, Tommo, eu prometo," Marcus disse, sorrindo para em ele em seu jeito irritante que Marcus sabia.

Marcus Dewitt era o conselheiro do acampamento para Cornus. Ele era um tocador de trombeta encorpado por algum lugar do Centro-Oeste dos Estados Unidos que não era Chicago ou Interlochen, então foda-se se Louis soubesse onde. Ele foi para a Escola de Música de Eastman, o que era impressionante, mas Louis pensava nele como estraga prazer. Ele usava sandálias e falava sobre como a música não era uma competição, era uma colaboração, e também os forçou a fazer atividades de cabine em grupo aparentemente a cada doze minutos.

Louis revirou os olhos novamente, suspirando quando ele caiu no círculo de Q-Time que o resto dos campistas formaram no piso da cabine. Ele sentou-se pesadamente no único lugar disponível, junto ao Harry Styles. Styles mexeu-se desconfortavelmente para dar lugar para ele, corando e colocando seu cabelo para baixo (que tinha ficado ainda completamente mais armado do que o normal na umidade) enquanto abaixou seu queixo para esconder-se do ponto de vista de Louis. Louis apenas revirou os olhos ainda mais.

"Ok!" Marcus disse, sentando-se à frente do círculo colocando uma panturrilha sob a outra. Ele bateu suas mãos e esfregou-as juntas, como se não pudesse esperar para começar.

Q-Time de Cornus era a atividade em grupo de Marcus de todas. Significava "Hora da Questão" e "Tempo de Qualidade", o que considerou a Louis induzir vômito. Todas as noites durante o período livre de duas horas antes do jantar, Marcus iria fazer uma pergunta para a cabine e, em seguida, eles iriam ao redor do círculo e ouvir como cada pessoa deu sua resposta (esperando provocar uma discussão positiva que levaria a todos em confiarem mais uns aos outros e outras coisas que parecem nojentas como sentimentos e amizade).

Louis odiava, naturalmente.

Marcus sorriu para o círculo, seus longos cílios loiro-branco ajuntando-se nos cantos. "A pergunta de hoje: Qual é uma peça que você nunca executou que você mais deseja?"

Louis grunhiu internamente, não tendo nenhuma resposta prontamente disponível. Ele inclinou-se para trás em uma mão, enquanto sutilmente ventilou sua pólo com a outra, puxando-a longe de sua barriga. Ele odiava ter pequenas marcas de suor ao longo dos vincos de seu estômago quando ele sentava.

"Eu vou primeiro," Marcus continuou. "Isso é um pouco de roubo, desde que eu já toquei antes -"

"Oh, você pode roubar?" Louis perguntou, as sobrancelhas erguidas. "Nós podemos?"

Marcus riu. "Absolutamente não; todos têm que ficar estritamente com a pergunta feita, sem desvio ou escape permitido."

Harry riu, e olhou para Louis por sua franja, olhos brilhantes, ansiosos para ver como ele responderia. Todos os garotos estavam olhando para ele agora. Era uma posição familiar. Se havia uma coisa que Louis gostava sobre Cornus além das piadas de ereção, era que ele chegou a discutir várias vezes, todos olhando para ele porque ele era o melhor em todas as coisas certas: violino, futebol ("soccer" aqui, revirada de olho), pegar um bronzeado, vestir a pólo azul bebê do acampamento obtida pelo regulamento - manchada de suor ou não. E ser engraçado. Louis era definitivamente o melhor nisso.

"Faça o que eu digo, não o que faço?" ele perguntou, com um sorriso. "É assim que é?" Por mais que Louis achasse que Marcus era um idiota, ele não era completamente sem senso de humor.

"Sim, exatamente, Tommo," Marcus disse, ainda sorrindo. "Se importa se eu continuar?"

Louis apenas deu sua aprovação, abanando-se com sua camisa.

"O que eu iria dizer, antes de ser tão rudemente interrompido," Marcus continuou, seus olhos brilhando, "foi que eu toquei A Bandeira Estrelada várias vezes antes, em vários jogos de basquete no ensino médio, mas meu sonho em específico seria tocá-la antes de um jogo do Packers. De preferência durante as finais, mas eu pego o que posso ter."

Louis sentiu Harry mexer-se ao lado, animado. Harry era o bebê da cabine, aos quinze anos e ele estava sempre muito animado sobre tudo, incluindo seguir Louis ao redor do acampamento.

"No Lambeau Field, certo?" Harry perguntou, avançando sutilmente para a frente do círculo do Q-Time, incapaz de conter seu entusiasmo. "É onde eles jogam? Em Green Bay?"

Marcus sorriu, assentindo. "Sim, não sabia se você lembraria."

"Claro," Harry disse brilhantemente, todo cachorrinho do professor.

Louis revirou seus olhos novamente. Ele sempre revirava os olhos durante Q-Time. Sempre revirava os olhos perto de Harry.

Ele distraiu-se enquanto fizeram o caminho lentamente ao redor do resto do círculo, seus dedos movendo em um braço invisível enquanto ele tocava através do movimento Allegretto de Mendelsohn. Ele tinha tropeçado no começo dele toda a tarde, apesar de ter sido impecável pelas duas últimas semanas, e a regressão estava fazendo ele se sentir enjoado com preocupação.

"Louis..." Marcus disse.

"Hm?" A cabeça de Louis levantou, suas mãos parando.

"É suas vez."

"Ah," Louis enrugou seu rosto, pensando. "Uhhh, Caprice No. 24. Paganini. Eu acho."

"Alguma razão?" Marcus perguntou, após uma longa pausa.

Louis deu de ombros. "Não sei. Quero dizer, é a mais difícil. Então. Eu quero ser capaz de tocá-la."

"Algo mais? Alguma outra razão?"

"Precisa ter mais alguma razão?" Louis rebateu, não pretendendo que saísse curto como foi.

"Nope," Marcus respondeu, os olhos um pouco arregalados quando ele ressaltou o 'P' um pouco e virou para Harry.

"E você, pequeno H?"

Louis iria distrair-se novamente, voltar para seu Allegretto, mas algo sobre o como Harry Styles estava mexendo-se ao lado dele, desconfortável sob a atenção de todos, tornou impossível para ele.

"Ummm," Harry disse timidamente, escolhendo um fio em seu shorts jeans, suas bochechas ficando um rosa agradável. Harry sempre ficava um pouco nervoso antes de dizer suas respostas durante Q-Time, como se ele estivesse preocupado que iriam julgá-lo por elas. O que eles iriam, se eles estivessem escutando. Mas seu nervosismo irritava Louis, independente de ser justificado. Era apenas outra coisa para ele revirar os olhos. A maioria das coisas sobre Harry pareciam irritá-lo, na verdade. Como, especialmente como ele virava rosa quando respondia, toda vez, todo querubim. Louis odiava tanto. Fazia algo dentro dele virar e contorcer e ele teve que trabalhar duro para reprimir a sensação, bani-la de existir como uma coisa reconhecida. Deu-lhe essa estranha urgência de reprimir Harry de existir, também.

"Eu acho que..." Harry continuou, sua voz lenta e séria, como sempre. Ele arrumou seus cachos macios de umidade para o lado, através de sua testa, de novo e de novo em um movimento nervoso.

"Você acha..." Louis disse, liderando, suas voz ficando irritada, tentando encorajar Harry para acabar com isso logo. Isso divertiu muitos dos garotos, mas não Marcus, que lançou-o um olhar. Louis apenas revirou os olhos novamente.

"Um, eu... Eu estivesse pensando por um tempo agora que eu realmente gostaria de tocar Boléro," Harry finalmente falou, em uma pressa quase ininteligível, "porque, tipo -"

"Qual é a próxima nesse seu concerto hipotético, então?" Louis perguntou, com um bufo sarcástico. "Variações de Twinkle?"

Harry virou tomate vermelho com as palavras de Louis, corando ainda mais pela risada que seguiu.

"Louis," Marcus disse, bruscamente.

"Boléro, sério?" Louis zombou, deus olhos arregalados, sacudindo sua cabeça em descrença. "Você vai defender essa?"

"E-eu sei... Eu sei que é um pouco repetitiva..." Harry gaguejou, dedos tremendo onde descansavam em suas coxas pálidas, acima de seus joelhos.

"Oh, só um pouco," Louis disse, com um aceno condensado.

Harry ficou em silêncios, mordendo seu lábio.

"O que é sobre essa peça que faz querer tocá-la, Harry?" Marcus perguntou gentilmente, depois de olhar para Louis novamente. Ele estava genuinamente interessado na resposta de Harry em um jeito que Louis sabia que ele nunca estava na de Louis.

Os olhos de Harry foram para Louis e desviaram rapidamente antes de ele continuar, seu rubor revigorado pelo contato de olhar.

"É que," ele começou novamente, a voz pequena, "eu estive lendo sobre padrões muito ultimamente. Como. Como não só em música. Tipo, teoria de música ou algo, mas," ele limpou sua garganta, "mas como em histórias, também? Tipo, como, um, como certas narrativas se repetem várias vezes. Mitos? Mais ou menos, eu não sei. Eu pensei... com Boléro, você tem a mesma, um. A mesma estripe de música e ritmo de novo e de novo e então cresce. Então tipo, é tipo como... como esses tipos de histórias. Como se você colocar a certa, um. Se você colocar a certa emoção, ou tipo, diferentes emoções, em cada repetição, poderia ser tocada para que cada uma se sinta como uma coisa toda nova, apesar de na verdade ser, ser a mesma..."

"Essa é uma ideia muito interessante, Harry," Marcus disse, suavemente, depois de uma batida. Ele estava impressionado. Louis podia ver em seu rosto.

"Obrigado," Harry disse quietamente, mexendo com seu shorts um pouco mais, possivelmente à beira de chorar. A ideia fez Louis irracionalmente bravo.

Que bebê, ele pensou, balançando sua cabeça, ainda mais irritado com o distante puxão de culpa que deitou por dentro antes de rapidamente extingui-la. Boléro. Porra de Boléro. Ele sabia que não seria capaz de esquecer.

E ele não esqueceu. Não pelas próximas semanas. Louis continuou cantando em voz baixa, fazendo com que os outros garotos em Cornus a juntar-se quando podia. "Baaa-ba-da-da-da-da-da-dut-da-da-dahhh..." Atrás de Harry na fila do cereal do café da manhã. Logo antes da vez de Harry chutar durante o bate-bola. Quietamente, ironicamente depois de Harry tocar um solo particularmente difícil durante o ensaio.

Louis não parecia ter o suficiente do jeito que perturbava Harry. Como suas bochechas ficavam quente, sem falhar, o rosa passando para o vermelho ardente enquanto sua grande, mão pálida empurrava sua franja em constrangimento suprimido, os dentes puxando seu lábio inferior.

Até que um dia no final do acampamento, quando Louis foi surpreendido por alguma pirotecnia digestiva após seu estômago descordar com um hambúrguer. Ele ficou preso no banheiro de Cornus por horas e estava orando para ter sua última recorrência para que ele pudesse finalmente voltar a praticar. De repente, ele ouviu a porta da cabine abrir e fechar, o som de alguém subindo em uma beliche.

"Mãe, não... Eu só... El-eles me odeiam aqui." Era Harry, no telefone com sua mãe. Ele terminou a frase m um sussurro, a voz vacilante e abafada, quase como se ele não quisesse que nem sua mãe ouvisse - não queria ter que falar em voz alta. Então, após uma pausa, "Sim, eles me odeiam! Você não sabe! Você não sabe como é..."

Louis ouviu o som de fungando. Passou tempo suficiente para que começasse a pensar se Harry ainda estava no telefone, ou se ele apenas começou a chorar em seu travesseiro, sozinho. Louis mal podia ouvir o som dos soluços suaves de Harry sobre a batida de seu próprio coração.

"Bem, okayyy," Harry disse finalmente, sensível e um pouco emburrado. "Eu também te amo, e eu sei que só falta uma semana, então eu vou ficar, mas eu só quero dizer que eu acho horrível às vezes, as coisas que os adultos forçam crianças fazerem porque elas são supostamente 'legais'. Okay? Tipo, eu não acho que isso foi particularmente legal; tem sido principalmente tortura... E então, talvez eu tenha ficado um pouco melhor no violoncelo e às vezes eu consigo comer marshmallows e acho que canções de fogueira não são tão piores." Ele terminou a última parte com uma risada molhada, e Louis de repente sentiu-se perto de chorar, encolhido em seu nojento lavabo pensando sobre esse pobre garoto ser capaz de rir desse jeito com sua mãe, mesmo que ele estivesse chateado. Mesmo que Louis o fez passar vergonha.

Louis não provocou Harry Styles sobre Boléro novamente.

*

O som do alarme de Louis era confuso. Não fazia sentido. Era muito cedo, rápido demais, ainda escuto lá fora; ele tinha adormecido muito muito recentemente para isso estar acontecendo com ele. Seu corpo doía muito. Ele estava muito cansado. Seu cérebro simplesmente não queria ser acordado. Ainda não, por favor. O barulho do alarme era horrivelmente insistente, no entanto, e parecia ficar mais alto a cada segundo. Louis rolou de costas com um gemido, finalmente admitindo derrota e batendo em torno por seu telefone para silenciá-lo. É claro que ele estragou sua tentativa de apertar soneca quando conseguiu localizá-lo, seus dedos inúteis com sono desobedecendo-o e cancelou o alarme em vez disso. Ele teria que se levantar imediatamente se ele não quisesse cair no sono acidentalmente por horas e horas.

Merda, ele pensou, ainda deitado de costas, atrasando um pouco mais, os olhos levemente fechados. Ele tomou uma respiração profunda, e outra. O ar seco e quente no quarto estava pesado em suas narinas. Ele odiava a manhã. Styles.

Ele jogou seu pé para o lado da cama e jogou para fora dela, tropeçando cegamente para o banheiro. Quanto mais cedo ele terminar com isso, melhor.

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