Ela é uma zumbi (conto lésbic...

By LeninhaMiller

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CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6 (FINAL)

CAPÍTULO 3

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By LeninhaMiller

Na manhã do dia seguinte, Eduarda acabou acordando com um som bem alto. A porta estava escorada e ela aproveitou para espiar o que estava acontecendo na sala da casa. Quando chegou até a sala, viu a zumbi dançando toda desengonçada e imitando uma guitarra com as mãos. Eduarda sorriu e entrou na dança com ela, pois a música era a sua favorita também. Isso significava que as duas já tinham um interesse em comum.

A música acabou, e a zumbi desligou o som. Eduarda sentou-se no sofá e declarou:

— Olha...Essa música é a minha favorita!

A zumbi apenas a olhou e ficou séria.

— O que houve, dona zumbi? Eu falei alguma coisa que não devia?

Nesse momento, a zumbi lembrou-se de quando era uma humana. Ela gostava de sair com os amigos e curtir uma balada. E ao dançar junto com a Eduarda à fez lembrar de tudo isso. Ao vê-la indiferente a qualquer coisa, Eduarda chegou perto dela.

— Dona zumbi, quer dizer... Eu sempre esqueço o seu nome... Alice, eu não sei o que está havendo, mas eu preciso sair daqui.

— Agora...não é....possível.

— Quando?

— Em...alguns...dias...

— Acho bom mesmo.

A zumbi continuava em pé e parada.

—Você está sentindo alguma coisa, Alice?

A zumbi a olhou, cerrou os dentes e declarou:

— Cala essa boca!

— Tá bom! Vou para o meu quarto. Você deve estar de TPM hoje, só pode.

Eduarda ficou andando de um lado para outro em seu quarto. Ela precisava sair daquele lugar. A sua família já devia estar procurando por ela. De repente, ela lembrou-se do carro do Roger. O seu celular tinha ficado em cima de um dos bancos. Ela precisava ir até ele e pegá-lo. Então, teve uma ideia. Ela voltou para a sala, e a zumbi estava sentada na poltrona.

Eduarda aproximou-se e começou a fazer uma massagem nos ombros da zumbi. A zumbi começou a ficar assustada, mas Eduarda a deixou tranquila.

— Calma! Relaxe...

Dois minutos depois, a zumbi puxou Eduarda, levantou-se da poltrona e ficou de frente para ela.

— O...que...você...quer? — perguntou a zumbi.

— Calma, dona zumbi, quer dizer... Alice, tenha muita calma nessa hora.

Eduarda aproximou-se do rosto dela e olhou em seus olhos.

— Eu estou com sede... Pode me arrumar um copo de água? — questionou Eduarda.

A zumbi ficou deslumbrada com o olhar de Eduarda, mas se pronunciou:

— Água? Eu...busco...sim.

— Oba! É assim que eu gosto, Alice. — disse Eduarda, sorrindo.

A zumbi saiu da casa e pediu para a Eduarda esperar um pouco.

— Me...espere! Não...saia...daqui.

— Pode deixar, dona zumbi. Eu não vou a lugar nenhum sem você.

Após ver a zumbi um pouco longe, ela correu em direção ao caminho que levava até o carro. Em poucos minutos, chegou até o veículo e se perguntou: por que na outra vez não tentou ir até o carro? O problema é que ela não pensou no fato da chave não estar por lá. E assim como ela podia sair? Então, decidiu correr em busca da casa em que ela e Roger haviam transado.

Ao chegar à casa, foi até o quarto e procurou pela chave do carro no bolso da calça jeans dele. Ela pegou a chave e observou que alguns zumbis já tinham sentido a sua presença e estavam ao redor do lugar.

Para não correr perigo, ela pegou um pouco do sangue do Roger que estava no chão e passou em seus braços para disfarçar o seu cheiro. Com cautela, ela foi até o carro, fechou a porta e conseguiu tirá-lo da frente da cidade abandonada. Não teve como ligar para ninguém, porque o celular estava descarregado. Ele tinha uma péssima bateria, pensou ela. Acabou ficando bastante aliviada, mas ficou assustada ao perceber que alguns zumbis estavam tentando correr atrás dela após ouvir o barulho do carro.

Durante o caminho, Eduarda ficou se lembrando da zumbi. Ela até tinha gostado da Alice, mas não podia salvá-la. A garota era uma zumbi e nada mais podia ser feito em relação a isso.

Depois de três horas, Eduarda conseguiu chegar em casa. Já estava bem tarde e ela encontrou os pais e a irmã Elisa na área. Eles estavam tristes e em silêncio. Tinham avisado a polícia sobre o desaparecimento da filha, mas não deram mais nenhuma notícia. Quando viram a Eduarda, eles foram correndo abraçá-la e nem estavam acreditando que ela estava bem, apesar da roupa estar manchada de sangue.

O pai a perguntou:

— Onde você estava esse tempo todo? Nós quase morremos de preocupação. A polícia estava te procurando, minha filha.

— O Roger me levou até a cidade abandonada.

— O quê? A cidade infestada por zumbis?

— Sim, foi essa cidade mesmo, pai.

— Minha filha do céu! Você perdeu a noção do perigo? O que houve com o seu namorado? E por que está com o carro dele?

— O Roger foi atacado e morreu. E eu fui raptada por uma zumbi, mas consegui fugir.

— Meu Deus... Isso é coisa de filme. — A irmã dela se pronunciou.

— Eu já vi de tudo, mas isso é incrível. Você é um milagre, filha.

— É eu sei, pai.

— Nós precisamos chamar a polícia para eles fazerem alguma coisa em relação a essa cidade.

Eduarda pensou na zumbi e perguntou:

— Mas, pai, se isso acontecer, a polícia vai exterminar todos os zumbis?

— Sim. As autoridades precisam agir. Eles só ficam pensando que as criaturas vão aparecer aqui para eles acabarem com elas. Mas os zumbis estão lá. Então a polícia tem que ir onde eles estão.

— Faz sentido, pai.

— Mas por que está preocupada?

Eduarda ficou em silêncio, e a irmã dela comentou:

— Já sei, pai. A Eduarda está com pena da zumbi que a salvou!

— E se eu tiver, Elisa? Vai fazer o quê?

— Calma, Duda. Parece até que se apaixonou pela zumbi. — Deu uma gargalhada.

Eduarda tentou avançar nela, mas a sua mãe interrompeu.

— A sua irmã está com razão, Eduarda. Mesmo que ela tenha te salvado, ainda continua sendo uma zumbi.

— Eu não quero que a polícia machuque a Alice!

— Quem é Alice? — perguntou o pai.

— A zumbi que me salvou.

— Ok, Duda. Se isso te importa tanto, nós vamos avisar a polícia que essa zumbi te salvou.

Eduarda ficou contente e caminhou até o carro. A mãe dela ao ver a cena a interrogou:

— Onde você vai, minha filha?

— Eu vou devolver o carro à família do Roger. — disse Eduarda, entrando de volta no carro.

Ela saiu apressadamente com o carro. Nisso, os pais e a irmã ficaram bastante desconfiados. Será que ela realmente iria na casa do Roger ou estaria voltando à cidade abandonada? 

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