Fogo e Escamas (Em processo d...

By NMCMsama

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Lendas e mitos antigos falavam sobre seres místicos capazes de destruir vilas inteiras. Sua forma era semelha... More

O Jantar (editado)
Dragão Púrpura (editado)
O ataque (editado)
Dragões existem (editado)
Café da manhã
Território e Dragões vermelhos
Chegada ao churrasco
Ceremônia da Carne
Reunião e dança
Início da rotina
Signficado do beijo?
O plano de Felix -Part 1
O plano de Felix -Part 2
Fim do plano e um novo dragão?
Dragão Branco
Temores
510-n
Seu nome é Sion
Conversa na cozinha
A adição de um novo membro a família
Dragões vs Dragões
Buscado seu lugar na família
Provando suas habilidades
Ligação
O despertar da donzela em perigo
Bomm!
Gelo
Desculpas
Pesadelo ou lembrança
O passado e o presente
Eliminando a culpa
Reunião
Problemas e mais Problemas!
Cruzar!
A conversa
Conseguindo o Alíbi
Dragão Marrom
Camuflagem e Camuflagem
Rival?
O despertar
O grande Cezar
Rituais e Festivais
Degustação!
Treinamento
O Grande Plano
Epílogo
Entendendo sobre os dragões

Dragões: Aliados x inimigos

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By NMCMsama

–Droga! –Pablo estava literalmente cuspindo fogo. Isso não seria muito adequado de se fazer ainda mais quando este estava dirigindo. Se o volante do carro derretesse, isso sim, seria um grande problema.

–Eu deveria dirigir...-Sugeriu Erich ao irmão, ambos os dragões negros estavam sentados no banco de trás do carro esportivo do chefe dos dragões vermelhos. Por sorte tinham vindo em dois carros separados, logo a falta da caminhonete 4x4 a qual Felix estava dirigindo não os prejudicou tanto assim... Bem, talvez um pouco, pois Erich ocupava muito espaço com seus músculos.

–Se acalme, filho. – Falou Theodor que estava no banco da frente –Se sofrermos um acidente agora ou mesmo se fomos parados por algum policial humano, em nada irá nos ajudar.

–Eu sei! Eu sei! Eu só... –O rapaz apertou as mãos no volante, se podia ver que garras negras começaram a se manifestar – Como Felix pode fazer isso? Sair sem ao menos dizer para onde me deixando essa vaga e totalmente preocupante mensagem de texto.

Arthur pelo menos tinha que concordar com aquilo, podia ver a mensagem ainda na tela do celular de Pablo, pois este tinha lançado, furioso, o aparelho para a parte de trás do carro.

"Dragão verde. Vamos atrás dele. Não se preocupe. Bjs."

Não se preocupe? Me diga? Como eu posso não me preocupar? Quando alguém escreve Não se preocupe, lógico que a outra pessoa que lê vai se preocupar! Ainda mais, dragões verdes?! Só um toque de seu veneno pode nos matar! –Rosnou Pablo que acelerava, Erich engoliu em seco, olhando o quão perto eles estavam de bater nos carros próximos.

–Felix não é estúpido, filho. Creio que deve ter agido desta maneira por algum motivo.

–Sim, o motivo seria me deixar louco! Só pode!

–Algo sério deve ter ocorrido. Nem Felix e tão pouco Alex são impulsivos desta maneira. –Interpôs Arthur – Só agiram desta forma se alguém estivesse em perigo.

–E quem seria?

O dragão negro não soube responder, não por desconhecer a resposta mas por teme-la. Esperava que suas suposições estivessem erradas.

–Oh! Veja! Leonard acabou de nos mandar as coordenadas da localização do celular do Felix. – Anunciou, alegremente, Theodor - Eles estão nas docas. Não é tão distaaaaaaaaaaaaa...

Pablo fez uma curva fechada, os pneus cantaram no asfalto e o cheiro de borracha queimado dominou o ar. Todos no carro foram lançados de encontro a lateral. Arthur se sentiu tal como as panquecas que seu sobrinho é tão hábil em fazer, afinal seu amado irmão caiu por cima dele devido a inercia, Erich definitivamente devia começar a perder peso. O rapaz adentrou em uma rua lateral, ignorando as buzinas e batidas de carros provocados por sua atitude.

–Felix... –Sussurrou, uma pequena chama azulada expeliu de suas narinas enquanto afundando o pé no acelerador.

–Eu não queria estar na pele do Felix quando Pablo encontra-lo. –Sussurrou Erich, Arthur assentiu enxugando a testa já suada. A temperatura dentro do veículo só aumentava.

~~**~~**~~

–Vire a direita. –A voz feminina monótona do tablet de Leonard indicava as direções que deveriam seguir. Todavia, parecia que Bolt não gostava de seguir ordens de uma moça robótica, passando deliberadamente pela a entrada.

–Recalculando rota. –Anunciou a voz eletrônica.

–Essa é a terceira entrada que perdemos! Você tem algum tipo de retardo? Só precisa seguir o que o meu navegador pessoal está dizendo! É tão difícil assim? –Explodiu Leonard.

–Eu confio em meu nariz e não em um bando de chips e eletricidade. Afinal, foi algo assim que explodiu a cabeça do companheiro da minha raça.

–Pelos deuses! Não acredito que você é esse tipo de cara. –Rolou os olhos o dragão vermelho, totalmente aborrecido com a situação em que se encontravam. Por que concordou com a ajuda daquele dragão púrpura? OH! Sim, aquele brutamonte foi bastante persuasivo quando praticamente o carregou até a garagem e pegou um dos carros para a "missão de resgate". Odiava como estava sendo passivo diante de tudo isso. Deveria lançar um jato de fogo direto na cara daquele convencido e acabar logo com toda essa história.

–Que tipo de cara, seria o tipo bonitão e sexy? –Bolt deixou transparecer o seu sorriso o que fez o outro dragão corar e rosnar como resposta.

–Não! Do tipo cabeça dura e idiota!

–Ouch! Isso doeu! –O dragão púrpuro levou uma das mãos ao coração fingindo estar machucado com aquelas palavras. Aquilo só fez Leonard se enfurecer ainda mais – Não se preocupe, meu nariz irá nos guiar até o nosso alvo.

–Não sei muito bem se órgão olfativo sabe decernir muito bem as estradas, fluxo do tráfico e essas coisas que são meio que importantes para chegarmos ao nosso destino.

Bolt o ignorou, abaixando a janela e colocando a cabeça para fora. Leo soltou um grito quando viu que o volante fora descartado, rapidamente o dragão vermelho segurou a direção. Bolt farejava o ar, se não fosse um dragão ele podia ser muito bem confundido com uma espécie de cachorro.

–Seu irmão tem algum problema mental? Tipo tem algum parafuso solto ou algo do tipo? –Perguntou, nervoso, a Scarlet, que estava no banco de trás parecendo totalmente tranquila diante da situação crítica em que se encontravam.

–Que eu saiba, ele sempre fora assim. –Respondeu, apenas.

–Eu não perguntei quanto tempo ele é doido só se ele realmente é doido!

Scarlet deu os ombros. Leonard acabara de concluir que todos os dragões púrpuros são estranhos.

–Os farejei! –Anunciou Bolt retornando para dentro como se nada tivesse ocorrido, sim, o fato deles quase baterem de encontro a um poste definitivamente não era um fato a ser recordado –Não estão tão distantes...

–Que seja, podemos ir as docas agora? Não precisamos seguir o rastro deles para isso e... O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

Bolt acabara de virar em uma rua que era contramão, seguia sem ligar para as buzinas e os vários carros que eram forçados a sair de seu caminho.

– Esse é o caminho mais rápido. –Disse, como fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Só se for o caminho mais rápido para a nossa cova!

O outro dragão gargalhou.

–Se tiver com medo, pode segurar a minha mão.

–Só em seus sonhos. –Resmungou voltando a corar.

–Serão sonhos bem eróticos então...

–Pelos deuses! –Leo levou a mão o rosto, tentando ocultar o seu rosto avermelhado. Como ele pode falar destas coisas em voz alta? Só esperava que esse doido não continuasse falando essas besteiras diante de sua família... Já seria muito complicado explicar a Pablo o envolvimento dos dragões púrpuras na história e agora tentar explicar o assédio sexual que estava sofrendo? Não! Isso seria humilhação demais em um único dia!

O carro continuava seguir, ziguezagueando pela a avenida. Leonard se sentiu subitamente enjoado. Bolt além de ser louco era um péssimo motorista...

~~**~~**~~

O carro mal havia parado quando Pablo saltou do veículo. Theodor teve que puxar o freio de mão, rapidamente, para frear.

–Filho! Sei que está preocupado, mas pelo menos preste atenção ao que está fazendo! –Reclamou.

O líder dos dragões vermelhos parecia não ouvi-lo. Inspirou profundamente.

–Sinto cheiro de... – Essa frase nunca seria completada pois um carro, em alta velocidade, cruzou a sua frente em direção ao galpão. Todos ouviram um grito nada masculino.

–Leonard? –Inqueriu Theodor preocupado.

–O que ele está fazendo aqui? –Pablo observou perplexo quando o dito veículo que colidiu e atravessou a fina parede de metal que revestia o local. Um rosnado fora ouvido.

–O que estamos esperando? –Agora era a vez de tio Erich rosnar , seus punhos já estavam envoltos em chamas azuladas –Eu não sou o tipo de cara que só observa –Disse isso batendo o punho cerrado de encontro a sua outra palma aberta – Vou aonde a batalha está!

E foi justamente o que fez, saiu correndo em direção a fonte do rosnado. Pablo logo o seguiu.

–Jovens... –Theodor balançou a cabeça em um sinal de reprovação, já não tinha o mesmo folego que antigamente para correr atrás do perigo.

–Você vai ficar bem sozinho? –Arthur perguntou, enquanto olhava aflito para o galpão, milhares de pensamentos passavam por sua cabeça. Seu filho estava bem? E quanto a Felix? Sentiu o odor de Amélia... Novamente a garota humana esteve em perigo... Ele prometeu protege-la. Tinha falhado novamente.

–Eu ficarei bem. Vá atrás do seu filho.

Não precisou ouvir o comando novamente, Arthur correu.

"Que tudo esteja bem...".

~~**~~**~~

–Maldito...- Rosnou o dragão negro segurando a mão machucada. Uma fumaça subia e sua pele escamosa parecia fervilhar. Agora sabia que fora uma boa ideia estar parcialmente transformado. Se estivesse na forma humana, o ácido tinha derretido todo o seu punho em questão de segundos.

–Pelo visto não gostou do meu presente de boas-vindas. –Disse Bolt lambendo os lábios agora sujos com um líquido viscoso púrpura.

–Graça aos deuses mais antigos! –Leonard tinha agora saltado do veículo e beijava o chão. Totalmente alheio ao inimigo que estava a sua frente. Seus olhos se levantaram ao notar um dispositivo que estava lançado ao chão a poucos metros de si.

–Isso emite ondas de curta distância. É um controle. Não, é um ativador. –Disse o dragão-nerd rapidamente –Funciona como o mesmo princípio de um celular... Interessante.

–Leonard... –A voz fraca de Felix fez com que o dragão vermelho despertasse do seu devaneio tecnológico.

–Felix? –Se virou para dar de encontro com seu amigo ferido, uma poça de sangue jazia em baixo do dragão negro. E ele não estava só. Amélia amparava o desacordado Alex. Para completar o cenário fantástico havia ainda um humano desacordado. O que tinha ocorrido ali?

–Essa luta não é sua, dragão púrpura. –Rosnou o verde.

–Acho que eu posso decidir minhas próprias lutas sozinho. Nesse momento, infelizmente para o seu caso, essa luta é sim minha.

O dragão verde urrou. Se abaixou para pegar o dispositivo mais outro cuspe ácido foi lançado o impedindo de alcançar.

– Desista! –Rosnou Bolt.

O dragão verde levantou a sua arma, apontando para a cabeça do outro dragão.

–Desistir? Você nem as consequências desta possibilidade para mim.

–Eu não faria isso se fosse você. – Scarlet disse com a boca gotejando o líquido purpura.

–Eu repito de novo... Desista. Você está sozinho e nós somos dois... Na verdade somos mais. –Disse isso sorrindo pois outros indivíduos acabaram de chegar ao galpão. Dragões vermelhos e negros.

–Parece que tenho que retroceder... –Falou abaixando a arma, porém ao mesmo tempo retirava um novo dispositivo do bolso da calça – Mas não irei desistir! –Disse isso rangendo os dentes enquanto lançava o aparelho ao chão. Bolt e Scalet já iria cuspir o seu ácido mas o aparelho começou a rodar rapidamente expelindo uma fumaça escura e irritante.

Um vento forte os atingiu dissipando a nuvem de fumaça. Bolt notou que um homem sussurrava algumas palavras, devia ser magia.

–O que está acontecendo aqui? –Rosnou um rapaz que deixava escapar chamas da boca e narina. Só deveria ser um dragão vermelho e bem irritado.

–Pablo, eu posso explicar tudo, mas acho que esse não seria o momento adequado. –Falou Leonard nervosamente, o dragão estava abaixado ao lado de Felix que gemia de dor. Toda a fúria de Pablo fora totalmente esquecida, o jovem correu até o dragão negro ferido, com as mãos trêmulas tocou o rosto pálido de Felix.

–Deuses...O que... Ele...-Balbuciou.

–Ele foi atingindo por um tiro. Acho que a bala deve ter algum tipo de veneno. –Disse Amélia –Mas eu não acho que irá mata-lo...Digo...O dragão verde parecia não ter intensão de fazer isso.

–E o que você está fazendo aqui? –A humana se sobressaltou ao ouvir a pergunta advinda de Arthur, pela a primeira vez viu o seu futuro padrasto rosnar –E o que ocorreu com Alex?

–E-ele... Acho... –Gaguejou a garota, sentia uma imensa culpa sobre suas costas. Não sabia nem como responder a Arthur.

–Devemos leva-los daqui. Estão feridos. –Disse Bolt que enxugava a boca suja com a costa das mãos.

–Tem razão. –Arthur parecia ter recuperado o seu modo de ser, mas Amélia sabia que eles teriam uma longa conversa...

–Droga...Perdi a briga. –Resmungou Erich, o único que realmente parecia estar tranquilo com a situação –Sempre quis socar um dragão verde.

–Creio que haverá outras oportunidades. –Sussurrou Pablo enquanto carregava Felix nos braços –Pois eu mesmo irei atrás deste maldito dragão verde para soca-lo.

–Esse é o espirito! –Disse animado o dragão negro musculoso.

Alex foi carregado por Arthur. Leonard estava discutido algo com Bolt, devia ser alguma coisa referente ao carro todo destruído, o dragão púrpuro só dava os ombros e sorria.

Amélia seguiu o grupo, cabisbaixa.

–Humanos deveriam ficar de fora de assuntos de dragões. –A adolescente se sobressaltou ao ver que uma garota falava com ela –Vocês só atrapalham.

Amélia observou abismada enquanto a outra jovem se afastava carregando o humano desacordado, com grande facilidade, tal como estivesse levando um travesseiro no ombro. A dita humana mordeu o lábio inferior contendo sua raiva, mas o pior é que sentia um vestígio de verdade naquelas duras palavras.

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