Apocalipse Zumbi - A Era Dos...

By DriiLuane

180K 17.5K 3.2K

Estamos na era deles. Na era daqueles que se levantam dos mortos para matar e comer os vivos. Em meio a todo... More

Onde tudo começou
Eu conheço você
O bunker
WoodCity
Descobertas
A fuga
Sem nada, sem ninguém
Recomeçando.
A surpresa
O surgimento de um possível amor
Algo está estranho
Carlsbad
Sierra
Eles querem me matar.
Outra vez.
Dívidas devem ser pagas.
Os passos para a fuga.
Eu tinha que matá-lo.
Lago Miramar.
Estou mesmo segura?
Eu tenho que salvá-la.
As coisas podem piorar.
Eu a abandonei.
E se...?
Uma nova chance
Você sempre volta.
Não posso ficar, não posso.
Um coração partido dói mais que o frio?
Raptada.
Mate ou morra.
Me proteja para sempre.
Baile de primavera
Chegou a hora.
Finalmente te encontrei.
O pior passou.
A raiva.
Reencontros.
Não estamos seguros.
Problemas em NKX
As gêmeas
Uma missão
E agora?
Uma pessoa misteriosa.
Quem é você?
Alguém está nos observando.
Novos habitantes.
Um novo problema.
Não me deixe.
Um novo lar
Uma nova líder.
A rainha do novo mundo.
As ligas.
A escolha.
Traí-lo ou traí-la ?
Ele não é confiável.
A queda está próxima.
Lute pela liberdade.
Viva a nova líder.
A Queda
Pai?
Ele se foi
Uma luz no meio da escuridão
O Fim
Outros livros meus

O hotel

6.7K 584 172
By DriiLuane


Os dias eram monótonos, me faziam sentir falta dos pequenos detalhes da vida que eu não dava tanta atenção antes. Não havia luz do sol para aproveitar ou chuva para sentir molhar a pele, eu não podia ver meus amigos e nem podia brincar com minha irmã no quintal.

        Apesar do tédio, eu sempre tentava deixar a minha irmã distraída para que ela sentisse a mínima falta dos nossos pais. Entretanto, muitas vezes, meus esforços eram inúteis e Hillary passava um longo tempo chorando e gritando que queria vê-los, mas eu não tinha como fazer nada para mudar aquela situação.

— Quer que eu tente?

— O que?

— Fazer ela parar de chorar?

— E você lá sabe cuidar de crianças? — franzi as sobrancelhas e continuei balançando minha irmã.

Ah, claro, você super me conhece — ele bufou revirando os olhos e se aproximou — Eu tinha um irmão, ele morreu um pouco mais velho que sua irmã....

— Como? — entreguei minha irmã para ele — Não precisa responder, se for um incômodo.

— Tudo bem, já faz tempo — ele deu de ombros e deitou minha irmã no ombro dele, logo ela se calou — Ele morreu lutando contra um câncer...

Oh, eu sinto muito...

— O pior de tudo é que ele se foi...quando eu estava fora do país servindo no Afeganistão...— quando menos percebi, Hillary já havia caído no sono e Tyler a botou na cama.

— Eu...

— Não precisa dizer nada — ele suspirou — Eu devo tomar um banho...fica atenta se algo aparecer no rádio...

— Ok — me aproximei da mesa.

      Na tentativa de economizar a água, no começo, havíamos diminuído as quantidades de banho. Conforme as semanas foram se passando, Tyler entendeu que aquilo talvez não fosse necessário. Para ele, certamente a água vinha de algum lençol freático próximo da região e não de uma reservatório qualquer.

— Até que faz sentido — sussurrei baixo mexendo no rádio.

— a...pr...arr...— um chiado diferente surgiu me chamando atenção.

Hmm, só preciso arrumar isso aqui...e...isso aqui....pronto — comecei a ouvir a conversa que passava.

Esquadrão delta, como está a situação?

Nada por aqui.

Continue procurando por ela, a mãe foi encontrada já como essas criaturas, agora temos que achar a vagabunda que fugiu com a irmã.

A ordem continua a mesma, senhor?

Sim, execução.

Entendido.

      Meu coração gelou ao ouvir aquela conversa. Toda a descrição levava a mim ou seria apenas uma puta coincidência? Eu não fazia ideia, mas o que mais me deixava com dúvidas era qual o motivo deles quererem me matar ou matar essa pessoa?

~•~

      O pesadelo que envolvia minha mente naquela noite me fez acordar assustada e ofegante. As imagens que passavam na minha cabeça me fizeram temer pelo pior e desejar que aquilo nunca fosse acontecer. Eu não queria ver minha irmã morta em meus braços.

— Ei...está tudo bem? — a voz de Tyler me assustou quando ele se aproximou da cama — Calma, calma sou eu...

— Não, não tem como nada estar bem — bufei me levantando.

— O que houve? Você está estranha faz alguns dias...

— Nada.

— Agnes...você pode me contar o que te aflige.

— Eu...ouvi uma chamada no rádio — peguei o copo e o enchi com água — Não era para nós, caiu errado de alguma forma.

— O que você ouviu nisso?

— Eles querem me matar, deram a ordem para se me encontrassem, que eles me matassem...

— Merda...merda...o que mais você ouviu?

— Nada, não consegui ouvir mais nada...por que eles querem me matar? Eu sou a filha do comandante, não faz sentido!

— Para você não faz, mas para alguém que precisa que seu pai fique 100% focado no trabalho, isso pode fazer sentido — ele se abaixou para verificar o volume da marcação de água disponível para o bunker — Hmm, acho que em breve vamos ficar sem água...

— Tyeler...e se eles...encontrarem a gente aqui?

— Como assim?

— Os agentes especiais podem descobrir facilmente que meu tio tinha um bunker, afinal ele publicava sobre isso no YouTube...arrgh...e se eles vierem aqui?

— Eu não tinha pensado nisso...eles podem achar esse lugar em breve ou nem saberem...é difícil dizer.

— Não era melhor irmos embora?

— Não, já falei que a melhor opção é ficarmos trancados aqui.

~•~

        Dois dias depois acordei com Tyler me chamando de forma agitada, me levantei com cuidado para não acordar minha irmã e o levei para a pequena cozinha para que não fizéssemos barulhos.

— O que foi?

— Deu merda — ele passou a mão no rosto.

— Do que você está falando? — franzi minhas sobrancelhas.

— De um tempo para cá eu estava notando algumas falhas no sistema do bunker — ele colocou a caixa de ferramentas no chão — A merda é que não sei como caralhos os fios foram roídos.

— O que?

— Parece ter sido algum roedor, não sei...a única coisa que eu sei é que o sistema do bunker está funcionando na base do apoio de emergência...

— E o que isso significa?

— Que a maioria das coisas vão começar a dar pane...— ele bateu no balcão — O sistema de água já se foi, agora só temos a água do reservatório que não é grande...

— Pelo amor de Deus, fala tudo logo!

— A maior merda que pode acontecer e vai é o sistema de segurança falhar...isso vai deixar o bunker vulnerável para qualquer pessoa invadir.

— Quanto tempo temos aqui?

— Não entendo bem disso, mas chuto uma semana, no máximo duas.

— Então temos que nos preparar para sair daqui.

— Começarei a montar a nossa rota enquanto você prepara o máximo de coisas que podemos levar.

~•~

       No decorrer da semana, Tyler se empenhou a designar uma rota segura para nos levar até a base que ele julgava ser um lugar de confiança. Eu separei em duas mochilas com tudo que fosse necessário para aquela árdua viagem. Havia medicamentos, comidas, armas brancas, água, saco de dormir, munições, dois revólveres extras e dois rádios de comunicação.

— Eu estou pronta.

— Também estou — verificou o revólver dele — Você tem certeza que quer andar armada?

— Com certeza — o olhei arqueando as sobrancelhas e balançando a cabeça — Tem pessoas me querendo morta, esqueceu?

— Apenas tenha uma boa mira e não erre, porque precisaremos de munições — ele colocou a mochila.

— Você também separou coisas para sua irmã?

— Sim, coloquei leite em pó, água, comidas e uma roupa extra.

— Ótimo — ele se aproximou — Agnes, sempre fique atenta, me ouça, me obedeça e não fuja de mim.

— Tá — coloquei minha irmã na bolsa cangurú e depois coloquei a mochila.

— Está pesado?

— Não. Vamos?

— Vamos

       Tyler foi na frente para assegurar que o caminho estivesse limpo até a saída da casa. Quando ele autorizou, sai do bunker em passos cautelosos.

       A casa estava bagunçada com janelas quebradas e a porta arrombada. Muitas coisas haviam sido roubadas da cozinha, nem mesmo o morto estava mais ali, agora só restava o rastro de sangue. Fomos até a garagem para pegar a caminhonete do meu tio, mas tudo que encontramos foi a porta aberta e um corpo morto do lado de fora.

— Estamos fudidos, como vamos fazer essa rota a pé?

— Vai ser ainda mais lenta do que seria — Tyler bufou — Amanheceu tem poucas horas, temos que caminhar o máximo possível até achar um local seguro para passar a noite.

— Tudo bem...

        Com apenas alguns minutos de caminhada pude notar que o mundo não era mais o mesmo. Tudo estava mais sombrio e deserto, nada igual como minhas memórias lembravam. A natureza era a única que seguia a vida, as plantas cresciam por cima das casas, as gramas sem sua devida atenção cresciam sem controle e a vida animal tomava conta dos carros abandonados ou queimados.

— Tão assustador... — murmurei lendo o recado na parede de uma casa. " ESSE É O NOSSO CASTIGO, OS MORTOS VOLTARAM PARA ACABAR COM OS PECADORES EM NOME DE DEUS "

— Continua e pare de falar...

       Algumas quadras depois dali achamos uma caminhonete velha, parecia ter sido abandonada recentemente, já que ainda tinha gasolina.

— Talvez dure até chegarmos em um bom lugar...entra.

       A gasolina durou tempo o bastante para sairmos de Federal Way e alcançarmos a cidade de Morton.

— Há um hotel aqui perto, o Roy's, vamos dar uma olhada e ver se conseguimos passar essa noite lá.

      Seguimos o resto a pé, enfrentamos alguns zumbis isolados, mas nada que nos causasse danos. Quando chegamos no hotel, Tyler entrou na frente enquanto eu fiquei o esperando do lado de fora.

— Tyler? — murmurei no rádio depois de um tempo preocupada — Cadê você? Já faz uns minutos que está aí dentro...se você não responder, eu vou entrar...

— P-pode entrar...vem...— a voz dele parecia trêmula.

— Tyler? — entrei empunhando a arma e em passos cautelosos.

— LARGA A ARMA NO CHÃO! — uma mulher de olhos cor-de-mel gritou assim que entrei no hall — LARGA OU O GAROTO MORRE!

— Agnes, larga — Tyler pediu enquanto estava sendo refém nos braços da mulher.

— Calma...calma — me abaixei devagar — Não queremos problemas, nós vamos embora...só estamos procurando um lugar pra dormir...

— Espera aí...não pode ser...Agnes? — uma menina desceu as escadas abaixando a arma que segurava — Meu deus...

— A-Alycia? — logo as lágrimas invadiram meu rosto quando ela correu para me abraçar. — É tão bom saber que está viva, minha prima.

— Eu não acredito...como? Por que você não foi para Federal Way?

— As estradas ficaram um caos, eu até pensei em ir atrás do meu pai, mas você sabe...— ela se afastou — Ele sempre me ignorou...e você...por que está sozinha?

— Meu pai foi convocado pelo governo desde o dia do noticiário e minha mãe...ela...morreu no mesmo dia...— aquelas palavras fizeram meus olhos marejarem.

— Eu sinto muito...— Alycia me deu outro abraço — Oh, meu deus...olha, Hillary como você está grande! — ela apertou levemente a bochecha da minha irmã.

— Alycia, e-eu espero que possamos passar um tempo aqui...— falei sem jeito a olhando.

— Quem são eles? — um homem desceu as escadas apontando uma espingarda em nossa direção — Alycia sai daí.

— Não, tudo bem, Santiago! — Alycia se colocou na minha frente — São minhas primas, Agnes e Hillary Brooke.

— E o rapaz? — Santiago olhou para Tyler ainda preso nos braços da mulher dos olhos cor-de-mel.

— É meu amigo, ele me ajudou e me protegeu — indaguei o olhando — Por favor, nos deixe ficar pelo menos essa noite.

— Largue o rapaz, Sandra — Santiago ordenou — Por serem da família de Alycia, as meninas ficam, mas o rapaz vai embora.

— Não! Ele tem que ficar também, por favor!

— E por que ele teria que ficar?

       Quando Santiago disse aquilo, meu coração disparou com desespero de perder aquele me ajudava. Tyler havia me protegido todo esse tempo e eu não podia deixar que ele tirassem a sorte vivendo nesse mundo caótico sozinho, então, tomei uma atitude por meio do impulso achando que era a desculpa que cairia melhor.

— P-Por que...ele é meu namorado! — naquele mesmo momento, Tyler e Alycia me olharam confusos e eu me senti extremamente envergonhada por aquela resposta.

__________________________________

Gostou do capítulo? Deixe seu voto para ajudar 🧟‍♀️

Continue Reading

You'll Also Like

10.9K 1.2K 26
˓𓄹 ࣪˖ 𝐇𝐀𝐓𝐄 ⸰ 𖥔 ͙ࣳ ▌sina deinert + noah urrea ♡ 𝗼𝗻𝗱𝗲 Sina odiava todos os homens mas Noah estava disposto a mudar o seu conceito sobre o...
13.2K 1.7K 61
A cientista Alice Primrose acorda em seu laboratório, na futurista estação espacial Primux, sem se lembrar do que acontecera. Sua memória aos poucos...
314 30 12
Arthur é um jovem de 17 anos que está no ensino médio que mora no Reino Unido. Arthur era um simples estudante até que ele resolve invadir a escola a...
EXTINÇÃO By LETÍCIA

Science Fiction

5.7K 807 26
Primeiro livro da trilogia M O R T I U M. A cura para uma civilização está na extinção dos humanos. Olivia Merlim foi assassinada, mas seres de outro...