How to save a life ~ ABO ~ l.s

By lourrystt

320K 33.1K 32.3K

Amelia e Louis tiveram uma ligação instantânea, imediata. Ninguém saberia dizer porque, mas, o que importava... More

Meet Amelia
It feels like fate
Home
The A Team
The Magic Song
Brotherhood
The death of the past and a new life
The Solution
Trip routine
Jealous
First touch, first kiss
Meet Baby Bear
Only Angel
Date night
Naked
For I can't help falling in love with you
Intensity
Heaven
The One
Changing
Arlo
Meet Richard Alexander Payne
Soulbond
Falling apart
Protection
He's gone
Finding Louis
Pain
Strong
Family love
Epílogo: Meet Violet, Aaron and Morgan
Agradecimentos, notas e rasgação de seda

Taking care of you

12.7K 1.5K 1.1K
By lourrystt

N/A

Coloquei Your Song do Elton John sim. Lidem com isso.

ENJOY <3

***

- Soube que você fez amizade com um novo paciente... - Harry perguntou enquanto caminhava com a filha montada em suas costas.

- O nome dele é Louis, papai e eu prometi voltar amanhã. - Amelia estava agarrada ao corpo do pai com as pernas, enquanto os braços se enrolavam no pescoço esguio.

- Vai ler pra ele? - ela assentiu. - Tem certeza que quer passar o domingo aqui no hospital, Ame?

A garota rolou os olhos e bufou irritada, arrancando uma gargalhada do pai. Harry a colocou no banco de trás e sentou-se no banco do motorista. Passava das 18h quando o alfa, finalmente, conseguiu convencer a filha a voltar para casa. Os livros e os CDs foram deixados estrategicamente na sala dele, já que ela voltaria no dia seguinte.

Assim que chegaram em casa, alfa e filhote se dirigiram animadamente para a cozinha, Amelia adorava ver o pai cozinhar, ele cantava enquanto fazia algum prato inédito sob os olhos atentos da pequena. Terminaram de jantar e a garotinha resolveu que iria ajudar a lavar a louça. Obviamente a bagunça foi generalizada, mesmo assim, conseguiram arrumar tudo pouco antes das nove da noite.

Subiram as escadas rapidamente e, enquanto Harry preparava o banho de Amelia, a garotinha terminava de tirar as roupas e coloca-las no cesto em forma de sapo que ela havia escolhido meses antes. O alfa colocou-a sobre a pia e prendeu os cachos em um coque apertado, levando-a para a banheira.

- Papai, me conta sobre o papai Alex de novo... - ela pediu manhosa.

- Você já ouviu essa história milhões de vezes, Ame... - ele disse rindo enquanto esfregava o pescoço da filha.

- Ainda é a melhor história do mundo. Conta papai, por favor.

- O que você quer saber?

- Eu tive dois papais, um papai ômega e um papai alfa, certo? - ela perguntou, enquanto o pai a retirava da banheira e a enrolava em uma toalha branca.

- Certo. - pegou-a no colo, indo em direção ao quarto da garotinha.

- Eu não conheço ninguém que tenha dois papais... - Amelia disse apreensiva.

- O papai Alex era um ômega especial, único e bem raro. - ela escutava tudo atentamente enquanto o pai a vestia. - Não existem muitos iguais ao papai, existem mais ômegas meninas do que ômegas meninos. Então... As pessoas... Elas... Achavam um pouco estranho que o papai Alex quisesse ter um filhote, porque elas estão acostumados com ômegas mamães...

- As pessoas não gostavam do papai Alex por que ele me quis? - Amelia se sentou e Harry sentou-se atrás dela, soltando os cachos e começando a penteá-los, prendendo-os em uma trança.

A vozinha baixa e embargada da garota fez com que Harry se sentisse um péssimo pai por precisar dizer aquilo à ela. Segurou-a pelos braços e puxou-a para o seu colo. Amelia encostou o rosto no peito do pai, começando a fungar baixinho, fazendo o alfa sentir as bochechas molhadas da filha.

- Posso te contar uma coisa? - sentiu o rosto pequeno se mover assentindo. - Quando o papai Alex me contou que estávamos esperando um filhote, eu me senti o alfa mais feliz dessa cidade, é verdade, se existisse um campeonato de felicidade eu e o seu pai seríamos campeões.

- Não existe campeonato de felicidade papai... - ela ergueu o rosto e o encarou com os olhos verdes marejados, ainda que estivesse sorrindo.

- Se existisse. - o alfa sorriu também. - O papai Alex tinha tanto amor dentro dele, que ele não conseguiu mais guardar e aí veio você, que é inteirinha feita de amor. - ela o encarava atentamente. - Então, mesmo que as outras pessoas prefiram ômegas mamães, você teve um ômega papai, que amou você mais do que tudo. E eu também amo você. Que é metade papai Alex e metade papai Harry.

- Eu também te amo papai... - ela apertou-se ao pai, fechando os olhos.

- Daqui até a lua e voltando rapidinho... - beijou o topo da cabeça da garota.

- Daqui até a lua... - bocejou, ainda sem se soltar do alfa. - Papai, canta aquela música de novo... It's a little bit funny... - ela começou, fazendo o alfa sorrir.

- It's a little bit funny this feeling inside. I'm not one of those who can easily hide. I don't have much money, but, boy if I did, I'd buy a big house where we both could live. If I was a sculptor, but then again, no, or a man who makes potions in a travelling show. I know it's not much, but it's the best I can do, my gift is my song and this one's for you... - quando percebeu que a filha havia pegado no sono, passou os dedos em um carinho suave sobre a testa dela, continuando a cantar mais baixo enquanto a colocava na cama - And you can tell everybody this is your song. It may be quite simple, but now that it's done. I hope you don't mind, I hope you don't mind that I put down in words: how wonderful life is while you're in the world...

Com cuidado, Harry cobriu o corpo da filha com o edredom e deixou um terno beijo em sua testa. Acendeu o abajur que criava desenhos de luz no teto, olhou mais uma vez sua garotinha, que dormia profundamente e sorriu, caminhou lentamente, apagou a luz, deixando somente a fraca iluminação do abajur, encostou a porta e deixou o quarto da filha, indo em direção ao seu. Parou ao ver um dos porta-retratos que ficavam pregados à parede do corredor. Ele, Alex, Liam e Niall, aquela havia sido a última foto deles. Ele estava enorme e, segundo suas próprias palavras, poderia explodir a qualquer momento.

Niall havia escrito na barriga do ômega "to the moon and back" com uma canetinha vermelha e todos estavam muito sorridentes. Liam, irmão de Alex, ainda era um adolescente, Niall havia acabado de entrar na faculdade, assim como eles. Harry havia decidido, e Alex havia concordado, que não escolheriam padrinhos, afinal de contas, uma guerra silenciosa para ocupar o cargo estava sendo travada entre o irlandês e o seu cunhado. O quarto do hospital estava decorado com vários balões coloridos, ursos de pelúcia, porta-retratos e a felicidade ali era quase palpável.

- Só quero que você saiba que a sua filha é igualzinha a mim... - Harry sussurrou enquanto olhava a foto, passou os dedos pelo rosto sorridente de Alex. - E eu tenho certeza que, onde quer que você esteja, está vendo o quanto ela ama você e o quanto nós sentimos sua falta. - passou o polegar pelo rosto do ômega e seguiu para o próprio quarto.

O alfa não costumava sonhar com Alex, era bem raro, mesmo assim, naquela noite, ele desejava fechar os olhos e, pelo menos em seus sonhos, encontrar novamente o homem que amava.

***

Na manhã seguinte Harry e Amelia seguiram animadamente para o hospital, na verdade, o alfa não precisaria ir, entretanto, daria início à III Guerra Mundial caso dissesse a sua garotinha que ela não veria Louis naquele dia. Decidiu que repassaria alguns relatórios dos residentes, Liam incluído, ao menos teria tempo para fazê-lo.

Assim que deram os primeiros passos para dentro do St. Thomas, Amelia soltou-se das mãos do pai e correu para pegar um dos livros, ela estava mais do que ansiosa para ver o ômega novamente. O alfa rolou os olhos, mas, não acompanhou a filha, sabia que lá, ela estava tão segura quanto em sua própria casa. Sorriu ao ver os cachos passarem novamente por ele, na velocidade da luz.

- Bom dia, Louis! - Amelia disse animada, entrando no quarto do ômega que a recebeu com um largo sorriso.

- Bom dia, Ame! - Emma terminava de limpar os ferimentos e trocar os curativos.

A garotinha ficou de pé, segurando o livro e apertando-o contra o corpo, batia os pés sobre o piso de porcelanato branco, esperando, impacientemente, que Emma terminasse de cuidar dos machucados de Louis. Assim que a enfermeira terminou, passou por Amelia sorrindo e deixando um beijo no topo de sua cabeça. Ela sorriu e correu até a cama do ômega, subindo nela com dificuldade, já que ele estava muito machucado para ajuda-la.

- Nós vamos ler O Mágico de Oz... - ela disse animada, vendo Louis abrir espaço para que ela se sentasse ao seu lado.

- Minha preferida... - ele disse sorridente, assim que ela se aconchegou a ele.

Passaram a manhã inteira lendo, Ame era uma ótima companhia e Louis se sentia bem ao lado dela como há muito tempo não se sentia ao lado de ninguém. O ato se repetiu todas as manhãs em que ele esteve internado, o ômega passara uma semana no hospital, se recuperando dos ferimentos. Harry não voltou a vê-lo, já que Liam se encarregou de cuidar dele e passar os relatórios, porém, Amelia visitou-o todos os dias. Os dois acabaram criando uma ligação especial, o ômega tinha um carinho enorme pela garota, afinal de contas, ela era a única pessoa, além dos médicos, que ia vê-lo.

Em sua última manhã no hospital, mesmo que naquele dia ele não soubesse disso, o ômega contava à ela que estava esperando um filhote e que, se por acaso, fosse uma garotinha, que gostaria de chama-la de Amelia. Os olhinhos da garota brilharam com aquela novidade. Era a primeira vez que ela encontrava um ômega esperando um filhote. Ele era como seu pai.

- Tem um filhote aí? - ela perguntou com os olhinhos esperançosos, apontando a barriga do ômega.

- Tem sim, mas, é bem pequenininho ainda.

- Você é igual ao meu papai, Louis. Especial, único e raro. - Amelia repetiu o que pai havia dito da última vez que ela perguntara sobre Alex.

- Seu papai é um ômega macho? - o moreno perguntou, erguendo a sobrancelha.

- Unhum... - ela assentiu.

- Onde ele está?

Louis havia ficado animado, afinal de contas, era a primeira vez que ouvia falar de outro ômega macho que tivesse dado à luz filhotes. E, bom, ele precisava conversar com alguém que estivesse acostumado a isso.

- Meu papai Alex está no céu desde que eu nasci...

- Ah querida eu sinto muito... - em um impulso, Louis puxou a garota e a abraçou, sentindo os bracinhos em volta da sua cintura.

- O papai Harry diz que ele cuida de mim, eu posso pedir para cuidar do seu filhote também. - Amelia colocou uma das mãozinhas, cuidadosamente sobre a barriga do ômega.

Naquele momento, Harry caminhava pelo corredor do hospital, temendo as reações de Louis e de Amelia quando precisasse dizer que o ômega teria alta. Na verdade, ele não podia entender como, em tão pouco tempo, os dois se apegaram tanto. Bateu na porta do quarto e encontrou Amelia com o rosto colado à barriga ainda inexistente do ômega.

- É engraçado... - ela disse rindo. - Papai! - soltou-se do ômega e correu até o alfa. - Olha, o Louis é igualzinho ao papai Alex!

- É sim amor... - o moreno assustou-se ao saber que a garotinha era filha do médico que havia falado com ele no primeiro dia naquele hospital. - Então Louis, eu vim dizer que você já está liberado, acabei de assinar sua alta. - sorriu sincero, mas, a expressão calma de Louis, logo foi substituída por sobrancelhas franzidas, seu sorriso desapareceu imediatamente.

- Huh... Isso deveria ser bom não é? - o ômega disse sem graça.

- Você vai poder ir para sua casa e eu vou te visitar e levar vários livros e músicas e a gente vai ler e cantar para o seu filhote! - Amelia disse animada, quase sem pausas, mas, assim que percebeu que o ômega havia se entristecido repentinamente, correu até ele. - Lou... Você não quer ir pra sua casa? - Harry encarava o rosto preocupado da filha e a expressão um tanto amedrontada do ômega.

- Doutor... - hesitou um pouco, lendo o nome bordado no jaleco do médio - Styles. Será que eu não poderia ficar aqui até eu... Encontrar um lugar para ficar?

- Você não tem uma casa? - Amelia arregalou os olhos, encarando o ômega.

- Eu tinha uma. Mas... Eu não tenho mais... - voltou seus olhos azuis para o alfa. - Por favor, eu posso limpar, arrumar as camas, eu só preciso de um lugar pra ficar.

- Louis eu... - como se houvesse uma ideia brilhante em sua cabecinha, o rosto de Amelia iluminou-se e ela sorriu, impedindo que o pai continuasse.

- VOCÊ PODE FICAR NA MINHA CASA! - Louis e Harry arregalaram os olhos assustados com o que a garota acabara de dizer. - Tem um monte de quartos sobrando, mas, você não pode ficar sozinho, então vai dormir no meu quarto e eu vou poder cuidar de você e do seu filhote...

- Amelia, pare com isso! - Harry agarrou o pequeno braço da menina e puxou-a para mais perto de si. - Eu sinto muito, Louis. Eu não posso fazer muita coisa, posso falar com o diretor do hospital, ver se você pode ficar. Você... - apontou para a filha. - Um problemão. Agora vamos.

- Mas papai! - Amelia choramingou enquanto o alfa a tirava a força do quarto do ômega.

Puxava-a pelos corredores do hospital enquanto ela chorava e fungava baixinho. Caminharam até a sala do pai e Harry trancou-os lá dentro.

- Amelia, pare de chorar... - agachou em frente à filha, secando as lágrimas insistentes.

- Ele não tem uma casa papai...

- Filha, eu não posso levar um completo estranho para a nossa casa, por favor.

- Mas, papai...

- Amelia, já chega! Eu disse não e fim de conversa.

Os olhinhos verdes já estavam vermelhos e as lágrimas surgiram novamente. Amelia voltou a chorar compulsivamente, fazendo a maior barulheira.

- Santo Deus... Você é igualzinha ao seu pai... - resmungou, imaginando que Alex, provavelmente, ofereceria a casa deles para Louis, do mesmo jeito que Amelia havia feito.

A garota ainda não havia parado de chorar quando o alfa bufou frustrado. Ele não devia fazer isso por várias razões, não devia mimar a filha, não devia levar um estranho para sua casa, mesmo assim, não conseguia ver sua garotinha chorar daquela forma tão desesperada.

- Filha, por favor...

- Eu vou ficar com o Louis...

A garotinha abriu a porta e correu, sumindo nos corredores do hospital. Assim que chegou ao quarto que antes o ômega ocupava, o cômodo já estava vazio. Correu para fora, encontrando-o caminhando para longe do hospital.

- LOUIS! - Amelia gritou, mas, o moreno não podia ouvi-la de onde estava, chovia torrencialmente, seria impossível.

Desatenta, a garotinha de cachos rebeldes começou a atravessar o estacionamento aos berros, chamando a atenção de todos no hospital, menos do ômega. Veículos buzinavam e desviavam do corpo pequeno enquanto ela tentava fazer o ômega ouvi-la. Até que o barulho estridente dos pneus tentando frear sobre o asfalto pareceu calar o barulho da chuva e a única coisa que se ouviu foi a voz alta e rouca do alfa.

- AMELIA!

***

N/A

Nada a declarar, não me matem, mamãe ama vocês.

Beijos de luz e até a próxima crianças.

:***

Continue Reading

You'll Also Like

97K 11.1K 12
Louis seguiu seu namorado Dylan para a universidade apenas para descobrir que o idiota de seu namorado o traiu e provavelmente tenha feito isso duran...
10.3K 760 21
Harry é um omega de 18 anos que ainda não teve seu primeiro cio e acabou de arrumar um estágio na editora Tommo, Louis é um alfa empresário de 27 ano...
2.8K 231 11
***NÃO AUTORIZO CÓPIAS, ADAPTAÇÕES OU REPRODUÇÕES DO PLOT EM NENHUM CONTEXTO*** ***ESSA FIC É RECOMENDADA APENAS PARA PESSOAS ACIMA DE 18 ANOS*** Ama...
1.7K 269 5
Kyungsoo e Baekhyun eram almas gêmeas, alfa e ômega destinados a estarem juntos pela eternidade. Praticamente cresceram juntos, viveram todas as exp...