Analua Queiroz
Minha ficha ainda não havia caído. Eu realmente havia encontrado Rafael e dito que sentia sua falta ou foi apenas mais um de meus delírios?
Algumas horas atrás eu estava nos braços de Rafael, como se fosse a única coisa no mundo que existisse. Eu fui realmente muito fraca. Mas ele me deixa assim, aquele garoto me faz ser a pessoa mais idiota e fraca do mundo. Não posso negar que quando eu estava em seus braços nada mais importava.
Droga Rafael, você me deixa desconcentrada.
Afastei o loiro da minha mente e fui tomar um banho para relaxar. Quando entrei no banheiro, comecei a me despir e entrei no chuveiro. Depois de minutos, enrolei-me na toalha e saí. Fui para meu guarda-roupa e coloquei um short curtíssimo e uma regata. Meus pais ainda não tinham chegado em casa, deveriam estar na casa de algum amigo e meu irmão foi passar alguns dias com sua namorada. Eu estava livre. Comecei a secar meu cabelo, deixando-o liso e cheiroso.
Desço as escadas e vou para a cozinha. Resolvo fazer um pequeno jantar para mim. Preparo tudo muito rápido por causa da bendita fome que batia em minha porta há alguns minutos, então assim que minha macarronada está pronta, me sirvo e sento na bancada para comer. Depois de um tempo termino de comer, coloco meu prato na pia e subo para escovar meus dentes. Quando eu saio do banheiro, acabo escutando a campainha tocar.
Quem será essa hora?
Desço as escadas e vou em direção da porta. Sem olhar no olho mágico, abro e infelizmente me deparo com Christian. Esse garoto me dava gastura no estomago, se eu conseguisse, vomitava todo o meu jantar nele! Mas, a comida estava boa demais pra eu ter que colocar tudo para fora.
Ele estava parado na minha porta, sem camisa e com uma cara de bêbado.
— Oi linda — Christian assobiou e eu franzi o cenho rapidamente, logo minha feição estava horrorizada.
Ele fedia a puro álcool.
— O que você está fazendo bêbado, na minha porta? — Indaguei desacreditada.
— Que isso gata, vim fazer uma visita — Disse Christian, que começou a chegar mais perto de mim. Ele estava deplorável, mas ele continuava lindo e... Não Analua.
— Vai para sua casa Christian, você está terrível — Respondi fechando a porta na minha frente.
— Ei! Que isso? Não é assim que se trata uma visita — Christian resmungou colocando o pé na porta, me impedindo de fechar. Era só o que me faltava.
— Você não é visita e não quero você na minha casa, vai embora! — Exclamei rude o suficiente para que Christian me lançasse um olhar de raiva misturado com confusão.
Como eu odeio homens bêbados! Além de chatos, são os seres mais insuportáveis que existe.
— Não, não vou deixar uma donzela sozinha — Mal tive tempo de responder, Christian adentrou em minha casa.
— Se você não sair daqui, eu vou ligar para a policia — Digo pegando meu celular.
Sem ao menos perceber Christian arrancar o celular da minha mão .
— Não, você não vai não — Disse. Christian começou a se aproximar demais. Era só isso que faltava mesmo. Comecei a me afastar em passos curtos e rápidos. Com um azar imenso, dou de costas com a parede. Puta que pariu. Christian soltou uma risada irônica — Ops, acho que não tem como fugir — falou em um tom assustador.
Nesse ponto eu já estava aterrorizada.
— Christian, vai pra sua casa! É o melhor que você faz — Respondi e em minha cabeça, achei que minha voz sairia firme, mas em uma hora dessas apenas saiu tremula e nervosa! E óbvio que ele percebeu.
— Já disse que não posso deixar uma donzela sozinha — Christian rebateu com convicção. O rapaz chegou perto de mim ao ponto de me fazer sentir seu hálito horrível. Aproveitando que o mesmo se distraio por míseros segundos, dei um soco em sua barriga. Christian se contorceu e eu sai correndo em direção a porta, sai para fora e esbarrei em Nathan. Sim, namorado de Yasmin.
— Nathan, graças à Deus — falei sem fôlego — Tem um louco na minha casa, ele me atacou — disparei. Nathan me olhou assustado.
— Calma, Analu! Só fica calma — Nathan respondeu e me abraçou logo em seguida.
Christian saiu da minha casa aos gritos.
— Porra garota, você só pode ter problema na sua cabeça, como você ousa tocar em mim? — Gritou.
Christian me olhava com ódio transbordando em seus olhos. Olhei para Nathan e o mesmo estava com cara de espanto.
— Nathan, o que foi? — Perguntei confusa. O moreno me olhou com uma cara que não consegui decifrar.
— Eu conheço ele — Ele respondeu, me desvencilhando dos seus braços e indo em direção do Christian. Fiquei com cara de tacho olhando a cena. Nathan chegou perto de Christian, o mesmo o olhou com cara de arrependimento.
— Porra Christian, o que você tem na cabeça? Tá louco cara? — Nathan exclamou.
— Desculpa cara, não queria fazer isso — Christian falou em um tom quase inaudível.
Ri debochado, "Não queria fazer isso" sério? Queria fazer o quê, então?
— Vamos embora daqui — Nathan pegou o garoto pelos braços e o tirou dali. Assim que estavam passando por mim, o mesmo deu uma breve olhada em mim. Seu olhar estava lotado de pena — Me desculpa Analua, não vai acontecer mais.
— Tudo bem, mas qual a ligação de vocês dois? — Perguntei.
— Melhores amigos — disse Nathan que logo atravessou a rua e jogou Christian para dentro da sua casa, fechando a porta. Fiquei observando parada por alguns momentos, logo em seguida adentrei minha casa.
Eu precisava me manter afastada desse Christian, ao mesmo tempo que ele era bonito... Tinha de ser um canalha por completo.
Subi direto para meu quarto. Amanhã era o grande dia! O dia da minha formatura e até agora não arranjei nenhum par. Pensei seriamente em chamar Rafael, mas não estamos tão íntimos assim, então acho melhor ir sozinha mesmo. Não vou morrer por causa disso.
Deitei em minha cama e peguei rapidamente no sono.
Rafael Lange
Ter Analua em meus braços foi a melhor sensação do mundo. Eu podia protegê-la de tudo, era apenas nós dois. Depois do pequeno acontecimento com Analua, eu vim para casa e acabei fazendo uma live com meus inscritos, que tomou o resto da minha noite.
Hoje era o grande dia da Analua, me surpreendi por não ser convidado para ser seu par. Porém, eu não poderia deixar-la sozinha, jamais. Resolvi que iria sim, de surpresa e arriscaria, mesmo estando cheio de receio, em minha cabeça passava a possibilidade dela já ter sim um par para o baile. A festa ocorreria hoje à noite, então resolvi ir no shopping tentar achar um terno descente para mim. Tomei um banho rápido e troquei minha roupa.
Peguei o carro da minha mãe e fui pro shopping. Cheguei ao mesmo e comecei minha saga em busca do terno. Andando em torno de várias lojas, acabei entrando em uma loja somente de ternos. Um terno me chamou a atenção, ele era cinza, bem diferente dos tradicionais, resolvi experimentar. Pedi para que ajustassem àquele terno para o meu tamanho. Depois de ter o colocado e a costureira que havia na loja ter feito os pontos certos, eu acabei gostando. Então seria esse. Levei-o até o caixa e paguei. Voltei para minha casa e aproveitei o resto do dia para editar vários vídeos.
Analua Queiroz
Acordei com Yasmin gritando em meus ouvidos. Eu mal acordei e ela já estava me perturbando. Assim que abri os olhos, me deparo com minha amiga e mais uma equipe inteira atrás dela.
— Que merda é essa? — Falei sonolenta, levantando-me e sentando na minha cama
— Hoje é o nosso grande dia Analu, trouxe uma equipe para nos preparar e tem de tudo! Cabeleireiro, maquiador, manicure, pedicure... Tudo — Disse a morena sentando-se perto de mim super animada, coisa que eu não estava nem um pouco.
— Ainda é cedo, me deixa dormir — falei voltando a me deitar e cobrir minha cabeça.
— Não mesmo mocinha — ouço alguém falar — Hoje é o seu dia e da sua amiga, vamos levante daí que vamos te deixar uma princesa — retiro o edredom do meu rosto e observo quem estava falando. Sem retrucar muito, olhei para todos em volta e acabei me levantando.
Fui direto para o banheiro para tirar esse cheiro de sono. Tomei uma ducha rápida, coloquei meu roupão e sai. Ao sair me deparo com meu quarto todo transformado em um salão de beleza.
— Ah que legal — falei ironicamente. Logo sinto alguém me puxar e me sentar em uma cadeira, logo vieram varias pessoas e começaram a me produzir. Assim foi a tarde toda, uma pessoa puxa meu cabelo daqui outra dali, um quilo de maquiagem e outra pessoa fazia as minhas unhas, eu já estava ficando entediada.
Depois de horas eu estava pronta, porém não podia me ver no espelho. Ouço a campainha tocar e peço para Sid — o maquiador — ir olhar quem era. Logo, Sid volta com nossos vestidos. Eles haviam chegado da lavanderia. O rapaz os coloca em cima da cama e começa a montar nossos looks. Eu já estava começando a ficar animada, não tanto como Yasmin, que como sempre não parava de falar um minuto sequer.
— Ai meu Deus, nosso vestidos chegaram — Yasmin exclamou animada, ela estava explodindo em alegria. Eu sabia que aquele momento era especial para ela, então apenas sorri de modo que ela risse enquanto olhava para os vestidos.
Sid concluiu a montagem dos nossos looks e nos deixou dar uma olhada. E uau, estava simplesmente lindo! Meu vestido era maravilhoso, combinou com o sapato, a maquiagem e bolsa.
Ouço Sid nos falando para vestir as roupas, que já estava quase na hora.
Rafael Lange
Depois de passar a tarde editando vídeos, chegou a hora de me arrumar para ir ao baile. Estava nervoso, curioso e com medo da reação de Analu ao me ver. Fui direto pro banheiro para tomar uma ducha rápida. Enrolei-me na toalha e fui colocar meu terno. Assim que eu o vesti, fui para a frente do espelho arrumar meu cabelo, apenas o coloquei um pouco para cima e dei uma leve passada de mão. Coloquei meus sapatos sociais e estou pronto.
Peguei as chaves do carro, entrei no mesmo e fui em direção da escola aonde iria acontecer o baile. Minutos depois, eu já estava parado em frente da escola, havia muitas pessoas. Respirei fundo e entrei. Seja o que Deus quiser.
Analua Queiroz
Depois de tanto mistério, me olhei no espelho e nossa, nunca me vi tão linda quanto agora. Eu realmente estava digna de um baile de realeza. O vestido combinou com tudo, ficou tudo extremamente perfeito. Cada detalhe, cada peça, cada tom daquelas cores, se encontravam e dava uma perfeita combinação. Eu estava satisfeita com o resultado. Olhei para Yasmin que estava deslumbrante.
— Você está linda — falei sorrindo
— Você está linda — Ela repetiu e eu sorri, voltando minha atenção ao espelho.
Eu estava — Permita-me eu mesma me amar — Maravilhosa. Yasmin me chamou para batermos algumas fotos e depois de inúmeras fotos, finalmente estávamos a caminho do colégio. Eu estava nervosa, não sei porquê. Mas tinha uma impressão boa. Minutos depois estávamos na frente do colégio. Descemos do carro fomos em direção a porta de entrada esperar Nathan. Logo em seguida Nathan chegou e estava lindo, logo vi Yasmin se atirar em cima dele.
— Cuidado a maquiagem — falei rindo. Os pombinhos se desgrudaram e começaram a rir.
Nathan olhou para nós duas e sorriu de lado, logo dizendo:
— Vocês estão dignas de ganhar como rainha do baile — falou Nathan.
— Obrigada — falei meio sem graça, não sei lidar com elogios.
— Vamos entrar? Eu quero mesmo ver a decoração do baile — Yasmin perguntou, a mesma já estava meio eufórica.
— Claro — Respondi rindo e tomei o caminho. Passamos pela fila vip, que foi feita para os formandos e entramos.
Estava tudo tão lindo, delicado e mágico! A festa era tomada por cores neutras e várias iluminações que deixavam o lugar com aspecto harmonioso. Aquele lugar me fazia querer ficar ali por horas! Sem contar que a música calma que tocava para que todos presentes ali na festa conversassem, me fazia ficar ainda mais animada.
Com Yasmin e Nathan me guiando, acabamos cumprimentando algumas pessoas ao longo do caminho.
Rafael Lange
Eu estava por aqui parado já tinha uns dez minutos e ela não havia chego. Observei todos ao meu redor e estavam todos muito bem vestidos, aliás estava tudo muito bonito.
Resolvi ir ao bar pegar alguma bebida, enquanto espero Analu chegar. Sento-me em um dos bancos que ficavam praticamente colados com o balcão do bar e peço a bebida para o barman. Segundos depois, o mesmo me entregar a bebida e eu continuo sentado no balcão do bar, apenas observando todos.
Minutos mais tarde, prendo minha tenção para a porta de entrada. Analua. Ela estava linda pra caralho! Seu vestido incorporou seu corpo perfeitamente, seu cabelo, suas pernas e seu corpo... Meu Deus. Analua cumprimentou algumas pessoas e foi direto para sua mesa. Talvez essa seja a hora da minha surpresa, deixo o copo da bebida no balcão e vou em direção a sua mesa. Analua estava de costas para mim, enquanto sua amiga e um garoto estavam de frente. Sua amiga ao me ver fez uma pequena cara de espanto mesclado com pura confusão.
Logo me sento ao lado de Analua.
— Com licença teria algum lugar para mim aqui? — pergunto com gentileza. Analua me olha com espanto.
— Ra-rafael? O que faz aqui? — Analua indagou incrédula, quase como se não estivesse acreditando que eu estava lá e eu por segundos, acabei me perdendo no jeito em que ela me olhava. Meu corpo foi tomado por uma onda de ansiedade e nervosismo, dei um sorriso torto em direção à ela.
— Vim fazer uma surpresa para a garota mais linda da festa — Comento olhando em seus olhos e ganhando seu sorriso envergonhando, acompanhado de uma risada baixa e tímida.
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OLÁ MEUS AMORES, tudo bem ? Espero que estejam maravilhosos. Sim, desculpa pela imensa demora, eu estava sem computador e não tinha como postar. Mas voltei com um capítulo que sou suspeita em falar , mas amo ele . Espero que vocês gostem.
( O Christian vai ser representado pelo Daniel Sharman.)
Não esqueçam de continuar votando e comentando muito !!!!!!
* Avisando que a fanfic é +18, então algumas partes serão quentes.
Boa leitura e até a próxima .
Betagem: @oldirttyshirt