Behind Brown Eyes ➸ sterek ve...

By sterekt91

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Há quem diga que o que define seu destino não são suas condições, mas sim suas decisões. Stiles Stilinski, co... More

notas
livro
prólogo
i had derek hale
next to you
theo raeken
i'll be your superhero
bear and stileweet
perfection
the real derek
dr. gregory & the x factor

thanks, stiles

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By sterekt91

  O silêncio entre eu e Derek continuou, até que ouvi o professor entrar na sala.

  O saco de ser aluno novo é que alguns professores têm a péssima mania de nos forçar a se apresentar a todos. São nessas horas que eu começo a ter crises iguais às do Sheldon Cooper*.

  Depois que o silêncio foi tomado, uma voz feminina cumprimentou a sala. Maravilha! Uma professora! Nada contra professoras, mas geralmente são elas que cismam com isso de se apresentar para a turma. Sério, se tem uma coisa que eu não sou nessa vida é obrigado.

— Vejo que temos um aluno novo esse ano — que bom que te deram o dom da visão, né moça? Pensei, rindo. Eu odeio ficar em evidência sem necessidade.

— Hm, olá — pronunciei, da minha mesa mesmo, como eu disse, não sou obrigado.

— Por que não se levanta e diz "oi" para a turma?

  Droga, eu já falei oi, para que me levantar?

—Senhorita Clarkson, acho que ele já disse oi para todos, na verdade — Derek articulou, logo atrás de mim.

  Alguém dá um beijo nesse garoto!

— Senhor Hale... — Ela suspirou. — Tudo bem, só diga seu nome e de onde veio, certo?

  Assenti.

— Meu nome é Stiles Stilinski e eu sou de Doncaster... Bom, acho que só.

— Ótimo. Eu sou a professora Brenda Clarkson.

  Ela não falou nada após, então me senti livre para virar lentamente para Derek.

— Hey, te devo uma. Odeio ficar em destaque.

— Eu percebi isso... E você não me deve nada, você já é do nosso grupo e nós ajudamos uns aos outros, você se acostumará depois de um tempo.

  Escutei barulhos de zíperes e canetas. Pelo jeito a senhora Clarkson estava passando algo na lousa. Droga. Será que ninguém informa os professores daqui?

  Peguei meu bastão, o desdobrando rapidamente, e me coloquei de pé. Era realmente ruim andar pela sala de aula, o espaço geralmente é estreito demais. Caminhei um pouco mais, até bater a ponta do bastão na mesa do professor.

— Professora Clarkson, hm, eu preciso da minha folha em braile.

— Ah, sim, querido. Mil perdões — escutei barulho de pasta sendo aberta e de papéis sendo remexidos, logo em seguida, senti uma folha um pouco mais grossa em minhas mãos. — Eu realmente não me dei conta, sou meio avoada. Precisa de ajuda para chegar ao seu lugar?

  Eu. Não. Sou. Um. Boneco.

  Neguei com a cabeça e voltei para a minha cadeira. Passei a aula lendo o texto em braile, não tinha muito o que fazer. Derek ficou na dele, na maior parte do tempo, acho que ele deve ser do tipo que anota tudo que o professor diz, porém é só achismo.

— Hey, qual sua aula agora? — Hale perguntou, enquanto eu recolhia meu material e o jogava de qualquer jeito na mochila.

— Acho que é álgebra, e a sua?

  Fechei o zíper da bolsa e a coloquei em um ombro só.

— Inglês... Mas eu posso te levar até a sala de álgebra sem problemas, são as duas últimas mesmo? — Assenti. — Certo. E quando nós podemos, hm, começar a decorar a escola? Não decoração em si, quero dizer, nada contra decoração, temos um grupo muito bom aqui e...

  Derek tinha a respiração entrecortada, com certeza não estava nem respirando para falar.

— Hale, respira! Qualquer dia desses, você vai desmaiar por falta de ar e então teremos um problema, porque eu não enxergo e você ficará jogado aí no chão.

— Como você consegue? Digo, isso é terrível, mas você consegue colocar humor e lidar com as circunstancias de uma forma incrivelmente bem.

  Ele parecia um pouco mais calmo, então apenas dei de ombros, ajeitando minha mochila novamente.

— Lamentar-me por aí não vai me deixar menos cego, Derek. As pessoas possuem sempre duas escolhas na vida: se erguer ou se afundar mais. Eu escolhi me erguer e continuo o fazendo todos os dias. Eu não tô em um barco sozinho, se eu me afundar, pessoas que eu amo vão junto e eu não quero isso — suspirei. — Agora vamos, ou você chegará atrasado à sua aula.

(...)

  Ao chegar na sala de álgebra, Derek abriu a porta e me perguntou se estava tudo bem, antes de se retirar. Eu ouvi os passos dele se afastando lentamente. Era apenas eu e um monte de pessoas desconhecidas, novamente. Odeio essa sensação. Odeio que todos olhem para mim. Eu conseguia sentir o olhar, eles eram intensos. Se eu estivesse em uma sala com um monte de Superman's, eu estaria queimado.

— Hey, Stilinski! Nos ferramos juntos, então!

  Quando ouvi Dunbar gritar meu sobrenome, quase ergui as mãos para o céu e agradeci.

— Liam, nunca fiquei tão feliz em ouvir sua voz — comentei, enquanto caminhava para perto do som.

— É o sotaque americano. Cara, ninguém resiste. Tem uma cadeira vaga, aqui atrás de mim.

— Obrigado — disse, me sentando em seguida. — Americano? Você é americano?

— Desde que nasci. Tá, admito que essa foi horrível. E então, como foram as coisas com o Derek?

— Derek é um cara legal, ele se ofereceu para me apresentar a escola depois.

— Ele deve estar se culpando até agora pelo que falou, ele é meio sensível.

— Ele se enrolou todo pra falar comigo, então, é sempre assim mesmo? — Questionei, retirando o material de dentro da mochila.

— Ele é bem na dele, só fala com a gente. E só fala também porque ele e Scott são amigos de infância e acabamos nos conhecendo. Derek é tímido demais, estamos tentando mudar isso.

— Entendi... De qualquer forma, devo uma para o cara, desde que me livrou da apresentação pública de aluno novo hoje.

— Professora Clarkson, não é? — Confirmei. — Essa mulher é obcecada por apresentações públicas, deve ser algum fetiche, não é possível.

  É impossível não gargalhar com as coisas que Liam fala.

— Dunbar, você é incrível.

— Eu sei, eu sei. Mas, tô falando sério, ela faz isso com todo mundo. O que você vai fazer depois da aula?

— Minha mãe vem me buscar e eu vou ficar estudando braile, provavelmente. Por quê?

— Os meninos vão lá pra minha casa hoje, tá afim? Posso te dar uma carona se quiser.

  Eu tinha duas opções: mofar em casa ou fazer amigos legais, pela primeira vez na vida. Era óbvio o que eu escolheria.

— Claro, só preciso avisar minha mãe quando ela chegar, tudo bem?

  Liam demorou um pouco para responder.

— Ah! Claro, sim! — Ele disse, meio desesperado.

— Você estava assentindo, não estava?

— Sim, só depois me dei conta de que você não ia ver.

— Isso é mais normal do que você pensa.

  Os alunos ficaram em silêncio, o professor deve ter entrado na sala de aula. Diferente da professora Clarkson, a primeira coisa que o Professor McLeean fez, foi me entregar à folha em braile. Esse homem com certeza já tem um lugar reservado no céu.

  Se você acha álgebra chato, imagine eu. Já é difícil calcular quando você pode enxergar, quando você não pode então, é pior ainda.

  Pelo menos Liam estava lá, o que melhorava muito as coisas. O garoto americano fazia piadas com tudo, tudo mesmo. Qualquer coisa virava motivo de risadas entre nós dois.

  A aula passou rapidamente, graças a Liam. Outro que com certeza tem um lugar no céu.

  Recolhi minhas coisas e saí junto a Dunbar para a entrada da escola. Andávamos lado a lado e ele me guiava com a mão em meu ombro.

— Eu vou esperar minha mãe aqui... Onde eu encontro vocês depois? — Perguntei.

— Vamos fazer assim, eu vou buscar aqueles três babacas em algum lugar da escola e depois encontro você aqui mesmo, pode ser?

— Claro, até depois então.

  Ouvi seus passos se afastando e suspirei alto.

  O barulho do lado de fora da escola era enorme. Eram carros, pessoas rindo, música alta. Aquilo tudo estava me dando uma dor de cabeça dos infernos. 

  Fechei os olhos, mesmo por debaixo dos óculos escuros, e tentei me concentrar em mim mesmo.

  Isso era algo que eu tinha aprendido logo que perdi a visão. Eu precisava me concentrar na minha respiração, bloqueando os outros sons ao meu redor.

  Logo no hospital, meus sentidos ficaram insanos, eu escutava muito alto, os cheiros fortes me incomodavam, eu ficava louco e com muitas dores de cabeça. Então Dr. Smith me ensinou, era uma técnica chinesa, japonesa, algo assim.

  Inspirei e expirei diversas vezes, até que bloqueei os sons ao redor. Minha respiração era a única coisa que eu conseguia ouvir, por um tempo.

— Filho? — Então todo o barulho voltou em um instante. — Tudo bem?

— Hãn, sim, mãe. O barulho estava me irritando um pouco.

— Foi o que eu pensei... Vamos? — Mamãe afagou meu braço.

— Mãe... uns amigos que eu fiz me convidaram pra fazer algo hoje, posso ir? — Perguntei meio inseguro, mordiscando os lábios por dentro.

  Minha mãe sabia que eu nunca fui alguém fácil para se relacionar com outras pessoas, então pedir algo assim era um milagre do céu.

— Amigos? Que ótimo Stileweet! — Ela me abraçou, quase me derrubando no chão.

— Senhora Claudia, controle suas emoções — ri. — Há quanto tempo você não me chama assim...

— Você sempre será meu Stileweet. Agora, onde estão esses amigos? Eu quero conhecê-los.

— Eles já estão vindo, acho... Que horas são?

— Quatro e quinze.

  Eu fiquei quase 10 minutos em concentração, novo recorde.

— Hey, Stilinski — ouvi Scott chamar.

— Scott!

— O próprio. Liam pediu para vir te buscar. Ah, olá, eu sou Scott McCall!

— Olá, querido — minha mãe e essa mania de chamar todo mundo de querido, se controle mulher. — Sou Claudia, mãe do Stiles.

— Muito prazer — com certeza ela havia abraçado o pobre Scott. — Ah, Stiles, você pode passar seu endereço? Liam vai te levar em casa depois.

— Mãe, passe o endereço para o Scott, sim? Eu ainda não decorei.

  Minha mãe passou o endereço e logo em seguida se despediu de mim. Caminhei lentamente com McCall até onde o carro de Dunbar devia estar estacionado.

— Pronto? — Isaac perguntou e eu assenti. — Então, adentre o carro da curtição, Sr. Stilinski.

— Francamente, não sei se eu rio do adentre ou do carro da curtição.

— Não vai rir de nada e vai entrar no carro — Isaac continuou, me guiando para dentro do veículo. Ouvi sons de cintos sendo travados e portas fechando, logo em seguida.

— Quem está do meu lado? — Perguntei.

— Isaac e Scott, Derek tá aqui ao meu lado — Liam respondeu.

— Certo, obrigado.

— Agora, pessoal, o trem da diversão vai partir. VOCÊS ESTÃO PRONTAS, CRIANÇAS? — Liam gritou, ainda sem dar partida no carro.

— Liam, pelo amor da santa Coruja Celestial*... — Scott falou, em um tom cansado.

— Coruja Celestial? — Franzi a testa.

  Que diabos era uma coruja celestial?

— Você ainda não ouviu essa teoria do Isaac... Ainda. Acredite em mim, você não vai querer ouvir — Scott respondeu.

— EU PERGUNTEI: VOCÊS ESTÃO PRONTAS, CRIANÇAS? — Liam voltou a gritar.

— Dá partida nesse carro logo, Dunbar! — Scott gritou de volta.

— Scott, ele não vai dirigir até respondermos, você sabe disso — escutei a voz de Derek.

  Era a primeira vez que eu o ouvia falar, desde que entramos no carro.

— ESTAMOS CAPITÃO! — Eu e os três garotos gritamos de volta.

— EU NÃO OUVI DIREITO!

— Vai se foder, Liam — Scott bufou e eu apenas dei risada.

  Pelo jeito Liam realmente fazia isso toda vez.

— EU DISSE: EU NÃO OUVI DIREITO!

— Scott, dá pra responder logo? Ou não vamos sair daqui hoje — Isaac interveio, de uma vez.

— ESTAMOS CAPITÃO! — Gritamos, novamente.

— OOOOOOOOOOOOOH, VIVE NUM ABACAXI E MORA NO MAR!

— DUNBAR, CARALHO — foi a vez de Lahey se estressar.

  Quase engasguei de tanto rir.

— Vocês são muito chatos, Ave Maria — Dunbar disse rindo e dando partida no carro. Eu não conseguia parar de gargalhar, eu com certeza havia encontrado as melhores pessoas do mundo.

(...)

— ... A Coruja pode controlar tudo com seus poderes mentais e místicos, porque ela é celestial, por isso eu criei essa teoria de que a Coruja Celestial existe e a mesma criou o universo — Isaac contou, por fim.

  Ele estava à meia hora me explicando sobre a tal teoria que Scott havia comentado no carro. Os garotos simplesmente foram atrás de algo para comer, porque nenhum deles aguentava mais a história.

  Estávamos sentados no sofá da casa de Liam, ele tentou me explicar um pouco como era a casa, mas eu com certeza não ia decorar nada, então decidi ficar sentado no sofá para não causar nenhum problema, como vasos quebrados... Acredite, já perdi as contas de quantos vasos eu quebrei.

— Isaac, você é o cara mais esquisito que eu já conheci — relatei, rindo.

— Eu estou falando, cara, a Coruja Celestial é real. Um dia eu vou provar.

— Isaac, fica quieto, por favor, nunca te pedi nada — ouvi a voz e os passos de Liam se aproximando. — Vamos pedir pizza, porque o nosso amado Scott não quer cozinhar hoje.

— Tenho cara de Cinderela agora, Dunbar? — Scott retrucou, irritadiço.

— Só se for antes do Bibidi Bobidi Boo.

  Senti o lugar ao meu lado afundar e logo ouvi uma voz rouca.

— Liam, fica quieto vai, só liga pra pizzaria. O que vamos fazer? — Derek interrogou.

— Não tenho ideia... Alguma sugestão, Stiles? — Lahey perguntou, sentado a minha esquerda.

— Na verdade, não. Eu passo o dia estudando braile. Pra falar a verdade, essa é a primeira vez que eu vou pra casa de algum amigo — dei de ombros.

  Eu estava sentado entre Isaac e Derek, a voz de Liam vinha da minha frente, então deduzi que ele estava sentado no chão com Scott.

— Espera! Sério, Stiles? Primeira vez? — Ouvi Scott perguntar.

— Sim, eu nunca fui de fazer muitos amigos. Lá em Doncaster, eu falava com um garoto chamado Stanley, mas era só de vez em quando. Eu passo a maior parte do tempo com as minhas irmãs...

— Quantas irmãs você tem? — Scott continuou.

— Bem, tem a Lottie, a Fizzy e Phoebe e Daisy que são gêmeas.

— Wow, você tem muitas irmãs — Liam comentou. — Eu não tenho irmãos, nem irmãs.

— Também sou filho único — McCall disse, sem demostrar emoções.

— Idem — foi a vez de Isaac falar.

— Ninguém perguntou, mas eu tenho uma irmã chamada Cora — a voz de Derek soou.

— Certo, agora que o Stiles nos conhece melhor, o que vamos fazer? Pelo amor de Deus, eu to quase rolando no tédio.

— Dunbar, para de ser tão drama queen — Scott zombou, rindo. — Alguém tem alguma ideia? — Ninguém respondeu. — Droga, Dunbar! Isso que dá não ter um vídeo game em casa.

— Compra um pra mim então, McCall... A gente podia ver algum filme, se o Stiles não se importar, é claro.

— Teoricamente, eu estaria escutando o filme, mas eu já me acostumei a "assistir" dessa maneira, então por mim tudo bem — respondi.

— Certo, alguém ligou pra pizzaria? — Liam questionou.

  Ouvi passos novamente, Isaac havia se levantado.

— Isaac foi ligar e o Scott foi pegar o refrigerante na cozinha — Hale disse.

— Tudo bem, eu vou subir para pegar os filmes, esperem aí.

  Ouvi barulhos de passos. Provavelmente Liam estava subindo as escadas.

— Como foi na aula de álgebra?

— Terrível. Álgebra é um saco, mas pelo menos o Liam estava lá, o que melhorava as coisas. E a aula de inglês? — Perguntei de volta a Derek.

— Terrível também. Nenhum dos meninos tem essa aula comigo, então fiquei boa parte do tempo pensando.

— Pensando em quê?

— Letras de músicas, acordes e essas coisas.

— Você compõe? — Me interessei, no mesmo instante. Sempre gostei muito de música.

— Eu tento — ele riu.

— Eu sei tocar piano.

— Eu não sei tocar nenhum instrumento. Liam tentou me ensinar violão, mas eu sou atrapalhado demais para isso. Na verdade, sei tocar kazoo, mas não é grande coisa.

— Eu sei um pouco de violão, você acaba criando uma noção quando toca outro instrumento, mas não sou muito bom. É ruim tocar sem enxergar. Piano eu toco desde pequeno, então já estou acostumado.

— Sempre quis aprender piano. Acho um instrumento lindo.

— Eu ganhei um piano usado, ele fica lá em casa. Eu posso te ensinar, se você quiser.

— Sério? — Sua voz soou extremamente animada.

  Sorri com seu jeito.

— Claro. Vai ser legal.

— Obrigado, Stiles. E, ah, ainda precisamos marcar pra eu te ajudar com a escola.

— Pode ser amanhã, se quiser. Depois nós podemos ir pra minha casa e começar as aulas de piano.

— Ótimo! Obrigado mesmo.

— De nada, Derek.

  Liam desceu as escadas logo em seguida.

— Eu peguei os filmes mais legais que eu tinha e eu acho que... Derek, por que você tá com essa cara de besta?

  Ri abertamente com o comentário dele. Liam é uma das pessoas mais engraçadas que eu já conheci.

  Ok, eu não conheci muitas pessoas além dos médicos, mas você me entendeu.

— Stiles disse que vai me ensinar a tocar piano — Derek respondeu baixo.

— Awn, Derek está vermelho. Que coisa mais fofa, que vontade de apertar essas bochechas — o garoto praticamente gritou.

— Cala a boca, Liam. Que droga.

— Relaxa, Hale. Enfim, como eu ia dizendo, eu separei os mais legais que eu tinha, vamos só esperar os meninos voltarem e escolheremos um.

  Pouco tempo depois, estávamos novamente reunidos na sala. Isaac avisou que havia pedido duas pizzas: uma de quatro queijos e outra de frango. Scott trouxe uma Coca-Cola e uma Pepsi e acabamos escolhendo Piratas do Caribe.

  Todo mundo elogia bastante esse filme, não é como se eu pudesse opinar sobre.

— Eu tô falando, Johnny Depp é o melhor ator da atualidade.

  Eu poderia concordar ou discordar, mas eu nem sei quem diabos é Johnny Depp.

— Claro que não, Isaac! O James Franco é melhor que ele — Scott rebateu.

— Eu ainda prefiro a Megan Fox — Liam opinou.

  James Franco? Megan Fox? Alguém me ajuda?

— Eu gosto do Harrison Ford... — Derek dialogou.

— Sobre esse assunto: não concordo, nem discordo, muito pelo contrário — falei simplesmente e Liam estourou em risadas.

— Stiles ganhou essa — Dunbar continuava rindo.

— Mas se ele não concorda, nem discorda, muito pelo contrário o quê? — Scott parecia confuso, o que tornava as risadas ainda mais altas.

— Essa é a graça da piada, McCall — Hale gargalhou. — Depois eu que sou lento.

— Derek, você é lento. Até pra falar você é lento — Scott alfinetou.

— Eu não sou lento, você que parece o irmão do Eminem quando fala. Quer virar rapper, é?

— Eu queria ser rapper... — Isaac expôs.

— Ah, Isaac, pelo amor de Deus. Essa história de novo não! Você nem sabe rimar — Liam gritou, o provocando.

  Eu não conseguia parar de rir. Esses quatro pareciam crianças, um implicando com o outro.

— Vocês parecem minhas irmãs.

— Fica na sua aí, Stilinski. Você que causou discórdia aqui — Scott falou.

— Eu nem enxergo e sou dono da discórdia. Sem flashes, por favor — empinei o nariz.

— Você é um babaca, Stiles. Acertamos colocando você no nosso grupo. Na quarta usamos rosa* —  Liam brincou.

— Pelo amor da Coruja Celestial, você não citou Meninas Malvadas — fiz uma cara pasma e ri.

— Viu só, a Coruja Celestial já é famosa! Logo o mundo vai aceitar essa teoria — Isaac gritou, entusiasmado.

— Isaac, você só pode estar brincando comigo — continuei.

— Vocês verão, a Coruja Celestial está observando tudo isso.

  O dia passou assim, entre risadas e brincadeiras incrivelmente bobas. E eu podia dizer que realmente achei as melhores pessoas para ser amigo.

-x-

* Sheldon Cooper é um personagem da série The Big Bang Theory, ele tem medo de falar em público, por essa questão desmaia quando precisa fazê-lo.

* Coruja Celestial: a autora diz que essa "teoria" foi criada por um amigo na aula de filosofia e, de acordo com ele, a Coruja Celestial administrava o universo com seus poderes místicos (e ela defende dizendo que não sabe o que ele fumou, mas tudo certo).

* Na quarta usamos rosa é uma frase do filme Mean Girls (ou Meninas Malvadas, traduzido para o português).

  NOTA: Eu demorei muito dessa vez? Acho que nop, né? Então, APARENTEMENTE vai rolar scisaac na fanfic, porque vocês sabem, isso é apenas uma adaptação. E eu não quero ver comentários feios e ofensivos de quem não shippa, ok? Sigam o ditado: "se você não shippa, não tente deshippar os shippadores", e tudo continuará sendo arco-íris e flores. E também ganharão bombons por bom comportamento, yeah!

  Afinal, viram que eu sou uma pessoa muito boa com apelidos? Eu deveria ganhar algum tipo de prêmio pelos apelidinhos lindos que crio pro Stiles. Stileweet? Desculpe-me por fazerem vocês passarem por essas situações embaraçosas, no entanto foi necessário para a história. Isso é, tipo, a junção de Stile (sem o "s" no final) + weet (que, na verdade, é sweet de doce, amável e outros sinônimos). Sério, coloquem no Google Tradutor depois, para verem como fica a pronúncia rsrs. 

  Eu também mudei o elenco, tirei o Ty-H (meu amorzinho, namoradinho do Dylan, dono do meu cu) e coloquei o Ian, que é lindo, mas não é a mesma coisa que o maridinho do O'Brien. Aposto que poucas pessoas perceberam essa mudança, mas a gif da multimídia também tá aí pra isso.

  Alguém aqui viu o vídeo do Hoechlin bêbado, dizendo curtir pornô de "homem com homem, não gay, mas homem com homem"? Depois as pessoas me perguntam porque eu shippo hobrien,,,,

  (~ ̄▽ ̄)~*  me perdoem pela demora e por quaisquer erros. Não esqueçam de pegar seus docinhos na saída e até a próxima att, babes!

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