How to save a life ~ ABO ~ l.s

By lourrystt

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Amelia e Louis tiveram uma ligação instantânea, imediata. Ninguém saberia dizer porque, mas, o que importava... More

It feels like fate
Taking care of you
Home
The A Team
The Magic Song
Brotherhood
The death of the past and a new life
The Solution
Trip routine
Jealous
First touch, first kiss
Meet Baby Bear
Only Angel
Date night
Naked
For I can't help falling in love with you
Intensity
Heaven
The One
Changing
Arlo
Meet Richard Alexander Payne
Soulbond
Falling apart
Protection
He's gone
Finding Louis
Pain
Strong
Family love
Epílogo: Meet Violet, Aaron and Morgan
Agradecimentos, notas e rasgação de seda

Meet Amelia

22.8K 1.9K 1.9K
By lourrystt

N/A

Segura mais uma fanfic ABO.

Enjoy <3

***

Flashback on

- Amor, ela é linda, olha só... - Harry sequer tentava esconder as lágrimas em seu rosto, enquanto se aproximava com a bebê nos braços.

- Ela... Ela tem... Tem cara de joelho, Harry... - Alex brincou, esticando os braços com dificuldade, tirando a manta verde do hospital do rosto dela. - Será que... Que eu... Eu posso segura-la? Por... Por favor? - sua voz estava trêmula e ofegante.

- Ela é sua, é claro que você pode segura-la.

O ômega ainda estava deitado na maca, o corte da operação estava sendo fechado, mas, todos sabiam que ele não duraria muito. Com cuidado, Harry se aproximou, apoiando o pacotinho chorão no peito do homem que amava.

- Ela é tão pequena... - com a ajuda de Harry, Alex conseguiu segurar a filha nos braços.

Liam já havia saído do centro cirúrgico, nem em um milhão de anos ele conseguiria lidar com aquilo. Era o seu irmão, droga. E ele estava partindo. Correu até o lado de fora do hospital, o ar parecia se esvair aos poucos de seus pulmões, ele precisava respirar. Curvou-se e apoiou as mãos no joelhos, sem conseguir controlar o choro dolorido. Sentiu um par de mãos sobre seus ombros e se recusou a se levantar, ele sabia de quem se tratava.

- Sai daqui, Niall! - o garoto sussurrou sem fôlego. O irlandês o ignorou, puxando-o suavemente pelos ombros.

Liam tinha apenas 14 anos. Agarrou-se ao corpo do loiro, enquanto chorava compulsivamente. Niall juntou as duas mãos nas costas do garoto, oferecendo todo o carinho que poderia naquele momento. Aliás, carinho era a única coisa que ele poderia oferecer, no final das contas.

- Você precisa entrar, precisa ser forte. Você sabe que o Harry e a sua sobrinha vão precisar de você, você é a única família que eles têm, Liam.

- Isso não é justo, Niall. Não é justo! O Alex... Ele... Ele não merecia... Não...

Enquanto o alfa irlandês tentava confortar o garoto do lado de fora, o alfa de cabelos cacheados havia se agachado próximo ao namorado, sua mão cobria a do ômega e ambas seguravam a neném que havia parado de chorar. Os dedinhos pequenos haviam envolvido o mindinho de Alex e ela, finalmente, havia aberto os olhos.

- Olha só... Ela vai ter os seus olhos... - o ômega resmungou - Será que vai ter seus cachinhos também? Se parecer com você, vai ser a criatura mais linda que essa cidade já viu.

- Você já pensou em um nome? - Harry sussurrou, ele sabia que não tinha muito tempo.

- Amelia. Quero que ela se chame Amelia. - disse sorrindo para a neném em seus braços.

- Tudo que você quiser, amor. - Harry se levantou e deixou um beijo na testa de Alex.

Demorou-se com os lábios ali, até que juntou a própria testa à do namorado e respirou fundo. Seu peito doía tanto que parecia que ia explodir, nunca havia se sentido daquele jeito, tão desamparado, Alex ainda não tinha partido, mas, sua pele já começava a esfriar, e seus olhos perdiam a cor aos poucos.

- Eu não sei como fazer isso sem você... - sussurrou, na esperança de que aquela frase, milagrosamente, revertesse o quadro dele.

- Você vai ser incrível... Vai sim... E a Amelia vai te amar tanto, meu amor. Do mesmo jeitinho que eu amo você agora. Até mais... - Alex ergueu os olhos e o encarou, como se tentasse decorar o rosto de Harry.

O corpo do ômega começou a tremer e Harry tirou a neném dos braços dele. Instantaneamente a garotinha começou a chorar, como se soubesse o que estava prestes a acontecer. Alex respirava com dificuldade. Enquanto os médicos tentavam estabilizá-lo, o alfa se afastava com Amelia nos braços, até que estivesse encostado à parede. A última lágrima caiu dos olhos do ômega e por fim ele partiu.

- Hora da morte 16:33 - a voz do médico acertou o estômago do alfa como um soco.

- Harry, você precisa deixar a Amelia aqui, precisamos examina-la... - a enfermeira tentou chamar sua atenção, mas, seus olhos estavam vidrados no ômega sem vida à sua frente - Harry, por favor.

- Não tira ela de mim, não agora, por favor. - o choro preso na garganta deixava a voz grave, trêmula e muito mais baixa do que o normal - Não tira ela de mim...

- Tudo bem... Está tudo bem, mas, você precisa sair, vá para o berçário com ela e me espere lá...

O alfa assentiu, antes de sair, pôde ver o lençol cobrir o rosto do ômega. As lágrimas que estavam presas, passaram a cair abundantemente. A enfermeira abriu a porta do centro cirúrgico empurrando Harry para fora, apontou a porta do berçário no fim do corredor e insistiu que ele fosse para lá o mais rápido possível. Amelia poderia ter alguma infecção se não ficasse protegida, era seu primeiro dia de vida fora do ômega.

Já no berçário, Harry se sentou em uma das cadeiras de balanço, encostou o rosto da filha em seu peito e envolveu-a com as duas mãos. Seu peito subia e descia tão rápido, as lágrimas quase molhavam a manta verde que cobria Amelia. A neném também chorava, parecia partilhar a mesma dor do pai, embora ele soubesse que isso era impossível. Segurou uma das mãozinhas que estava apoiada em seu peito e a garotinha se acalmou aos poucos

- O papai tá aqui amor... Tá tudo bem... Vai ficar tudo bem...

***

Amelia havia acabado de ser colocada na cama. Megan estava sentada ao seu lado, seu livro preferido estava aberto e a voz calma da garota era a única coisa que se ouvia no quarto da pequena. The Wonderful Wizard of Oz era religiosamente lido todas as noites para ela, fosse por sua babá ou por seu pai, até o final, e quando acabava, era lido de novo. E isso acontecia há seis anos.

- Meg, se você pudesse pedir alguma coisa pro Mágico de Oz, o que você pediria? - a menina interrompeu a leitura da babá e perguntou, enrolando os dedinhos nos próprios cachos.

- Que você dormisse logo! - ela respondeu rindo.

- Não Meg, só mais um capítulo...

- Está tarde Ame... - a ômega ponderou, se passasse do horário, Harry ficaria furioso.

- Então eu quero dar boa noite ao papai... - a babá suspirou derrotada, porque não havia nada que Amelia não conseguisse quando fazia aquela carinha.

- Cinco minutos...

A loira se levantou, fechando o livro e o colocando sobre o criado mudo ao lado da cama de Amelia, pegou-a no colo e caminhou até o escritório de Harry. Sentou-se com ela sobre suas pernas e ligou o computador, conectando o Skype. Após algumas tentativas, Harry finalmente atendeu a chamada de vídeo.

- Mas, o que será que a minha ursinha está fazendo acordada uma hora dessas...? - perguntou assim que viu o rostinho da filha, fingindo estar bravo.

- Eu pedi pra dar boa noite a você, papai. Vai demorar pra voltar pra casa?

- Não amor... Amanhã de manhã eu volto.

- Tá bom. - ela respondeu sorridente.

- Agora já pra cama, já passou da sua hora, mocinha! - a garotinha sorriu, exibindo as covinhas idênticas às do pai.

- Eu te amo, papai.

- Eu também te amo filha, sonhe com os anjos.

A chamada foi encerrada e Harry fechou o ícone do Skype em seu notebook, colocou-o dentro da sua mochila, puxando de lá uma manta cor-de-rosa com algumas flores bordadas. Amelia sempre dava um jeito de enfiar aquele cobertor ali a cada vez que ele precisava passar a noite no hospital. Recostou-se, desconfortável, na poltrona da sala e enrolou os dedos no cobertor da filha, fechando os olhos quase instantaneamente.

Passava das duas da manhã quando a porta foi aberta abruptamente, assustando o alfa, que arregalou os olhos encarando um Niall igualmente assustado.

- Harry, você precisa vir comigo - Niall disse ofegante, encarando o cacheado apreensivamente.

- O que aconteceu? - levantou-se rapidamente, acompanhando o irlandês.

- Um ômega. Ele está nas primeiras semanas de gestação, está em processo de expulsão do feto.

Enquanto corriam pelos corredores do hospital até a ala de emergência, Harry prendia os longos cabelos cacheados em um coque sobre a cabeça. Assim que chegaram, Liam os acompanhou até onde o ômega esperava.

- Ele foi abandonado, desacordado, na porta do hospital, tem vários cortes e hematomas pelo corpo, tudo indica que foi espancado. - Liam dizia aos tropeços, enquanto acompanhava os outros dois.

Harry puxou a cortina azul que separava as macas, encontrando um ômega macho completamente ensanguentado, as roupas estavam rasgadas, cortes profundos cobriam-lhe torso e braços, mesmo assim, suas mãos se mantinham firmes em sua barriga, ainda inexistente, como se tentasse, instintivamente, proteger a cria. Pôs as luvas se aproximando do corpo inerte do rapaz, ergueu suas pálpebras e observou as belas íris azuis com sua lanterna clínica.

- Alguém sabe o nome dele? - Harry perguntou, virando-se para Niall.

- Louis. - o loiro respondeu enquanto colocava as próprias luvas.

- Louis. Louis. - Harry tentou chamar sua atenção. - Louis, você está me ouvindo? Você está a salvo agora. Está no hospital. Você pode me ouvir? Louis...

Niall terminou o trabalho iniciado por algum tipo de animal selvagem, retirando completamente as roupas do ômega, deixando à mostra a quantidade incontável de cortes no corpo pequeno.

- Harry, ele está perdendo muito sangue... - Liam chamou a atenção do alfa que ainda tentava acordar o rapaz.

- Vá buscar outra maca, precisamos fazer uma transfusão imediatamente... - Liam assentiu, deixando a sala. - Niall, eu preciso que prepare a sala de cirurgia para mim, ok? Você pode fazer isso?

- Claro. - o irlandês sumiu do campo de visão do alfa, que voltou sua atenção para Louis.

- Louis, você consegue me ouvir? Louis, eu vou segurar sua mão agora, se estiver me ouvindo aperte-a, ok? - assim que o fez, sentiu um suave aperto em sua palma. - Isso mesmo. Muito bem. Nós estamos aqui, vamos cuidar de você e do seu bebê, sim? Vamos fazer o possível pra que vocês dois fiquem bem.

Niall e Liam chegaram ao mesmo, com certa dificuldade, o ômega foi colocado na maca móvel. A cirurgia foi anunciada no hospital, chamando anestesista e instrumentador com urgência à sala 301. Enquanto caminhavam rapidamente, o ômega, parcialmente desacordado, segurava desesperadamente a mão do alfa. Niall se mantinha firme segurando o balão de oxigênio que facilitava a respiração do pequeno e Liam ajuda a empurrá-lo pelos corredores.

- Vai ficar tudo bem Louis... Vai ficar tudo bem... - Harry sussurrou, sendo esta, a ultima frase que o ômega ouviu.

***

Após cerca de duas horas de cirurgia, ômega e filhote já estavam estáveis, mesmo que não estivessem completamente fora de perigo. A quantidade de sangue perdida por Louis fora muito grande, sendo necessária uma transfusão de emergência. Por essa razão, Harry e Niall decidiram induzir o coma com intuito de facilitar a recuperação dos órgãos internos, que estavam extremamente debilitados. Assim que deixaram Louis na unidade de tratamento intensivo, os dois saíram, retirando as luvas, toucas e mascaras, jogando-as no lixo.

- Como sabia o nome dele? - Harry perguntou curioso.

- Havia uma bolsa com ele, alguns pertences, documentos. O que você acha que aconteceu? Acha que ele vai se recuperar?

- Eu não faço ideia e espero que ele se recupere.

Naquela madrugada, Harry visitou o quarto de Louis por várias vezes para conferir se estava tudo bem. Enquanto a enfermeira, Emma, ministrava as dosagens das medicações, ele mantinha os olhos fixos, somente para ter certeza de que o ômega estava sendo tratado corretamente.

Na manhã seguinte, pouco antes das sete horas da manhã, antes de deixar o hospital, Harry decidiu conferir o estado do ômega, mais uma vez. Assim que estava devidamente vestido, impossibilitado de levar qualquer infecção para o menor, entrou. Conferiu o soro, a dosagem da medicação, o respirador, medidor de frequência cardíaca. O garoto estava completamente monitorado e parecia estável. Aproximou-se do corpo imóvel, ergueu seus dedos, retirando alguns fios de cabelo da testa dele, exibindo mais alguns cortes.

- Hey garoto, em que tipo de confusão você pode ter se metido para acabar assim? - analisou a grande quantidade de tatuagens que ele tinha espalhadas pelo corpo - O que houve com você, Louis? - perguntou, mais para si mesmo do que para o paciente desacordado. - O que houve com você?

***

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